My Sunshine! escrita por LilyCarstairs


Capítulo 13
Capítulo 13 - Why?!


Notas iniciais do capítulo

E aqui está o ultimo capitulo! Obrigada a todos vocês que acompanharam até aqui! ♥'
E aproveito o ultimo capitulo para anunciar também que vou fazer a segunda temporada de My Sunshine. Não sei muito bem quando, mas já estou planejando. Espero que leiam e gostem dela e desse ultimo capitulo.
Desculpem a demora pra postar e se tiver algum erro, por favor não joguem pedras em mim. ç..ç'
Boa leitura!



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– Summer! Summer! – alguém sussurrava em meu ouvido.

Abri os olhos e me deparei com o rosto sorridente de Travis. Olhei para fora do chalé e notei que ainda estava amanhecendo.

– O que foi? – perguntei mal humorada.

– Venha conosco. – Connor apareceu do além. Segurava meu casaco.

Eles estavam planejando coisas ruins. Levantei-me e coloquei o casaco. Eles me arrastaram para fora e me deram uma prévia explicação do que aconteceria: Pegaríamos algumas aranhas que eles arrumaram (de maneira misteriosa) e colocaríamos no chalé de Atena. Eu sei, parece maldade, mas... Ah, tudo bem, é maldade. Mas quem liga? É divertido!

As harpias já estavam se retirando a essa hora, de modo que não tinha perigo aprontar com outros chalés. Peguei um grampo e dei um jeito de abrir o chalé, não muito, mas de modo que Travis e Connor pudessem jogar as aranhas lá dentro. Assim que o fizemos, corremos de volta para nosso chalé.

– Aposto que a gritaria começa... – Connor começou, mas parou, pois foi interrompido pelos gritos apavorados do chalé de Atena. – Agora! – seu sorriso apareceu.

Todos os chalés estavam querendo saber o que aconteceu. A maioria dos campistas estava com a cabeça pra fora dos chalés tentando ver o que acontecia. De relance consegui ver os campistas de Atena correndo. Alguns tinham aranhas em seus corpos, outros apenas corriam desesperados.

– O que aconteceu?! – ouvi Travis encenar uma voz surpresa. Ele não tem jeito mesmo!

Vi a garota de Atena, que uma vez teve um mini-caso com Will e sorri. Ela imediatamente soube que eu tinha a ver com isso, mas quem mais acreditaria? Afinal, Summer tem medo de aranhas.

– Um belo jeito de começar a manhã. – sussurrei para Connor, que concordou com a cabeça. Seu sorriso estava gigantesco.

Quíron logo veio averiguar o acontecido. A confusão cessou e fomos tomar o café da manhã. Localizei Will e sorri para ele. Nos últimos dias ele estava bem melhor em relação a tudo. Susana continuava no chalé de Ares, mas acabou que não era tão detestável, quer dizer, com os outros não. Ela me odiava e ainda tinha marcas dos cortes que fiz com minha adaga. Mas fora isso, tudo estava bem.

Depois do café fui fazer minhas atividades diárias no Acampamento. Nem notei o tempo passar. O dia inteiro meus pensamentos estavam longe. Longe demais. Lá no Texas, o estado da estrela solitária. ¹ Meu querido estado.

Eu estava pensando em minha mãe e em como ela deveria estar no momento. Soube que ela e James estão pensando em mudar do Texas. Eu não quero que ela saia de lá. Eu gosto de lá, mesmo que coisas ruins sempre me aconteçam quando fico mais que dois dias por lá. Acredito que não importa o lugar que eu vá, sempre terei problemas e monstros, talvez algumas lutas e mais monstros. Afinal sou uma semideusa, os monstros sempre vão me seguir. Eu só acho que é injusto o fato de os filhos de Deméter e Afrodite poderem viver sem monstros atrás deles o tempo todo.

– Eu sei que foi você, garota! – eu não sei de onde a filha de Atena apareceu, mas veio me encher o resto de paciência que tinha em meu coração. Alice é o nome dela, se não me engano. Ah, quem liga? Ela me irrita.

– Por que eu faria isso? – perguntei. Fiz uma cara séria. O que é bem difícil para mim.

– Porque você queria que aquelas coisinhas pequenas e nojentas... – ela estremeceu. – Me matassem!

– E por que...? – fiz-me de desentendida. Era divertido quando Alice ficava irritada.

