My Sunshine! escrita por LilyCarstairs


Capítulo 9
Capítulo 9 - Hey Mom's House!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo. Não sei quando posto o próximo, pois vou viajar. Tento postar durante a viagem, mas não garanto. E vocês, padawans, não abandonem a história. ♥
Boa Leitura. q



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Alguns dias se passaram desde que Nico e eu voltamos a conversar. Connor acordou e os furtos e pegadinhas voltaram ao normal no Acampamento. Tudo parecia caminhar bem, exceto minhas duvidas sobre o amor – esse sentimento intrigante/irritante.

Essa manhã eu resolvi fazer algumas das típicas atividades de segunda-feira. Antes do almoço eu fui para o arco e flecha. Quíron é um bom professor, mas só acertei o alvo duas vezes - as outras flechas voavam em direções diferentes. Eu tenho que parar com o arco e flecha antes que mate alguém.

Almocei e fui escrever uma carta para minha mãe. O que escrever? Pensei por um tempo e decidi mandar um e-mail. É mais fácil e ela responderia no mesmo dia. Peguei o notebook que escondo no chalé de Hera – já que não é utilizado mesmo – sentei-me em um canto do chalé vazio. Ninguém notava quando eu ficava aqui, o que era legal, assim eu consigo usar a internet sem testemunhas vendo-me quebrar as regras. Comecei a digitar o e-mail para minha mãe.

Mamãe,

Estou bem. Nada de muito legal acontece por aqui.

Lembra-se de Will? É meu namorado agora (Achei que você gostaria de saber). Ele é um cara legal e não mora muito longe de você. Nas férias vocês conversam e você faz suas perguntas constrangedoras.

Bom, espero que seu marido chato não torça pelos Rangers¹, ou pior: Yankees²! Afinal, chegarei para acompanhar os playoffs³ e é bom que ele goste de baseball como nós duas.

Falta apenas dois dias para as férias. Busque-me de manhã. Will irá conosco, se não tiver problemas, pois a mãe dele não poderá busca-lo. Estarei te esperando.

Summer.

Ela vai gostar de receber noticias e provavelmente vai surtar quando souber que vou para lá. Minha mãe vai fazer vários doces e programar passeios para nós duas. É uma boa mãe. Exagerada, mas boa. Enviei o e-mail e guardei o notebook em uma mochila. Sai de lá olhando para os lados me certificando de que ninguém veria. Andei disfarçadamente para longe de lá e caminhei em direção ao Anfiteatro.

– Sum? – a voz de Will me chamou em algum lugar. Olhei na direção da voz. – Mandou a carta para sua mãe?

– Sim. Contei a ela que estamos indo para casa, – informei, parei de andar e olhei para ele. – E que vou acompanhar os playoffs em casa, e é bom aquele marido dela não torcer pelo time errado. – acrescentei.

Will sorriu e balançou um envelope para dizer que escreveu uma carta para a mãe dele também. Ele acenou com a cabeça e foi enviar a carta. Dei de ombros e sai de lá (Não acho certo olhar as cartas de outras pessoas).

Entrei no Anfiteatro para assistir ao jogo de baseball que aconteceria de tarde. Tinha alguém no Anfiteatro. Connor - que andava lentamente e com alguma dificuldade – sorriu ao me ver. Estava segurando algo nas mãos.

– Olá pequena Summer. – Connor disse.

Eu instintivamente coloco as mãos no bolso para defender o que guardo neles.

– Não vou pegar nada seu. – ele afirma.

– Claro que não vai... – falei desconfiada, tirando as mãos do bolso.

Ele sorriu, passou por mim e saiu do Anfiteatro. Notei que os dracmas sumiram do meu bolso. Caramba, não se pode confiar nesses irmãos! Revirei os olhos e sentei em algum lugar. Liguei o notebook e coloquei no jogo. Ah, eu amo baseball. Às vezes é tão divertido ver aos jogos, pois me esqueço desses problemas que ser semideusa trás.

– Summer, seu time vai perder. – uma voz veio do nada e me assustou. Olhei para os lados e localizei Nico.

Com suas roupas pretas e o sorriso enigmático ele sentou ao meu lado.

– Não tem como perder. Está quase acabando e a diferença no placar é de sete pontos. – informei, sorrindo ao saber que meu time não perderia.

– Então vai ganhar. – ele dá de ombros.

– O que veio fazer aqui? – perguntei. – Não sabia que você gostava de baseball.

– E não gosto. Só vim lhe fazer companhia. – ele diz timidamente.

