A Garota Do Cachecol Vermelho escrita por Ana Luiza Lima


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Espero que tenham uma boa leitura! Bjs



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Vi Beth entrando e olhando para todos ao seu redor. Mas eu queria desesperadamente falar com ela! Leah. Olhei para ela, mas acho que não me viu, fiquei encarando ela mais um pouco para ver se ela percebia, mas nada. Depois de um tempo, pensei se ela seria convidada de Beth ou do noivo. Não iria dizer isso em voz alta, mas a meu ver, ela estava mais bonita que a noiva.

Fiquei toda a cerimônia ansioso para que aquilo acabasse. Fiquei pensando em Beth, e tentei me concentrar e parecer o padrinho mais feliz e honrado do mundo por estar ali, não sei se estava dando certo. Vi Beth soltar uma lágrima quando seu noivo (que eu me lembrei de que se chamava Arthur) colocar a aliança em seu dedo.

Depois de tudo, jogamos arroz nos noivos e fomos em direção às tendas, onde seria a festa. Já estava quase anoitecendo e eu procurava Leah em seu vestido vermelho, eu a havia perdido de vista, de novo. Como uma pessoa pode se desvencilhar tão fácil?

Beth me chamou para tirarmos fotos em família, e quem estava junto? Sr. Rogers! Que desagradável. Depois de tirarmos as benditas fotos, as quais com certeza estava com cara de lezado, fiquei um pouco ao lado de Beth, enquanto ela conversava com o Sr. Rogers e sua mulher.

- Elizabeth, agora você é oficialmente minha nora! – Sr. Rogers todo orgulhoso, mal sabia como Beth realmente era.

- Meu filho não poderia ter encontrado uma esposa melhor! – nessa hora eu estava tomando um pouco de champanhe e me engasguei, tossindo um pouco, fazendo Beth me olhar e me matar com o olhar.

Afastei-me um pouco ainda meio que tossindo, para não atrapalhar o momento nova família perfeita, espera ela tentar fazer o primeiro almoço e o Sr. Rogers ia ver a nora que tinha. Não conseguia parar de tossir, apesar de já ter diminuído, comecei a chamar a atenção.

- Você está bem?

- Estou sim, só me afoguei um pouco. – quando olho para cima, era Leah, me olhava tentando ver se eu estava realmente bem – Leah... – seu nome saiu sem querer e ela me olhou ainda com mais curiosidade, e eu comecei a ficar vermelho.

- Ah sim, você é o cara dos vinhos, no mercado aquele dia... – eu era o cara dos vinhos? Bem, ela era a garota do cachecol vermelho, não posso falar muita coisa – como é seu nome mesmo?

- Benjamin, pode me chamar de Ben. – não lembrar meu nome era normal, afinal só havíamos nos visto uma vez ao acaso.

- Então Ben, você era padrinho da noiva não? – ela prestou atenção em mim durante o casamento, eu tinha ganhado o dia com isso.

- Ah sim, eu também sou irmão de Beth... E você? É amiga do noivo ou noiva? – Eu ficava olhando fixamente para seu rosto, como alguém poderia ser tão perfeita como ela?

- Sou prima do Arthur, somos bem amigos também. –e ali estava o fim do assunto, pense! Você tem que puxar assunto! Ficou uns 5 minutos em silêncio quando eu resolvi falar.

- Ahmm... Você é sobrinha do Sr. Rogers?

- Sim, você já o conhecia?

- Ele é meu chefe no escritório...

- Meus pêsames, sei como é ruim trabalhar com ele, fui tentar ser secretária lá, só pra ajudar enquanto eles não achavam outra funcionária, e ele quase arrancou meu couro! – nós rimos e eu vi ali alguém que finalmente me entendia.

- Finalmente alguém que me entende, minha irmã só falta babar na presença dele... – nós rimos de novo, isso finalmente estava chegando há algum lugar.

Ficamos conversando e rindo, e percebi que a cada palavra que ela me dizia eu ficava cada vez mais apaixonado por ela. Ela era muito melhor que qualquer sonho que eu podia ter! Quando ela andava seu cabelo se mexia com o vento e fazia-a parecer uma visão, seu sorriso era lindo, tinha os dentes brancos e covinhas no rosto que com certeza eram irresistíveis, além de ter um brilho no olhar que eu somente tinha visto nela.

 Teve a janta, e nós sentamos um ao lado do outro. Eu estava encantado. Realmente nunca ninguém tinha me chamado a atenção como ela. Depois começaram a tocar as musicas, e ela me convidou para dançar.

- Vamos, vai ser divertido! – ela me olhava e meio que inconscientemente fazia um beicinho.

- É que eu não sei dançar muito bem... – e não estava a fim de passar vergonha na frente dela.

- Eu te ensino! – ela estava com o rosto quase colado no meu, conseguia sentir seu hálito e o calor do seu rosto, mais uns centímetros e eu podia beija-la. Tentei me controlar um pouco, mas ela era simplesmente tão ela, como resistir?

- Ok... Mas vai tem que ter muita paciência... – sua resposta foi somente um sorriso, enquanto me arrastava para a pista de dança.

Ela dançando era perfeita, talvez mais perfeita que o normal. Eu (totalmente) desajeitado tentava acompanha-la. Depois de algumas horas eu já estava exausto, e as musicas lentas começaram, puxei ela pra mais perto, colocando suas mãos em meus ombros, e as minha na sua cintura.

Ficamos apenas nos olhando, e de vez em quando surgia um sorriso entre nós. Fui me aconchegando na curva de seu pescoço, e senti sua respiração na minha nuca, e a musica lenta dava um clima agradável ao momento. Sentia seu perfume agradável, e seu corpo tão próximo do meu, que a minha vontade era nunca mais solta-la. Poderia ficar assim a noite toda...


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