My Sunshine! escrita por LilyCarstairs


Capítulo 12
Capítulo 12 - Hello, New Camper!


Notas iniciais do capítulo

Então, esse é o penúltimo capítulo da fic. ç-ç'
A narração voltou ao normal (Summer).
Desculpem a demora, e os erros que porventura possam vir a aparecer no meio da fanfic. D:'
Boa Leitura!



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Quando cheguei ao Acampamento poucos campistas ainda estavam lá. Afinal, a maioria tinha ido passar o ano escolar com seus pais. Os que restavam estavam espalhados e silenciosos. Acho que não é tão legal ficar aqui o ano inteiro com tão pouca gente. Fui até meu chalé e encontrei Travis e Connor. Devo admitir que fiquei um pouquinho feliz em vê-los.

Encontrei também Nico. Não soube muito bem o que dizer, mas depois de um tempo descobri que as coisas estavam indo bem com ele. Disse-me que ia passar um tempo fora. Imagino que vá para o Submundo viver um tempo com seu pai sinistro (Com todo respeito, Sr. Hades).

E então, quando achei que passaria o ano sozinha no Acampamento, descubro que a Sra. Linn está morta. Eu realmente fiquei chocada, pois agora Will teria de voltar e tudo o mais. Mas ele chegou bem, e é isso que importa.

E se fiquei feliz quando ele disse “meu raio de Sol”? É claro que sim. Foi como naqueles clichês dos livros de romance onde você sente borboletinhas e vontade de voar. Resumindo: eu fiquei feliz.

Depois disso conversamos sobre coisas aleatórias. Acho que ambos processávamos a nova informação. Resolvi não tocar no assunto. Tudo estava bem, por que estragar? Quer dizer, tudo no namoro, porque a vida de Will estava complicada. Perdeu o resto da família que tinha. Veja, eu não gostei muito da mãe dele, e depois de ver que seu rosto tinha uma mancha roxa, logo deduzi que ela bateu nele, mas desejar sua morte? Acho que é algo ruim demais pra se desejar, até mesmo para a mãe de Will.

O almoço foi calmo, assim como o resto do dia. Na hora do jantar, fiz a oferenda e tudo o mais e me sentei à mesa 11.

– Summer! – Travis me cumprimentou. Sentou-se a meu lado. E Connor ao lado de Travis.

Coloquei as mãos nos bolsos, defendendo meus pertences. Não que eu não confiasse neles, mas nunca se sabe.

– Soube da nova campista? – Connor perguntou.

– Ela é muito bonita. – Travis disse sonhador.

– Mas é minha. – Connor completou.

– Quem disse? – Travis perguntou.

– Sempre roubo o que você acha que é seu. – Connor sorriu.

Uau, como eles são maduros. Às vezes me impressiono com a maturidade e seriedade de meus meios-irmãos.

– Eu aposto 2 dracmas que o Travis a namorará primeiro. – falei. Ah, quem liga? Vou abraçar a imaturidade e alegria de ser uma criança de Hermes.

– Apostado! – Connor esticou sua mão, empurrando Travis propositalmente para apertando a minha.

Sim, somos o chalé mais maduro do Acampamento.

Enquanto Travis e Connor discutiam maneiras de conseguirem a nova garota que eu ainda nem sequer conheci, terminei o jantar e sai do Pavilhão do Refeitório.

Hoje Will demorou um tempo a mais para jantar. Geralmente ele termina antes e me aguarda na saída do Pavilhão. Acho que ele tem muita coisa na cabeça, porque apenas me lançou um meio sorriso e começou a andar. Sem nenhuma palavra, diferentemente dos outros dias quando conversamos bastante.

– Will? – chamei. Ele parou, mas não olhou para trás. – Vai ficar tudo bem. – tentei manter a voz confiante, mas eu não sabia se tudo ficaria bem.

– Sum... Sei que está tentando fazer com que eu me sinta melhor, – ele disse, com um meio sorriso. – Mas ainda dói muito. Mas com o tempo eu melhoro. – ele suspirou.

Sabe aquele momento em que você abraça uma pessoa e quer livrar todo o mal de perto dela? Tirar toda a dor que ela sente e tudo o mais? É, Will fez com que eu me sentisse assim. Ele retribuiu o abraço com força e acho que começou a chorar, de novo. Isso é de partir o coração.

Não sei quanto tempo depois ele se recompôs. Segurou minhas mãos e sorriu, mas rapidamente seu sorriso se desfez e ele ficou tenso. Notei que seu olhar não estava em mim, mas em alguém do outro lado do Pavilhão. Era a nova campista, pois eu nunca a vira antes.

– O que foi? – perguntei, sem entender.

– Susana... – sua voz estava fraca. Ele estava pasmo.

