Atração escrita por Rakeel


Capítulo 5
Capítulo 5




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Adentramos á uma rua estreia e sem saída e ao fim da mesma paramos á frente de uma casa, mas não uma casa qualquer, sua estrutura apresentava um estilo gótico e bucólico, as grandes vértices do telhado formavam sombras que deixavam em parcial penumbra um jardim adornado com rosas vermelhas e brancas, as mesmas já se encontrando murchas e queimadas pelo frio, mas ainda assim era impressionante sua existência em tal época do ano. Distraia me admirando a enorme construção que parecia encontrar se em um vórtice no tempo onde permaneceu estática e intocada, quando meu devaneio foi interrompido pela doce voz de Marry a chamar meu nome.

___Richard... não vai entrar comigo? Perguntou retoricamente encontrando se já ao centro do jardim.

Apressei me, em segui la até a porta onde com suas pequenas mãos girou a enorme maçaneta de metal, empurrando em seguida uma pesada porta de madeira.

Adentramos e de imediato me veio um sobre salto quando senti algo encostar se contra minha perna.

___Haaaaaaaaa. Gritei dando um pulo para frente na tentativa de desvencilhar me de meu molestador, meu pequeno acesso sendo interrompido pelo som de uma risada melódica.

___Você é realmente um garoto interessante. Comentou Marry abaixando se e pegando algo antes de continuar ___...é só o Shakespeare e acredite ele não faz mal nem mesmo a um rato. Afirmou enquanto segura nos braços um gato preto com enormes olhos amarelos, o mesmo ronronado baixo ao receber afagos no topo da cabeça.

___E- Eu só fui pego de surpresa. Disse debilmente, sentindo meu rosto queimar de vergonha por ter me assustado tão facilmente, sem falar de meu provável grito afeminado, mas ela não disse nada sua atenção estando voltado ao animal em seu colo, com ao qual falava e encarrava carinhosa.

___Esta com fome? cadê sua dona... cadê? hum? Resmungava sozinha.

Olhei em volta agora examinando o ambiente, os moveis eram antigos, mas bonitos notava se que eram de qualidade, distrai me fitando alguns porta retratos que adornavam as paredes na maioria deles continha fotos de crianças, foi quando me virei para encarrar Marry, mas a mesma não estava lá e me encontrava sozinho naquela sala.

____Marry...oi... cadê você. Chamei adentrando ainda mais na residência silenciosa, segui por um corredor que muito me lembrava os que se vê em filmes de terror e pude sentir um pequeno arrepio subir por minha espinha, mas me mantive firme desvencilhando minha mente de pensamentos covardes.

___Marry....Chamei mais uma vez, não obtive resposta ,mas pude ouvir o som de vozes as mesma me guiando então a um enorme jardim de inverno onde se encontravam Marry e uma senhora sentada carregando, o agora conhecido gato Shakespeare.

___Olá. Disse tímido me aproximando.

___Olá. Respondeu lançando me um olhar curioso antes de continuar dirigindo se a Marry ___...Então não me apresenta seu amigo? Perguntou por fim logo em seguida colocando um sorriso amigável no rosto enrugado.

___ Leonora esse é Richad, Richard essa é Leonora. Apresentou fazendo menção a cada um ao citar seu nome.

___E um prazer conhecer a senhora. Disse sem jeito estendendo minha mão, sinceramente sem entender oque Marry pretendia me trazendo ali.

___O prazer é meu jovem rapaz, então de onde conhece nossa amiga em comum? Perguntou por fim apontando para Marry que se afastava alguns passos observando algo distraída.

___Eu só meio que me esbarrei nela. Respondi sem conseguir encontrar resposta melhor.

__Hum... parece do feitio dela mesmo. Respondeu risonha antes de continuar, mas agora se dirigindo a Marry___ Ei, por que não vai até a cozinha e nos traz algo? Pediu, Marry assentindo e entrando na casa de modo quase saltitante, aproveitei esse momento de distração para analisar a senhora sentada a minha frente, era magra com a pelo branca pintada com pequenas manchas senis, o cabelo castanho claro era ralo mas ainda assim comprido batendo aos seus ombros e aparentava ter aproximadamente 80 e poucos anos.

___Por favor sente se. Pediu voltando se para mim e indicando uma cadeira ao seu lado, tomei assento já pensando sobre oque poderia falar, quando me decidi por.

___A senhora é avó da Marry...quer dizer, eu a chamo de Marry, mas para ser sincero não sei seu nome de verdade. Contei lhe na esperança de obter respostas.

___Vejo que ela também faz isso com você, é realmente uma jovem muito peculiar Comentou mais consigo mesma do que comigo, antes de continuar ___...e respondendo sua pergunta não sou avó dela, meus netos não me visitam a algum tempo, jovens não gostam muito de ficar com pessoas velhas como eu, ela apenas me visita as vezes e faz companhia. Respondeu e pude sentir uma ponta de tristeza em sua voz.

___Se quiser posso vir ás vezes, conversar e talvez ajudar com alguns reparos. Ofereci sentindo grande empatia pela senhora a minha frente, reparando em volta em seguida constatando os concertos a serem feitos.

____Obrigada, você é um rapaz muito simpático. Comentou sorridente, alguns segundos depois Marry retornando,em mãos uma bandeja contendo xicaras de chocolate quente.

Passamos uma tarde agradável, ouvindo as mais diversificadas historias contadas por senhora Leonora, quando já por volta das quatro nos despedimos e partimos.

Marry me seguia ao caminho de casa, o tempo nublado dando a impressão de ser mais tarde do que realmente era.

___Então como conheceu aquela senhora. Perguntei curioso quebrando o silencio que se estalava á algum tempo.

___Conheço muitas pessoas e estou certa que conhecerei muitas mais. Respondeu vagamente, com uma expressão um tanto seria.

Pensei por algum tempo que devia estar irritada ou preocupada com algo mas não me atrevia perguntar, percorremos assim o restante do caminho em silencio.

(...)

___Até mais Marry. Disse assim que paramos em frente a minha casa.

___ Tchau e obrigada por me acompanhar hoje. Comentou esboçando um lindo sorriso, e pude sentir meu coração se contrair de forma abrupta quando o fez.

___E-então... será que vou te ver amanhã? Perguntei um tanto sem jeito.

___ Quer me ver? Indagou com uma expressão curiosa.

___Claro! Respondi automaticamente corando ao perceber minha própria reação___... afinal a gente é amigo né...e amigos...gostam de passar... Comecei gaguejando tentando inutilmente me explicar, mas fui interrompido por seu olhar divertido.

___Até amanhã Richard. Disse por fim dando um leve beijo em minha bochecha antes de partir, me deixando parado como um bobo no meio da calçada.





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Notas finais do capítulo

Reviws??



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