My Sunshine! escrita por LilyCarstairs


Capítulo 11
Capítulo 11 - My Sunshine.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora e tudo o mais.
Obrigada a quem acompanha a história, comenta e favorita. Vocês são divos. >_<'
Resolvi fazer esse capítulo pelo ponto de vista do Will. Seilá, espero que gostem.
Boa Leitura!



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POV Will

Eu realmente gosto de viajar de avião. É divertido, mesmo que eu tenha um pouco de medo de altura... De qualquer maneira, é divertido andar com a Sum. Ela sempre tem alguma coisa legal a dizer ou uma pessoa para roubar. Acho isso engraçado, mas a maioria das pessoas devem me achar louco por isso.

Não que eu devesse estar feliz de modo algum, afinal minha mãe acabou de ser esfaqueada, e eu estou no meio de uma fuga para o Acampamento, estou deixando minha mãe para trás enquanto ela está doente. Isso é realmente ruim, terei de voltar para casa o quanto antes, mas não posso falar isso para Sum, afinal ela iria querer voltar comigo.

– No que está pensando? – Sum me tirou do devaneio.

– Em como eu não gosto de altura. – respondi rapidamente. Acho que a convenci, porque ela pegou minha mão e sorriu, virando-se para o lado voltando aos seus afazeres.

Não posso deixar minha mãe... É minha única família, fora os meios-irmãos de Apolo, que são até legais. Depois do que aconteceu com meu irmão eu deveria odiá-la, mas não consigo de jeito algum parar de amar ou se quer tentar fazer mal a ela. Susana não vai hesitar em matar. Ela amava tanto o Matt... E jurou sua vingança. Quase a conseguiu. Eu não contei para Sum toda a história... Preferi esconder o fato de eu ter impedido a morte de minha mãe. Cheguei bem a tempo de separar Susana de minha mãe e salvar a vida da mesma. Mas Susana olhou para mim com pena, e depois olhou para minha mãe. E notei que seus olhos se tornaram assassinos. Como os de uma filha de Ares.

– Você vai voltar não é? – Sum me pegou de surpresa com aquela pergunta/afirmação.

– O que?! – como ela sabe? Que tipo de poderes sobrenaturais ela tem?!

– Posso ir? – ela perguntou. – Qual é, eu sei que você vai, Will. – ela acrescentou.

– Não, você fica aqui. – eu sussurrei. Os pais da Sum estavam a duas fileiras de cadeiras de distancia, achei melhor sussurrar. – E não vai atrás de mim. Isso é coisa minha.

Ela olhou para mim e pensou por um tempo até dar a resposta:

– Tá bom, mas dê notícias ou irei te buscar.

Sorri para ela e tentei agradecer e dizer o quanto sou grato por ela ser como é – despreocupada e compreensiva. Mas não consegui. Olhei para o outro lado e liguei a musica. Às vezes eu gostaria de saber falar as coisas certas e legais.

Tínhamos escala próxima a fronteira com Arkansas. Eu poderia voltar com outro avião para Waco e pronto. O problema seria conseguir a passagem.

– Sum, pode me arrumar uma passagem de volta? – perguntei baixinho.

– Está subestimando o mestre, pequeno semideus? – ela sorriu para mim.

É. Ela conseguiria as passagens. Um problema a menos. Eu teria que conseguir um carro. Bom, isso é fácil, nada que minhas várias experiências com filhos de Hermes não resolvesse. Chegar a minha casa sem ser parado pela policia acho que não seria um problema. Tudo que tenho a fazer é chegar antes que Susana ao hospital.

Tivemos de trocar de aeronave para a escala. Perfeito. Sum pediu para comprar algo para comer. Eu procurei o próximo voo para casa e achei um daqui a vinte minutos. O dia estava dando certo demais, algo errado ai. De qualquer maneira, Sum voltou com um salgadinho e me entregou discretamente a passagem, e era o voo daqui a vinte minutos. Trocamos uma mensagem silenciosa e avisei que iria até o banheiro. Claro que eu menti. Eu deveria me sentir mal por mentir para uma senhora tão gentil como Sophie, mãe da Sum.

Corri para o portão de embarque. Sum pegou não só a passagem como os documentos e toda aquela coisa boba de aeroporto. Não sei como, mas passei pela burocracia e tal. Incrível como as coisas dão certo quando tem ajuda de uma criança de Hermes. Seja lá como for, obrigado Hermes, genro, ou deveria dizer super-divindade? Ah, esquece.


Não sei muito bem como, mas consegui chegar ao hospital em segurança. Corri para a UTI - onde minha mãe estava - e quase desmaiei de alivio quando a encontrei bem.

