Break Of Dead escrita por Write Style


Capítulo 11
(V 2) | Capítulo 4 - Run!


Notas iniciais do capítulo

E aqui fica mais um ^^



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Por sorte Marcus apanhou-o entre mais dois frenéticos disparos e com uma sorte dos diabos saltou para o interior da loja, aterrando de costas.

- Afastem-se da entrada! Afastem-se. – Gritei a Elizabeth e Kyle, enquanto ajudava o bombeiro a levantar-se e carregar com o adolescente mais para dentro. Uma arma prosseguiu com a série de disparos.

- Mas o que se passa? – Comentou Kyle, ainda perplexo.

- Alguém será. Temos de sair daqui já que não sabemos o que se passa. – Disse a rapariga, aproximando-se de Brian, que deitamos no chão de barriga para cima. Finalmente vi que o tiro tinha passado no lado esquerdo do ombro direito dele, mas entrou pela frente e não chegou a sair.

- Grrrr! – Grunhia ele de dores.

- Calma… - Disse-lhe, sentando-me de joelhos perto dele. – A bala ainda lá está? – Não conhecia muito de medicina, mas sabia que se lá estivesse a teríamos de tirar para não infectar. Quanto mais depressa, melhor.

- Deixa-me ver isso. Rasguem-lhe a camisa ai. – Disse Elizabeth colocando-se ao meu lado, enquanto remexia na mochila dela. Eu e Marcus demoramos pouco a conseguir rasgar a manga até onde era necessário. Ela retirou um estojo vermelho com uma cruz branca, algo que eu nunca tinha visto.

- Tu és médica? Porque é que nunca disseste?!

- Eu não disse porque não sou médica, Bruce. Estava a tirar um curso superior de medicina. Era o meu terceiro ano, mas não acabei. Vou ver se consigo extrair a bala o mais rápido possível, mesmo assim temos de voltar para o asilo, aqui ele morre sem tratamento.

- Kyle, fica atento a movimento lá fora. – Comentou Marcus. O rapaz olhou-o e segurando a sua arma acenou. Ainda se ouviu mais dois disparos, mas depois tudo cessou. Isso poderia ser mau.

- Necessitas de alguma coisa? – Perguntei a Elizabeth. Pouca coisa podia fazer que ter fé nela, mas sentia-me demasiado impotente em relação a salvar o meu ex-aluno.

- Faz-lhe pressão no braço e não o deixes fugir. Podes ter a certeza que ele vai preferir morrer que suportar as dores que ai vêem. – Ela tirava algumas coisas metálicas e compensas.

O bombeiro apanhou-lhe a outra parte do corpo e eu fiquei perto de Elizabeth, pressionando o braço dele. Depois ela começou a raspar e a entrar na pele. Brian começou logo a manifestar-se.

- AHHHHHHH! – Gritava ele, tentado mexer-se, mas eu estava ali a todo o custo para o impedir. – Parem! PAREM!

- Cala a merda da boca, temos de fazer isto! – Gritei-lhe em contradição, já com alguma dificuldade em segura-lo completamente, mas Marcus ajudou-me. Naquele impasse e momento de pensar, lembrei-me que Brian foi ferido de frente. Quem quer que fosse estava a disparar não virado para a loja, mas da loja. Uma hipótese era que estivesse naquele mesmo telhado.

- Está alguém lá fora! – Ouvi Kyle e nesse momento sabia que teríamos de apressar.

- Aguenta e cobre! – Gritei-lhe e logo depois entre conversa, ouvi os seus disparos. – Elizabeth!

- Estou a fazer o mais rápido que posso, porra! – Brian continuava a gritar, mas finalmente entre tanto sangue vi algo metálico. – Vamos, tragam-me algo para estancar. – Não pensei duas vezes, despi o casaco e da blusa por baixo, rasguei uma manga e entreguei-lha. Levantei-me, voltei a vestir a roupa e puxei da minha Desert Eagle.

- Temos de encontrar as traseiras. – Comentou Marcus, ao ajudar Elizabeth a colocar Brian de pé. Mas ele teve um momento de inconsciência e o loiro colocou-o às costas para carregar melhor.

- Kyle! – Gritei-lhe e enquanto avançava para o interior da loja, sabia que ele vinha ai também. A única porta estava enferrujada ou uma merda assim.

