73 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Julia Everllark
Notas iniciais do capítulo
Demoro , mas tá ai . Capitulo 9 para nossa alegria.
A ultima vez que vi Charlie ele estava brigando por alguma coisa na cornucópia e depois correu para a floresta, mas a floreta é enorme.
Avisto uma arvore com galhos frondosos, escalo com dificuldade mas consigo chegar ao galho que queria, fico lá esperando anoitecer. Organizo minhas coisas, passo o dedo sobre o sangue já seco que a garota do 5 deixou no meu machado. Quando anoitece entro dentro do meu saco de dormir e uso a corda para me amarrar a arvore.
O hino que da iniciação as mortes começa, por entre os galhos consigo ver as baixas, a garota do 5 e o garoto do 10.
Começo a ouvir passos. Olho para baixo e vejo três pessoas, demoro alguns segundos para perceber que é o garoto do 4, o garoto do 5 e Charlie. Tento chama ló Psiu! Psiu!, ele olha para os lados procurando, mas continua a andar, acho que não dá pra ver aqui em cima . Então começo a chama – ló .
– Charlie! Charlie! – dou um grito baixo.Ele segue o som e acaba embaixo da arvore que eu estou, olhando para cima.
– Sou eu Julie, aqui em cima – digo.
– Desce – diz ele.
– Tá, estou descendo – digo. Me desamarro, enrolo o saco e dormir e o ponho dentro da mochila. Ponho os óculos de visão noturna, pego minhas armas e começo a descer. Quando chego ao chão percebo que o garoto loiro do 5 está com um enorme corte no braço esquerdo.
– Onde esteve, te procurei todos esses dias – diz Charlie.
– Sempre estive aqui por perto - digo.
– Esses são Been e Scott – diz ele apresentando os garotos.
– Oi – digo.
– Pra onde vamos ? –pergunto.
– A gente tem uma barraca é pequena, mas serve – diz Scott.
– Ótimo , vamos encontrar um lugar seguro e monta- lá - digo.
– O que você tem ai ? – pergunta Charlie.
– Algumas armas e suprimentos – digo.
Achamos um lugar mais escondido e montamos a barraca. Todos entram nela.
– Scott, venha aqui, eu tenho um kit de primeiros socorros. Vou cuidar do seu braço – digo.
– O que aconteceu? – pergunto.
– A garota do 1 atirou uma faca – diz ele.
Pego um pouco de soro fisiológico e jogo no ferimento. Esta meio inchado e com um pouco de pus. Passo uma pomada e faço um curativo com gase e esparadrapo e ao redor do ferimento enrolo uma faixa. Em seguida dou um analgésico e um anti inflamatório para ele tomar.
– É o que posso fazer – digo.
– Que isso, ficou ótimo - diz ele.
– Agora vai dormir – digo.
– Já estou indo - diz ele.
Me ajeito dentro do saco de dormir e por um momento me desligo do mundo.
Acordamos mais cedo do que o habitual para arrumar nossas coisas dentro das mochilas e desarmar a barraca, já que ela vai ficar mais visível a luz do dia.
Não temos muitas armas apenas um machado , um facão , um tridente pequeno, uma atiradeira e algumas facas.
Nós juntamos todo nosso suprimento, não são muitos, mas dá para sobreviver por alguns dias sem preocupação. Eu ainda tenho minha batatas e algumas tirinhas de carne, o pacote de biscoitos eu devorei ontem a noite antes de encontra-los . Charlie tem um pacote de frutas secas,sinceramente são horríveis, mas na hora da fome vale tudo. Been tem alguns pães típicos do distrito 4 , aqueles esverdeados com algas. E Scott tem um punhado de amoras, ele diz que não são venenosas, mas para mim parecem bastante suspeitas.
– O que vamos fazer agora? – pergunto.
– Não sei quem sabe caçar – diz Been.
– Humanos ou animais? – pergunto – Brincadeira gente.
– Isso aqui é coisa seria – diz Scott.
– Ok! Chega de gracinhas e vamos logo – diz Charlie.
Caminhamos um pouco até avistar alguns animais, alguns deles se parecem com gambás.
– É um gambá -diz Been.
– Empresta seu tridente – pergunto.
– Pode pegar - diz Been. O tridente é pequeno mais bem afiado.
Vou em direção ao animal, os outros ficam observando de longe e o mato, pouco antes de morrer ele libera um odor.
– Ei! Isso fede – digo.
– É, agora sabemos que é um gambá – diz Charlie.
– Eu disse que era – diz Been.
– Tenho pena de você que está ai sentindo esse fedo - diz Scott.
– Bobos – digo.
Limpamos a caça e acendemos uma fogueira discreta. Logo que a caça fica bem assada, nos apagamos a fogueira , sentamos ao redor dos seus restos e comemos a carne de gambá. Somos cautelosos, pois sempre pode ter alguém nos ouvindo ou observando.
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Comentem e digam o que querem que aconteça nos próximos capítulos. Espero que tenham gostado.