– Susana? Ela? – apontei para a nova campista e ele apenas concordou com a cabeça, ainda pasmo demais para falar qualquer coisa.

– O que ela faz aqui...? – pouco a pouco seu rosto foi mudando. Agora ele parecia um assassino.

É incrível como o que aconteceu pareceu cena de filme: Os olhares se encontraram e os dois foram aproximando-se um do outro até ficarem bem próximos. Continuei no mesmo lugar, apenas observando o que acontecia. Will perguntou alguma coisa e só ouvi as palavras “semideusa” e “Ares”. Pude deduzir que a garota - que, pelo que Will disse, era Susana, ex-namorada de Matthew - era uma filha de Ares.

Não sei quanto tempo eles passaram discutindo, mas foi um longo tempo. Eu já estava começando a ficar sem graça de estar ali parada enquanto os dois discutiam a vida, o universo e tudo o mais. Quase estava indo embora quando Will voltou.

– Ela... É uma filha de Ares... – foi tudo o que me disse. E acho que estava falando mais consigo mesmo do que comigo. Ele parecia confuso, mas até eu estava confusa.

A ex-namorada de Matthew era uma semideusa? Ela era bem velha para ter descoberto o Acampamento só agora. É muito raro quando isso acontece. E ela matou a mãe de Will, agora ela é uma lembrança de tudo o que aconteceu. Caramba, por que as coisas não podem dar certo para o Will?



Depois de tudo o que aconteceu eu resolvi ir dormir e na manhã seguinte eu tentaria arrumar algo legal para dizer. Bom, isso não aconteceu. Eu realmente não sei o que dizer para o Will. E nem o que pensar sobre isso. Ele parece bem, se levar em consideração que a assassina de sua mãe estava perambulando por ai com uma armadura grega.

Eu não sei o que acontecerá daqui em diante e espero que não seja uma luta entre os dois. Will pode ser muito habilidoso com arco e flecha, mas ele não serve para um combate corpo a corpo. Ele perderia para a garota de Ares.

– Sabe, eu vou deixar isso para lá. – Will disse, enquanto andávamos até a aula de arco e flecha.

– O que? – perguntei. Eu estava viajando nos meus próprios pensamentos e nem notei que Will estava falando comigo há muito tempo.

– Susana... Acho que vou perdoa-la. – ele disse.

– Por quê? – perguntei.

– Ela não teve culpa... Ela... Estava insana... – ele falou baixinho, como se tivesse medo que ela escutasse. – A vingança às vezes faz isso com as pessoas. – acrescentou.

Olhei incrédula para ele. Esse garoto tem um coração muito bondoso. Ele vai perdoar a garota que matou sua mãe, pois “ela não teve culpa”? Eu não falei mais nada, se eu falar qualquer coisa, Will poderia ficar magoado. Se ele está tentando superar as coisas desse modo, então eu não devo interferir, certo? Bom, ele não precisa ver, pelo menos.

A aula de arco e flecha foi um desastre como sempre. Sai de lá o mais rápido que pude. Consegui despistar Will e chegar até o chalé 11. Por sorte, Travis e Connor estavam lá saqueando a mochila de um novato.

– Ei, preciso trollar uma garota de Ares. – falei. – A nova campista.

– Por quê? – Travis perguntou. – Ela é tão bonita...

– Ela é uma assassina. – falei simplesmente, e espero que eles tenham entendido porque não vou ficar explicando. – Vão me ajudar ou não? – perguntei rispidamente.

– Ajudar a trollar? – Connor perguntou sorridente. – Ajudaríamos a trollar até a mais bonita do Acampamento.

Então começamos a trocar ideias. Algumas tão boas outras nem tanto. É claro que as piores ideias vinham do Travis, que parecia no mundo da Lua. Depois de algum tempo, finalmente decidimos o que faríamos. Não sei se seria algo tão ruim, mas ela com certeza ficará um pouco chateada. Ou talvez fosse sem sentimentos demais para isso. Uma pequena vingança.



O plano “trollar a campista bonita de Ares” começou. Travis e Connor conseguiram descobrir qual a espada da Susana e pegaram. Usamos nossas técnicas-ultra-secretas-de-trollagem-master-de-crianças-de-Hermes e demos uma “mudança” na espada.

Digamos que eu consegui chama-la para uma briga. Depois do almoço. No Anfiteatro, já que ninguém vai lá nesse horário. Ela, como toda pessoa de Ares, concordou na hora.

Cheguei lá alguns minutos antes que ela. Minha adaga é o ideal para um confronto corpo a corpo. E eu me dou melhor com uma adaga do que com espadas.

Ela chegou com um sorriso e mais algumas garotas de Ares. É incrível como elas se enturmam rápido. Mas Susana é tão bonita e aparentemente meiga para ser de Ares, isso ainda me impressiona.