Puxei, puxei e puxei como se não existisse amanhã. Talvez a adrenalina me tenha ajudado a conseguir finalmente abri-la e deixa-los passar. Fui o ultimo a entrar e quando a fechei, tive um deslumbre da luz do exterior lá ao fundo, onde uma sombra avançava para dentro com uma arma grande.

Aquilo eram mesmo as traseiras do estabelecimento, pois fomos dar a uma rua estreita e cheia de baldes do lixo. Existiam por perto dois ou três zombies, mas estavam longe e ainda davam um espaço de manobra para fugir antes que se chegassem perto. Existiam duas saídas, uma para a direita e outra para a esquerda. Eu tinha noção que a da direita mais cedo ou mais tarde iria ter ao asilo.

- Temos de regressar com o rapaz. – Comentou Marcus, ainda a segura-lo no ombro.

- Queres levar quem quer que sejam estes filhos da puta para lá Marcus?! – Perguntou furiosa Elizabeth. Temos de conseguir despistá-los antes!

- Eu vou. – Não me ocorria mais nada. Eles olharam fixo para mim.

- Como assim Bruce?

- Eu despisto-os, Eliza. Se conseguir manter a atenção dele em mim, dará tempo para que voltem ao asilo sem que eles percebam. Depois assim que os despistar, eu volto também, talvez tenha tempo e ainda procure por essa maldita peça do gerador. – Não tinha muita confiança de conseguir cumprir a ultima promessa, mas acho que fiz bem em tentar conforta-los… Sendo sincero, eu não queria fazer nada daquilo, mas ao mesmo tempo sentia que teria de ajudar aquelas pessoas e até aquelas que permaneceram no asilo. Sabia lá o que aconteceria se eles nos seguissem até lá e descobrissem que temos um bom abrigo. Para dispararem sobre nós, não quereriam certamente partilhar o mesmo espaço.

- Tens a certeza? – Marcus estava sem expressão. Relutantemente e sem muita vontade, acenei. – É a nossa única opção, não é?

- É sim. – Pelo menos que eu consiga ver, é mesmo.

- Tens munições?

- Tenho, mas não penso utiliza-las de todo.

- Sim, despista-o, tenta não confronta-lo de todo. Contamos contigo Bruce, vê se te orientas e descobres o caminho do asilo novamente. – Colocou o a mão sobre o meu ombro.

- Descobrirei. – A porta começou a ser mexida, dava para ver que estavam a forçar a abertura. Fiz-lhes sinais para seguirem até à próxima esquina e desaparecerem. Antes de a dobrarem a ultima coisa que vi foi o olhar de Elizabeth, mas desta vez não era sem expressão… Mostrava pena… perda?

Virei à esquerda e corri até ao fim da ruela. Ouvi a porta a abrir. A pessoa estava com um capacete na cabeça e por isso não consegui ver bem quem era ou como era. Mas o que me fez pisgar dali para fora foi a longa espingarda que carregava nas mãos e a qual levantou assim que me deslumbrou.

A puta da rua estava infestada de infectados e ao início limitei-me a colocar-me mais ou menos a meio do grupo a correr, mas quando começaram a juntar-se, tive de disparar com o revólver, abatendo de primeira três deles. Fiquei satisfeito ao perceber que os tiros da pessoa que me seguia não se dirigiam a mim, mas sim aos zombies. Isso deu-me tempo para apanhar o facalhão do cinto e coloca-lo na outra mão, usando-o para cortar as nucas de alguns deles enquanto tentava penetrar na próxima ruela para norte.

Aquela tinha um cruzamento com mais três vias, uma em cada direcção, mas eu optei por seguir a do lado direito, para não me afastar demasiado do asilo, nem da direcção certa. O sangue gelou dentro de mim quando vi o sujeito à minha frente e tremi quando percebi logo a seguir que aquele tinha um taco e um lenço a tapar-lhe a parte debaixo do nariz, o que me fazia prever que era uma pessoa diferente da anterior. Com o tamanho reduzido para avançar sem que ele me apanhasse, virei para trás e voltei ao cruzamento. Agora tinha duas intercepções fechadas, pois aquele que me seguia desde a loja estava ali. Tive de correr desalmadamente para norte, em direcção a um aglomerado de prédios altos, com aquelas escadas laterais nas traseiras, mas eu não as podia utilizar, ou estaria na mira da merda da arma daquele do capacete.

