Sweet Cherry escrita por Kamiille


Capítulo 7
Capítulo 7 - Compras!


Notas iniciais do capítulo

Yoo Minna! Espero que gostem do capitulo :3 Nesse, a participação do Castiel é bem curtinha... n.n



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O resto do dia foi calmo. Castiel se desculpou com Rosalya e a gente passou o dia com ela. Achei uma “obrigação” depois do que tínhamos a feito passar. Ela era uma garota bem legal. Não era uma “Debrah” ou “Ambre” da vida.

-Ei, vocês viram isso aqui? –Ela apontou para um cartaz colorido.

“Um adorável passeio biólogo na praia.” –Eram as letras que mais chamavam atenção. Logo abaixo tinha o dia, o horário, o proposito e tudo o que o aluno teria que levar para poder participar. Seria um passeio em uma praia local por causa da aula de biologia. Algo como conhecer melhor as algas e pedras de verdade. E seria nesse fim de semana! Passaríamos o dia inteiro lá, aqueles que terminassem a “pesquisa” sugerida poderia gastar o tempo restante na praia da maneira que quisesse. 

No portão de saída a professora estava entregando as autorizações que teriam que ser preenchidas pelos responsáveis.

-Droga! Além de ir ao dentista, agora tenho que ir ao correio enviar isso para o Jacke ou Mari assinar. –Castiel sempre se referia aos pais pelo nome.

-Caraca você vai me abandonar essa tarde! –Fiz bico.

-Deixa de drama. –Ele passou a mão pelo meu ombro.

-Gente, eu vou indo pra casa, não sei vocês, mas estou cansada pra caramba. Além de estar bancando a “super-vela”... Vejo vocês amanhã? –Eu e ele assentimos vermelhos, nós nos despedimos e Rosa pegou a direção contrario da nossa.

-Ei, vamos no cinema hoje? Tá passando um filme sobre zumbis e torturas. –Nos estávamos andando de mãos dadas para casa.

-O que eu disse sobre filmes de tortura pra você? –O encarei.

-Mas não é só de tortura. É de formas de se torturar um zumbi. Você não disse nada sobre isso... –Ele parecia uma criança tentando convencer a mãe.

-Você não tem jeito... –Desdenhei.

Ele riu.

-Ah, eu sei que você também quer ver. –Ele deu uma empurradinha com o quadril dele no meu.

-Tá bom, tá bom. Mas eu vou ter que tampar seus olhos nas cenas mais fortes. –Exigi.

-Eu não acho que você tenha que se preocupar com isso... Você pode estar ocupada fazendo outra coisa... –Ele piscou.

-Comendo pipoca? –Me fiz de desentendida.

-Não. –Ele deu um sorriso metido antes de me deixar sem folego com o beijo. –Fazendo isso.

Arfei.

-Acho que entendi. –Senti minhas bochechas vermelhas. E ele riu. Como sempre.

Seguimos comentando o filme até a casa dele.  

-Você tem mesmo que ir ao dentista? –Nós já estávamos na nossa rua.   

-Sim. Ou você quer beijar uma boca com caries? –Ele arqueou uma sobrancelha.

-Eca! Você não tem carie! Né? 

-Não, bobona. E eu vou no dentista pra continuar assim. –Ele revirou os olhos. –De todo jeito, tenho que passar no correio também por causa desse “passeio biológico”... –Ele abriu aspas no ar com os dedos. –Enfim, vamos pegar a sessão das 20:00hrs. A gente se encontra lá as 18:00, em frente o chafariz?

-Combinado. –Dei um selinho nele. –Acho que vou ter que arrumar a bagunça do meu quarto... Pra ver se a hora passa...

-Você não consegue mais viver sem mim. –Ele me puxou junto a si em um movimento rápido e sussurrou no meu ouvido antes de me dar um daqueles beijos de tirar o folego. –Tchau, te amo.

-Também te amo. –Disse quase ofegante.

Ele foi embora rindo e eu fui pra casa ainda meio tonta.

-Au! Au! Au!! –Nala pulo em cima de mim.

-Já está melhor hein, garota? –Acaricie a cabeça dela e entrei em casa.

Estava com fome então me dirigi à cozinha e preparei um sanduiche de peru. Eu estava comendo tranquilamente até ela chegar.

-Como você pôde fazer isso com a sua própria irmã?! –Anne jogou os cabelos escarlates pro lado enquanto me fuzilava com os olhos violetas.

