The Orphan escrita por BiancaCh


Capítulo 8
"The Interview Part. II – A Entrevista Parte II"




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Capítulo 08: "The Interview Part. II– A Entrevista Parte II"

Quando segui até o encontro da Senhorita Brito , ela não acreditava que eu era a Sophia . Tive que repetir várias vezes e mostrar algumas cicatrizes do acidente para provar quem eu era , então sua expressão desconfiada virou de surpresa . Ela me abraçou fortemente como se fossemos familiares e sussurrou : " Desse modo vão chover famílias querendo adotar você ! " fazendo meu rosto arder em sinal de vergonha . Então , segui até a sala de entrevistas , um lugar onde eu já tinha ido tantas vezes e sofrido tanto , mas nesse dia sentia - me nervosa como se fosse a primeira entrevista que eu dava . Era a esperança ecoando dentro mim , há muito tempo eu não sentia algo como isso . Minhas mãos formigavam e eu suava frio . O caminho todo foi constituído de passos lentos mas decididos . Eu e Senhorita Brito adentramos a sala e um casal que mantinha um sorriso simpático em seu rosto levantou - se . Eles tinham a pela clara , quase translúcida , o cabelo da mulher era de um tom mel e do homem era preto , os olhos de ambos tinha a mesma cor : Castanho escuro . Franzi o cenho , mas continuei tentando transparecer confiança . O que era difícil porque eu suava muito pelo nervosismo ... Senhorita Brito fez menção para que eles sentassem novamente e eu sentei também , sentindo o olhar pesado da mulher que me analisava com seus olhos , enquanto o homem olhava para Senhorita Brito como se esperasse tomar a palavra .

– Está é a Sophia que eu lhes falei , eu espero que vocês se entendam . Vocês até se pareceram pela cor dos olhos ! – falou , tentando quebrar um pouco do gelo . Acho que não funcionou , porque o homem deu uma risada meio forçada e a mulher encarou Senhorita Brito seca , como se implorasse que saisse da sala . Senhorita Brito limpou a garganta e continuou : – Esses são Sr. Hall  e Sra. Hall . – apresentou - me eles e o olhar de ambos pairou sobre mim . Engoli em seco e baixei o olhar , estar envergonhada . – Como eu havia lhe falado antes , eles são americanos porém o português deles é tão excelente . – bajulou , com um sorriso pretensioso . Lógico , ela precisava bajulá - los não é ? Faz parte do negócio ... – Bem , eu finalmente os deixarei em paz ! – avisou , saindo e fechando a porta logo em seguida . Elevei um pouco o olhar e percebi que o casal me encarava atentamente .

– Então ... Como é a vida nos Estados Unidos ? Sabe , parece ser um país muito interessante . Pessoas de todo o mundo o visitam ! Isso é encantador ... – falei tentando puxar assunto com um sorriso tímido . Eles se entre olharam e assentiram . Aquilo era um sinal próprio deles ( ? ) . Então , o homem pulou em cima da mesa e tentou pular em cima de mim . Me joguei no chão e engatinhei para pegar a cadeira , jogando - a em seguida nele que tombou para trás . A mulher então pegou uma bomba e tacou no canto da sala , deixando um cheiro insuportável e quase impossível de enxergar . Espremi meus olhos e prendi a respiração , não conseguia encontrar a saída , estava cercada ! A mulher veio por trás de mim e pegou - me pela cintura como se eu fosse uma boneca de pano e sem nem pensar duas vezes eu mordi seu braço direito fazendo - a gemer de dor e soltar - me . Infelizmente a sala de entrevistas tinha uma proteção especial para isolamento acústico , isso significava que ninguém poderia ouvir o que acontecia na sala e nem nós poderíamos ouvir o que acontecia lá fora .

WHY DID YOU DO THAT SHIT ? ( Por que você fez essa merda ? ) – perguntou o homem parecendo contrariado . Então , senti algo penetrar a minha coluna fazendo - me dar um grito que foi abafado pela mão do homem e senti um líquido quente sujar minha roupa . – Escuta aqui , garota . Acho que você já percebeu que não estamos brincando contigo ... Qual é a senha ? – perguntou ele próximo do meu ouvido , com uma voz absolutamente sómbria . Meu corpo tremeu de medo e eu fiquei estática . Não , eu não queria passar por aquilo novamente ! O homem colocou o revólver na minha bochecha e percebi que ele mantinha um sorriso sarcástico em seu rosto . – Anda , garota . Não temos o dia todo ! – falou , elevando um pouco sua voz . Pisquei meus olhos diversas vezes como se quisesse sair de um transe , então baixei meu olhar para ver que líquido era aquele . Sangue , sangue por toda a minha blusa , apesar do ferimento ser na minha coluna sangrava tanto que ultrapassou para a frente . Percebi que o homem revirou seus olhos e encravou mais fundo , fazendo descer lágrimas imediatamente de meus olhos . – Você que quis assim ... – murmurou e pegou - me no colo , mesmo enquanto eu me debatia e tentava gritar , ás vezes a mulher dava murros em minhas pernas e estômago para que eu parasse , mas nem me batendo eu parava . Então , a mulher tirou de sua bolsa uma corda de aço e prendou ela na janela dando espaço para que o homem deslizasse junto comigo para fora do orfanato . O homem tirou - me de seu colo , fazendo - me ficar em pé então tive um plano . Enquanto ele estivesse ocupado verificando se a mulher conseguiria descer , eu sairia correndo e gritando para salvar a minha vida . A mulher deslizou e gritou lá de baixo para que ele viesse logo , esse era o meu momento oportuno . Fui me afastando devagar do homem e quando comecei a correr em direção a porta o homem atirou , acertando minha canela , fazendo - me cair no chão mas continuei me arrastando para a saída . – Tisc tisc ... – fez o homem , pegando - me pela perda que havia recebido a bala , fazendo - me arfar de dor .


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