Querido Diário,

Esses dias aqui em Hogwarts estão sendo incríveis. Eu, como esperado sou a melhor da classe e todos os professores me amam. Nossa, que convencida eu não? As vezes Penélope diz que eu deveria ter ido pra Sonserina. Eu não sei, mas acho que ela me inveja sabe? Está na cara que ela gosta de Hudson mas ele não dá muita bola pra ela. As vezes, sei que isso é estranho, parece que ela pode fazer de tudo para ficar no meu lugar. Hudson está bem grudado comigo esses dias, é estranho, considerando tudo o que anda acontecendo. Os ataques e aquela criatura. Na noite passada quando eu acordei suando pelo pesadelo ele estava ali no meu quarto. O que ele estava fazendo? Não sei, só sei que quando eu acordei ele saiu correndo sem se explicar. Erick continua me enchendo o saco, ai que menino do diabo! Pelas barbas de Merlim. Ele anda muito com uma garota que eu não conheço, ela é muito bonita. Nunca me tratou mal. As vezes, eu me sinto observada. Tem algo estranho acontecendo.

                                             Ellie Rose.

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Hermione desceu as escadas do Salão Comunal e encontrou Draco sentado no sofá olhando para o arquivo de Erick em cima da mesinha de chá.

- Você sabe que precisamos fazer alguma coisa sobre isso não sabe? - ele perguntou se levantando - Talvez se eu fingir ser amigo dele...

- Acho que ele não vai querer seu amigo depois daquele soco que você deu nele Draco - Hermione disse - Eu sinto que tem algo sobre ele que pode resolver o que está acontecendo. Que ele tem respostas.

- Sim, bem, isso é óbvio Granger - Draco disse irônico - Mas e o diário que você encontrou.

- Oh sim está ajudando muito - Hermione  disse - Ellie escreveu coisas sobre Hudson, que ele ficou muito grudado nela. quase paranóico. Também escreveu sobre Penélope e como ela tinha inveja. Sobre Erick também, principalmente. Ele a maltratava de uma maneira horrível. Jogava pedras... era... horrível mesmo.

- Nós temos que fazer alguma coisa - ele socou a parede frustrado - Somente eu posso tirar isso de você. Mas nós temos que descobrir quem vendeu sua alma.

Hermione assentiu com a cabeça e olhou seus horários de aula. Runas antigas.

- Temos runas antigas agora, ele faz essa aula - Hermione disse - Eu sei que McGonagall mandou nós se sentarmos juntos em todas as aulas mas eu acho que dessa vez eu vou ter que se sentar com Erick.

Draco congelou.

- E por que você faria isso? - Ele perguntou com a mandíbula apertada.

- Em busca de respostas, talvez se eu me aproximar dele eu descubra alguma coisa - Hermione explicou mas viu o olhar hesitante do loiro - Olha, vai ser só nessa aula e não é como se ele fosse me estuprar na frente de uma sala inteira.

- Eu não dúvido disso - Draco disse mas pegou suas coisas - Vamos logo ok? 

Então os dois andaram juntos nos corredores. Cientes dos sussuros sobre os dois. Porra. Eles ainda não haviam descoberto que Lilá espalhou para todos que eles estavam juntos. 

Quando os dois estraram na sala todos os alunos olharam para eles com sorrisos maliciosos. Hermione corou e Draco sorriu de canto. Ai como era bom ser o centro das atenções.

Hermione viu Erick sentado na ultima fila e foi até ele, se sentando ao seu lado.

- Olá, posso me sentar com você? - Ela perguntou amigável.

Erick a olhou confuso e surpreso.

- Claro, por que não? - Ele deu um sorriso encantador.

Draco olhou para os dois, sorrindo um para o outro. Raiva. Era só ela falar com ele, não flertar! Porra, por que ele estava sentindo ciúmes? Mas ela iria pagar por fazer ele se sentir assim. Olhou em volta e achou Astoria sentada numa carteira não muito longe de onde Erick e Hermione estavam. Ela estava com um enorme estojo de maquiagem em cima da mesa. Patética.

Ele foi até ela.

- Astoria, posso me sentar aqui? - perguntou.

Astoria sorriu.

- Mas é claro Drakie, eu sabia que os boatos eram falsos - Astoria sorriu mais ainda - Sabe? Aquele que você e a sangue-ruim estavam juntos...

Draco se mexeu desconfortável na cadeira. Odiava aquela palavra hoje em dia.