-What? –Realmente não tinha entendido de primeira.

Ele respirou fundo e contou até 10 em um sussurro.

-Sua irmã está lá no quarto chorando por você! Por culpa sua! Como você pode roubar o namorado dela?!

Ok, eu não sabia se ria ou chorava. Chorava de rir.

-Olha, eu nunca soube de nenhum namorado que Debrah teve... –Dei uma mordida no meu sanduiche.

Eu achei que iriam sair raios roxos do olho dela de tanta raiva que ela me olhava.

-Você sabe muito bem do que estou falando! Do tal de Castiel! Sua irmã sempre deixou claro que gostava dele! E ela me contou que você e ele estavam se beijando no refeitório hoje. E nem ouse dizer que é mentira! Agora mesmo eu vi a mesma cena aí na rua! Além de fazer isso com a sua irmã, fica se esfregando em publico com um garoto?!

-Êpa, êpa. Kamile, prazer. Eu não me esfrego com garoto nenhum. E sim eu e Castiel estamos... –De novo! Estávamos namorando? Ficando? Droga! A gente precisava resolver isso.

-Você e esse tal Castiel estão magoando a minha princesa! É isso que vocês estão fazendo! Você acha isso certo Kamile?! Tente se colocar no lugar da sua irmã! Eu vou ligar para o seu pai agora! Eu quero que você termine com aquele garoto o mais rápido possível! –Ela saiu rebolando em direção o quarto.

Dessa vez eu realmente não consegui segurar e ri. Ela tinha noção de como era patética? Não, não era possível. “Vou ligar para o seu pai agora”. Coitada...

Terminei o sanduiche e tive uma ideia da qual não poderia deixar de fazer. Não mesmo.

Subi as escadas o mais silenciosamente possível. A porta do quarto dela estava só encostada, de modo que eu consegui abri-la só por encostar sem fazer nem um ruído. A cena foi... Patética.

Debrah estava um pouco de costas quando eu cheguei. Não conseguia ver o que ela estava fazendo até ela jogar a cabeça pra trás e pingar uma espécie de colírio nos olhos. Foi só quando vi a próxima reação dela de total drama exagerado que percebi que o “colírio” era um frasco de lagrimas falsas. Daquelas que se usam em peças de teatros ou novelas.

-Kamile! Aquela idiota! O único menino que nunca me quis! E ela fez o que? Conseguiu conquista-lo! Ah, mas ela vai pagar por isso! –Depois do “discurso” ela começou a fingir um choro alto.

Desci as escadas da mesma maneira que tinha subido. Ok, eu precisava de ar fresco depois daquela cena. O parque não. O parque sem Castiel não era o parque. Resolvi ir á uma nova loja de roupas que tinha aberto no shopping. Não era muito a minha fazer compras, mas ajudava a distrair de vez em quando.

No caminho tentei pensar em tudo aquilo. Ok, Castiel. Amigo? Não, não éramos só amigos desde sempre. Melhores amigos? Sim, sempre fomos e seremos melhores amigos. Mas melhores amigos não se beijam. Melhores amigos coloridos? Isso existe? Bom, poderíamos inventar... Ou ele podia logo me pedir em namoro. Senti um frio na barriga. Se virássemos mesmo namorados... Isso iria destruir nossa amizade? Amizade de Castiel era a coisa mais importante pra mim. Mas o “rolo” com ele estava sendo igualmente bom! Ou melhor? Droga. Eu estava confusa.

Ok, Debrah/Anne/Papai. Suspirei. Eu não podia ser só mais uma garota normal que estaria se preocupando com alguma bobagem de roupas/sapatos ou maquiagem? Não, eu não podia.

Peguei um taxi e rapidamente estava em frente da loja que estampava uma placa “Recém inaugurada! Aproveite nossas promoções!”. Não me surpreendi em ver Rosa na vitrine.

-Muito cansada não é mesmo? –Ela deu um pulo com se estivesse sido pega no flagra.

-Fala sério, eu tava pagando de tocha olímpica! –Ele jogou os cabelos igualmente brancos aos meus para o lado.

-Ah, não fomos tão maus assim! –Ela me jogou um olhar de “Você está brincando né?” e se voltou para vitrine.

-Vamos fazer compras?? –De repente o olhar dela tinha um brilho maligno assustador.

-É bem... Acho já que estamos aqui... –Eu não pude terminar a frase antes que ele puxasse meu braço e me leve-se para dentro da loja.

