Quatro Detetives e Um Sonho escrita por Lawlie


Capítulo 8
Capítulo 8 - Diversão


Notas iniciais do capítulo

Depois de quase um mês sem postar, olha eu aqui de novo ^o^/
Acontece que bateu uma preguiça de digitar... eu continuei escrevendo no caderno, é claro, mas eu estava mesmo com muita preguiça, e agora, com o fim das férias, virá a falta de tempo, mas se Deus quiser e tudo der certo, eu termino essa fic antes do fim das férias de Julho, no máximo!
Depois de tanto tempo, boa leitura!



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Matt narrando

 Acordei cedo com o barulho de passos apressados correndo pelo andar de cima. Uma porta sendo escancarada, mais precisamente a do quarto da Miruku, e em seguida, batidas frenéticas na porta do quarto do Tikara.

_TIKARA-SAAAAAN! ABRE ESSA MALDITA PORTA SEU LERDO! – o som de a porta sendo aberta e os dois se esbarrando bruscamente

_Ai! Miruku, sua desastrada!

_Kya! – like a bichinho qualquer, agora descendo a escada a pulos enormes parecendo que ia quebrar a casa

_Rapaz, isso aqui ta pior que a perseguição dentro da casa do seqüestro em Londres*¹– Mello gritou do quarto dele, nervoso com o barulho

 O estrondoso som da porta do quarto de Mello sendo aberta, ele sendo arrastado pra fora da cama como odiava que fizessem.

Não deu meio batimento cardíaco até que a Miruku saltasse do lado de fora do meu quarto até pra cima de mim.

_Matt-kun, acorda! – falou um pouco alto demais, me dando um tapa na cara

_O QUE FOI PORRA? – gritei, enquanto começava a dar uns chutes de leve, obrigando-a a sair de cima

_Hoje a gente vai à praia *-* - exclamou, numa felicidade infantil. Ela estava usando a parte de cima do biquíni lilás com azul sob uma camisa fresca e um short leve por cima da parte debaixo.

_E quem é você pra decidir o que vamos fazer ou não? – Mello gritou da sala

_Sua mãe! – gritou de volta, com uma pequena risada no final

_E seu pai é o L, hahahaha! – Tikara falou com Mello, mas para o próprio Tikara não pareceu ter tanta graça e ele logo se arrependeu do que disse

_Só se a gente tivesse se casado com 3 anos de idade, engraçadinho – ela respondeu sem achar graça

_Logo hoje que eu estava planejando zerar o God of War de Ps3... – reclamei, sentando-me na cama

_Iiiiihhh cara relaxa – ela retrucou, imitando meu tom de voz – Acordar cedo você já não ia mesmo, e se formos ficar em casa, seria pra tentar investigar algo, e não pra jogar dããã

A afirmação tinha um tom de “ainda dá pra mudar de ideia o que você prefere?”

_Vem aqui – falou Mello, tirando-a de meu quarto – Não quero mais você decidindo tudo por nós, ouviu? – perguntou, encarando ela com um olhar duro

_Tudo bem, Mell – falou, com a voz doce, e logo depois tornando-a rígida – Pode ficar, se quiser.

_Eu não disse que não ia

_Então não enche! Até parece que eu obrigo vocês a alguma coisa!

_Não obriga, mas-

_Pelo menos não é você que tem sonhos pertubadores de seus amigos sendo mortos toda noite, há dias eu não tenho sequer um sonho comum preocupada com resolver esse caso e fritando os neurônios sem ter ao menos uma mísera pista!

Silêncio. Os dois estavam se encarando desafiadoramente. Acho que prefiro matar zumbis à assistir eles discutindo novamente. Alguém aí tem uma arma?

 Todos nós sabemos nossos nomes reais, com uma exceção – a que ninguém sabe o de Miruku, a não ser ela mesma. As únicas informações que temos é que pode ter as letras “L” e “B”, fora isso, mais nada. Então porque “Miruku”? Talvez porque, na época em que chegou ao orfanato, começou a usar aquelas toucas de orelhas de gato, e tinha a estranha mania de dizer alguns “nya” no meio das frases, e como tinha descendência japonesa, o nome (ou apelido) saiu japonês. Matt, M. Mello, M. Miruku... isso gera um certo ciúme entre nós. Mello não aceita o fato de que ela saiba o nome dele e ele não saiba o dela, pura teimosia.

 Ele também não gosta de receber ordens, apesar de dar (?), e ela tem um leve espírito de liderança que o incomoda. Tikara e eu somos os mais calmos. Talvez tenhamos sido desenvolvidos para receber missões, não para dar (?). Se mais um de nós tivesse o gênio de Mello, talvez já teríamos nos matado. Ou melhor, talvez Miruku tivesse nos matado. Explicada a intriga entre Mello Miruku e cia., vamos continuar a nossa historia.

Tikara narrando

 Depois da intriguinha diária (na boa, por quê raios eles precisam ficar tão perto um do outro quando brigam? Isso incomoda ¬¬) seguimos para a bendita praia sem mais transtornos. De fato, Miruku havia acertado em cheio, o dia estava incrivelmente bonito. Não havia nenhuma nuvem no céu azul. Pena termos vindo tão tarde (cof cof Mello fazendo birra). Fomos procurar conchas que nem 4 crianças enormes e almoçamos ali perto (cof cof Mello se empanturrando de chocolate e reclamando que tava derretendo tudo). Descansamos perto de algumas árvores conversando, e depois Matt e Mello foram dar uma volta porque Mello não agüentava mais o calor. Miruku e eu fomos até a beira d’água. Ela se agachou na areia e ficou observando a paisagem.