– Mãe? – chamei. – Tudo bem?

– Achei que não viria mais... – ela disse fracamente. – E por que essa mochila? – quase me esqueci de que trouxe comigo a mochila que estava na parte de cima do avião.

– Mãe, não se preocupe, eu estou aqui agora. – falei mais para me tranquilizar do que a ela.

Ela dormiu a tarde toda, e fiquei com ela ali. Tentando manter-me acordado. “Se eu dormir, Susana vai aparecer...”, eu repetia mentalmente.

É. Eu dormi. E quando acordei estava tudo bem. Talvez a vingança dela fosse simplesmente machuca-la e deixar que remoesse a morte do Matt novamente... Talvez ela não matasse minha mãe... Se bem que tortura mental é algo bem ruim... De qualquer maneira, resolvi que era tudo loucura minha e que nada ruim aconteceria com minha mãe. Eu fiquei só por precaução, sabe?

Minha mãe ainda dormia serenamente. Estava com a aparência melhor. Ela se recuperava rápido, mas eu bem que poderia ajudar... Abri a mochila e tirei um kit de primeiros socorros de lá. E como é de se esperar para um filho de Apolo fiz um lindo trabalho com o curativo. Talvez eu devesse seguir alguma profissão médica.

O horário de visita acabou e eu fui conversar com a enfermeira. Expliquei que era o único filho e família dela. E a enfermeira disse que minha mãe já estava boa o suficiente para ficar em um daqueles quartos em que a visita dura o dia todo. Disse que minha mãe será transferida amanhã de manhã. Agradeci a bondosa enfermeira e fui sentar-me a frente da UTI, só por precaução.

Nada aconteceu. Resolvi tirar um cochilo.

Todo hospital é mais calmo durante a noite. A UTI não tinha movimento algum. Fiquei do lado de fora, vigiando/cochilando. Eu não poderia abandonar minha mãe. Se Susana fosse atacar, atacaria durante a noite. Mas nada aconteceu a noite toda.


Minha mãe foi transferida para um quarto de manhã, como a enfermeira disse. O novo quarto era pequeno e com apenas uma cama, uma poltrona, uma pequena televisão na parede e um guarda roupas, onde a enfermeira disse que eu deveria colocar roupas para minha mãe. Uma porta levava a um pequeno banheiro. E esse era o novo quarto. Acho que minha mãe ficará mais segura aqui.

Ela estava sentada na cama e eu estava sentado na poltrona ao lado. Assistíamos a um talk show de uma mulher loira que dançava com sua plateia.

– Querido, por que anda tão preocupado? – minha mãe perguntou, olhando-me com seus olhos críticos.

– Nada. – menti. Acho que eu não consigo mentir muito bem.

– Ela não voltará William. – ela disse com aquele tom de mãe encerrando o assunto quando está certa.

– Nunca se sabe... – falei baixinho, mais para mim mesmo do que para ela. – Ela quer vingança pelo que você fez... – interrompi minha fala rapidamente e arregalei os olhos. Falei a coisa errada.

Seus olhos se apertaram e me encolhi instintivamente.

– O que eu fiz? – ela gritou. Puxando o colarinho de minha camiseta e desferindo um golpe em meu rosto. – Eu não fiz nada com o seu irmão. Entendeu? – perguntou ríspida, desferindo outro golpe contra a mesma bochecha.

– Sim... Sim mamãe... – falei com a bochecha ardendo.

Ela me soltou e começou a piscar várias vezes como se estivesse confusa com o que fez. Isso sempre acontecia. Ela surtava, ficava desnorteada e depois pedia desculpas.

Levantei-me antes de ela falar qualquer coisa. Minha bochecha ardia muito e eu não sei o porquê assim que fechei a porta varias lágrimas começaram a descer pelo meu rosto. Fui para o banheiro mais próximo e me escondi lá. Por que ela fazia isso? Eu não entendo o porquê de ela fazer isso... E é tão humilhante... Sum diz que sou “indestrutível emocionalmente”, mas quando o assunto é minha mãe sou a pessoa mais sentimental do mundo. E isso é ruim.

Respirei fundo algumas vezes e lavei o rosto. Sai de lá o mais “normal” possível que consegui. E tentei achar o quarto de minha mãe, mas esqueci do numero. “Qual o número do quarto de minha mãe?”, repetia comigo mesmo. 377? 375? Terei de procurar por todo o andar? Bati nas portas que achei que talvez fossem. No 377 havia uma criança com asma. No 376 uma senhora com fraturas. No 375 uma mulher com um bebê. E finalmente, 374 - o de minha mãe.