- Somos só conhecidos, nada de mais - ele respondeu e deu um sorriso de lado.

Hermione, que estava tentando tirar informações de Erick, ouviu. Nada de mais? O que eles tinham não era nada de mais? Era assim que ele pensava? E os beijos?

Ela sentiu raiva. Ele iria pagar.

Aliás, por que ele foi se sentar com aquela vadia mesmo?

- Olha eu sinto muito sobre aquilo naquele dia - Erick se desculpou lançando um olhar sedutor - Não posso me controlar com uma garota tão linda como você.

Oh, que doce Hermione pensou mas logo balançou a cabeça Não, foco Hermione, você está falando daquele que provavelmente vendeu sua alma.

- Tudo bem, não foi nada - Hermione jogou seu sorriso sedutor também.

Draco olhava tudo de longe. Por que ela estava sorrindo assim? Ela só podia sorrir assim pra ele.

- Ridiculo não? - Astoria perguntou com sua voz irritante.

- Sim, ridículo mesmo - Nisso Draco teve que concordar.

Foi quando a Srta.Goldman entrou na sala. Sorridente como sempre. Ela tirou uns livros da bolsa e com um toque de varinha eles voaram para as duplas.

- Olá classe - ela sorriu - Hoje quero que vocês decifrem esses códigos de runas antigas. São simples e fáceis. Boa sorte.

Draco e Astoria trabalhavam em silêncio. Ou quase. As vezes a garota dava beijos na bochecha do loiro como se eles fossem namorados.

Erick e Hermione trabalhavam bem. Hermione as vezes dava em cima do garoto, mas era apenas fingimento. Sim, ele era bonito e tudo mas ela estava apaixonada por outro.

Que naquela aula parecia dar a merda sobre ela.

- Esse está dificil - Hermione murmurou sobre a terceira linha.

- Eu lhe ajudo - Erick pegou sua mão, seu corpo ficando muito perto do da castanha - Um grifo significa vogal, manticora significa A então é uma frase em singular.

Hermione sentiu o perfume de Erick. Muito forte. Droga, ela queria o afastar, mas não podia.

- Obrigada, você é muito inteligente - disse falsamente.

Erick sorriu e se afastou. Finalmente.

Draco de longe viu a cena toda. Ele ferveu. Por que ela estava dando bola para aquele filho da puta? Ah mas não ia ficar assim, não mesmo.

Ele começou a passar a mão na perna de Astoria.

- Ai Drakie para, estamos em aula - Astoria falou e deu um risinho.

Hermione viu e sentiu lágrimas em seus olhos. Como ele pode?

Draco se sentia doente. Mas ele estava cego pelo ciúmes. Hermione não estava percebendo isso é claro.

Draco então começou a acariciar o braço de Astoria para cima e para baixo. Droga, ele estava flertando com ela. O que ele tinha na cabeça?

Hermione tentou se concentrar.

- Erick, você sabe o que é um Darkness? - Hermione perguntou como quem não quer nada.

Erick ao seu lado ficou pálido e pareceu ter virado pedra.

- N-não, por que pergunta? - Ele perguntou olhando pro seu livro e rabiscando alguma coisa.

- Nada não, é só que vem acontecendo algumas coisas estranhas comigo sabe? - Hermione sorriu fingida - Ataques. Eu sei que alguém vendeu minha alma.

- E você acha que sou eu não é? - Erick perguntou, parecendo com medo.

- Eu nunca disse isso, você que chegou a essa conclusão - Hermione ergueu uma sobrancelha.

Srta.Goldeman pegou a varinha e deu um aceno. Todos os livros voltaram empilhados para a sua mesa. Ela sorriu olhando para a turma.

- Muito bem, todos botaram os nomes? - Todos assentiram - Estão liberados, tenham um bom dia.

Hermione então saiu dando um beijo na bochecha de Erick. Mas isso, como tudo que ela fez até agora, era fingimento. Draco era muito cabeça-dura para entender isso. Achou que ela fez aquilo por vontade própria. Para se vingar, pegou Astoria pelo braço já que a garota já estava indo embora.

- Não vai  sair sem o meu beijo vai? - Draco perguntou sedutor.

Astoria deu um risinho e o beijou na boca e Draco correspondeu. Todos os Sonserinos aplaudiram. Menos uma, Daphne que viu a cara de Hermione que parecia a beira das lágrimas. De novo.

Draco quando se separou de Astoria também viu e seu coração quebrou em pedaços. Ele não pôde dizer nem uma palavra pois Hermione havia saído correndo da sala.