Sorri para ele e voltei a minha atenção para o jogo novamente. O jogo acabou. Foi um ótimo jogo e meu time ganhou. Estou feliz.

– Summer, você irá embora nessas férias? – ele perguntou olhando seriamente para meu rosto.

– Sim. Apenas uma rápida visita. Volto em poucos dias. – falei. Ele concordou com a cabeça e colocou os dedos no queixo. Ele ficava bonito fazendo isso.

– Vou sentir sua falta. – Oh! Isso me pegou de surpresa e não tenho palavras no momento.

Nico me abraçou por algum tempo. Eu retribuo o abraço depois de algum tempo. Ele sorri uma ultima vez e saiu do Anfiteatro. Notei que não sinto mais aquela coisa no estomago ao falar com Nico. Finalmente – eu espero – meus sentimentos por ele sumiram. Agora meu coração é só de Will. E do baseball, claro.



Oh, hoje é véspera da viagem para a casa da minha mãe. Voltei ao chalé de Hera para ver meu e-mail rapidamente e encontrei a resposta de minha mãe:

Querida Summer,

Fico feliz que esteja namorando Will. Parece um bom rapaz. E sim, ele pode vir conosco.

Buscar-te-ei por volta das 10 hrs da manhã.

Summer, o “marido chato” tem um nome. Chame-o de James e respeite-o enquanto estiver aqui, por favor!

James torce pelos Rangers. Isso é um ponto contra ele, mas ninguém é perfeito.

Até amanhã, beijos de sua mãe.

Sorri lendo a resposta e sai do chalé de Hera. Todos arrumavam as coisas e o Acampamento estava em clima de despedida. Nada demais aconteceu o dia todo. Apenas despedidas e melancolia. Todos agem como se fossemos morrer, mas quem sair do Acampamento amanhã ficará ausente por dias ou semanas, no máximo.

Peguei a minha mochila e arrumei as coisas que eu levaria na viagem, fiz questão de todas as camisetas do meu time de baseball. Algumas calças e dois pares de tênis. Acho que isso é o suficiente. Dei de ombros e fui ler pelo resto da tarde.

Jantei e me juntei à cantoria na fogueira. Caramba, filhos de Apolo cantam muito bem. E Will... Ah, Will tem uma voz angelical. Creio que estou encantada pela sua voz. Ele realmente deveria cantar mais vezes.

Olhei ao redor da fogueira e notei o olhar de Lívia, a idiota de Afrodite. Ela não tirava os olhos dele. Devo admitir que isso me incomodou e não vou mentir falando – como as mocinhas dos livros – que não sei o que senti, porque eu sei. Ciúmes de Will. Ele não daria bola para ela, não é mesmo...? Mesmo ela sendo bonita e tendo aquele cabelo sedoso e brilhante... ”Oh merda, pare de idiotice, Summer! Ele está com você e não com a bobinha arrumada de Afrodite“, repreendi a mim mesma.

– Pare de olhar feio para ela. – Travis falou ao meu lado. Ele nota tudo. Droga.

– Não estou olhando. – menti e desviei os olhos para Will.



Hoje acordei realmente animada por voltar para casa. Tomei um banho e vesti uma camiseta dos Houston⁴. O marido chato de minha mãe torce pros Rangers então a camiseta o incomodaria um pouco. Sorri comigo mesma por ser tão implicante. Peguei minha mochila e encontrei Will no Pinheiro de Thalia. Esperamos por alguns minutos até minha mãe chegar.

Minha mãe estava com um sorriso de orelha a orelha. Ela alugou um carro do aeroporto que ficava a algumas horas do Acampamento. Deitei no bando de trás do carro. Will foi à frente com minha mãe e eles pareciam conversar alegremente. Ele já a chamava de Sophia, e não Sr. Stuart. Acho que isso é um bom sinal. Parei de ouvir a conversa e dormi.

Acordei com a voz suave de minha mãe. Chegamos ao aeroporto e ela devolveu o carro que alugou. Quase atrasados para o voo - corremos para o embarque e somos os últimos a subir no avião. Will ficou com o assento da janela, eu com o assento do meio e minha mãe com o do corredor.

Minha mãe e Will dormiram durante toda a viagem de avião. Terminei meu livro poucos minutos antes de pousarmos em Waco. Oh, Waco! Saudades de casa...

– Venham crianças. – minha mãe chamava a cada 2 minutos enquanto andávamos no aeroporto, como se fossemos nos perder.

