Cold escrita por KodS


Capítulo 4
(cap. 3) Unexpected Reactions


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o capitulo, mas é que eu tive pouca inspiração essa semana.



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Merlin não pode negar que estava assustado, Morgana voltou a vê-lo no dia seguinte na hora do jantar, um prato apetitoso estava em suas mãos, seus olhos corriam pegaram os dela por um segundo de tempo antes dela falar:

- Impressionado com a quantidade de comida Merlin?

- Na verdade, preocupado, sabe Morgana? Mesmo os mais belos anjos têm seus planos sombrios, nunca se confia em quem lhe oferece algo.

- Não sei se me sinto lisonjeada por me chamar de bela anja, ou se ultrajada por supor que eu usaria veneno como arma, sendo que tenho uma espada ainda limpa em meu quarto. – ela fez uma pausa, observando os olhos de Merlin vagar de si para a comida – Sabe Merlin? Desde pequena aprendi que veneno era arma de traidores - ela falou estendendo um garfo de comida para ele.

- E de mulheres – ele respondeu antes de pegar o garfo dentro da boca – Nunca lhe ensinaram isso?

- Talvez de mulheres covardes – ela deu a volta nele, os olhos de felinos não o deixaram nem por um segundo, assim como os dele escaneavam cada movimento dela – Não faz realmente meu tipo – ela encheu outro garfo – Quer outra garfada? Ou ainda acredita que está envenenado?

- Acredito que seu veneno deve ser lento – ele falou engolindo novamente a garfada.

- Você não faz ideia do quão lento ele pode ser. – ele não se lembrava de te-las ouvido, mas em seu subconsciente ficaram registradas.

Morgana viu Merlin comer mais e mais até o fim do prato, seus olhos começaram a pesar e Morgana notou que ele adormecia.

- Durma Merlin, eu entendo o sono depois da comida.

- Não confio em você

- Mas vai, - ela falou enroscando os dedos em seu cabelo – Você sabe que pode confiar em mim, Merlin.

Merlin sentiu aquelas palavras afundarem em seu peito até ele adormecer, de certa forma as mãos de Morgana em seu cabelo o fizeram sentir bem, como se boa parte do peso de suas costas houvesse sido retirado, mesmo sabendo que era impossível, adormeceu sonhando com o perdão da bruxa.

Morgana observou o feiticeiro adormecer parecia pacifico, seus cabelos eram macios e ela desejou que pudesse ter isso para sempre, não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas a presença de Merlin brincava com ela e a fazia oscilar em seus pensamentos e isso não poderia acontecer.

Morgana soltou as mãos do rapaz, estavam em carne viva pelo roçar das cordas, com um feitiço simples o livrou delas, mas por precaução deixou uma válvula de escape, se ele não a obedecesse, ela poderia trazer a dor de volta, assim poderia controla-lo caso algo desse errado.

Merlin acordou soltou, como se nunca tivesse sido preso, conhecia aquelas paredes, mas as cordas não estavam em lugar nenhum, invés disso ele estava sobre uma espécie de colchão de palha coberto por um lençol e alguns cobertores sobre seu corpo, contra uma das paredes, a pouco iluminação na sala denunciava um corpo esquio vestido de preto, não conseguia ver o rosto, mas isso não impediu que seu corpo reagisse, ele se ergueu deixando o que estava por cima escorregar e prensou o corpo contra parede.

Ele queria ser agressivo e gritar com ela, em sua cabeça milhões de palavras rodavam, mas nenhuma delas saiu quando abriu a boca, pelo contrario, seu corpo pressionou mais firme contra o dela, seus lábios se chocaram quente, macios e convidativos, ele se lembrava do toque dela em seus cabelos e da paz que o trouxera, mas agora o toque lhe incentivava a continuar buscando por ela, sua língua a invadiu e a dela respondeu com a mesma vontade, a luxúria ardia em seu corpo quando tomou-lhe a perna esquerda e a puxou mais perto, mas então a bruxa puxou seus cabelos o forçando a se separar.

- Não seja apressado Merlin, Você tem trabalho a realizar antes de qualquer coisa – ela se recompôs.

- Sinto muito minha senhora – ele falou contra sua vontade, por mais que tentasse, não possuía nenhum tipo de força sobre sua própria boca.

- Espero que se lembre – ela falou – Não quero ter de ser radical. – Merlin não entendeu o que ela quis dizer com radical, mas tudo que ela fazia parecia ter um efeito hipnótico sobre ele, ficou observando eu jeito de caminhar até sumir pela porta, os quadris se moviam com delicadeza e os pés eram silenciosos, como felinos.

Morgana deixou o corpo bater contra a porta, o que por Avalon havia sido aquilo? Merlin havia a agarrado como se ela fosse um brinquedinho.

Seus lábios ainda tremiam pelo beijo e ela achou que jamais parariam, afinal foi como uma corrente elétrica entre eles, e antes que pudesse pensar já estava pressionando a mão contra seus lábios, precisava controla-lo antes que ele passasse a tomar mais liberdade.

O pior era que Morgana pensou que não havia funcionado, quando ele se levantou e prensou com força contra a parede ela pensou que ele ia tentar mata-la ou algo semelhante, mas não. Um arrepio cruzou sua espinha, não podia negar a ousadia, a lembrança correu para ele “sinto muito minha senhora”, falou ao ser empurrado, a questão toda era se ele seria um bom “bichinho” e depois dessa singela frase Morgana já tinha sua resposta.

Merlin seria seu bichinho até segunda ordem.

Merlin ainda estava tentando entender o que havia acontecido, ele dizia e fazia coisas que só pensara muitos e muitos anos no passado “Você não faz ideia de quão lento ele pode ser” que veneno era esse? Por que o fazia fazer coisas que não queria agora?

Seus pensamentos vagavam tudo o que havia acontecido nas últimas horas, Morgana acariciou seu cabelo e retribuiu seu beijou, mesmo que não quisesse aquilo na hora, seus pensamentos se fixavam naquilo e seu coração parecia se alegrar, já passara tantos anos desde que sonhara isso, quando seu coração iria entender que Morgana era a escuridão para sua luz e o ódio ao seu amor?


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