My Sunshine! escrita por LilyCarstairs


Capítulo 10
Capítulo 10 - Good Luck, Travellers!


Notas iniciais do capítulo

Gente desculpa a demora, mas eu não consegui postar durante a viagem e só volto pra casa dia 27, então até lá só tem esse capitulo. D:
Prometo que quando chegar em casa não demoro tanto assim nos próximos.
Obrigada por não abandonarem a história. E desculpem o capítulo ser pequeno e qualquer erro... =/'



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Quando cheguei à sala de espera do hospital, Will estava sentado com a cabeça entre as mãos. Só me notou quando toquei seu ombro. Seus olhos estavam inchados. Uau, Will andou chorando por sua mãe.

– O que aconteceu? – perguntei baixinho.

– Ela... Ela foi esfaqueada, Sum... – ele abaixou a cabeça novamente e deixou a frase pairando no ar.

– O que?! – não pude esconder a surpresa em minha voz. Por que alguém esfaquearia uma pobre senhora? A menos que... Will não faria isso... Balancei a cabeça e parei de pensar nisso. Will precisa de mim.

– Ei, onde ela está agora? – perguntei com a voz menos assustada que consegui.

– Na UTI. – ele respondeu. – Só posso vê-la daqui a alguns minutos, quando o horário de visita começa. Não posso acompanha-la o tempo todo, pois sou menor de idade.

– Quer que eu entre com você? – perguntei, sentando-me e puxando-o para um abraço.

– Por favor... – sua voz estava tão baixa e com tantas emoções misturadas que senti uma pontada no coração. Meu indestrutível William estava ruindo silenciosamente.

Ficamos em silencio. Ele olhava o nada e eu apenas apertava o abraço. Depois de algum tempo a enfermeira nos disse que podíamos entrar. Seguimos por um corredor branco e azul claro, com portas azuis em intervalos de mais ou menos um metro. Era a ultima porta a direita. Essa porta era de vidro e tinha as letras “UTI” bem grandes.

O lugar estava quase vazio, exceto por uma senhora e uma garotinha com queimaduras horríveis. A mãe de Will estava em uma das ultimas camas.

Seus olhos estavam voltados para o lado de fora da janela – que ficava a poucos centímetros de sua cama. A vista para a janela era da cidade de Waco, o centro e um pedaço do Lago. Sua aparência estava melhor do que eu esperava: Seu rosto estava intacto, pálido, mas intacto. Os braços também pareciam intactos, exceto por um curativo em uma das mãos.

– Olá sra. Linn. – chamei. Will permaneceu em silencio durante muito tempo. A mãe de Will não me respondeu, apenas ficou olhando para o filho. Eles trocaram certa mensagem silenciosa que eu nunca saberei o que foi.

Will chegou perto da mãe e encostou levemente a mão em seu rosto. Eles trocaram outro olhar significativo. Notei que estava sobrando e sai discretamente.

Sentei em uma cadeira confortável a frente da UTI. Pobres pessoas doentes que param ali. O lugar cheira a doenças crônicas e infelicidade.

Will ficou até a hora do fim da visita. Eu cochilei e nem notei as horas passarem. Ele voltou com um meio sorriso no rosto (acho que foi para eu não me preocupar), mas vi a tristeza em seu olhar.

– Ela pediu desculpas pela falta de educação e disse que não podia responder, pois seu estomago e áreas próximas foram acertadas pela faca e quando ela fala dói. – ele disse rapidamente. – E disse que você é uma boa namorada por vir comigo. – ele enrubesceu com o ultimo comentário.

Sorri discretamente para ele e segurei sua mão, indo em direção à saída. Quero sair desse lugar o mais rápido possível! Pegamos um ônibus e cada um foi para sua casa.

Cheguei a minha doce e cheirosa casa de noite e minha mãe estava fazendo a janta. Levei alguns minutos para explicar o que eu sabia - não era muito, mas ela perguntava sobre todos os detalhes! O que eu sabia era que ela tinha sido esfaqueada, não por Will, por uma pessoa que ele não contou. Seu caso não era mortal, mas levaria um tempo para ela voltar a rotina. Não insisti em mais detalhes.

Resolvi ligar para Will depois da janta. Ele atendeu no primeiro toque.

– Sum? – ele perguntou. - Tudo bem?

– Está tudo bem. – respondi.

– Sobre hoje... Desculpe não ter contado o que aconteceu, - ele disse. - mas eu estava muito chocado.

– Quer contar agora? – a verdade é que minha curiosidade estava me matando.

– Eu prefiro não comentar por telefone. – ele informou. – Amanhã vou até ai.


Bom, o amanhã chegou e virou hoje. Will chegou depois do almoço. Pouco antes do baseball. Sentamo-nos no confortável sofá de minha mãe. E Will começou o sinistro relato.



