Capítulo 06: "What Does Envy? – O Que Faz a Inveja?"

Abri meus olhos , uma claridão fez - me fechá - los novamente porque meus olhos arderam . Os cocei e passei meus olhos verificando onde estava . Estava em meu quarto no orfanato , deitada e meu corpo doía muito . Verifiquei meus pulsos e eles estavam vermelhos e com roxos . Então , nada daquilo fora um sonho . Então , eu realmente havia sido pega por aquele homem e salva ( ? ) por aquela mulher . Ainda estava um pouco confusa , mas sabia que não me ajudaria em nada só ficar se confundindo ainda mais ! Levantei - me da cama e espreguicei - me , olhei para o relógio de parede e vi que ele marcava 08 : 30 . Eu estava um pouco atrasada para o café da manhã , então ouvi minha barriga roncar . Escovei meus dentes , tomei um banho e coloquei um uniforme limpo . Segui até o refeitório e todos os olhares pairaram sobre mim , senti como se meu rosto queimasse , estava com vergonha . Quem sabe todo o orfanato já soubesse o que acontecerá comigo ... De repente , percebi que alguém acenara para mim . Era Anna , na nossa típica mesa do café da manhã . Segui até ela , enquanto as pessoas continuavam me observando , parecia que nunca tinham me visto antes !

– Meu Deus , Sophia ... Eu já soube de tudo que aconteceu com você ! – contou - me , Anna parecendo um pouco desesperada . – Como você está agora ? – questionou - me , enquanto algumas internas que estavam em mesas próximas aproximavam mais suas cabeças para ouvir melhor . Revirei meus olhos levemente em tom de desaprovação e sentei - me ao lado de Anna .

– E parece que todo mundo já sabe também . – disse , enquanto roubava a banana da Anna . – Estou bem sim , só que meu corpo está muito dolorido . – respondi . – Mas , você soube de tudo até o meu quase sequestro e o meu salvamento ? – perguntei , levantando uma de minhas sobrancelhas . Anna largou a colher com a qual comia seu cereal e pareceu espantada . Eu já esperava que não tivesse contado tudo que acontecera .

– A única coisa que nos foi passada era que você foi encontrada em um quiosque , toda machucada ... Estavam especulando que você fora estuprada , mas ninguém tinha certeza . Disseram que uma mulher misteriosa lhe trouxe até o orfanato e não quis se indentificar , não queria nem que olhassem no rosto dela . – contou - me , baixando um pouco seu tom de voz . Então , aquele mulher realmente me salvou ! Mas , ainda sim nada estava totalmente concreto sobre o que acontecera na noite anterior . – Então , tentaram te sequestrar ? Como , um sequestro igual de filme e tal ? – perguntou Anna , parecendo mais curiosa do que preocupada . Dei uma leve risada .

– Eu vou te contar tudo desde o começo , mas eu preciso que você me prometa que não contará a ninguém , pelo menos por enquanto . – pedi e Anna assentiu . – Eu não sei como , mas eu acabei presa no banheiro da praia . Acho que a porta emperrou porque ela é muito velha ou sei lá ... – comecei , baixando meu tom para que não nos ouvissem . Percebi que Anna enrijeceu seus ombros , ela parecia tensa . – Então , eu fiquei horas e horas presa no banheiro até que uma pessoa conseguiu abrir a porta . Essa pessoa é a Grace Miller ... – continuei .

– Grace Miller ? ! Aquela ricaça caridosa ? ! – Anna perguntou , elevando mais sua voz e tampando sua boca logo em seguida . Comecei a rir pelo modo como a Anna chamou a Grace . Grace Miller sempre fora famosa pelas suas doações para caridade e por apesar de ser muito rica , não perder sua humildade . Assenti e Anna pediu - me que continuasse .

– Ela ajudou - me a sair do banheiro e eu fiquei vagando sozinha na praia , até encontrar um telefone público e ter a idéia de ligar para o orfanato . Mas , um homem armado começou a me ameaçar e tirou - me dali . Ele falava coisas sem o mínimo de nexo para mim e sempre dizia em coletivo . Ele levou - me até o quiosque onde fora encontrada e me agrediu , também começou a me amarrar ali para que eu não fugisse . – disse , já começando a sentir meus olhos um pouco marejados por lembrar -se do que acontecera . Olhei para cima , " engolindo " o choro . – Acho que ele ia me matar , mas aí ... Uma mulher mascarada apareceu , lembro - me que ela também estava armada e eles começaram a me deixar ainda mais confusa . A única coisa que entendi era que eles discutiam por minha culpa , como se eu tivesse algum valor ... E eles foram sobre algo relacionado a minha família , mas eu não compreendi . Então , eu simplesmente desmaiei . – finalizei , aumentando um pouco mais o tom de minha voz . A boca de Anna estava aberta um um " O " , sinalizando seu espanto .

– Isso tudo é tão surreal , Sophia . Parece coisa de filme de ação ! – exclamou , parecendo surpresa . Sorri , Anna era muito engraçada ... Então , senti minha barriga doer . Na realidade , todo meu corpo doía , mas minha dor de barriga era de fome . Então , minha barriga roncou alto comprovando isso . Anna soltou uma risada e eu dei um riso amarelo .

– Eu vou até ali pegar a minha bandeja de comida . Você me espera ? – perguntei , levantando do banco . Anna assentiu e eu segui até a fila que estava pequena pelo horário , mas que geralmente estaria gigante ... Cruzei meus braços e fiquei esperando chegar a minha vez . De repente , senti uma mão em meu ombro . Virei - me confusa e avistei Senhorita Brito com uma expressão estranha ( ? ) .

– Senhora Albuquerque , estava esperando vê - la ! Venha comigo . – ordenou Senhorita Brito , parecendo animada . Gelei , o que será que ela faria comigo ? Quem sabe ela estivesse animada para me dar uma bronca , pelo o que eu fizera na noite passada ? De qualquer modo , a segui .