Pov. Bianca.

Depois do momento “crianças felizes” com o Nico, voltamos para casa como se fossemos melhores amigos, apesar de não sermos muito unidos pelas nossas patéticas briguinhas entre irmãos, mais lá no fundo, bem no fundo mesmo, quase impossível de ser notado, nos amamos, ou não né...

Já dentro de casa, nos deparamos com nossos pais, eles estavam arrumando as compras, eles fizeram menção de nos chamar para ajudar só que perceberam que eu e o Nico estávamos nos dando bem, e eles não queriam interromper esse nosso raro momento.

Como estávamos vivendo pacificamente, até porque estava tedio para ambos, resolvemos ir para o quarto de Nico, que apesar de ele ser o casula o quarto dele ainda é o maior, o que é uma injustiça, já que eu sou mais comportada que ele e nunca fui mandada pra detenção ou algo do gênero, se bem que ele só tira notas altas sabe-se lá como.

Quando entramos no quarto dele fomos ver “The Hangover”, que é bem engraçado, eles fazem umas coisas tão idiotas que deixar de rir é impossível. Quando o filme acabou eram umas seis da tarde e já estávamos no tedio de novo, e como somos bem inteligente trouxemos o Wii de casa, só que os controles estavam sem pilhas, então fizemos uma aposta em alguma coisa besta para ver quem ia até o mercado compra-las.

Eu perdi então vou ter que ir ao mercado a dois quarteirões, só que eu sou preguiçosa pra cassete, então pra mim é longe.

O Nico foi comigo até a porta e quando eu sai ele a fechou. Assim que atravessei a rua, dei de encontro com um menino saindo de uma sorveteria e ele derrubou uma casquinha em minha blusa, e eu fiquei muito puta, mais ele começou a se desculpar e ao ouvir a voz melodiosa que saiu da sua boca, desviei minha atenção da blusa e olhei para o rosto dele.

Ele tinha cabelos encaracolados, com olhos castanhos escuros. Eu o perdoei e ele se apresentou:

- Meu nome é Leo Valdez- ele disse com um sorriso lindo e travesso no rosto que só agora eu percebi ser alegre e infantil.

-Bianca DiÂngelo-falei retribuindo o sorriso.

Depois nos despedimos e eu resolvi voltar pra casa, só que ele estava me seguindo, então virei-me e perguntei o que ele estava fazendo e eles simplesmente apontou para uma casa que se encontrava ao lado da minha, eu dei um risinho e ele me olhou como se eu fosse louca, ai eu expliquei que minha casa era a vizinha e que eu achava que ele estava me perseguindo, e ele riu.

Cheguei em casa e falei para Nico que conheci um de nossos vizinhos, só que ele estava entretido com uma cena que se passava na televisão do quarto dele, ele estava tão concentrado que eu consegui tirar o controle que estava do lado da cabeça dele em uma mesa de cabeceira, ai quando o assassino ia pegar o cara eu mudei para a cartoon network que estava passando Barbie Moda e Magia, e ele do nada me olha com uma cara psicótica e eu nem liguei, afinal o que ele vai poder fazer a mim.

Ele continuou a me encarar e um sorriso sapeca começou a se formar em seu rosto e ele em um salto me jogou no chão e fez cosquinha em mim, minha barriga já estava doendo de tanto rir.

Tentei me desvencilhar mais não consegui de jeito nenhum, então tentei morder o braço dele, sem êxito, até que ele disse:

-Pede penico- disse rindo do meu desespero.

-Nunca- disse entre gritos.

-Você quem sabe- deu de ombros e continuou a sessão de cosquinha. Depois de muito sofrimento da minha parte eu pedi o maldito penico ele parou continuando a rir. Assim que paramos de rir ele disse que teria troco, e eu disse que esse foi o troco, e ele disse que isso e só a amostra grátis e depois deu uma risada maligna, feito isso rimos mais ainda.

Pov. Percy.

Até que enfim cheguei a malibu, o azar me deu uma folguinha. Então cheguei na casa que meu pai havia alugado, assim que entramos, demos de cara com meu pai jogado no sofá.

A casa é bem bonita e espaçosa, meu pai decorou-a então ela já esta toda mobiliada e como ele chegou antes tem a coisa que me da alegria toda a vez que eu vou à cozinha, uma geladeira cheia de comida.

Ajudei meus pais com as malas e subi para meu quarto, nem reparei em detalhes tipo cor da parede etc., a única coisa que eu prestei atenção, devido ao cansaço, foi uma grande cama que estava em um ambiente espaçoso, fora isso acho que não reparei mais nada, nem o interruptor, já que a luz estava apagada.

Pov. Thalia.

Assim que chegamos em casa, com as latas de tinta e os moveis, logo começamos o trabalho. Os caras da mobília deixaram as novas em seus respectivos lugares, somente com o espaço entre as paredes para podermos pintar, e levaram a antiga para o caminhão, ai sim nos começamos a pintar as paredes, com a tinta de secagem rápida.

Um tempinho depois eu já estava entedia de ficar pintando, então desci até a sala onde estava um som que nós compramos durante nosso passeio da tarde, ai pluguei meu Ipod e coloquei “Happy Together”, e depois voltei ao trabalho, quando nós acabamos de pintar os quartos, nos dirigimos para a sala, e quando começamos a pinta-la começou a tocar “Come Together”, ai meu pai começou a mexer a cabeça no ritmo da musica, logo estávamos todos dançando. Quando acabamos tudo, resolvemos fazer um lanchinho, ficamos lá na cozinha conversando e zoando uns com os outros até não nos aguentarmos mais de tanto sono, então cada uma se dirigiu a seu respectivo quarto e dormimos.

Pov. Leo.

Quando voltei para casa, depois de esbarrar em Bianca, lá na sorveteria, meus pais me chamaram para jantar, e conversamos animadamente sobre os nossos dias, eu obviamente só disse que conheci uma vizinha, afinal não ia dizer que eu encontrei uma menina de estatura mediana... até porque isso deixaria de ser uma conversa e viraria um monólogo sobre todas as características que eu notei da menina, depois de um esbarrão.

Depois do nosso jantar super descontraído, meus pais alegaram estar cansados e se dirigiram ao quarto deles, então fui para o meu.

Me troquei e me deitei em minha cama, então fiquei olhando para o teto esperando o sono vir, e acabei começando a pensar em Bianca, nos seus lindos olhos castanhos escuros brilhantes, seus cabelos pretos e sua pele pálida, até que adormeci.