Dramione - New Perspective. escrita por Blue Cupcake


Capítulo 40
I will try to fix you.


Notas iniciais do capítulo

gente, um capitulo lindo pra voceiiixxx *o*



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Muito bem, Hermione. Respire.

Que merda eu pensava que estava fazendo?

Isso é besteira. Ir atrás dela, simplesmente, quando eu podia deixar essa tarefa para o ministério.

"Mas agora, " Meu sussurro gerou uma leve fumaça de vapor, no cenário enevoado, "é pessoal."

Olhei em volta. Havia pouquíssima gente na rua, apenas alguns trouxas, pontilhados aqui e ali com seus casacos grosso, a gola erguida até o pescoço para tentar vencer o frio.

Pesando nos meus ombros, uma mochila, com coisas que talvez eu precisasse. Estava, digamos, "preparada" para a batalha.

Só faltava uma coisa, que eu penso que seja muito necessária.

Esperei até que o ultimo carro passasse e olhei para o policial parado no final da rua.

Certo. Distração.

Discretamente apontei minha varinha em direção ao esqueleto de uma àrvore que na primavera fora provavelmente florida. Essa, instantaneamente começou a pegar fogo.

O policial se virou, primeiramente surpreso, e depois, sem saber muito bem o que deveria fazer.

Sussurrei o feitiço. O coitado estava distraído o suficiente para que sua arma viesse rápido até mim, graças ao "Accio".

Peguei-a, escondi no casaco e segui andando, ao lado oposto de onde a cena acontecia, o policial chamando os bombeiros, e ao mesmo tempo tentando acalmar as senhora que havia aparecido na janela, irritadíssima por sua planta ter pegado fogo, e desconfiando que fora o policial que a incediara.

Você deve estar se perguntando: porque eu precisaria de uma arma? uma varinha não é a mesma coisa?

Bem, uma vez me disseram, que certas maldições imperdoáveis tinham que ser feitas com vontade de realmente matar a pessoa.

Com uma arma isso era bem mais simples, aprendi, vendo o noticiário dos trouxas.

Resumidamente, caso eu amarelasse, era só puxar o gatilho na cabeça daquela vadia.

Você também já deve ter percebido que eu estou com raiva.

Antes eu estava com medo. Então fiquei com raiva por ficar com medo. E agora estou com raiva porque ela não tem o direito de me deixar com medo.

Meu objetivo principal não é matá-la, é claro. Eu preferia muito mais que ela apodrecesse em Azkaban, se alimentando de baratas.

Mas caso as coisas saiam do controle...

Era óbvio que eu ainda estava receosa. Mas vamos lá, Hermione, você não pode viver com medo pelo resto de sua vida não é?

Apalpei o bolso do casaco onde havia guardado a arma. Será que estava travada? Não daria pra checar no meio da rua..

Entrei em um dos becos escuros que haviam em cada rua de Londres. Tirei-a do bolso do casaco com o maior cuidado. Verifiquei. Estava travada. Guardei-a na mochila.

Muito bem. Vamos começar.

O único lugar que pude imaginar que ela estaria seria a casa dos gritos. É obvio que seria estupidez dela voltar lá, mas... Quem sabe ela não tivesse me deixado uma pista?

Senti a familiar sensação de sufocamento, e logo me vi na pequena vila de Hogsmeade.

Era agora que começava a guerra.

***

Empurrei a porta fria, com a ponta dos dedos, tentando rangê-la o mínimo possível. Espiei lá dentro.

Parecia vazia.

Pisei nas tábuas de madeira escura, adentrando na casa. Mais uma vez olhei em volta, segurando a arma. Me senti num daqueles filmes trouxas em que os policiais entram na casa do bandido, e ficam fazendo sinais com as mãos uns para os outros, dizendo para avançar.

Que coisa pra se pensar quando pode se estar prestes a morrer.

Subi as escadas e entrei no quarto onde eu já havia ficado, presa. Estava idêntico. A cadeira onde eu havia me sentado, inclusive, estava no mesmo lugar.

Foi a noite que Draco se declarou pra mim.

Meu coração se apertou ao dizer isso, e eu suspirei, tentando fazer com que a dor saísse de dentro de mim.

Foi quando eu ouvi um barulho.

Um leve ranger da porta de entrada se abrindo. Comecei a entrar em pânico.