Assim que abri a porta meu sangue gelou. Susana estava em cima de minha mãe novamente, segurando um travesseiro em seu rosto. Olhei para minha mãe que mexia apenas as pontas dos dedos. Em pouco tempo ela iria ficar desacordada. Quanto tempo estive no banheiro? Quanto tempo isso levou para acontecer? Balancei a cabeça e investi contra Susana. Puxei-a para longe de minha mãe.

– Por que a defende? – ela gritou para mim. – Ela matou o Matt. O nosso Matt! – seus olhos estavam cheios de lágrimas.

– Aquilo foi um acidente! – gritei de volta. Vê-la assim me lembrou de todos os momentos felizes que vi os dois passarem. Eles realmente eram apaixonados. Depois desse tempo todo... Ela ainda o amava... Matt...

– Ela levou o Matt de mim! – ela gritou aos prantos. – Matt era tudo para mim. Por que ela fez isso? Por que foi tão baixa? – ela ajoelhou-se com a cabeça entre as mãos. Seu choro era alto.

Olhei para minha mãe. Respirava, mas com dificuldade. Eu tinha que ajuda-la.

– Ela não teve culpa. – falei. – Ela amava meu irmão.

– Amava? – sua voz era dura agora, mesmo com o choro recente. – Eu amava. Sua mãe não sente nada. Nem por ele, nem por você. – ela agora tinha um olhar cruel. Ela odiava minha mãe, mas não precisava me ferir com palavras...

– Pare com isso, Susana. – pedi, tentei manter a voz firme. Sem sucesso.

Em um rápido movimento ela me lançou contra a parede. Eu era mais alto e mais forte que ela, mas fui pego de surpresa. Bati a cabeça com força e fiquei zonzo. Tudo girava e vagamente a vi novamente em cima de minha mãe. Tentei levantar, mas cai novamente. Minha cabeça latejava, mas eu precisava ajudar minha mãe. Fiz um grande esforço e consegui levantar. Minha mãe estava imóvel. Susana tirou algo do casaco... Uma faca. NÃO! Corri e quase segurei a faca, mas esta acertou o estomago de minha mãe.

Fiquei em choque e só tive tempo de apertar o botão para chamar a enfermeira quando senti o cabo da faca em minha cabeça várias vezes. Fiquei desacordado por alguns segundos, recobrei um pouco os sentidos, mas não consegui me mover. A enfermeira chegou (só ouvi seus passos) e logo após ouvi seu grito. Alguém me puxou para longe de minha mãe e me colocou na poltrona. Médicos entraram e eu não conseguia mais enxergar minha mãe. E novamente minha visão ficou escura.


– Um, dois, três. Afasta. – ouvi alguém falar e em seguida um barulho estranho.

Abri os olhos devagar e vi os médicos em volta de minha mãe. Um deles segurava um desfibrilador. Minha mãe estava pálida... Não, não, não... Isso não podia acontecer. Levantei-me rapidamente e fui até minha mãe, ignorando a tontura. Uma enfermeira me segurou. Seus olhos estavam me olhando com pena. Minha mãe estava morta. E estavam tentando trazê-la de volta.

“Apolo, pai, por favor, você é patrono da medicina, ajude-a. Não deixe que a levem de mim. Não deixe que tirem minha mãe de mim.”, eu pedia desesperadamente enquanto assistia os médicos tentarem – sem sucesso – fazer minha mãe acordar.

– Um, dois, três. Afasta. – o médico falou novamente. E encostou o desfibrilador em minha mãe. Ela levantou com o “choque” que aquele aparelho dava. Mas não voltava a vida...

“Por favor, volte... Volte para mim, mamãe.”, meus olhos estavam marejados e meu coração doía. Ela não pode ir embora... Hades não pode leva-la... Isso é maldade... E estou aqui sozinho. Sum nem ao menos está comigo para dizer que tudo ficará bem. Eu não tenho para onde ir e nem ao menos consigo chegar ao Acampamento... Estou sozinho agora...

– Garoto, tentamos fazer tudo que foi possível... – o médico disse. Acho que passaram algumas horas lá. Eu parei de prestar atenção há muito. – Eu sinto muito.

Então é isso? Ela foi embora e eu estou sozinho. Minha mãe morreu pelas mãos de Susana. Susana finalmente conseguiu sua vingança. Eu preciso sair desse lugar. Preciso fugir daqui o mais rápido que conseguir. Sai correndo do hospital. Eu não sei para onde meus pés me levavam, até reconhecer a rua do cemitério. Eu estava indo encontrar Matt.

