Doctor Who: Gerônimo escrita por Doctor


Capítulo 8
Silence in Prison




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/300795/chapter/8

8. Silêncio na prisão

         James acordou e colocou a mão sobre a testa. Limpou o suor da testa, não se lembrava de ter corrido tanto. Ele foi até a irmã e a acordou.

         — Sadie, onde estamos? — perguntou James.

         — Eu… eu não me lembro… — disse Sadie, começando a forçar a mente, e se levantando do chão. — Espera… eu estava brava com o Doutor e a TARDIS começou a balançar, o Doutor disse que tinha algo interferindo no vórtice temporal. A TARDIS caiu e…

         Sadie forçou a mente, mas não se lembrou de nada.

         — E estávamos aqui, e não nos lembramos de nada! — falou James. Ele olhou para o Senhor do Tempo, parecia bem feliz enquanto fazia biquinho e dizia o nome de River Song.

         — Doutor… acorda! — disse Sadie, empurrando Doutor.

         Doutor abriu os olhos e pareceu assustado ao ver que era Sadie. Sadie fingiu não entender o porquê daquilo.

         — Onde estamos? — perguntou Doutor.

         — Não sabemos… acordamos aqui! — disse James.

         Doutor olhou para o braço, e viu vários riscos.

         — Olhem em seus braços! — ordenou Doutor.

         — Por quê? — perguntou Sadie, confusa.

         — Só façam. — Disse Doutor.

         Eles olharam.

         — O que são esses riscos? — perguntou James.

         — O Silêncio está aqui! — disse Doutor. — O Silêncio nos prendeu. Olhem em suas mãos! — disse Doutor.

         James e Sadie olharam para as mãos.

         — Por que minha mão tá piscando? — perguntou Sadie.

         — Eles estão apagando nossas memórias, mas não sabemos quantas vezes fizeram isso! — disse Doutor. — Aperte sua mão!

         Sadie obedeceu-o, confusa. A gravação da voz dela ecoou pela cela.

         — O que vocês são? — perguntou a voz de James.

         — Nós somos o Silêncio. — Disse uma voz amedrontadora.

         — E por que nos perseguem? — perguntou Sadie.

         — Eles são uma ordem religiosa, e acreditam que o silêncio vai cair, o meu silêncio, assim que me matarem! — explicou Doutor. — Querem me matar!

         — Errou Doutor, essa é a quarta vez que escapam, e nós já te explicamos que não sequestramos você, sequestramos esses dois. Vamos matá-los na quinta vez que escaparem… que é a próxima, e assim o Silêncio prosperará até te destruir. A profecia diz que eles vão nos matar, e morrerão na batalha, mas isso não ocorrerá se matarmos eles antes. — Falou a mesma voz amedrontadora. — Agora, assim que deixarmos vocês na cela vocês vão dormir e esquecer-se dessa conversa que tivemos, para sempre!

         A gravação acabou.

         — por que não nos lembramos disso? — perguntou James.

         — O Silêncio é apagado de sua memória a partir do momento que você para de olhar para ele. Usando sugestão pós-hipnótica eles mandam na gente. Eles governaram o mundo por muito tempo, até nós gravarmos um vídeo do homem pousando na lua que dizia para os humanos matarem os Silêncios assim que os vissem. Mas provavelmente, vocês nunca viram o vídeo do homem pousando na lua! — falou o Doutor

         — E o que ele quis dizer com “Vocês são os irmãos da profecia?”? — perguntou Sadie.

         — Os Ood me disseram que vocês são os Protegidos dos Elementos… uma raça mais antiga que os Senhores do Tempo… cada um dos seres representava um elemento… e metade deles está em James e outra metade em Sadie, os elementos opostos, que formam até a sua personalidade… não são apenas os protegidos dos Elementos… são descendentes deles! — disse Doutor. — Viveram milênios de anos, são mais velhos do que eu!

         — Isso é impossível, como pode saber disso?! — perguntou Sadie.

         — A TARDIS detectou isso enquanto caiamos! — falou Doutor.

         — Mas e nossos pais? — perguntou James.

         — Já tiveram sonhos de que viviam em outras famílias? — perguntou Doutor.

         — Sim! — Sadie e James responderam juntos.

         — Eles foram suas famílias, o Silêncio dizia para vocês dormiam e davam todos os detalhes de sua família, de sua nova vida, e esses detalhes ficavam em sua mente, e vocês esqueciam-se da família anterior. Eles embaralhavam a mente de todos que viveriam com vocês!

         Sadie recostou na parede, quase chorando.

         — Então nossos pais não são… nossos pais? — perguntou Sadie.

         — Eu sinto muito! — falou Doutor.

         Após alguns minutos de silêncio, Doutor resolveu falar.

         — Agora vamos sir… eles disseram que da quinta vez que fugíssemos, eles nos matariam! — falou Doutor.

         — E por que só da quinta? — perguntou James.

