Quatro Detetives e Um Sonho escrita por Lawlie


Capítulo 9
Capítulo 9 - Algumas Hipóteses (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Aliás, na última quinta-feira foi aniversário do Tikara-san (eu estava indecisa se colocava dia 28 ou 29, mas como esse ano não tem dia 29...), junto com o do Kira ~Tikara okayface
Boa leitura ;3



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Narração normal

 - AAAAAAAAH! – ouviu-se um grito feminino vindo do andar de cima. Logo a porta já estava sendo aberta num piscar de olhos por Tikara.

- Miruku, o que foi?

A garota estava sentada de pernas cruzadas sobre a cama, com os olhos nervosos observando fixamente um caderno branco em suas mãos.

- Calma, neko-chan, ta tudo bem – disse Matt, entrando em seguida. Era a primeira vez em algum tempo que ela era chamada por esse nome, e serviu para tranqüilizar um pouco a garota. O caderno branco foi substituído por um outro, preto.

 Na pequena mesa dobrável haviam várias fotos dos corpos das vítimas, assim como desenhos, mas nenhuma anotação.

- Droga... – a garota murmurou

- Ficou maluca?

- Está tudo bem – afirmou, com a voz firme. Levantou-se da cama equilibradamente e aterrissou com os pés no chão, meio agachada. Endireitou as costas e pegou um giz, riscando na parede o número “15”. – V é a letra que corresponde a “5” em números romanos.

- E daí? ¬¬

- Três letras “V” desenhadas em cada vítima... 5 vezes 3 é igual a 15. – isso é óbvio – Vão ser quinze as vítimas, e mais quem vier impedir o plano.

- Do que está falando hein?

- V pode significar várias coisas... Cinco, vingança, inicial de um nome como por exemplo Vitória... – realçou o nome – Estou tentando encontrar uma conexão que preste nisso. Estou quase certa de que os assassinatos tem por motivo vingança. Vamos impedir que dos 15 restem 0. Ah, e, no quinto corpo, o da filha de Lucas, só havia uma letra V. Se a cada cinco corpos houver apenas uma letra, e forem quinze as possíveis vítimas, teremos novamente o número 3... 5 + 3 = 8, oito mortes por vingança, de nove vítimas, seis foram, e as outras podem ser falsas... ainda faltam duas vítimas por vingança, mas... é claro que são apenas hipóteses. Mas ainda faltam 4 mortes ao todo... podem ser mortes aleatórias, mas também, somos quatro... não tinha como o assassino prever nossa vinda, tinha?

- Na quinta vítima não foi deixado nenhum vestígio no local, pelo o que parece. A única coisa de anormal no cenário era o corpo... Seria bom se revezássemos para visitar os locais dos crimes.

Miruku narrando

Me curvei sobre a pequena mesa dobrável que havia trago do andar debaixo mais cedo e peguei o lápis. Com o calor, meus cabelos iam se desmanchando do penteado dentro da touca e a franja caía sobre os olhos, incomodando um pouco. Troquei o lápis de mão e com a mão agora livre afastei o cabelo dos olhos.

Tikara: _Herr... quer refrigerante? – perguntou, apontando para o pacote de batatinhas aberto ao meu lado na mesa. Dei de ombros, concentrada no esboço do desenho que havia começado a fazer.

_Aliás, o que está fazendo?

_Desenhando.

_O que? – ele apoiou as mãos no outro lado da mesa, assim ficando de frente para mim.

_Hamsters é que não são – dei uma risadinha baixa e pus o dedo sobre a foto da primeira vítima, que estava na minha frente. – O local do crime. – deixei a cabeça um pouco de lado, correndo o lápis pelo papel. – Pode parecer meio estranho, mas eu queria me pôr no lugar do assassino, embora isso seja quase impossível... somos pessoas diferentes, pensamos de modos diferentes, ele ou ela é assassino e eu sou detetive... mesmo assim... – Larguei o lápis sobre a mesa, peguei o desenho e a foto, saltei para cima da cama de pernas cruzadas e comparei o desenho à foto. Reparei que Matt havia sumido.