Era uma loja nova (como dizia a placa, recém-inaugurada...), mas tinha lá seu charme... Não era aquelas lojas em que você chega e fica até com desanimo de comprar alguma coisa... Ela tinha um lindo design e a peças á venda me agradavam.

-Ai meu Deus! Olha isso! –Rosalya pegou um vestido branco com um colete e gravata embutidos pelo cabide e colocou por cima da própria roupa. –Eu preciso provar isso! –O brilho no olhar estava cada vez maior.

-Não sabia que você gostava tanto assim de moda... –Eu disse mexendo em alguns modelos que estavam perto de mim.

-Você está brincando?! –Ela parecia uma criança em um parque de diversões. –Eu tenho um caderno de desenhos. Eu amo desenhar roupas e costura-las. É o meu sonho se estilista!

-Então acho que tenho uma proposta para te fazer. –Uma voz masculina nos assustou. –A loja é nova e estou procurando pessoas com talento. E pela roupa que você está usando, acredito que tenha muito talento... –O menino que falava conosco era, pelas suas roupas e o papo estranho, o dono da loja. Ele parecia ter mais de 18 anos, olhos e cabelos negros. Apesar de ter certeza de que eu nunca havia o visto da minha vida, tinha algo de familiar na expressão dele. Ele era bonitinho... E Rosalya com certeza tinha percebido isso.

-Qual proposta exatamente? –Ela perguntou parecendo interessada... Mais nele do que na proposta.

-A gente podia conversar sobre isso em um jantar... –Ele respondeu parecendo ter segundas intenções. Quem estava sendo a tocha olímpica agora? –Me chamo Leigh. –Então ele fez algo que me fez descobrir por que o achava familiar, beijou a mão de Rosa.

-Rosalya. –Ela acenou.

Eu estava prestes a perguntar se ele conhecia Lysandre quando o próprio saiu de trás dele.

-Leigh, eu não sirvo para trabalhar aqui. Contrate logo um vendedor se tem amor pelas suas peças. Não tomarei responsabilidade se um desastre acontecer... –Ele estava segurando varias caixas de sapato, sendo difícil ver o seu rosto. Na verdade só o reconheci pelo topo da cabeça branca e a voz.

Ele colocou as caixas em um banco.

-Oh, Kamile. –Ele deu um sorriso sedutor daqueles que parecem de propaganda de pasta de dente.

-Lysandre?? O que você está fazendo aqui? –Indaguei.

-Oh, vocês se conhecem? –Eu achei totalmente bizarro o fato de Leigh repetir o “Oh”.

-Sim, Kamile é minha colega de classe. E se eu me lembro bem o seu nome... É Rosalya, não? –Eu não tinha percebido bem quando, mas quando me dei conta Lysandre estava mais perto de mim.  

Rosalya assentiu.

-Esse é o meu irmão, Leigh. Nós acabamos de abrir a loja. Ele é um ótimo estilista e estou morando com ele em um apartamento aqui perto.

-Sim, e acho que acabei de achar a garota perfeita. Digo, para me ajudar aqui na loja... Se ela aceitar... –Rosa corou. –Você não gostaria de passar o dia aqui pra gente conversar, se conhecer um pouco... Você pode ver como a loja irá funcionar e pensar sobre o assunto... –Leigh também estava levemente corado.

-É, acho que eu aceito... Kamile? Tudo bem? –Ela “olhou” pra mim. Eu tive certeza que se eu não assentisse logo, teria uma morte lenta e dolorosa.

Os dois saíram conversando para dentro de uma porta que parecia o deposito ou algo assim. Me virei para Lysandre e por um segundo me perdi nos olhos deles. Caramba! Qual era o mais bonito? O verde ou o dourado?

-Então você veio fazer compras? –O mesmo sorriso “Colgate” estava no seu rosto.

-É... Bem, eu vim dar uma volta para distrair... Sabe? –Ele estava perto demais.

Acho que ele percebeu meu “nervosismo” e deu um passo para trás rindo.

-Você acha que eu consigo de distrair? –Ele arqueou uma sobrancelha.

-Hãm? É... Acho que sim... Quer dizer... –Ah, droga! O que eu estava fazendo?

Ele riu.

-Vamos tomar um sorvete. Pode ser? –Ele colocou o braço dobrado na cintura.

-C-claro. –Enganchei meu braço no dele e saímos em direção á soverteria.  


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Notas finais do capítulo

Sorvete... Sei... e.e