– William. Você o quer só pra você! – ela falou rispidamente. Acho que não pude conter minha cara risada.

Ela olhava indignada enquanto eu a ignorava e saia rindo. Ela ainda gostava de Will, e isso me fazia rir, por que... Ela era tão chata e parada. Como poderia gostar de alguém animado e legal como Will? Enfim... Resolvi passar o restinho de tarde vendo o final da temporada de baseball. Meu time não estava na final, mas eu só queria assistir baseball e lembrar-me das pequenas alegrias da vida.

O baseball acabou e eu fui até as aulas de arco e flecha para ver como Will estava se saindo.

Não é surpresa nenhuma que os filhos de Apolo estivessem se dando muito bem. Will não errou o alvo nenhuma vez. Já os outros chalés eram meio desajeitados com o Arco e Flecha. Depois da aula, ele caminhou sorridente em minha direção. Ah, aquele sorriso...

– Sum! – ele me abraçou. Acho que hoje ele está mais sorridente do que nos últimos dias. Finalmente ele está melhorando e isso é bom.

– Está animado hoje. – comentei.

– Sim, você tinha que ver como Alice ficou, falando que você era um monstro e que queria mata-la com as aranhas. – ele ria enquanto contava. Imaginei a ridícula cena e não pude evitar o sorriso.

– Ela tem sérios problemas. – afirmei. - Eu não perderia meu tempo fazendo isso com ela.

– Então não foi você? – ele sabia que fui eu. Seu tom deixava isso claro. Ele sempre sabe. É uma pena, pois nunca conseguirei trollar o chalé de Apolo sem ele desconfiar.

Dei de ombros e caminhamos até o Pavilhão do Refeitório. Era hora do jantar. Mas não encontramos o normal: pessoas jantando e conversando alegremente. Encontramos todos em silencio, alguns chegando e ficando confusos – como nós dois. Quíron conversava com Rachel.

– O que aconteceu? – perguntei a um garoto da mesa 11.

– Rachel e Quíron entraram apreensivos e ainda conversam baixo demais para serem ouvidos. – ele informou. - Algo sobre uma nova profecia.

– Sobre o que a profecia fala? – perguntei.

– Ninguém sabe. – outro garoto da mesa 11 me respondeu. – Eles não contaram para ninguém.

Depois de alguns minutos incômodos de silencio. Eles saíram do Pavilhão e os murmúrios tomaram conta do lugar. Eu resolvi começar o meu jantar, afinal eles não nos contariam nada. Então... Bom apetite para mim.

Notei que era a única que jantava, o resto murmurava entre si e olhava apreensivo para os lados, esperando a volta de Quíron. Voltei a jantar e quando terminei pensei em levantar, mas acho que as pessoas me achariam muito mal educada por não esperar as más noticias sentada e ansiosa.

Mais tempo do silencio incomodo e eu já estava começando a ficar entediada. Olhei para a mesa de Apolo e vi Will olhando para o nada acima de sua cabeça. Ele esta tentando entender tudo aquilo, mas queria disfarçar. Não notei que fiquei como uma boba sorrindo para ele, até ele ver e sorrir de volta.

Pouco depois de vários sorrisos trocados, Quíron voltou com um semblante preocupado. Foi até a frente e anunciou:

– Temos uma profecia. Rachel sabe os semideuses que terão de partir. – seus olhos passavam de um lado para o outro nas mesas dos chalés. – Não sabemos quando acontecerá. Ou por que, mas em breve os semideuses envolvidos descobrirão. – uma breve pausa. Ele deixou que absorvêssemos isso. – Pedimos a todos que não fiquem preocupados com isso.

– Como não? – gritou alguém da mesa de Atena. – Profecias sempre são ruins!

Ela foi apoiada pelos companheiros de chalé, que balançavam a cabeça e murmuravam em concordância O resto do Acampamento também começou a concordar, inclusive eu. Lembro-me das histórias que me contaram aqui. De como as profecias destruíam vidas e corações. Devo admitir que fiquei um pouco receosa de estar envolvida nisso.

Acalmei a mim mesma pensando que sou apenas uma garotinha de Hermes. “Eu não tenho nada a ver com profecias. Terei um futuro brilhante como política ou empreendedora”, pensava sem parar.