Passei aquelas fileiras de lapides. Cheguei a de Matthew. Sentei-me ao lado de sua foto. E simplesmente desabei.

– Ela se foi, Matt... Susana a levou... – eu falava enquanto chorava. Devia ser uma cena ridícula e dramática, mas eu não ligava. Eu não tinha mais mãe, eu não tinha irmão e meu pai me abandonara quando precisei dele. E nem ao menos tinha minha namorada no momento. Eu só podia chorar.

Não sei quanto tempo passei ali. Mas acordei quando já era noite. Levantei e decidi que tinha que continuar minha vida. “Vou para casa, penso no que fazer com mais calma e faço”, disse a mim mesmo. E foi o que fiz.

Minha casa estava vazia. Física e espiritualmente. Agora é um lugar frio e solitário, sem minha mãe. Apenas fotografias e sentimentos tristes ao vento que entrava pela janela. Senti meus olhos enxerem de lágrimas, mas disse a mim mesmo que não faria isso. Eu precisava pensar.

Por habito liguei a televisão. Quando fui desligar (afinal não havia motivo para ela ficar ligada), notei que estava no canal de culinária que minha mãe tanto gosta. E estava passando Cupcake Wars¹, seu programa favorito. Ela assistia todos os episódios, nunca fazia cupcakes, mas assistia sempre. Mudei de canal e – caramba! – estava passando baseball. O que não me ajudou. Desliguei a televisão.

Tudo naquela casa, naturalmente, me lembrava de minha mãe. E agora, ela se fora. Eu tinha que ligar para Summer. E avisar que eu estava voltando ao Acampamento. Mas primeiro teria de arrumar algum dinheiro. Minha mãe guardava dinheiro em algum canto da casa, eu teria de encontrar e pegá-lo. Usar o dinheiro para uma passagem. E tenho que sair daqui rápido antes que eu atraia monstros.

O telefone começou a tocar, e eu soube que – graças aos deuses! – Sum me ligou na hora certa.

– Onde você está? – ela perguntou assim que atendi ao telefone. Sua voz estava preocupada.

– Voltando para o Acampamento. – falei. - Preciso arrumar algum dinheiro antes.

– E sua mãe? – às vezes, o único problema da Sum é que ela faz sempre as perguntas mais diretas em momentos ruins. Mas ela não sabe disso.

– Está morta. – fui breve. E aquilo doeu mais do que eu imaginaria. Sum ficou em silencio. Ouvi um barulho lá fora e soube que monstros chegaram para melhorar meu dia. – Tenho que ir. Estarei com o celular. – e desliguei.

Uma vez me falaram que telefones e semideuses não combinam. Tudo bem, eu não vou parar de usar o telefone. Ele é necessário, mas posso evita-lo. Monstros te perseguindo e tentando te matar nunca é boa coisa.

Corri até meu quarto e peguei a espada que estava repousada em minha cama. Lembrei-me de como minha mãe odiava objetos pontudos. Acho que pelo que aconteceu com Matt. Balancei a cabeça para livrar minha mente desses pensamentos. Corri para fora de casa e encontrei um carteiro, colocando a correspondência. Aquilo não se parecia com um monstro. Dei de ombros e entrei em casa novamente. E – por Apolo! – um ciclope estava olhando para mim. Eu realmente não entendo porque existem tantos ciclopes no Texas. Seu olho amarelo me deu calafrios. Seu cabelo oleoso era preto e grande. Não sei dizer se aquilo é um ciclope mulher ou homem.

Eu não estava com paciência ou tempo para perder com ele. Corri em direção ao ciclope, quase acertei seu peito, mas ele me jogou para longe. Sim, ele estava destruindo a mobília da casa. Avancei novamente e bati com o cabo da espada nele. Joguei-o com toda a força que pude para trás. Ele tropeçou alguns passos e não caiu. Desferi um golpe em seu braço, e outro em sua perna. Ele me acertou um soco tão forte que senti o sangue escorrer do meu nariz. Isso só diminuiu minha paciência. Investi contra ele três vezes para conseguir acertá-lo. Finalmente ele se desintegrou.

Se eu continuar aqui, os monstros só vão aparecer mais e mais. Lembrei-me de que minha mãe tinha um pote onde guardava dinheiro para emergência. Fui até a cozinha e olhei em cima da geladeira e lá estava o pote. Abri e contei o dinheiro. Dois mil dólares. É o suficiente.