Nossas bagagens eram apenas as de mão então não demoramos naquela esteira. Saímos do aeroporto e lá estava o marido chato de minha mãe – James – com uma camiseta dos Rangers. Em frente ao carro dele com um sorriso.

– Rangers? – falei com certo nojo, olhando para camiseta dele.

– Houston? – ele perguntou. Lembrei que eu vestia a minha camiseta dos Houston. Dei de ombros e entrei na parte de trás do carro.

– William? – ele perguntou para Will ainda do lado de fora.

– Sim. E o Sr. é...? – Will perguntou.

– Oh, me chame de James. – ele respondeu todo simpático.

Eu poderia continuar escutando aquela emocionante conversa, mas resolvi colocar meus fones de ouvido e não ouvir. Eles pareciam animados – os três – e conversavam sem parar. Vez ou outra eu sorria e acenava com a cabeça, mas nãoouvia nada do que diziam.

Deixamos Will na casa dele e seguimos para a nossa. Assim que o carro parou, abri a porta e corri para dentro de casa. O cheiro familiar de limpeza é tão bom. Subi rapidamente para meu quarto e – Uau! – estava horrível. Minha mãe reformou e agora um quarto de hospedes. Paredes brancas, piso de madeira, a cama e o resto dos móveis era branca com detalhes frescurentos em bege e marrom. Oh, que coisa feia!

– Querida, se quiser, podemos pintar. – minha mãe falou, jogando minha mochila em cima da cama.

– Nós? Não. James pinta depois, afinal é seu marido, é obrigação dele. – falei.

Ela suspirou e revirou os olhos. Trocamos um sorriso e ela saiu do meu “novo quarto temporário”. Fui até a janela do quarto e olhei para o Céu. Vai chover? Acabei de chegar aqui e já começa a chover? Oh droga.

Fechei a janela e fui à cozinha. Minha mãe cozinhava/dançava ao som de Elvis Presley. Levantei uma sobrancelha e assisti a cena. Ela notou que eu observava 20 minutos depois.

– Querida, quer comer alguma coisa? – ela perguntou. Concordei e sentei a mesa.

Em menos de 2 minutos ela montou um banquete.

– Will trará a mãe dele hoje. – ela informou. – Chegam em meia hora.

Uau, eu vou conhecer a problemática mãe de Will. Melhor eu me arrumar. Fui até o banheiro e tomei um banho. Vesti uma camiseta dos Houston (eu tenho muitas camisetas diferentes deles), uma calça preta e coloquei meu par de All Star vermelho. Espero que ela não tenha nada contra baseball. Amarrei o cabelo em um coque e me olhei no espelho. Bom, pareço aceitavelmente normal. Dei de ombros e voltei para a cozinha. Eles já chegaram e estavam no sofá conversando. Eu demorei tanto assim pra me arrumar?

– Oi Sum. – Will cumprimentou. Ele vestia uma camiseta marrom, sua calça preta e um All Star preto. – Essa é minha mãe, Scarlett. Mãe, essa é minha namorada, Summer. - ele parecia nervoso em apresentar sua mãe.

– É um prazer, Sr. Linn. – apertei sua mão. Uma mulher alta, aparentando seus quarenta anos. Trajava um elegante vestido cinza. Não se parecia muito com Will; Seu cabelo era loiro e seus olhos verdes. Will herdou apenas alguns traços da mãe.

– Me chame de Scarlett, querida. – ela sorriu gentilmente.

Seguimos para a cozinha que agora estava toda arrumada e com um lindo banquete a mesa.

– Sentem. – minha mãe convidou.

Minha mãe servia sua deliciosa variedade de comida e conversava com Scarlett. Ela parecia uma mulher bem controlada. James conversava uma ou outra vez, enquanto comia tudo que aparecia em seu prato. Já Will suspirava a cada 10 segundos. Depois de algum tempo de conversa todos relaxaram, menos Will que ainda parecia estar entrando em colapso. Segurei sua mão por debaixo da mesa e dei um disfarçado sorriso.

Quando o jantar acabou minha mãe, James e Scarlett ficaram organizando as coisas. Eu levei Will por um tour pela casa (a pedidos de minha mãe). Quando chegamos à sala Will apontou para um quadro na parede e perguntou timidamente:

– Seus irmãos?

Segui seu dedo e vi a fotografia da minha família. Minha mãe abraçava meus irmãos e eu. Ela usava um vestido verde; Sebastian – o da esquerda – usava uma camiseta preta; Charles - o da direita – usava uma camiseta vermelha; e eu usava uma camiseta azul marinho.

– Sim. Eles eram bonitos. – comentei com um meio sorriso.