_Consta na perícia que os cortes foram feitos antes de a vítima morrer no primeiro, terceiro e quinto casos... nos outros, foram feitos após a morte.

_Interessante.

Ele pegou o desenho da minha mão e observou.

_Isso é um depósito, não é?

_Acho que sim. A Toshimoyo já separou tudo que a gente precisa, de qualquer forma...

 Ele me olhou.

 Aquela vítima havia sido morta dentro do local ou o corpo havia sido arrastado até ali? Haviam algumas pequenas evidências que indicavam resistência antes da morte, mas foi inútil, visto que foi drogada antes da morte... a ex-professora parecia ter sido arrastada pelos cabelos até o meio do depósito, antes de ser enforcada... estávamos lidando com alguém bem forte, pelo que parecia. As caixas em volta do corpo estavam empilhadas e arrumadas perfeitamente. Ou a luta (se havia tido uma) não havia ocorrido de fato ali, ou o assassino havia arrumado tudo antes de sair, sem deixar impressões digitais ou até mesmo fios de cabelo.

_Perdi o apetite – falei, com cara de tacho, empurrando as batatinhas.

_Pois eu não, estou morto de fome – Tikara resmungou

_Então ta fazendo o que aqui? – põe o Mello na tela. Não, pera...

_A anta do Mello foi comprar comida e não voltou até agora, deve ter se perdido em alguma chocolataria por aí...

_Como se nessa cidade pudesse haver uma loja de chocolates grande demais pro Mello – dei uma risadinha – ou será que tem? ‘-‘

_Prevejo uma Madonna com roupas de couro entrando cheio de bolsas da Cacau Show daqui a duas horas. – os dois rimos

 Matt passava pela porta, voltando de seja lá onde ele foi nesses últimos minutos.

_Legal, virou a casa da mãe Joana – falei, mostrando a língua

_Estamos dividindo o aluguel, tenho a liberdade de ir e vir como qualquer um. – Matt respondeu, entrando e saindo pela porta repetidas vezes.

_Na verdade, a gente mais parece um grupo de retardados do que de detetives – rimos de novo – Rindo à toa, aliás – acrescentei

_Quer saber? Esquece essas porras de desenho, mais tarde eu termino isso. Mas, de qualquer forma, não vou deixa-los totalmente de lado, quem sabe me levem à alguma conclusão útil.

_Que esquisito – resmungou Tikara, cujo as únicas coisa que sabe na vida é pedir pra sermos mais maduros, consertar e construir coisas, e seu principal e incrível talento, que é... resmungar.

_Bem, as fotos são em preto-e-branco ou foram tiradas de noite? – Matt perguntou

_Os assassinatos ocorreram durante a noite. Podem haver no máximo uma ou duas exceções. A perícia foi realizada somente no dia seguinte. O primeiro ocorreu entre às 22:30 e 23:00, o segundo, quase meia-noite. O terceiro, por volta das 20:00 ou 21:00, provavelmente em um local que fique praticamente deserto durante essa faixa de horário. A quarta, a que aconteceu mais cedo, mais ou menos 19:00 ou 19:15... a filha do Lucas pode ter acontecido em qualquer horário, porém o corpo foi encontrado apenas na madrugada do dia seguinte. Parece que além dos cortes, não houve qualquer tipo de tortura antes da morte, pelo menos não física, e a sexta vítima foi durante a madrugada, dentro do próprio quarto da vítima, e o corpo foi abandonado. Deveria saber disso, aliás uma das primeiras informações que vocês deveriam ter tomado consciência como detetives.

- Ah... – Matt corou um pouco.

 Ouvimos um barulho na porta.

To be continued.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo vai sair ainda essa semana :3



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