– A ex-namorada de meu irmão, Susana, o amava muito. Eles namoravam a tanto tempo... E ela simplesmente ficou inconsolável quando minha mãe... Você sabe... – sua voz falhou. – E jurou vingança.


– Ela fez isso? – a surpresa veio antes que eu pudesse contê-la.

– Ontem quando sai de casa para vir aqui. – ele concordou. - Quando cheguei em casa encontrei minha mãe ensanguentada no chão...

Will era forte. Extremamente forte emocionalmente. Sua mãe foi esfaqueada e ele está aqui, firme e forte. Pelo menos é o que transparece.

– Ela sumiu pouco depois de enterrarem o Matt... - lembrei-me da lápide do irmão dele. - Eu acho que ela vai voltar para terminar de destruir minha família...

– Fale com ela. - sugeri. - Ela não deve ter raiva de você.

– O que farei, Sum? - ele parecia apavorado agora. - E se ela voltar?! Se ela não me ouvir e matar minha mãe?!

– Não vai. - mas a verdade é que nem eu sabia. - Vai ficar tudo bem.

Abracei-o forte e ele chrou silenciosamente por um breve tempo. Como naquela vez no Acampamento... Acho que a família dele é a unica coisa que o faz chorar. Will levantou a cabeça e mudou de assunto. Deve doer nele falar disso. Aceitei a nova sugestão de assunto.

Não me lembro de muito bem do resto da tarde. Lembro-me de ter assistido baseball, Will conversando com James sobre carros e eu dormindo o resto da tarde. Acordei com um grito horrível, de congelar a espinha.

– Summer, vamos! – minha mãe apareceu na sala e me puxou pelo braço para fora da casa. Corremos até o outro lado da rua. – Onde está o carro? – ela praguejou.

Nosso carro sumiu? Procurei por todos os lados da rua e achei... Estava destruído, uma verdadeira caca. Will e James estavam próximos de nós. Olhei para minha casa e vi uma sombra passando pela sala.

– O que é aquilo? – gritei para minha mãe.

– Um ciclope. – ela informou. – Summer, temos que correr.

– Correr? – James perguntou incrédulo.

– Não literalmente. – Will disse.

O ciclope lançou a porta da entrada para longe. Ele era horrível. No mínimo uns 2 metros, um olho vermelho no meio da testa, quase coberto pelo cabelo verde oleoso. Nós ficamos sem reação e ele jogou algo em nossa direção que acertou James. Ele foi amparado por Will.

– Venham comigo. – eu não sabia para onde estava indo, mas tinha que encontrar um carro logo.

Will e eu corremos/carregamos James até o outro quarteirão, enquanto minha mãe distraia o ciclope. No outro quarteirão achamos vários carros. Procurei o mais moderno e rápido e usei minhas habilidades de filha de Hermes para conseguir o carro. Jogamos James no banco de trás e Will sentou-se no lugar do motorista. Sentei-me a seu lado. Ele pisou no acelerador e foi em direção a minha mãe.

Bem a tempo ela entrou no carro. Pulou para o banco de trás e se ajeitou com o James inconsciente.

– Sabe dirigir, William? – minha mãe perguntou.

– Sim, sra. Stuart. – ele disse, acelerando para longe daquela coisa.

– Você já tem carteira de motorista? – ela perguntou.

– Eu não disse isso, minha senhora! – ele respondeu com um sorriso.

Will era um filho de Apolo com uma inclinação a Hermes. Sentia quase o mesmo que eu em roubar, trollar e sentir a adrenalina por todo o corpo. Isso é uma das muitas coisas que amo nesse garoto. Uau, como ele é feito para mim. Enfim, voltando a perseguição do ciclope malvado...

Will dirigiu por mais algumas longas e torturantes horas, até que tivemos que parar e abastecer. Descemos e notamos que já estávamos atravessando a fronteira com Louisiana. Decidimos pegar um avião para o Acampamento em Louisiana o mais rápido possível.

– Temos uma grande vantagem sobre o ciclope. – informei.

– Vamos logo para o aeroporto e nossa vantagem será maior ainda. – minha mãe disse.

James estava começando a recobrar a consciência. Entramos no carro após abastecer e voltamos para a estrada, para nosso árduo caminho até o aeroporto mais próximo de Louisiana.

Chegamos de madrugada e o aeroporto estava quase vazio. Roubei as quatro passagens (foi bem fácil, pois peguei-as de um metido). Uh, passagens de primeira classe. Fizemos aquela chatice de trocar as passagens, quer dizer, obriguei o metido a trocar as passagens para nosso nome.

– Obrigada senhor. - falei, sorrindo.

Passamos pela segurança e entramos no avião. Rumo a New York.

Que ótimas férias com a família, hein Summer?


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Notas finais do capítulo

Estou aceitando reviews, ok?!
Apenas implorando por reviews aqui. k



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