- Aqui! – Ouvi uma voz masculina atrás, mas não espreitei para ver qual deles era. Tinha de me centrar no mais importante, que era despistar aqueles filhos da puta. Consegui também perceber os pés deles a tocarem o solo rapidamente. Estavam a correr comigo. Outro tiro e sentiu-o a passar a poucos metros da minha cara.

Merda! Outro à minha frente mesmo quando ia passar a esquina. Ele não tem armas e quando me tentou apanhar consegui dar-lhe um empurrão, mas para isso perdi o casaco ao qual ele ficou agarrado.

Com menos roupa e mais frio, mas ao mesmo tempo no calor da fuga, nunca parei de correr, nem mesmo quando os prédios deram lugar a vedações e espaços mais verdes, onde para além de cruzar ruas, tive de saltar. Sempre que me apareceu um zombie, usei o facalhão e não a Desert Eagle, pois já á algum tempo que os tinha deixado de ver a seguir-me, talvez estivesse a dar resultado e fazer mais barulho só os atrairia até mim. Cheguei a uma parte onde a natureza fazia uma depressão em V o que me cobria de qualquer um que seguisse até ali. Talvez tomassem outro caminho ou desistissem de ir por ali. Ao menos tinha alguma cobertura, arvoredos e arbustos rasteiros. Não me preocupei em sujar e por isso estiquei-me de barriga para baixo entre os arbustos, com a respiração ofegante. Sabia perfeitamente o perigo que estava a correr se eles me encontrassem, afinal amigos não nos disparavam e depois perseguiam desta maneira.

Tudo se acalmou nos minutos seguintes, até a minha respiração. Senti frio, bastante mesmo. Tinha perdido o casaco e lá se tinha ido meia manga logo o meu braço estava também a envolver-se na lama sem protecção, o que baixava ainda mais a temperatura do meu corpo. Para além disso o dia começou a meter-se ventoso e muitas vezes a relva ia-me para os olhos durante a ondulação para aqui e ali. A neve tinha desaparecido mas o chão ainda estava húmido e eu conseguia sentir o odor a terra molhada, não estivesse o nariz a pouco mais de centímetros do solo.

Levantei a cabeça ligeiramente assim de o silêncio se espalhou por mais tempo. Claro que os grunhidos dos zombies famintos ainda ecoavam ao longe, como que numa procissão, mas de humanos nada, pelo menos que a audição apanhasse. Foi por isso que me sentei e aos poucos o corpo foi-se levantando, mas preparado para descer ao sinal de qualquer movimento entre os prédios e as ruelas de onde tinha vindo. Nada.

Olhei para a margem oposta, mas o declive era muito mais acentuado, logo o que conseguia ver eram os tectos de algumas casas. Eles ainda deveriam estar naquela margem, mais perto do asilo e eu só esperava que eles desistissem antes de darem com ele, ou se dessem, que não vissem ninguém lá. Mas para isso não poderia voltar para trás, tinha de subir a margem oposta e dirigir-me para oeste até apanhar aquela comprida estrada que nos levou até Centreville no primeiro dia e a qual não seguirmos em frente, mas sim viramos para nos deparamos com o edifício. Sabia que ela se estenderia alguns quilómetros e parecia-me uma trajectória que não levantava suspeitas. Coloquei as mãos e unhas na terra e comecei a subir rapidamente, pois não gostava nada de virar completamente as costas às ruelas de onde tinha escapado. Já no cimo rebolei sobre mim e continuei deitado a olhar para trás. Nada mesmo, ninguém. Respirei fundo de alívio, ainda poderia voltar são e salvo ao asilo pela noite talvez e lá poderia planear com os outros aquilo que tínhamos de fazer caso eles filhos da mãe se lembrassem de ir para aquelas ruas.

Tentei pegar no facalhão, mas fiquei desiludido ao perceber que tinha desaparecido. Merda, como eu gostava de o ter ao meu lado, deve ter-me escapado da mão durante a fuga e com toda a adrenalina a passar-me pelo corpo a sobrevivência falou mais alto e acabei por deixar de perceber que já não o tinha. Agora seria muito mais difícil passar pelos comedores, pois se tivesse de matar, teria de usar a Desert Eagle para disparar e fazer um absurdo e chamativo som.