Depois de algumas horas na internet, encontrei as passagens e consegui o direito de viajar. Explicando umas dez vezes os motivos. E como tenho uma tia em New York, foi mais fácil. De qualquer maneira, eu consegui e meu voo é hoje de madrugada. Arrumei a mochila. E, devo admitir, eu chorei de novo pela minha mãe. Meu coração doía tanto... E eu estava sem minha pequena Summer... Ela sempre me ajudava. “Mas logo eu a verei”, falei a mim mesmo.

Liguei a televisão e tentei distrair minha mente. Eu não queria pensar em minha mãe, em Matt, ou até mesmo em Susana. Ela deve ter sentido uma dor horrível quando foi ao enterro de Matt. Eu não verei minha mãe ser sepultada. Eu não aguentaria. Nem ao menos saberei se teve um enterro adequado. Preciso sair dessa cidade o quanto antes e nunca mais voltar. Mas antes eu deveria ao menos fazer algo pela minha mãe.

Ela adorava copos de leite brancos. Eu fui até a loja em frente a minha casa, onde vendia. Comprei algumas e voltei para casa. Fiz uma lapide improvisada para ela. Coloquei uma foto dela. Ao lado da que fiz uma vez para meu irmão. Lado a lado. Ambas com sua pedra e flores em cima. As fotos sorriam para mim. “Eu sentirei falta de vocês...”, disse às fotos. E sai de lá antes de começar a chorar. Entrei em casa. Peguei um retrato onde nós três sorriamos. Isso parecia tão distante e feliz. Uma época melhor. E guardei em minha mochila.

Vasculhei o quarto procurando algo que eu possa levar e encontrei um desenho. Da Summer. Ela me deu isso uma vez. Um desenho de nós dois. Não tem aqueles coraçõezinhos ou coisas meigas que a maioria das garotas fariam. Ela desenhou o dia em que tentei ajuda-la com o arco e flecha. Ela desenha bem. Eu nem sabia que ela desenhava até ver esse desenho. Ela me disse que só desenha às vezes, que não é algo de que goste muito. “Como você quando canta”, ela disse. “É bom nisso, mas faz com pouca frequência.” Guardei o desenho na mochila e fui para fora da casa.

Dei uma ultima olhada e segui meu caminho até o aeroporto. Pegando transporte publico até chegar lá. O voo estava quase saindo.

O avião era agradável enquanto estava no chão. A turbulência aumentava e eu fiquei realmente assustado o voo inteiro até chegar seguro ao solo. Desci e sai rapidamente do aeroporto. Era de manhã quando cheguei a New York. Usei transporte publico até chegar perto de Long Island. Depois tive de andar muito tempo até chegar à colina.

Subi a colina, passei pelo Pinheiro de Thalia. E, finalmente, entrei na segurança do Acampamento. Tudo aquilo me tranquilizou um pouco. Fui até meu chalé e guardei as minhas coisas. Evitei falar com as pessoas. Eu não estava exatamente no meu melhor espírito festivo.

– Will? – a única voz que eu queria ouvir chamou.

– Sum. – virei e encontrei-a a poucos metros de mim.

Andei até ela e abracei-a. E aquele foi o melhor abraço que eu poderia receber. E naquele momento eu notei que eu estava realmente apaixonado por ela. E tinha que dizer isso a minha pequena Sum.

– Sum, - falei, quando o abraço terminou. – eu estou... Apaixonado... Por você... – eu gaguejei, mas acho que isso acontece com todo mundo.

Ela arregalou os olhos e achei que falei a coisa errada por um momento, mas logo sua expressão suavizou e ela sorriu.

– Eu também. – ela disse e me abraçou novamente. – Mais do que você imagina, William. – era tão bom ouvir aquilo. Esplêndido, na verdade.

– Meu raio de Sol... – sussurrei enquanto ela me abraçava. E era verdade. Enquanto eu estivesse com ela, eu superaria as coisas por mais difíceis que fossem. Como a morte de minha mãe. Eu sofreria muito até superar, mas Sum me ajudaria. Só de sorrir ela já me ajuda. Isso pode parecer aquele clichê adolescente, mas é a verdade: Ela é o meu raio de Sol. E para filhos de Apolo o que tem de melhor do que um Raio de Sol? Como a Sum era para mim, uma das melhores coisas que eu poderia ter.

Meu raio de Sol...


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Notas finais do capítulo

¹Cupcake Wars ou Guerra dos Cupcakes é um programa culinário dos EUA. (O nome é meio que autoexplicativo. q)
Acho que só agora o nome da Fic fez sentido. Sorry! kk
Deixem reviews/criticas construtivas. u_u'



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