         — Pela diversão de apagar nossas memórias! — esclareceu Doutor.

***

         Doutor, Sadie e James andavam pelo lugar. Eles descobriram que estavam em uma nave maior que Londres. Durante o tempo que eles andaram, nenhuma marca apareceu e nenhuma das mãos ficou piscando.

         — Tome cuidado, pode ter Silêncios aqui! — disse Doutor.

         — Sim… vários Silêncios! — a voz monstruosa foi escutada, e da escuridão vários Silêncios saíram.

         — Corram! — gritou o Doutor.

         Eles se viraram e viram que estavam cercados.

         — Hora de morrer… a quinta vez que escapam! — anunciou um Silêncio.

         James encostou as costas na de Sadie. Ambos ficaram envolvidos por energia verde.

         James apontou a mão aberta para os Silêncios que estavam na frente dele, parte da energia virou água, e se transformou numa onda. James cerrou as mãos e a água congelou com o Silêncio dentro.

         Sadie apontou a mão para frente e a energia se transformou em fogo. Doutor desviou das chamas, mas os Silêncios se queimaram. Apenas cinzas sobraram deles.

         Um Silêncio sobreviveu. Ele apontou a mão para os dois irmãos, vários raios envolveram o Silêncio os raios foram em direção dos Brooks. James colocou as mãos na frente do corpo e os raios foram atraídos para seus dedos. Os raios foram atirados de volta no Silêncio e depois ele morreu.

         Doutor olhou pela janela, e viu a TARDIS flutuando no espaço.

         — Sadie, quebre essa parede! — ordenou o Doutor.

         — E depois fazer o que? Criar asas e voarmos pelo vazio do espaço? — perguntou Sadie, com Sarcasmo.

         — Não… nós vamos flutuar torcendo para conseguirmos sobreviver sem ar até chegarmos à TARDIS. — Disse Doutor, bravo.

         James sorriu.

         — Quebre a parede! — disse James. — Eu tenho um plano.

         Sadie invocou as chamas e quebrou a parede. Os três foram puxados para o espaço.

         Quando Doutor foi puxado ele gritou:

         — GERÔNIMO!

         James invocou seu poder do sol, e Doutor e Sadie começaram a rodeá-lo.

         — O sol mantém muitas coisas flutuando ao seu redor. — Disse James.

         Doutor sorriu.

         — Muito bom James Brooks! — disse Doutor.

         Eles flutuaram, rodopiando James até chegarem à TARDIS. Doutor entrou primeiro, depois Sadie, e por fim James.

         — Ah… queria… senti tanto a sua falta! — falou Doutor.

         — Nós vamos morrer quando lutarmos numa guerra? — perguntou Sadie, se lembrando do que conversaram na prisão.

         Doutor desfez o sorriso.

         — Sim… mas… vocês viveram bastante! — disse Doutor.

         — Com todas as vidas falsas que nos colocaram! — disse James.

         — Irei impedir que a profecia concretize-se… eu juro! — falou Doutor.

         Doutor agora se preocupava mais com eles. Ambos eram os últimos da espécie deles… assim como Doutor. Ele mesmo enganou a própria morte quando ficou cara a cara com River Song… ele enganaria a morte de novo, mas a morte dos Brooks… os seres mais poderosos do universo… e juntos se tornariam invencíveis na guerra dos Silêncios… não importava qual fosse o inimigo dos Silêncios… eles seriam ajudados pelo último Senhor do Tempo e os dois últimos Elementos. O Silêncio seria destruído!

         Doutor tomou outra linha de pensamento. “Eles não podem lutar”, pensou Doutor. “Guerras são ruins, muito ruins… eles não vão lutar, vão fugir da guerra”. Doutor se decidiu, eles não lutariam na guerra!

***

         Um Silêncio andou até um homem careca, com a tatuagem de um dragão na cabeça, com a boca aberta, como se fosse devorar o olho desprotegido. O outro olho estava com um tapa-olho — uma memória externa, que o fazia lembrar-se do Silêncio.

          — O que houve? — perguntou o homem, que era o “Bispo” (líder) da ordem religiosa do Silêncio. Ele continuava a olha o espaço pela vidraça.

         — O Doutor escapou! — disse o Silêncio, infeliz.

         — Ao menos vocês disseram para o Doutor explodir a TARDIS com ele e os dois Brooks dentro? — perguntou ele.

         — Não Bispo Félix… desculpe Bispo Félix — falou o Silêncio.

         — Os capturem de novo, e dessa vez, sem brincadeiras de fazê-los esquecer! — disse Bispo Felix.

         — Sim Bispo. — O Silêncio se foi.

         O Bispo observou um cometa passar em frente à nave. Depois viu a TARDIS entrando no vórtice temporal.

         — Logo os últimos Elementos serão destruídos, e o Silêncio poderá matar o Doutor! — disse o Bispo, para si mesmo.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!