Naquele momento assim que me levantei da terra olhei para ambos os lados e ao fundo, podia ver o edifício do asilo, longínquo, mas ali, uma grande saliência de pedra elevada e que dali teria muito menos que metade do tamanho irreal que tinha mesmo. Só pensava que faltava pouco e estaria dali a algumas horas a vê-lo ficar maior e maior enquanto me iria aproximar depois de estar em segurança. Ganhei esperança e corri, corri…

***

…até que os pulmões estavam prontos para saltar do tronco e enfim, tive de me sentar no chão, envolvido em suor mesmo com todo o frio que estaria. Fazia uma estimativa de que teria percorrido um bom meio quilómetro, quase tanto como quando tive de percorrer desde a loja até à vala. E isso tudo com o sol lá bem no ar. Devia ser perto do meio-dia, mas já não havia sol e em vez disso as nuvens tinham coberto o céu azul novamente.

Respirei fundo duas vezes e à terceira parei a meio, escutando. Havia zombies por perto, podia ouvir os seus guinchos de fome naquela zona que nem tinha edifícios, poucas árvores, apenas ervas rasteiras e descampado, uma autêntica floresta. Estava perto de uma grande pedra e por isso encostei-me mais a ela, antes de colocado de joelhos, espreitar para o outro lado do campo. Mais à frente havia duas caravanas abandonadas e à roda das mesmas cadeiras, grelhas de barbecue e claro, 7 monstros a vaguear. Deviam ter procurado abrigo por ali, mas não lhes valeu de nada, agora ainda me estavam era a dificultar a vida!

Sem facalhão, só me restava a arma de fogo na mão e isso não era muito boa ideia. Mesmo que o espaço entre mim e eles fosse grande o suficiente para que conseguisse abater todos antes de chegarem perto, eu não sabia se ainda andavam atrás de mim e por isso só iria fazer barulho desnecessário, ainda para mais ali no meio do nada, onde o próprio som poderia trazer até mim mais uns quantos comedores dos arredores. Teria de optar por esconder e avançar pelo terreno até ultrapassar todos eles.

Estudei-os muito bem. Tinham movimentos imprecisos e pouco regulares e por vezes até se colocavam uns por cima dos outros a atropelar, mas logo após as suas cabeças chocarem, voltavam em direcções opostas. Eles estavam a caminhar em círculos e quase nunca usavam a parte direita das caravanas, sendo talvez essa a minha oportunidade. Desde que conseguisse chegar até ao lado direito da caravana mais à direita, talvez os conseguisse passar sem problemas para mim. O único grande problema era a pedra onde eu estava escondido ser o único objecto sólido que me protegia dos seus olhos apodrecidos. Dali para a frente existia pouco mais que relvado e plantas rasteiras.

Foi então que entre os joelhos, consegui deslumbrar uma pedrinha pequena e negra. Peguei nela quase por instinto e voltei a olhar para eles lá ao fundo e então os meus olhos pegaram-se ao vidro da frente de uma das caravanas, aquela que estava mais próxima deles. Se eu conseguisse colocar na pedra força suficiente, talvez acabasse por partir nem que fosse um bocado do vidro e chamar a atenção deles. Assim enquanto estivessem entretidos, teria tempo para fugir na direcção oposta.

Coloquei o braço em posição e respirei fundo, tinha de conseguir acertar. Mirei o máximo que pude naquele enorme vidro e segundos depois coloquei toda a força possível naquela porra de pedra quando finalmente a lancei e ela foi disparada para a frente, mas parou no capô da caravana.

- Merda! – Sussurrei como um castigo a mim mesmo. Estive tão perto de conseguir. E mesmo o som que fez não foi suficiente para lhes chamar a atenção. Uma mulher sem lábios e com uma enorme bola de pus no lugar de um dos olhos ainda olhou ligeiramente para trás, mas logo a seguir perdeu o interesse e continuou a fazer o que mais sabia fazer: nada.

