Cego Coração escrita por Aella


Capítulo 11
Décimo Primeiro Capítulo - O Ataque


Notas iniciais do capítulo

Oi povo! Demorei para escrever porque estou prestes a me mudar... Então estou tendo que arrumar tudo aqui em casa e minhas malas, está tudo tão corrido D:
Desculpem pela demora e espero não demorar muito para escrever o próximo. Obrigada por acompanhar a história!
~Bruuh-chan



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– E, de repente, ele me puxa e me beija do nada, dizendo que queria que eu fosse sua fêmea!

– Não acredito! Ele fez isso mesmo?

– Ah, Tsugumi! Você tem tanta sorte!

– Muita sorte! Kichiro é um bom guerreiro, corajoso e muito lindo!

– Eu sei! Ah... E ele virá me buscar daqui a uma semana!

Kagome sorria enquanto lavava as pelagens de sua tribo com algumas outras fêmeas. Tsugumi, uma das fêmeas solteiras, iria acasalar com um dos lobos da Tribo do Oeste que ela conhecera na noite anterior, e todas as outras lobas estavam muito contentes com a notícia.

Ela também estava feliz por Tsugumi, mas também estava feliz por si mesma. Ela havia se saído muito bem na noite anterior. O banquete foi fantástico e, apesar da longa duração, ninguém da outra tribo descobrira que ela era uma humana disfarçada. Deixando de lado os olhares desconfortáveis que Ryota, o líder da alcateia convidada, lhe lançava a noite fora perfeita.

Ela e Kouga tiveram que agir como namorado e namorada – ou macho e fêmea, no caso deles – de verdade, mesmo com a alcateia deles saber que Kagome não queria se casar com o Alpha. Kouga passou a noite inteira assegurando que ela estivesse ao seu lado. Ele estava preocupado com a segurança da sacerdotisa, pois Ryota não era o único que estava com seus olhos cobiçadores em cima dela; muitos lobos solteiros da outra tribo tinham vindo para a festa justamente para procurar por fêmeas disponíveis.

De qualquer forma, Kagome havia, na verdade, gostado de sua proximidade com o youkai. Ela sabia que havia algo diferente se instalando dentro dela. Naquela noite, após o banquete, ela dormira na mesma cama que o lobo novamente, mas ele não fez nada com ela, como prometido. O máximo que ele fez foi abraçá-la por trás, mantendo-a aquecida, mas só esse fato já fez Kagome corar apenas ao se lembrar.

– E você Kagome? – Tsugumi perguntou. – O que está fazendo você sorrir quietinha no seu canto aí?

A moça de cabelos negros corou ainda mais e, quando ia responder, foi interrompida por Katsumi.

– Acho que todas nós sabemos a resposta para essa pergunta Tsugumi... Ela experimentou como seria ser a fêmea do Alpha Kouga ontem à noite...

– E ela definitivamente gostou. – Tsugumi completou, rindo.

– Meninas, não é bem assim! – Kagome tentou protestar, mas suas bochechas, cada vez mais vermelhas, a desmentiam.

– Ah Kagome, admita logo!

– É! Você obviamente caiu nos encantos do lobo. Não há cominho de volta agora.

A moça levantou, fingindo estar irritada com as demais.

– Volte aqui Kagome, você sabe que estamos apenas brincando com você. Não precisa ficar toda na defensiva e toda com vergonha! – Tsugumi diz, puxando-a de volta pelo braço.

– Você faz parte da nossa família agora, é bom se acostumar. É assim que nós irmãs nos tratamos. – Katsumi diz, puxando-a num abraço caloroso. Kagome a abraça de volta e agradece mentalmente a todas elas por terem a acolhido dessa maneira. ‘Pelo menos eu me dou bem com as lobas.’ Ela pensa sorrindo, voltando ao trabalho.

–x-

A noite já havia caído e Kouga estava saindo para uma refrescante caminhada noturna. Seus lobos estavam satisfeitos com a ótima festa que eles haviam preparado para sua tribo irmã. Fazia um bom tempo que ele não via seu povo tão contente e isso provava que estavam fazendo progresso em relação à guerra.

Ele parou de repente para olhar para a linda lua crescente e, olhando para a lua, ele imediatamente lembrou-se de Kagome. Já estava tarde, então ela provavelmente já deveria ter retornado de suas tarefas. Talvez ela já tivesse voltado à sua caverna, provavelmente banhando-se em sua piscina de água quente. Seu rabo involuntariamente balançou com a ideia de sua Kagome lavando-se embaixo de seu teto, em suas águas. Ah, como ele sonhava em acompanhá-la em tal atividade. Um pensamento perverso atravessou sua mente. E se ele voltasse para o covil e silenciosamente a observasse deliciando-se em suas águas? A ideia era imensamente tentadora, mas ele afastou o pensamente quase que de imediato. Ele sabia que ela provavelmente o espancaria até a morte se ela o visse.

O youkai lobo continuou a andar, rindo de seus pensamentos. Iria levar um bom tempo até Kagome o deixar vê-la, e muito mais tempo ainda até ela o deixar tocá-la como ele queria todos esses anos. Mas ele estava cada dia mais perto, disso ele tinha certeza. Ela não estava tão distante com ele como ela estava nas primeiras vezes que ele a visitara na clareira e ele notou que ela havia gostado de se passar por sua mulher. Ele ainda tinha esperanças. Cedo ou tarde Kagome seria dele, em todas as maneiras.

Kouga alcançou o ponto mais alto de suas montanhas, o local ao qual ele sempre ia quando a noite estava tão bela quanto essa. Sentando-se na grama fofa, ele contemplou o horizonte de seu território. Estava tudo em um silêncio agradável e as estrelas brilhavam fortes no céu escuro. De onde estava ele podia ver os filhotes perseguindo uns aos outros na beira do rio.

