Cego Coração escrita por Aella


Capítulo 12
Décimo Segundo Capítulo - O Ataque Pt. II


Notas iniciais do capítulo

Olá Inu-fãs lindos! *-* Aqui estou eu com a atualização de Cego Coração! O que será que vai acontecer nessa batalha? Vamos ver!



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Kagome, Katsumi e algumas das outras fêmeas corriam o mais rápido que suas pernas permitiam até a beira do rio. Quando finalmente chegaram, viram as crianças todas sentadas na grama, abraçando umas as outras, apavoradas. Choravam e berravam enquanto corriam para os braços de suas mães quando as viram chegando e as fêmeas levaram todos para a caverna principal. As pedras já haviam parado de cair do teto da caverna, então estava segura ficar em seu interior. Algumas das fêmeas formaram uma barreira, composta por elas mesmas, na porta do local, prevenindo qualquer coisa de entrar, e ficariam ali até a batalha acabar, ou até serem mortas.


– Ótimo! – Katsumi berrou para as fêmeas que sobraram. – Agora que os filhotes estão em segurança vamos agir. Peguem suas katanas rápido! Nossos homens vão precisar de nossa ajuda essa noite. – As moças obedeceram-na na hora, correndo de volta para suas cavernas para pegar suas armas e armaduras.




– E eu? – Kagome perguntou, mas Katsumi não a escutou e saiu para pegar seus próprios instrumentos de batalha. Para a sorte de Kagome, Ginta a Hakkaku não estavam muito longe. Os dois haviam acabado de perfurar um dos youkais inimigos, matando-o. – Ei, meninos! Venham aqui rapidinho, por favor! – Ela berrou por sobre o som da luta e eles logo vieram. – Eu preciso de uma katana. Eu quero lutar contra eles também, quero ajudar, mas não tenho arma.





– Tive uma ideia! Fiquei aqui com ela, Ginta. – Dizendo isso, Hakkaku correu para dentro das cavernas. Em apenas um minuto ele voltou com um arco e uma aljava cheia de flechas. – Você não é o tipo de guerreira que luta com espadas, Kagome. Eu já a vi lutando algumas vezes. O seu negócio é o arco. – Ele sorriu





– Brilhante ideia Hakkaku! – Ginta concordou. – Nunca vi você errar seu alvo, Kagome. Vamos, experimente.





Hakkaku o estendeu para ela, mas a moça estava relutante em aceitá-lo.





– Mas eu não tenho mais os meus poderes... Não consigo usar minha flecha purificadora... E, de qualquer forma, eu só sabia usar um arco e flechas tão bem assim naquela época porque eu estava com as habilidades de Kikyo em mim, graças à Shikon no Tama. – Ela suspirou tristemente. – Não consigo fazer nenhuma dessas coisas agora. Sou inútil com um arco. – Ela murmurou, sua voz cheia de tristeza e vergonha.





– Por favor, Kagome. Apenas tente.





– Nós acreditamos em você. Por favor.





Ela finalmente pegou o arco das mãos do lobo e colocou a aljava em suas costas. ‘Espero muito que isso dê certo. Eu não quero ser inútil nem um peso morto para esse povo...’ Ela pegou uma flecha e a posicionou no arco. De onde estavam ela podia ver as incontáveis aves que lutavam brutalmente contra os lobos. De repente ela avistou Kouga, lutando sozinho contra três deles de uma vez. Ela percebeu que ele conseguia dar conta dos dois primeiros, mas o terceiro estava dando trabalho para o príncipe.





– Essa é pelo Kouga! – Ela gritou e, após mirar, disparou a flecha sem temor.





Kagome, Ginta, Hakkaku e as fêmeas, que já haviam buscado suas armas, acompanhavam em expectativa a flecha da sacerdotisa, que acertou o youkai bem no centro de seu olho, cegando-o.





– É isso aí! Vai Kagome!!! – Katsumi gritou junto com as fêmeas e todas correram até ela e a abraçaram de uma vez só, quase esmagando Kagome.





Mas a moça de cabelos negros ainda não conseguia acreditar que ela havia conseguido acertar. Não só acertar o youkai, mas acertar bem no ponto onde ela mirou. ‘Provavelmente foi apenas um tiro de sorte.’ Ela pensou, então decidiu tentar novamente enquanto as lobas entravam no campo de batalha. Ela mirou na mesma ave de antes, que agora tinha uma flecha enfiada no olho, mas ainda assim continuava a perturbar Kouga. Ela atirou a flecha, agora mirando em sua enorme boca que se abrira. E... Ela acertou em cheio, bem quando o youkai estava prestes a morder fora o braço esquerdo de Kouga. A segunda flecha o matou instantaneamente.





– Ei Kagome! – O lobo gritou para ela, alto o suficiente para ela ouvir do outro lado do campo. – Ótima mira! – Agora só com os outros dois, Kouga usou a Goraishi e cortou os dois em um só movimento.





Ela corou, orgulhosa de si mesma.





– Viu mana? Nós falamos, não falamos? – Hakkaku a provocou com um sorriso.





