Doctor Who: Gerônimo escrita por Doctor
A TARDIS voava pelo vórtice temporal.
— O que vamos fazer? — perguntou Sadie. — Treinar para a guerra que vamos lutar?
— Nós não vamos lutar! — disse Doutor. — Eu não gosto de guerras. Guerras são ruins, muito ruins!
— Pensei que com a guerra surgiu o micro-ondas… e o carro não foi inventado a partir do tanque de guerra? — disse James.
— Não importa se coisas foram inventadas na Guerra… nelas pessoas morrem. — Disse Doutor. — Na Guerra do Tempo eu matei minha espécie, mas, pelo menos, a guerra acabou.
Um longo silêncio percorreu enquanto a TARDIS viajava pelo vórtice temporal, sem rumo.
— A Profecia diz que nós vamos lutar no final da guerra e… vamos morrer, mas que o inimigo cairá! — disse James. — Nós temos que lutar. Não há como mudar uma profecia.
— É possível mudar uma profecia… é difícil, mas possível! — falou Doutor.
— O melhor é irmos à guerra… pode acontecer algo ruim se não cumprirmos o destino! — falou Sadie.
— Sadie… não… — disse Doutor.
— Doutor… é o único jeito! — disse James. — O que aconteceu da última vez que você enganou o destino?
— Isso não é destino! — gritou Doutor. — Se chama “Ponto Fixo”… e sim, é difícil, mas é possível mudá-lo! — falou Doutor. — Eu já mudei, duas vezes! Uma quando salvei aquela mulher que estava em Marte… e depois, quando a River devia me matar, mas eu… burlei esse Ponto Fixo!
— E o que aconteceu? — perguntou Sadie, insistindo na pergunta de seu irmão.
Doutor suspirou.
— Todo o tempo foi destruído… mas só na Terra! — disse Doutor. — Tudo aconteceu ao mesmo tempo!
— E se nós sobrevivermos agora? — perguntou Sadie.
— Eu não sei. Mas depois de tudo o tempo não foi destruído… talvez tudo ocorra normalmente! — falou Doutor.
— Talvez! — disse Sadie. — E se não acontecer?
Doutor suspirou.
— Eu não sei… eu realmente não sei… mas quero que vocês sobrevivam! — disse Doutor.
— Por quê? — perguntou Sadie. — Diga-me… Doutor, por que se importa tanto conosco?
— É por que vocês são os últimos de sua espécie no universo… assim como eu! — disse Doutor, entristecido. — E é tão solitário ser o ultimo do universo… e vocês tem um ao outro, mas eu não tenho ninguém!
— Eu sinto muito… Doutor. — Disse Sadie.
Sadie se calou. Não queria ver Doutor mais triste.
O ultimo Senhor do Tempo ficou alguns minutos, apoiado no console da TARDIS, estava serio, sem movimento.
Após um tempo, ele deu um sorriso.
— Vamos a algum lugar divertido! — disse Doutor. — Depois decidimos se vamos mesmo à guerra.
Doutor apertou alguns botões, e eles sentiram a TARDIS pousar.
— Estamos na área 32! — disse Doutor.
— Quer dizer 51? — perguntou James.
— Não… na área 51 há poucas coisas… a área 32 é tão grande quanto à área 51. Na área 51 só tem algumas naves e poucas vidas alienígenas, essas são bem antigas. Na área 32 sim tem ação… alienígenas com vidas… e esses até mantém o Silêncio aqui, mas eles não têm o “tapa-olho” que os faz lembrar-se deles, só se lembram de quando veem! — disse Doutor.
Doutor foi até a porta e abriu-a. Na sua frente estava um Silêncio num vidro inquebrável.
— Acho que devia virar a TARDIS! — disse Doutor.
Doutor apertou alguns botões. A TARDIS desapareceu e reapareceu, mas virada para outro lado.
Doutor abriu a porta e conseguiu sair. Na sala tinha vários alienígenas, entre eles estavam Silurianos, Sontaran, Silêncios… eles perceberam até mesmo os Anjos Lamentadores.