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De cabeça baixa e chorando uma Hermione Granger andava pelos corredores. Ela sentiu uma mão em seu ombro.

- Eu não quero falar com você Mal.. - Ela não pode terminar a frase.

- Não é Draco, sou eu - Daphne disse - Vem, vamos tirar você aqui... está todo mundo olhando...

Realmente. Alguns alunos olhavam para Hermione confusos, outros riam. Ela se sentiu tão... exposta. Daphne a pegou pelos braços e a levou até os jardins, onde se sentaram em um banco afastado.

- E-eu - Hermione tentou falar.

- Shh, não diga nada - Daphne disse - Olha, sei que deve estar se perguntando porque eu estou lhe ajudando. A verdade é que ninguém merece isso. Eu sofri pela mesma coisa. Astoria roubou meu namorado e aquilo doeu muito.

Hermione a olhou, parando de chorar.

- Eu sinto muito - ela disse apenas.

- Está tudo bem - Daphne sorriu - Olha, é muito estranho ser mandada pela sua irmã cassula. Eu sou a mais velha! Tipo, é contras as leis da natureza.

- Eu não sei, nunca tive uma irmã - Hermione riu e Daphne também. 

- Draco é um idiota, você pode fazer melhor - Daphne se levantou - Faça que nem eu fiz, mude para outra e não deixe ninguém lhe por pra baixo. Mas eu tenho que lhe dizer, nesse caso, ele está louco por você.

- Você acha? - Hermione perguntou surpresa - Se for, ele não demonstra isso...

- Ele demonstra, mas você não vê - Daphne sorriu - Você tem que apenas pensar um pouco e você vai achar o que fazer.

Hermione se levantou também.

- Muito obrigada, por me tirar de lá - Hermione disse um pouco constrangida.

- Tudo bem, você pode me pagar me apresentando a aquele seu amigo ruivo - Daphne disse e saiu.

Hermione sorriu para si mesma. Ela sabia onde ir para apenas... pensar.

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Querido Diário,

Erick está namorando com a garota bonita. É estranho sabe? Essa coisa de namoro. Todo mundo da escola começou a falar sobre eles e parece que quando ele está com ela ele se esquece de tudo. É isso que o amor faz diário? Eu não sei, eu nunca amei. Mamãe diz que ela ama papai, muito mas que ele não demonstra seu amor por ela. Ela sente cíumes muito facilmente e eles brigam toda hora. Penélope diz que seus pais são separados e que ela vive apenas com a mãe. Imagino como ela se sente.Hudson diz que seus pais se amam e que nunca, nunca mesmo vão se separar. Eu não sei diário. Eu acho que eu nunca vou amar.

                                                  Ellie Rose.

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A noite havia chegado rapidamente. Draco queria um lugar para pensar sobre suas escolhas.

Hermione queria um lugar para pensar sobre o que fazer.

Draco chegou na Torre de Astronomia.

Hermione também.

Quando os dois se encontraram ali naquela Torre, onde poderia ver as estrelas e a lua eles sentiram emoções todas juntas. Raiva, felicidade, angustia.

- O que você está fazendo aqui? - Hermione perguntou baixinho.

- Eu lhe faço a mesma pergunta - Draco respondeu, ainda a olhando firmemente.

- Eu posso vir aqui tanto quando você - Hermione disse mais firme dessa vez.

- É interessante você aparecer depois de tudo o que você fez - Draco disse cego pela raiva.

- Eu fiz? O que eu fiz? - Hermione gritou estupefata - Você não tem o direito de apontar o dedo para mim Malfoy. Foi você que me fez de tola na frente não só da turma mas também de toda escola!

- Eu?! - Draco perguntou apontando para si mesmo - Você é quem não tem o direito Granger. Ficou se agarrando com aquele merda da Corvinal durante a aula inteira, agindo como uma verdadeira puta.

- Puta? - Hermione gritou com toda a sua força - Eu sou puta agora? E aquela loira filha da mãe que você ficou agarrando na aula também? Erick foi fingimento Malfoy, mas você é um filho da puta que gosta de ver os outros sofrer.

- Oh meu Merlim - Draco disse irônico - Filho da puta hã? Eu sou o filho da puta? Da mãe que está confinada em casa sem poder sair hein? Eu sou aquele que está em liberdade condicional hã?

- Não foi isso que eu... - Hermione tentou mais calma.