– Você não precisa de nenhuma droga de poderzinho de sacerdotisa morta ou de nenhum poder da Jóia. Você tem seu próprio poder, que é seu talento e seu esforço. – Ginta disse, dando tapinhas de leve em suas costas antes de voltar a batalhar com Hakkaku.





Kagome apenas ficou onde estava e observou a luta por um momento. A tribo estava em muita desvantagem, mas alguns dos lobos estavam lutando contra dois youkais ao mesmo tempo, o que aumentava a chance de vitória. Ela continuou em seu lugar no alto e longe da batalha, onde ela conseguia enxergar tudo, e atirava suas flechas nas aves que estavam dando mais problemas para os membros de sua alcateia. E ela estava cada vez mais surpresa e satisfeita com suas habilidades.





Ela não havia tocado em um arco desde o dia em que eles derrotaram Naraku e que a Jóia havia sido destruída, anos atrás. Ela acreditava cegamente que sem a ajuda do espírito da Kikyo ou do poder da Shikon no Tama ela era completamente inútil em batalha, e ela tinha medo demais para tentar ver se era fato ou ficção. Se ela tentasse e falhasse, ela seria destruída, pois daí ela teria certeza que nada que ela fizera em suas aventuras atrás dos fragmentos era de seu próprio mérito. Nunca havia passado pela sua cabeça, como Ginta havia lhe dito, que ela havia adquirido seu próprio talento.





A grande batalha durou horas. O céu estava tingido de sangue, ambos do inimigo e dos youkais lobos. Sempre que acabavam suas flechas, Kagome pedia para uma das mulheres que estava protegendo a caverna principal pegar mais para ela. E isso se repetiu várias e várias vezes. Ela estava sendo uma ajuda imensa para a alcateia, matando vários das aves no campo de batalha e qualquer uma delas que chegasse muito próximo da caverna principal, atrás dos filhotes.





Quando o último youkai ave caiu do céu por uma das flechas de Kagome e cortado ao meio por um lobo, todos gritaram feito loucos. A vitória era deles. E dessa vez eles não haviam perdido tantos guerreiros. Alguns sim, mas nem de longe como na última guerra.





Os filhotes saíram da caverna e correm ao encontro de suas mães e pais. Abraçando uns aos outros, eles agradeciam aos deuses por estarem bem.





Para o alívio de Kagome, nenhum dos filhotes ficou órfão. Alguns perderam o pai, mas a mãe havia sobrevivido e vice-versa.





Kagome sentou-se na grama e observou as famílias se reunindo. Era lindo de se ver. Um pouco depois Katsumi sentou-se ao seu lado.





– É um alívio, não é? Apesar das chances, conseguimos vencer. – Ela disse.





A sacerdotisa se perguntou por que ela estava com ela. Depois de ganhar uma guerra fazia sentido Katsumi estar com seu companheiro para celebrarem e se amarem. Ou chorar por sua morte, mas ela duvidava que esse fosse o caso.





– Katsumi, não quero parecer grossa ou intrometida nem nada, mas onde está seu companheiro? Você não deveria estar celebrando com ele ou algo assim?





Primeiramente a loba piscou para Kagome, sem entender muito bem, e depois começou a rir.





– Ah Kagome, você não percebeu ainda, não é?





– Percebi o quê? – Ela pergunta confusa.





– Eu não acasalei ainda. – Ela disse, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Agora que Kagome pensava realmente sobre o assunto, ela percebeu que ela nunca ouvira a outra falar sobre seu companheiro e, olhando bem, viu que ela não possuía as famosas marcas de mordidas de um lobo acasalado no pescoço. Ela juntou-se à sua amiga nas risadas.





– Uhm, mana, desculpe interrompê-las, mas... – Ginta chegou até elas, com um olhar terrivelmente triste.





– Ah não... O que houve, Ginta? – Kagome perguntou-lhe, já tirando as piores conclusões. – Onde está Hakkaku? Aconteceu alguma coisa com ele? – Para Ginta estar nesse estado, a sacerdotisa pensou que só poderia ter acontecido alguma coisa com seu melhor amigo.





Mas, para a surpresa da moça, sua resposta foi negativa.





– Não é o Hakkaku. Hakkaku está bem...





‘Ah não... Por favor, não...’ Ela implorou mentalmente.





– É o Kouga...





Katsumi olhou para ela com olhos preocupados.





– Ah, Kagome...





– Ele está... Morto? – Ela perguntou, a voz falhando.





– Não, mas está fatalmente ferido... E nenhuma de nossas fêmeas está conseguindo curá-lo... – Ele deu uma leve pausa antes de prosseguir. – Estamos temendo pela vida dele, Kagome...





Ela imediatamente se levantou.





– Leve-me até ele. Agora. – Ela havia passado os últimos anos aprendendo com a Senhora Kaede, ela conhecia muitas ervas medicinais. Talvez ela pudesse cuidar de Kouga... – Reúna as fêmeas, Katsumi, e depois as traga até mim. Vou precisar de toda a ajuda que eu conseguir.