Will olhou para mim e fez um sinal para dizer que tudo está bem e que não preciso me preocupar, mas ele próprio parecia tenso. Ele era gentil em tentar me acalmar quando precisava se acalmar também. Sorri para ele. Ele era tão... Tão Will... Não tenho palavras para descrever o carinho que sinto por ele.

– Summer, acho que você deveria parar de babar. – Travis debochou a meu lado. Revirei os olhos para ele.

– Pelo menos eu tenho alguém, não é Sr. Não namorei a nova campista ainda. – revidei.

– Toma essa, irmãozinho. – Connor, que estava sentado ao lado de Travis, provocou.

Eles começaram a trocar insultos. Como pessoas podem ter tantos insultos assim? Às vezes eles passam do limite com essa de insultar um ao outro. Mas é divertido assistir. Vez ou outra eles se empurram. Essa família é tão grande, feliz e divertida. Claro que se você for novato eles te roubam, mas depois você aprende a pegar suas coisas de volta.


Na manhã seguinte a tensão não diminuiu. Nós, de Hermes, parecíamos ser os únicos despreocupados. Acho que porque dificilmente ficamos tristes ou chateados por mais de um dia. Hoje é dia de Captura a Bandeira e ninguém parecia animado como normalmente.


Todos evitavam demonstrar o quão apreensivos estavam por conta da profecia, mas não eram tão bons nisso. A profecia talvez demorasse a acontecer e a maioria deles nem seria afetada. Provavelmente pegariam os mais habilidosos para a missão, como na maioria das vezes. Os mais habilidosos sim deveriam se preocupar. Como não sou boa em lutas ou em qualquer coisa útil durante uma missão, decidi não me preocupar.

Fiz minhas atividades normalmente no Acampamento. Vez ou outra um campista me perguntava sobre a profecia e me lembrava dessa história toda. Droga. Eles poderiam fazer menos drama com isso, não é?

No fim da tarde comecei a me preparar para o Captura a Bandeira. Várias pessoas estavam colando armaduras e escolhendo armas.

– O que acha disso tudo? – uma campista de Éolo perguntou. – Da profecia, quero dizer.

– Acho que não devemos nos preocupar. – respondi o mais gentil que consegui.

Ela percebeu que eu não queria falar sobre isso e se afastou. Comecei a olhar armas aleatoriamente. Acho que às vezes é mais fácil ficar ali olhando as adagas mortalmente afiadas do que falar com as pessoas. Escolhi uma adaga para o Captura a Bandeira. Encontrei Will, que escolhia uma espada.

– Estamos um contra o outro. – ele disse.

– O que? – acho que me distrai por tempo demais e não ouvi os avisos do dia.

– Sim. Você é do time azul junto com Hefesto e Afrodite e alguns deuses menores. – ele disse. Ah, ótimo, estou no mesmo time que as garotinhas de Afrodite. – E eu estou no vermelho junto com os outros chalés.

– Boa sorte então Raio de Sol. – falei, imitando sua voz. Ele balançou a cabeça e sorriu.

Separamos-nos sem aquele drama todo de casal, afinal não iríamos morrer ou algo assim, só jogar Captura a Bandeira. Os times já estavam fazendo formação. Acabou que Travis, Connor e eu ficamos na defesa da bandeira. Eu não gosto de ter essa obrigação, pois se perdemos seremos culpados e tudo o mais. Enfim, o jogo começou e ouvi o barulho das armas.

Sentei-me e esperei algo acontecer. Como nada acontecia num raio de um quilometro, nós três começamos a conversar sobre inutilidades da vida, até ouvir um barulho. Levantei rapidamente e coloquei a adaga de prontidão. Olhei para todos os lados e bem na minha frente Susana vinha correndo como uma louca assassina.

Ela não queria a bandeira, ela veio para me machucar. Droga! Esperei ela chegar perto e esquivei, mas ela me puxou e me acertou um soco no nariz. Que dor horrível. Minha mão livre foi automaticamente ao nariz, ela não o quebrou, mas fez doer e escorrer sangue. Balancei a cabeça e investi contra ela. Mas algo me impediu de acertar minha adaga em seu braço.

Travis segurava meu braço.

– Me solte! – gritei.

– Não. Você não vai ataca-la. – ele disse. Parecia chocado consigo mesmo por estar fazendo isso.

Connor olhou atônito para ele e depois para Susana.