- VOCÊ QUER DIZER QUE EU SOU AQUELE QUE NUNCA, NUNCA ALGUÉM PODERIA AMAR NÃO É?! - Draco berrou com todas as suas forças - E VOCÊ É A SENHORITA PERFEIÇÃO É ISSO?

- Não... eu nunca... - Hermione tentou de novo.

- MEU PAI É UM MERDA, MINHA MÃE É UMA TOLA E EU SOU UM FILHO DA PUTA NÃO É MESMO GRANGER? - Draco gritou - VOCÊ É SÓ UMA GAROTA TOLA QUE ACREDITA EM CONTOS DE FADAS. VOCÊ VAI MORRER GRANGER E NÃO HÁ NADA QUE EU POSSA FAZER SOBRE ISSO. QUER SABER? EU NÃO QUERO FAZER NADA SOBRE ISSO.

- PELO MENOS EU SOU AMADA MALFOY, PELO MENOS EU FIZ ALGUMA COISA NESSA GUERRA, PELO MENOS EU NÃO FUI UM COMENSAL DA MORTE - Hermione de repente berrou, as palavras saindo de sua boca por extinto.

Não... ela não queria ter dito isso. Aquilo não era ela, não era o que ela pensava. Por que aquele dia estava saindo uma merda? Por que tudo estava dando errado meu Merlim?

Como uma maneira de desculpas, ela o puxou e o beijou.

Mas ele não retribuiu e então, ela saiu de perto.

Talvez seus beijos não seriam mais retribuidos, talvez ele gostasse de Greengrass agora.

Hermione fechou os olhos para não deixar as lágrimas cairem. E então se virou, preparando para sair da torre deserta. Foi quando ouviu uma voz rouca:

- Pelo menos eu não sou um sangue-ruim de merda.

A fúria tomou conta dela mais uma vez, ela voltou seu caminho correndo em direção ao loiro e lhe deu o maior tapa na cara. O som estridente passou por toda a torre.

Ficaram se encarando,

Por vários segundos.

Até que Draco a prensou na parede num beijo feroz, Hermione se viu obrigada a por suas pernas em volta de sua cintura, o beijando de volta na mesma maneira. Ambos queriam mais.

- Desculpe - ela sussurrou.

- Desculpe - ele sussurrou de volta

O beijo então foi ficando mais calmo, logo, os dois estavam no chão. Draco conjurou cobertores e almofadas que fez o lugar ficar confortável. Os beijos saíram apenas dos lábios indo para os pescoços e em direção a parte desnuda do peito de Hermione que tinha os olhos fechados. As mãos do loiro brincaram com os botões da calça jeans que ela usava. A camiseta dele já estava jogada em algum lugar do chão sujo.

Quem ligava?

Voltaram a se beijar, dessa vez foi Hermione quem comandou o beijo, passando suas mãos no abdômen definido de Draco, que soltou um suspiro.

- Se você não parar... - ele advertiu.

- Eu não vou parar - Hermione sussurrou.

- Ótimo - ele disse e a empurrou para os cobertores no chão, ficando por cima.

Logo a blusa dela também estava no chão e a calça dele também. Beijos eram distribuídos por toda parte do corpo, as mãos passeavam, se conhecendo. Parecia que onde elas tocavam, fogo queimava de uma maneira deliciosa. As sensações ao auge como cada peça de roupa foi se indo, sendo jogada no chão. Gemidos foram logo ouvidos, de acordo com as ações que faziam aquele fogo ficar mais intenso.

Finalmente então, eles se encontraram.

Gemidos, grunidos e pequenos gritos vieram.

Até que o fogo, se ainda mais possível, ficou mais intenso unindo os dois de uma maneira inexplicável.

Naquele momento eles eram apenas um.

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Querido Diário,

Lembra daquela vez que eu falei sobre amor? É, agora eu entendo o bem que esse sentimento faz. Nunca tinha entendido. Tenho 11 anos apenas afinal, não é como se eu fosse me apaixonar perdidamente por um principe encantado. Essas coisas levam tempo. Eu vi hoje uma cena que me chocou, um garoto do sétimo ano e uma garota do quinto, eu não sei sobre o que eles estavam discutindo, mas era muito sério. Ela o acusou de não o amar mais. Ele bateu nela. Ela chorou e saiu correndo. Eu contei para o diretor e ele tomou providências. Sabe, eu nunca vou entender esse sentimento, pois minutos depois a garota estava beijando o namorado. Como isso foi possivel?

                                  Ellie Rose.