Ginta a levou até o gramado onde Kouga estava ferido. Vários dos machos estavam em pé ao seu redor, formando um círculo, tentando ajudar seu líder de alguma forma. Algumas mulheres também estavam juntas, mas elas já haviam desistido.





Kagome entrou no círculo e se ajoelhou ao lado dele. Dava para ver seu ferimento de longe: Um corte na diagonal que vinha do alto de seu peito até o começo de seu abdômen. Era um ferimento muito profundo. Eles já haviam tirado sua armadura, deixando-o apenas com as peles da cintura para baixo. Havia sangue por todo seu corpo e manchando suas pelagens.





– Ah Kouga... – Ela sussurrou e seus olhos azuis abriram, fracos.





– K-Kagome... – Ele tentou se levantar, mas ela o empurrou gentilmente de volta para o chão.





– Shh. Fique assim. Você está gravemente ferido, não pode se mover. – Ela examinou o corte, tomando todo o cuidado para não causar dor a ele, e chamou Katsumi e as lobas, que haviam acabado de chegar. Ela explicou exatamente o que ela precisaria e aonde elas iriam achar, descrevendo o tamanho, cor e formato das plantas e sementes para facilitar o trabalho. – Por favor, não demorem. Eu não sei quanto tempo mais ele aguentará nesse estado.





– Kagome... – Kouga a chamou novamente. Hakkaku e Ginta também estavam ajoelhados ao seu lado agora. – Você me ajudou muito, de tantas maneiras que eu nem consigo descrever... Obrigado.





A moça sentiu a sensação familiar de lágrimas enchendo seus olhos. Ela não aguentava vê-lo assim, falando dessa maneira, como se ele fosse deixá-la para sempre.





– Você foi muito corajosa... – Ele continuou. – Você arriscou sua vida pela alcateia, como se fossemos sua família de verdade...





– Mas vocês são. Eu vejo a tribo como meu novo lar! Estou errada em pensar dessa maneira?





– Não, é lógico que não, Kagome... É que só de pensar nisso eu já me sinto incrivelmente feliz... – Ele disse com um sorriso. – Mas por favor, não chore. – Ele limpou algumas lágrimas que estavam descendo pelas bochechas de Kagome. – Não estrague esse rosto lindo com lágrimas...





Mas não tinha como ela segurá-las. Quanto mais ele falava com ela, mais ela chorava. As fêmeas estavam demorando em voltar e ela nem tinha certeza se conseguiria salvá-lo.





– Por favor, me perdoe se eu fracassar... – Ela implorou, as lágrimas descendo como rios de seu rosto frágil.





– Você nunca fez nada errado para eu ter que perdoá-la, e nunca fará... Você só fez coisas boas por mim... – Ele sussurrou para ela, mas em seguida começou a cuspir um pouco de sangue, assustando os três e fazendo Kagome ficar ainda mais desesperada.





Quando os ingredientes finalmente chegaram, Kagome sussurrou uma oração e começou a tratar seu ferimento. Kouga estremeceu quando ela começou a tratá-lo, mas não havia nada que ela pudesse fazer. Ela não tinha nada que ajudasse a amenizar a dor, então ele teria que aguentá-la sozinho.





Como Kouga era um youkai, seu corpo começou a reagir positivamente por onde ela passava o remédio que ela havia feito com os ingredientes. Gradativamente ele parou de estremecer e de gemer, ou seja, a dor estava passando.





O céu da madrugada estava carregado com nuvens escuras e não demorou muito até uma fina chuva começar a cair. Com a água da chuva caindo sobre eles, Kagome pegou algumas pelagens que Hakkaku lhe dera e limpou o Alpha de seu sangue.





– Kagome... – Ele sussurrou com um sorriso, sentindo o efeito das ervas.





– Sim, Kouga? – Ela respondeu, finalmente parando de chorar.





– Obrigado por me salvar. – Ele disse simplesmente, pegando sua mão e a beijando em seguida.





Ela sorriu de volta para ele, mas ela sabia que ele teria muitos dias de repouso até seu corpo começar a sarar de verdade.





– Meninos, - A sacerdotisa chamou os dois youkais ao seu lado. – Levem-no até sua caverna e o deitem. Não o deixem se mexer muito, pois ele precisa descansar devidamente se quiser se curar completamente. Cuidado ao levarem-no!





Eles fizeram como ela mandou.





Assim que Kouga havia sido levado com sucesso até sua cama de peles, todos os membros da alcateia vieram até Kagome. Formando uma fila, um a um eles abraçaram-na e agradeceram-na por salvar a vida de seu amado Alpha. Finalmente aceitaram-na como uma irmã.




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Notas finais do capítulo

Aí! Alguém chorou? ashusaha Não esqueçam de me contarem o que vocês acharam e de me darem conselhos caso achem necessário! Obrigada pela leitura!
Ah, mais uma coisa pessoal! Por favor deem uma olhada na minha nova fic de Inuyasha! Como vocês são fãs do Kouga acho que vão gostar! (estou praticamente implorando por leitores aqui, mas não faz mal. HASUHSAUSAH)
http://fanfiction.com.br/historia/345130/Wherever_The_Wind_May_Take_Us/
Domo arigato!



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