- Tikara...

- Sim?

- Já pensou se fôssemos personagens de um livro? – ih pronto, começou o festival do besteirol

- Sei lá, lá vem você com essas perguntas esquisitas.

- Hum... acho que a partir do momento que um autor ou autora nos criasse, teríamos uma espécie de... alma... e nossas ações seriam postas num papel, ou internet, e aí, de certa forma, existiríamos, né? Talvez, ela nos criasse porque queria ser um pouco de nós, ou nós simplesmente fazemos parte dela... o que você acha?

- Que seria uma autora bem maluca. – respondi, rindo

- Que personagens estranhos, né? Ainda mais esse chamado Tikara xD – olhem só, ela tem senso de humor, e começou a rabiscar a areia com os dedos. Que idiota. – Tikara, já pensou se existisse um caderno com o poder de matar pessoas?

- Hum, o que está dizendo? E como assim?

- Não é nada. Só um pensamento imbecil.

- Acho que seria bem mais fácil pra você, não é? Poderia se livrar dos suspeitos e assim o caso estaria encerrado caso acertasse – eu sabia que ela nunca aceitaria essa idéia, nunca mesmo. Ela me olhou com certo desprezo, como se eu tivesse acabado de xingar a mãe dela.

- Eu nunca faria isso. Eu juro. Mas... eu gostaria mesmo de ter um caderno com o poder de mudar o mundo, não matando... vou nadar um pouco, ok? – disse, mais animada, levantando e mergulhando na água.

 Era como se ela fosse uma pequena serie nadando no mar alegremente. De acordo com as historias, sereias são seres incrivelmente lindas, e... – corei um pouco pensando nisso. Mas não consigo imaginar ela arrastando garotos para o mar e depois os afogando. Dei uma risada de meu pensamento. Ela é do tipo que liberta quem ela gosta, porque quer ver a pessoa feliz, não é? Um pequeno anjo corado, com cabelo castanho-dourados, infantil e sorridente, com os olhos da cor do mar que variam de entonação de acordo com seu humor. Mas ela não tem a bondade suficiente. Ela pode ter um lado cruel.

 Passamos o resto do dia os quatro nos divertindo na praia. Quer dizer, se divertindo o quanto é possível se divertir quando se está num país que você não visita faz um tempo com o objetivo de resolver um caso de assassinatos cruéis. A palavra “assassinatos” me deu arrepios.

Mello narrando

 O Sol caindo no horizonte, morrendo e espalhando o sangue avermelhado pelo céu, deixando a paisagem da mesma cor. É a impressão que o pôr-do-sol dá, mas pouco me importa.

Miruku desenhava na areia com o dedo do pé direito. Ela agora usava uma camiseta branca leve sobre a parte de cima do biquíni. Respirou o vento leve que soprava. O fim do dia. No fundo, me pergunto o que raios ela estaria pensando.

 Olhei para a areia parcialmente úmida. As letras “L” e “B”, desenhadas num estilo elegante, até onde pode se considerar elegante algo desenhado na areia da praia com o dedo do pé.

- Bem, vamos – disse ela, por fim, se levantando com a parte traseira do short cheia de areia. “Resista a tentação de dar um tapa pra tirar a areia e sair correndo, você não tem 8 anos”, pensei. – Quero chegar em casa antes que o céu fique escuro. – se espreguiçou, resmungou sobre qualquer coisa e começou a andar com os pés descalços pela areia fofa.

- O que vão fazer quando chegar em casa? – perguntou Matt, enquanto começávamos a andar, pra puxar assunto.

- Investigar – respondeu Miruku

- Investigar?

- É.

- Vai acabar fazendo mal pra sua saúde – comentou Tikara, todo protetor, como se ela não pudesse se cuidar sozinha.

- Dane-se. No caso do Assalto àquele banco francês não foi diferente, foi? Fiquei um dia inteiro e dez horas sem dormir. Isso são 34 horas, ou 2040 minutos sem pregar os olhos, certo? Vou passar a noite acordada hoje.

- Durma um pouco.

- Não, não quero ter aqueles pesadelos de novo.

 Já estávamos a caminho de casa, faltavam poucas ruas agora, o céu escurecendo cada vez mais, dando adeus a mais um dia... talvez de diversão.

 Tikara não gosta muito de conversar sobre o assalto lá na França ou como prefiram chamar, justamente porque ele não estava lá, havia feito uma viagem urgente com a família adotiva. Havia sido em condições completamente diferentes, em um porão de uma casa espaçosa, completamente diferente da que estamos agora. Era bem mais fácil ficar acordado por lá, porque além de ser um pouco mais confortável, tínhamos que conviver com a realidade de que a qualquer momento os bandidos arrombariam tudo e invadiriam o porão.

- Ta bem, mana – faltou Matt, por fim, envolvendo o pescoço de Miruku com um dos braços e passando o outro pelos meus ombros. Ela deu uma risadinha. Devia estar se lembrando de nossa infância. Na rua de casa, tudo escuro, Miruku se livrou de nós e correu até a porta.

 Até que aconteceu algo muito estranho, que contarei depois. As coisas estão começando a tomar um ritmo bizarro. Assim como nas outras investigações.

No fundo, gosto disso.


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Notas finais do capítulo

Prometo que o próximo capítulo demorará bem menos a ser postado! Até! ^^



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