L: como? – perguntava olhando pra ele enquanto caminhávamos na praia, não estava entendendo como isso podia ser possível. Nos encontrarmos depois de tanto tempo e por acaso.

G: acho que foi o destino que quis nos unir.

L: é inacreditável. – nós paramos e ficamos nos olhando abobalhados ainda. – então era você o tempo todo. Por que não me disse quem era?

G: cheguei a dizer, mas você tinha saído do bate papo. Que tipo de menina vai se encontrar com alguém que nem o nome da pessoa sabe?

L: algo me dizia pra ir.

G: era eu que te chamava por pensamento.

L: eu fui na sua casa uns dias atrás. – disse voltando a caminhar. 

G: Mikey me disse que me procurou. 

L: sim, queria falar com você.

G: sobre o que?

L: que descobri a verdade.

G: sobre?

L: que você não teve culpa de nada.

G: ok, teremos muito tempo pra falar sobre isso.

L: mas eu quero falar agora.

G: agora não, agora quero fazer outra coisa.

L: fazer o que? – ele me segurou pelo braço me parando e depois me beijou.  
O braço dele me envolveu e ele me apertava contra seu corpo. Ele tirou meu boné que atrapalhava na hora do beijo. Envolvi meus braços no pescoço dele e retribui o beijo. Sentia uma emoção enorme e o beijo estava maravilhoso. Enfim, o destino nos uniu novamente.   


Mais tarde...
Acordei com o despertador e ao mesmo tempo os meninos da banda que abriram a porta do meu quarto neste exato momento e ficaram paralisados quando viram Gerard na minha cama. Calma!!! STOP!!! Não é o que vocês estão pensando. Não tinha virado uma cópia da minha irmã. Estávamos apenas dormindo. Voltamos da praia umas cinco da manhã e fomos pro hotel onde eu estava e ficamos ainda conversando por algum tempo e depois acabamos dormindo os dois na mesma cama. Mas nada além de beijos. Não fizemos nada!!!  
K: foi mal. – disse Keylan nos olhando assustado.

L: ah, não é o que estão pensando... – disse nervosa me sentando na cama.

G: o que houve? – Gerard abriu os olhos e sentou na cama com um pulo assustado e olhou pra porta ficando sem entender o que estava acontecendo.

B: nós estamos te esperando lá embaixo quando estiver pronta.

C: sai da frente deixa eu ver. – dizia Clarck pulando por trás de Brian e Keylan.

K: para sai. – disse Keylan pra Clarck enquanto fechava a porta.

L: nossa! – esfreguei o rosto com as mãos, estava morrendo de sono.

G: foi mal, acabei dormindo demais. – dizia esfregando os olhos com a mão.

L: não tem problema.

G: os meninos...

L: eles? Não vão pensar nada.

G: já pensaram. – começamos a rir.

L: é, cuido deles depois. É tão bom estar com você
de novo.

G: eu que o diga. Estava morrendo de saudades.

L: eu também Gee. – nos beijamos. – vou ao banheiro me trocar, tomar um banho...to imunda de areia. – disse fazendo cara de nojo.

G: eu vou embora.

L: ta.

G: posso te encontrar mais tarde?

L: ok. Mas liga pro meu celular pra saber onde estou.
– anotei o numero num papel e entreguei a ele.

G: valeu. Tchau. – nos beijamos de novo e ele saiu do quarto me deixando só e aos suspiros.
 Gerard e eu nos vimos a semana inteira. Eu não fiz nenhum show pela semana, mas tive que dar duro nos ensaios. Eu estava uma semana sem dormir direito, ensaiava o dia inteiro e a noite ficava com Gerard. Saímos pra assistir filmes no cinema, fomos patinar no gelo (foi emocionante nunca tinha feito isso antes, parecia uma criança de tão abobalhada). Fizemos de tudo nessa semana, e tudo bem tarde.  
L: nossa que cansaço. – me joguei no sofá da gravadora e Brian se sentou no sofá da frente.

B: você está com cara de cansada.

L: pior que estou. Acredita se te dissesse que to sem
dormir a dias?

B: mas por que?

L: aproveitando meu namorado.

B: aquele da cama?

L: sim.

B: aquele dia foi hilário.

L: nem adianta vir de deboche, não fizemos nada.

B: sei...

L: to falando sério Brian. – disse jogando uma
almofada nele.

B: calma, não fique brava.

L: não estou brava com você. Sabe que eu te amo
não é? – disse dando língua pra ele depois.

B: você está apaixonada?

L: to. Quero dizer, eu já estava antes, só que não estava junto com ele. Mas agora ta tudo lindo.

B: eu também amo minha namorada. Mas sabe...faz um ano que namoramos e não tivemos nada a mais, entende?

L: sexo?

B: é. Ela é virgem.

L: ai Brian, não acredito que está falando isso pra mim.

B: é sério. Eu a amo, mas não dá pra agüentar mais.

L: se você a ama deve esperar.

B: você fala isso por que não é homem, mas se fosse você ia ver que realmente é foda. Eu a amo demais mesmo, mas não dá mais pra esperar, depois que você vive esse momento você não agüenta ficar sem.


Fiquei pensando no que ele dizia, eu também era virgem, será que Gerard iria ficar me pressionando desse jeito também? Já que ele sempre fazia, minha irmã com certeza mantinha relações com ele, mas eu...eu não estava pronta ainda. Eu acho. 


B:  Lola?

L: que?

B: está me ouvindo?

L: acho que já vou, não estou me sentindo bem.

B: ok. Você me leva em casa?

L: ta.  
Depois de leva-lo em casa segui meu caminho pro hotel pensando naquela conversa. Será que todos os homens pensavam desse jeito? Ou Gerard seria diferente? Será que eu estava preparada pra pularmos pro próximo passo da nossa relação? Perguntas e dúvidas na minha cabeça maluca. Estacionei o carro e depois de uns dez minutos me peguei de boca aberta pensando no nada dentro do carro parado e o segurança do hotel me olhando em frente ao carro.  
S: está tudo bem?

L: sim. – eu disse saindo do carro.

S: pensei que tivesse passando mal, você não saiu do
carro e estava lá dentro parada sem reação...vim checar se estudo ok.

L: tava pensativa.

S: ok, já que está tudo bem, vou voltar a minha caminhada de vigilância. Tchau.

L: tchau.  
Cheguei no meu quarto e fiquei andando por ele de um lado a outro quando o celular tocou. Eu atendi.

L: Gerard?

G: está acordada?

L: não, dormindo e falando com você.

G: engraçadinha! Ok, o que esta fazendo?

L: andando em círculos. Será que podemos conversar?

G: ta. Quer que eu vá aí no seu quarto?

L: NÃO! No meu quarto não, prefiro num lugar mais cheio como sei lá onde...

G: posso te buscar e irmos ao clube?

L: mas lá não dá pra conversar.

G: quer comer alguma coisa?

L: ok, posso escolher o lugar?

G: ta.

L: eu to morrendo de vontade de comer um hambúrguer no mac Donald, faz tanto tempo que não como lá, por favor!!! – suplicava!

G: ok. – disse morrendo de rir do outro lado da linha. – chego em vinte minutos.

L: Ta. – desliguei o telefone nervosa. Não sabia como tocar no assunto.