Minhas mãos tremiam enquanto eu segurava a arma, e ouvia os passos subindo a escada que rangia.

Oh meu deus, eu vou morrer.

Tentei árduamente respirar mais baixo, mas eu simplesmente não conseguia controlar. Meu coração batia a mil por hora.

Os passos já estavam no corredor.

Engoli em seco, destravei e ergui a arma, na altura da porta.

A porta estava se abrindo.

Fechei os olhos, e gritei em pensamento, o que seriam minhas últimas palavras, se eu conseguisse falar:

Draco. Eu te amo.

Disparei o tiro.

–AH! - Ouvi um grito. - Eu sei que fiz besteira, mas você vai realmente tentar me matar?!

Abri os olhos.

–Seu filho da...!- Gritei

–Epa, epa. Você não deveria falar palavrões sabia? Principalmente quando são verdade. - Draco falou calmamente, encostado no batente da porta. - Narcisa não era realmente uma pessoa exemplar.

– Eu pensei que era um deles! Seu retardado, metido, canalha... - Batia fortemente nele a cada xingamento. – Eu podia ter te matado! Seu idiota!

Ele me olhou e deu aquele sorriso torto clássico. Eu lhe dei as costas, antes que eu esquecesse que estava brava com ele, olhando aquela expressão que fazia eu me derreter.

– O que você está fazendo aqui? Pensei que era covarde demais pra dar a mínima pra alguém.

–E eu era, e ainda era pra ser, só que não pude por causa de você.

–O que quer dizer?

–Como queria que eu dormisse bem à noite, sabendo que você está atrás da minha tia? Se ela fizesse alguma coisa à você, eu juro que eu morreria. E... Qual é a dessa arma?

– Eu não preciso explicar nada pra você. - Falei tentando soar rude. - Como me encontrou aqui?

– Bom, era meio óbvio que o primeiro lugar que você viria pra procurá-la seria aqui. Ah, e se você vai ter uma arma, é preciso que saiba mirar ela. Veja onde você acertou.

Eu me virei e procurei o buraco de bala. Estava quase no teto, no mínimo um metro acima de qualquer pessoa que tentasse entrar pela porta.

–Por isso você não morreu. - Observei.

–Você parece decepcionada. - Ele riu.

– Saia daqui, ok? Eu consigo me virar sozinha.

– Estou vendo... - Ele lhos pra o buraco de bala. - Só me diga, quando você vai me perdoar?

–Acha que eu sou tão fácil assim? - Eu o fitei com desdém.

– Não, mas... Sei lá. Eu preciso ter você de volta. E logo.

–Porquê?

– Bom, olha pra mim. - Respondeu.

Eu o fitei. A barba estava mal feita, os olhos com olheiras e o cabelo despenteado.

–Você tá horrível. - murmurei.

– Obrigado, era tudo que eu queria ouvir.

–Mas eu gostei da barba. - Comentei.

–Sério? Que tal assim : Eu deixo a barba malfeita, e você volta pra mim, certo?

–Você é um idiota. - Revirei os olhos.

–Eu sei. Eu sou um grande idiota. Será que você pode me concertar? - ele me olhou sério pela primeira vez. Se aproximou e segurou minhas mãos. - É que, infelizmente, eu te amo demais pra ficar sem você. Só não vá embora. Por favor. Me perdoe?

Eu fitei seus olhos cinzas. Era incrível como, mesmo parecendo um lixo, eu ainda achava que ele era o homem mais atraente que eu já tinha visto.

E eu percebi que eu senti a falta dele. Tipo, muito. Eu só não queria admitir, mas tudo que eu queria, ela bagunçar seus cabelos durante um beijo novamente.

E foi isso que eu fiz.

Depois de nos separarmos, ele sorriu e falou:

–Isso é um sim?

Eu retribui o sorriso.

–Que bom que você escovou os dentes, pelo menos.


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Notas finais do capítulo

REVIEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEWS?
pra quem nao entendeu a parado do 'escovar os dentes' - deve ser muito lerdo(a) pra nao entender, masok- é que ele estava horrível, a barba mal feita e tal, pelo menos ele escovou os dentes né? ishaoshiaohsioahs
desculpem a demora, mas recompensei vocês com esse cap divo *o*
Alguma recomendação?