Um barulho irritante ressoava enquanto uma luz vermelha piscava incessantemente.
— Essa não… alarme vermelho! — disse James.
— Eu adoro alarmes vermelhos! — disse Doutor. — Eles significam festa de comilança de cupcake!
— Não… eles significam perigo! — disse Sadie.
— Só para vocês… humanos! Vermelho é tão sem sentido, em todo o universo é Festa de comilança de cupcake! — disse Doutor. — O alarme de perigo é bordô!
— Bordô? Por que bordô? — perguntou James.
— Por que sim! — disse Doutor, irritado.
Um siluriano veio correndo na direção deles.
— Vocês tem que me ajudar! — disse ele. — Eles estão atrás de mim!
— Acalme-se, amigo! Diga-me, qual seu nome! — falou Doutor.
— Acho que isso não importa agora! — disse o siluriano. Ele olhou para as luzes vermelhas. — Por que é alarme vermelho? Festa de comilança de cupcake? — disse ele.
— Viu… eu falei… até um cara que viveu embaixo da Terra milhares de anos sabe o que é alarme vermelho. Mas vocês, humanos, não! — disse Doutor.
Vários homens armados correram até eles e apontaram suas armas para eles. Todos apontaram as metralhadoras para eles. Os quatro alienígenas levantaram as mãos — Doutor, Sadie, James e o siluriano.
— Abaixem as armas… eu não gosto de armas!v— disse Doutor.
— Não tem autoridade de mandar em nada aqui! — disse um dos homens armados.
Os olhos de Sadie arderam em chamas! Ela atirou várias bolas de fogo, que iam para frente e seguiam os homens armados até atingi-los. Quando todos os homens armados estavam no chão, o siluriano olhou para Sadie.
— Gostei dessa garota!
— Sadie, não precisava matá-los! — disse Doutor.
— Não os matei! Apenas ficarão com queimaduras! — disse Sadie.
— É melhor irmos! — disse Doutor. — Entrem na TARDIS!
Sadie e James entraram na TARDIS.
— Não vamos caber aí dentro! — disse o siluriano.
Doutor bateu no metal da TARDIS.
— Acredite, há bastante espaço aqui dentro! — falou Doutor.
Doutor entrou.
O siluriano ficou relutante, mas decidiu entrar ao ouvir mais passos de homens. Ele olhou para a TARDIS e entrou.
— Uau! — disse o siluriano. — É bem… bem grande!
— Gosto quando falam “É maior por dentro do que por fora!” — falou Doutor.
— É maior por dentro do que por fora! — disse ele.
— Desculpe, mas… você não disse seu nome! — falou Doutor.
— Eu não preciso dizer!
As portas começaram a ser empurradas.
— Se não disser nós os deixaremos entrar! — falou Doutor.
— Me chamo Nyar — o siluriano falou. — Agora como fugiremos daqui?
— Ah… é bem fácil! — falou James. — É só apertar uns botões e…
— Não é só apertar uns botões… é uma coisa muito seria o que tenho que fazer! — falou Doutor. — Não é só apertar uns botões!
— Então é o que? — perguntou Sadie.
— Apertar os botões certos! — falou Doutor, indo até o console da TARDIS.
Doutor apertou alguns botões e eles sentiram a TARDIS tremer.
— Olá, eu sou o Doutor… esses são Sadie e James Brooks! — disse Doutor.
— Doutor o quê? — perguntou ele.
— Só Doutor… eu sou o último Senhor do Tempo!
Nyar continuou impressionado com o tamanho da nave.
— Onde é a sua casa? — perguntou Doutor.
— Eu não tenho casa… nunca tive… quando acordei já estava aqui e não me lembrava de nada do meu passado! — disse Nyar.
— Então você vai viajar comigo… — disse Doutor. —Pelo tempo e espaço!
O siluriano pareceu não acreditar naquilo.
— Vamos para a Antártida! — disse Doutor. — 3592… vocês vão adorar o que acontece lá!
— O que acontece lá? — perguntou James, curioso.
— Vocês vão descobrir! — disse Doutor, puxando uma alavanca. — gerônimo!
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