– Espere um pouco... – Ele murmurou, percebendo que não havia um lobo sequer fazendo a ronda e nenhum servindo guarda.

Ele não conseguia segurar os palavrões enquanto fazia seu caminho de volta. Eles ainda tinham que manter a segurança da alcateia, mesmo com a extinção de seus jurados inimigos, os youkais aves.

– Vamos, todos vocês! – Kouga berrava quando entrou na sala principal. – Levantem de seus traseiros preguiçosos de uma vez!

Em um piscar de olhos todos os machos estavam enfileirados horizontalmente na frente de Kouga, prontos para qualquer comando, e algumas fêmeas curiosas, incluindo Kagome, também haviam se juntado para ver o que estava ocorrendo. Kouga permitiu-se um momento de desconcentração ao olhar para Kagome, ainda com as roupas d sua tribo. Ela ficava mil vezes mais bonita com a roupa de seu povo e algo lhe dizia que ela não iria mais usar as roupas de sacerdotisa que ele odiava, que o lembravam da outra sacerdotisa, Kikyo.

– Eu estava fazendo uma agradável caminhada noturna, como todos sabem que eu gosto de fazer, e percebi que não havia nenhum lobo de guarda ou fazendo a patrulha. – Ele falou as últimas palavras em um rugido baixo, a voz rouca e ameaçadora. – Não havia um lobo sequer protegendo nossa alcateia! – Ele berrou, olhando diretamente nos olhos culpados de seus homens. – O que vocês idiotas pensam?! Pensam que porque tivemos uma festa ontem hoje vocês tiram o dia de folga?! – Ele chutou uma cadeira que estava ao seu lado, assustando alguns homens e as fêmeas. – Vocês querem que nos invadam, que nos ataquem? Querem que suas fêmeas e filhotes sintam a dor e o sofrimento que já sentiram não muito tempo atrás?! – Os homens abaixaram suas cabeças, a verdade das palavras de seu líder acertando-os com culpa e arrependimento.

Kouga suspirou ao ver que ele conseguiu passar a mensagem. Seus homens entenderam a gravidade de seus erros.

– Agora vão! Saiam! Vão fazer seus deveres de lobos antes que eu tenha que matar alguém para fazê-los entenderem. – Ele ordenou de uma forma tão autoritária que somente um Alpha poderia falar.

Os youkais começaram a se dispersar quando, de repente, o chão começou a tremer e pedras começaram a cair do teto da caverna.

– O que está acontecendo? – Kagome perguntou assustada, correndo para o lado de Kouga. Ele não respondeu, mas pegou sua mão e correu para fora.

– Vingança! Queremos vingança! – Várias vozes inumanas gritavam dos céus.

– Ah não... – O Alpha disse segurando a respiração. – Como isso é possível?

– O que é, Kouga? – Ela perguntou-lhe impaciente, mas logo seus olhos viram também. Pássaros enormes e redondos, cobertos com penas brancas voavam em sua direção. Centenas deles. – Mas eu achei que vocês tinham exterminado eles na guerra!

– Eu também achei. Não sei como isso é possível...

Os outros lobos agora estavam correndo em pânico, e Kouga, sendo Alpha, estava encarregado de acalmá-los.

– Força, minha tribo! Não podemos nos desesperar agora! Nós já vencemos essa luta uma vez, podemos vencer novamente!

– Como? Estamos fracos agora!

– Temos muito menos homens agora, Alpha!

– Então simplesmente teremos que lutar mais ainda, pela honra dos que caíram da última vez e pela nossa própria sobrevivência. – Ginta e Hakkaku correram ao lado de Kouga, trazendo Goraishi, a famosa arma de Kouga. – Meninos, levem Kagome de volta para meu covil, e tenham certeza que ela esteja protegida e escondida.

– Sim senhor, Kouga! – Os dois disseram juntos.

– O quê?! De jeito nenhum! – Kagome balançou a cabeça negativamente. – Eu vou ajudar de alguma forma. Tenho que fazer alguma coisa Kouga!

– Você é humana, Kagome! – Ele retrucou, desesperado para tê-la em segurança. Imediatamente desejou poder apagar o que dissera, pois dava para ver nos olhos da moça que ele a havia machucado.

– É só isso que eu sou? Uma humana inútil? – Ele ia protestar, mas ela o cortou. – Pois eu não sou! Ainda consigo lutar! Pelo menos o suficiente para proteger a mim mesma.

De repente Kagome levou um empurrão de Katsumi, que estava correndo e não vira Kagome em sua frente.

– Kagome, desculpe...

– Os filhotes! OS FILHOTES! – Gritou outra fêmea que passou correndo por elas também.

– Temos que salvar os filhotes Kagome! Estavam todos brincando perto do riacho... Temos que pegá-los antes que o pior aconteça!

– Tenho que fazer isso. Tenho que ajudar as crianças, Kouga. – Kagome disse, virando-se para ele.

– Kagome, espere! – Ele conseguiu segurá-la pelo braço quando ela já começara a correr.

– Solte-me Kouga! Preciso chegar lá rápido! – Ela suspirou, mas segurou sua mão num gesto de segurança. – Essa é minha alcateia agora também. Preciso ajudar.

O príncipe finalmente concordou e depositou um beijo em sua testa.

– Eu cuido das coisas por aqui. Só, por favor, volte em segurança.

– Eu voltarei intacta, e com os filhotes. – Ela sorriu e saiu correndo o mais rápido que pode atrás de Katsumi.


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Notas finais do capítulo

Aí está! Que mudança drástica de um capítulo para o outro, não? hasushuas Deixem suas opiniões por favor!