– Você se parece com eles. – Will comentou. – Só que é mais bonita.

Olhei para ele e sorri. Ele era gentil demais para alguém como eu. Voltei meus olhos para a fotografia e senti uma pontada de dor no coração.

– Sum, tudo bem? – Will perguntou. UAU, como ele nota essas coisas?!

– Eu nunca fui ao cemitério onde eles estão, – contei. – Nem no dia enterro eu os visitei. Eu simplesmente não consegui ir até lá. Deixei minha mãe ir sozinha porque fui chorona demais pra ir...

– Pare com isso. Você não é chorona e sua mãe entende. – ele disse e me puxou para um abraço. – Vá visita-los com ela. Ela ficaria feliz...

– Vamos voltar para a cozinha. – interrompi. Posso ter sido grossa demais com ele, mas não gosto de falar sobre isso.

Encontramos a cozinha arrumada e nossas mães conversando sobre receitas de biscoitos. Passamos pela porta e James saiu de lá com um pote de pipoca, segundos depois ouvi o barulho da TV e rapidamente reconheci os narradores da Fox Sports. Puxei Will até a sala e sentei-me na poltrona para ver baseball. James deu um aceno de cabeça e ofereceu pipoca.

– Pra qual time torce William? – James perguntou.

– Não gosto de baseball... – ele respondeu baixinho e James olhou para ele como se não acreditasse. Pois é, ele não gosta de baseball. Inacreditável!



No dia seguinte acordei com o barulho que vinha da cozinha. Minha mãe faz tanto barulho cozinhando que acorda o quarteirão inteiro. Desci e tomei café.

– Mãe, vamos visitar Sebastian e Charles? – perguntei de repente. Eu pensei um pouco e acho que está na hora de visitar meus irmãos.

– O que? – ela não escondeu a surpresa na voz.

– Eu nunca fui e gostaria de ir. – expliquei cabisbaixa.

– Claro que sim querida. – ela disse com sua doce voz. – Eles ficariam felizes se você fosse.

O cemitério não era tão longe, apenas duas quadras. A lápide deles ficava perto da entrada. Ajoelhei-me perto do tumulo e olhei para suas fotos. Oh, isso é horrível. O que dizem é verdade: você só aceita que alguém se foi quando os vê embaixo da terra. E é uma sensação dolorosa. Você quer abraça-los uma ultima vez, mas não consegue.

Olhei para minha mãe e ela estava com os olhos cheios de lágrimas. Levantei e abracei-a forte. Lágrimas silenciosas escorreram pelo meu rosto durante – eu diria – meia hora. Depois ambas nos recompusemos e deixamos as flores lá.

Notei que poucos túmulos tinham flores. E um deles – não muito longe dos de meus irmãos – tinha a foto de um garoto parecido com Will. Cheguei perto e li o nome: Matthew Linn. Arregalei os olhos. Oh, é o irmão de Will. Ele tem o cabelo da mesma cor de Will, porém não tem franja, os olhos são azuis, os traços são parecidos com os de Will, exceto pelo queixo que é mais largo que o de Will. E as flores que estão perto da lapide são recentes. Will esteve aqui, ou será que foi sua mãe?

– O que foi querida? – minha mãe perguntou.

– Veja, é o irmão de Will. – apontei e dei uma falsa explicação de como o irmão de Will morreu em um acidente. Minha mãe assentiu.

Voltamos para casa e não tocamos mais em nenhum dos dois assuntos: meus irmãos ou o irmão de Will.

O resto do dia passou rápida e tranquilamente. Durante a noite deitei no sofá e assisti a talk-shows com minha mãe e James. Meu celular começou a tocar e eu fui atender.

– Sum, minha mãe está no hospital. – Will falou aflito. Passou-me o endereço do hospital e eu disse que o encontraria lá.

“Oh, bem vinda ao lar Summer, onde coisas ruins sempre acontecem quando você aparece”, pensei ironicamente comigo mesma. Fui até minha mãe avisar sobre Scarlett. Pobre Will, nunca se deu bem com a mãe e quando tudo parece caminhar bem, ela vai parar no hospital.


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Notas finais do capítulo

¹ Texas Rangers é um time de baseball do Texas, como o nome já diz.
² New York Yankees é outro time de baseball, de NY.
³ Playoffs são tipo um desempate no baseball. Times que têm a mesma pontuação no final da temporada jogam as partidas de desempate (playoffs) para ver quem será campeão.
⁴ Houston Astros é um time de baseball de Houston, Texas.
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