– Pronta para apanhar, garotinha do Will? – ela perguntou.

– Pronta para ser humilhada, assassina? – perguntei. E lancei meu melhor olhar de escárnio para ela.

Uma rápida olhada em sua espada e notei que estava tudo pronto.

Investi contra ela. Rapidamente ela me chutou para longe. Senti uma dor horrível percorrer todo o meu corpo. Investi novamente, mas dessa consegui desviar de um soco. Segurei seu pulso com uma mão e com a outra fiz um corte em seu braço. Não sei como, mas ela me chutou novamente e eu fui parar a alguns metros dela. Para uma garota aparentemente frágil ela tinha muita força.

– Não tem medo de apanhar? – ela perguntou rindo com as amiguinhas de chalé.

– Não tem medo de matar de novo, garota imbecil? – perguntei. Agora a raiva tomava conta de mim. E eu não ligava. Eu só queria causar a dor que ela fez Will passar.

Investi novamente contra ela, mas dessa vez quem levou um chute foi ela. Agora eu não me importava mais se ia ou não levar o plano de apenas trollar em frente. Eu só queria machuca-la.

Chutei-a novamente e ela caiu no chão. Peguei minha adaga e tentei acerta-la, mas ela desviou com a espada. Sua espada se partiu e caiu a alguns centímetros de seu rosto (esse era o plano a principio: a espada quebrar no meio da batalha e eu ganhar, o que é o fim para alguém de Ares), e ela me fitou surpresa. Sem pensar, comecei a desferir golpes com a adaga. Ela não tinha como se defender, então usou os braços. Os cortes começaram a aparecer e sangrar...

– SUMMER! – uma voz assustada gritou em algum lugar na entrada do Anfiteatro.

Olhei e logo localizei Will. Droga. Ele me olhava horrorizado.

– Will... – foi tudo que consegui dizer.

Depois de alguns segundos sai de cima de Susana e olhei o que eu havia feito. Seus braços estavam com cortes horríveis e sangrentos. Percebi que deixei a raiva tomar conta de mim. “A vingança faz isso com as pessoas”, Will me disse há pouco tempo. Então é disso que ele falava? Caminhei até Will. Eu deveria explicar, mas nada saia de minha boca.

– O que você estava pensando? – ele perguntou. Ainda parecia horrorizado. – Summer, por que fez isso?! – ele estava não só horrorizado, mas decepcionado comigo.

– Ela... – comecei a falar, mas fui interrompida.

– Você queria se vingar? – ele perguntou. - Acha que não pensei em fazer isso? Acha que não tive vontade de causar dor a ela?! – a voz de Will estava alta. Quase um grito. – É por isso que eu a perdoei, isso é o que acontece quando alguém deixa a raiva tomar conta de si, Summer. Olha tudo o que aconteceu por conta da sua raiva! – assim que ele terminou de falar pareceu notar que estava falando rispidamente comigo. Ele nunca falou assim e aquilo foi como uma tapa em minha cara.

Sua expressão parecia decepcionada, desapontada... Isso só fazia eu me sentir pior.

– Desculpe... – a culpa tomava conta de mim. Susana deve ter ficado cega pela raiva, assim como eu. Ela realmente não tinha culpa... E agora estava sendo levada para longe pelas companheiras de chalé. – O que eu fiz, Will? – perguntei. Meus olhos encontraram os seus.

Ele ainda parecia surpreso pelo que acabara de falar, mas sua expressão foi suavizando e voltei a olhar para o antigo Will, que me puxou para um abraço.

Isso é o que a vingança faz com as pessoas, Sum... – ele apertou o abraço e eu fechei meus olhos.

Não sei como ele consegue saber tanto das coisas, ou como é tão gentil. Mas ele estava certo, a vingança só consome as pessoas, só faz mal para elas mesmas. Nesse momento fiz uma promessa silenciosa de tentar ser mais como Will: perdoar e seguir em frente.

– Me desculpe... – falei de novo.

– Tudo bem, sei como se sente. – ele disse. – Mas prometa que não fará isso de novo e que deixará Susana de lado? – ele acrescentou.

Concordei com a cabeça e abracei-o novamente. Os sentimentos ruins começaram a desaparecer enquanto eu o abraçava. E percebi que desde que ele estivesse comigo, um ajudaria o outro e não nos perderíamos nos sentimentos ruins do mundo. Um iluminaria os bons sentimentos do outro e os ruins ficariam de lado. Afinal, é isso o que um raio de sol faz, não é?


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Notas finais do capítulo

Deixem reviews. É bom saber a opinião de vocês, leitores. u_u'
Obrigada a você que está acompanhando e até o próximo capítulo! qq



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