Voltei a olhar para baixo e por sorte encontrei mais uma, 3 centímetros maior que a anterior. Mas era a última por ali por isso só teria mais uma tentativa. Desta vez demorei mais a atirar, pois não queria de maneira nenhuma voltar a falhar. Tive de arriscar e sai detrás da pedra, avançando sobre o descampado mais um pouco, sempre atento a qualquer zombie que me olhasse e se tal acontecesse, só me restava fugir. Consegui um compasso de tempo em que nenhum deles me estava a ver e com isso, lancei o braço para trás e para a frente, fazendo a pedra voar. Tudo a seguir foram questões de segundos: A pedra avançava, eu olhei para a multidão de comedores e um deles estava a poucos centímetros que me olhar directamente. Paralisei a pedra bateu no vidro e fez um pequeno buraco, que estilhaçou e fez som suficiente para que todos eles se voltassem de costas para mim, até aquele que quase me descobriu.

Enquanto eles pensavam que alguém estava naquela caravana e tentavam abanar o veículo, aproximando-se das janelas e urrando, consegui desviar-me e percorrer todo aquele espaço até à lateral da outra caravana. Bem que podia tentar entrar na carrinha propriamente dita e arrancar, ganhando assim muitos quilómetros, mas quem me dizia que no interior existia mais um zombie? Isso eram coisas a pensar em grupo, ali o grupo era apenas o meu próprio pelo e não poderia arriscar. E por isso continuei a minha caminhada para oeste, sempre atento e sem chamar a atenção de nenhum deles.

Aquilo fez-me lembrar quando eu o Brian e a Marie encontramos a Claire e os outros no parque de campismo, pois aquilo quase que se parecia com o que outrora fora o nosso acampamento a meio caminho de Richmond, Dale City e Washington. Parecia tão perfeito e seguro… mas Claire estava agora morta e Tânia também… E eu não sabia como caralho estava o Brian… Para aqui ando, perdido no meio de uma zona florestada de Centreville, longe do asilo e de todos os que conheço, sem saber mais merda nenhuma… Só espero que eles estejam bem e em segurança, isso já me basta. Ou será este sentimento idêntico ao que tenho quando penso na segurança de Emily depois do mundo deixar de ser o que era? Espero sinceramente que seja diferente, ou iguais no bom sentido… Que se foda!

Deixei de ver casas de um lado e do outro. Estaria a meter-me mais para dentro daquela floresta infernal, ou simplesmente a aproximar da estrada que queria? Eu não sei punheta nenhuma de onde estou e ainda continuo a ir para oeste, o dia vai passar e eu vou acabar por me perder mesmo, passar a noite aqui desprotegido. Mas bem já devo estar suficientemente a oeste do asilo para que não me encontrem. Talvez descer e encontrar novamente as ruas me levem à estrada do asilo. É mesmo isso que terei de fazer agora.

E foi quando pensei em faze-lo que ao avançar mais alguns metros, fiquei pasmo. A norte já se via o rebordo de algumas casas e não só. Uma fila de mais de 10 tanques, daqueles brancos e militares, enormes veículos que mais pareciam pedras no meio do nada, mas eu conseguia ver a diferença, qualquer humano conseguiria. Aquilo gelou-me até os pelos do peito, pois agora queria mesmo ir o mais para sul possível, fosse aquilo um bom ou mau sinal, queria lá saber, desde que voltasse ao meu grupo e discutisse-mos tudo. Mas assim que me virei, fiquei alertado. Dois homens, com roupas gastas e que pareciam bem de caçadores. Um trazia uma caçadeira e outro algo como… uma besta?

Eles olharam para mim e eu olhei para eles. Mas por estranho que pareça, o olhar deles foi de reconhecimento, não sei como mais foi, pois não sabia quem eram. E eu senti receio pela segunda vez naquele dia, quando tive de levantar as mãos em rendição ao ter uma besta e uma seta apontada ao coração. Mas quem raio é que são afinal estas pessoas?! Tantas perguntas e tão poucas respostas. Eu agora nem tenho tempo de pensar em seja o que for…


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Notas finais do capítulo

O terceiro e o quarto saíram rápido, mas o quinto é capaz de demorar mais um poquinho, pois é um capítulo, como ei-de dizer, mais técnico e que necessita de uma maior elaboração. Mas não se preocupem, nada extenso demais xD
E já sabem, gosto de reviews =P