– Vocês... – ele começou e Travis concordou com a cabeça. Então... Eles estavam namorando. Não pude de esconder a surpresa. Ele estava protegendo-a?

– Isso aqui é um jogo e ela é sua adversária! – protestei.

Em resposta ele se colocou ao lado de Susana e apontou a espada para mim. Connor rapidamente posicionou-se a meu lado. Eu ainda estava chocada demais quando Susana investiu contra mim. Comecei a me esquivar e tentar ataca-la nas oportunidades. Finalmente consegui chuta-la para longe e lancei minha adaga perto de seu braço. Por azar, minha mira é horrível e eu não a acertei e ainda perdi a adaga. Já Connor estava lidando muito bem com Travis.

Ouvi ao longe alguns gritos e por sorte soube que nós vencemos e a luta parou, pois nossos companheiros do time azul vieram correndo com a bandeira vermelha. Suspirei e sai de lá o mais rápido que pude. E só agora a ficha estava caindo: Travis traiu seu time, sua irmã e seu irmão pela Susana.

Que tipo de pessoa estúpida faz isso? E porque ele está fazendo isso? Travis nunca faria isso. Ele se importava conosco... Importava-se com os irmãos... Não faria algo tão estúpido quanto isso... Eu não podia aceitar. E foi tão de repente. Tudo estava bem e do nada ele faz isso...

– Summer? – ouvi a voz de Connor me chamando. Eu estava sentada na minha cama, no chalé 11.

– O que? – respondi/perguntei.

– Por que ele fez isso conosco? – ele se referia ao Travis. Ele também estava magoado.

– Eu não sei... Talvez... Eu não sei... – respondi. O que dizer? “Ele é um traidor agora, vamos deixa-lo pra lá”.

Ficamos em silencio até a hora de dormir. Connor ficou ao meu lado esse tempo todo, mas também não disse nada e nem tentou. Um só precisava da companhia do outro. Éramos irmãos (meios-irmãos, na verdade, mas nos considerávamos de sangue) e era doloroso saber que Travis nos deixou por uma garota que mal conhece.

Perto da hora de dormir Travis entrou junto com vários garotos do chalé. Nem sequer falou conosco, simplesmente se deitou. Connor foi logo em seguida. Suspirei e deitei-me.

Horas e mais horas pensando sobre como eu gostaria de pegar o pescoço de Susana e virar... E só no começo da manhã eu consegui dormir. Quer dizer, cochilar. Logo tive que acordar para o café.

Não sentei em meu costumeiro lugar. Sentei na ponta da mesa e Connor sentou-se a meu lado. Nenhum de nós gostaria de ver Travis mais que o necessário.

– Não dormiu muito bem? – ele perguntou. Também estava com olheiras. Dei de ombros e comemos em silencio.

Will olhava para mim e parecia preocupado. Depois que tomei o café encontrei-o e tive de explicar. Ele notou que isso me incomodava e não insistiu em detalhes. Andamos até a praia dos fogos e conversamos sobre outras coisas.

– Ei, vai ficar tudo bem. – ele me abraçou. Olhei para ele e lhe dei um beijo. Lembro-me de como nos beijamos pela primeira vez. Aqui nesse mesmo lugar.

– Eu te amo. – falei, quando nossos lábios se separaram. Não pude deixar de sorrir ao ver que seus olhos brilharam e seu sorriso foi de orelha a orelha ao me ouvir falar isso.

– Eu também te amo, Sum. – ele disse.

Ele realmente é um Raio de Sol que veio para me ajudar a ser alguém melhor.

Enfim, por mais que as coisas fiquem ruins ou assustadoras eu posso seguir em frente, pois eu ainda tenho Connor e Will. E até alguns outros colegas do Acampamento.

Mesmo com eles me ajudando, ainda será um longo verão com essa profecia e aposto que mais coisas ruins acontecerão. Então... Boa sorte para mim.


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Notas finais do capítulo

¹ Gente, nos EUA o Texas é conhecido como "O estado da estrela solitária". Pela sua bandeira ter apenas uma estrela. (http://www.webbusca.com.br/atlas/bandeiras/texas.png)
xxx
Bom, agradecimentos especiais a Amanda, a Lais e a huntress que me ajudaram nos bloqueios criativos.
Vejo vocês na Segunda Temporada! ♥'



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