73 Edição Dos Jogos Vorazes escrita por Julia Everllark


Capítulo 10
Ferido


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora.



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Apagamos nossos rastros e seguimos a procura de água, pois nosso estoque está se esgotando.

- Onde foi que vocês acharam água da ultima vez ? – pergunto.

- Em uma fonte e você? - pergunta Scott.

- Em uma cachoeira aqui por perto, mas não foi uma boa ideia, porque eu encontrei a garota do 5 – digo.

- Então foi você que matou ela – diz Scott com um ar de reprovação.

- Eu não tive escolha, ela veio pra cima de mim com um facão, estava descontrolada - digo.

- Você estragou a única chance que eu tinha de vencer – diz Scott.

- Você ainda pode vencer. Olha eu não queria estar aqui tanto quanto você – digo.

- Tudo bem – diz Scott. Ele parece estar mais calmo agora, mas ainda um pouco abalado por eu ter matado a sua parceira de distrito.

- Onde fica a cachoeira ? – pergunta Charlie.

- Eu não sei direito, mas acho que fica pro leste – digo.

Caminhamos pro leste e nada da cachoeira aparecer. Andamos mais um pouco e a achamos, percebo que estava mais distante do que pensava que estava da região onde passei os primeiros dias.A cachoeira é linda, ela não é muito alta e deságua em um pequeno lago.

Bebemos o restinho de água que estavam nas nossas garrafas. As enchemos e as purificamos com iodo. Ficamos só com as roupas debaixo e tomamos um banho rápido naquele laguinho, a água está bem gelada.Vestimos as roupas mesmo com as debaixo estando molhadas.

Agora estamos procurando um lugar para ficarmos. Estamos caminhando sobre uma trilha, quando de repente uma flecha atinge de raspão o abdômen de Been, ferindo pelo menos duas camadas de pele do abdômen dele, o ferimento apesar de não ser muito fundo, está sangrando bastante. Não conseguimos ver o inimigo, mas temos que sair daqui logo, antes que ele nos ataque novamente, também não temos muito tempo para voltar e ataca- ló.

Os meninos estão segurando Been e o ajudando a caminhar e eu estou montando guarda, caso algum inimigo aparecer.

O barulho de uma flecha aterrissando no chão me faz ficar mais atenta. Seja quem for o inimigo , ele tentou me atacar com aquela flecha. Pego a flecha e a quebro em duas partes, para ele não poder usa lá novamente.

- Rápido temos que sair daqui logo, ele está atacando de novo – digo.

- Tá, mais tá difícil a coisa aqui – diz Charlie.

Depois de uns cinco minutos caminhando avistamos um lugar mais escondido. Estiramos no chão o saco de dormir de Been e ele se deita em cima dele. Começamos a examinar seu ferimento, de perto parece, chega mais ou menos a um dedo deitado de profundidade. O importante é que não nenhum órgão vital, o fluxo de sangue diminui um pouco , mas ainda sangra.

- Tá bem feio né – diz Been olhando para os nossos rostos preocupados.

- Dá pra curar . Scott o que você acha? Você que é do distrito 5 e lá tem bastante acidentes nas usinas – pergunto.

- É, os acidentes que a gente tem lá são em grande maioria bem piores e muitos sobrevivem – diz Scott.

- Julie o que você tem ai no kit de primeiros socorros? – pergunta Charlie.

- Gaze, esparadrapo, algodão, soro, ataduras, tesoura , pomadas e alguns comprimidos – respondo.

- O primeiro passo é lavar – diz Scott.

Lavamos nossas mãos com água e em seguida o ferimento com soro e secamos o excesso com um pano limpo. Passamos uma pomada para cortes sobre toda a área do ferimento e enrolamos uma atadura no abdômen dele. E damos uns analgésicos para ele tomar caso venha a sentir dor.

Agora deve ser de tardezinha quase noite umas sete ou oito horas da noite. Montamos a barraca e aprontamos o jantar, não tem nenhuma caça. Dividimos os pães de Been, ficam 2 para cada um , também dividimos as tirinhas de carne e as minhas batatas de saquinho.

- Não acha melhor deixar um pouco pra amanhã? – pergunta Charlie.

- A gente caça alguma coisa – diz Scott.

Vou chamar Been que está descansando em seu saco de dormir.

- Vem aqui comer com a gente. Não é nenhum banquete que nem aqueles que nos serviram na capital, mas dá pra comer – digo.

- Me ajuda aqui a me levantar – diz ele.

Corro para perto dele, ponho o braço por trás de suas costas e o levo na direção em que estão Charlie e Scott.Fazemos uma rodinha e comemos sob a luz do luar.

- Sabe, eu gostaria de ter conhecido vocês em outra situação – digo.

- É, seria bem melhor conviver com uma pessoa sabendo que ela não precisa morrer pra você sobreviver e aqui na arena é ao contrario – diz ele.

- Teríamos sido bons amigos – diz Been.

- Ainda podemos ser né Julie – diz Charlie me abraçando.

- É – digo irando seus braços de cima de mim.

Ficamos em silencio por uns segundos e começamos a ouvir gritos, prece uma voz feminina.

- Qual é cara nós somos aliados – diz a voz.

- Não importa você traiu minha confiança – diz outra voz que aparenta ser masculina.

Em seguida ouvimos um grito agudo e um tiro de canhão.

- Acham que são os carreiristas? – pergunto.

- Bem capaz – diz Charlie.

O hino que dá prosseguimento as mortes começa a tocar. Em seguida aparecem os rostos da garota do 1, o garoto do 7, a garota do 10 e o garoto do 11.

- Após que quem morreu agora a pouco foi a garota do 1 – digo.

- Scott e o seu machucado do braço? – pergunto.

- Tá melhorando – diz ele.

Entramos dentro da barraca e decidimos quem vai montar guarda está noite. Primeiro eu, depois Scott e por ultimo Charlie que também será responsável por nos acordar.




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.Mandem reviews ;D



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