Quatro Detetives e Um Sonho escrita por Lawlie
Notas iniciais do capítulo
Yooo minna-san! Depois de alguns dias, finalmente novo capítulo! Esse ficou meio grande. Espero que gostem.
Narração normal
Mello acordava em sua cama no pequeno quarto. Se espreguiçou e sentou-se na cama. Trocou de roupa, lavou o rosto e subiu as escadas. Por impulso, bateu na porta do quarto de Miruku.
- Entre.
A garota estava sentada com as pernas cruzadas, parecendo uma índia em cima da cama, enquanto segurava um pequeno caderno.
- Mas já de manhã? – perguntou ele, ainda um pouco sonolento
- Ohayou, Mell-kun. – o garoto corou ao ouvir seu apelido
- Está acordada há quanto tempo? – perguntou, apontando para o quarto já arrumado
- Sete e meia. – respondeu sem muito interesse, ainda com os olhos no caderno
“Merda! Detesto quando não olham para mim quando estou falando ¬¬”
_Que foi, hein, Mello? Seu rosto é bonito, mas não é coisa de se admirar o dia inteiro, sabia? – disse ela, desviando rapidamente o olhar para ele
“Toma.”
Mello sentou-se na cama em frente a dela. Era o maior quarto da casa, e mesmo assim não era tão grande. Tinha duas camas, janela, cômoda e um armário, além da pequena varandinha. Mello ocupava o quarto do andar de baixo, Matt o dos fundos, e Tikara o de cima, no mesmo corredor em que ficava o quarto de Miruku. Na parte de baixo da casa haviam os dois quartos, sala, cozinha meio pequena e banheiro, no andar de cima ficavam os quartos, uma pequena varanda e um banheiro.
_Olha isso – disse Miruku, entregando o caderno nas mãos de Mello
1º dia do diário: “Olá, diário. Hoje foi um dia normal, a não ser pela Vitória, que me incomodou um pouco, mas nem posso reclamar porque ela sempre me dá uma força em Matemática.” _Tudo normal até aí, certo? – Miruku perguntou, sem tirar os olhos dele
_Ahn, lê pra mim que eu ainda não entendo completamente de português – ele falou, entregando o caderno pra ela. Na verdade, ele falava e escrevia em português quase fluentemente, apenas queria ouvir a voz dela narrando.
_Muito bem. Voltando. “2º dia: Olá, diário, hoje a Vitória faltou aula. Meus colegas andam dizendo que ela gosta de mim. A Gabrielle ficou se aproximando, mas eu tratei ela como sempre e acho que ela sacou que eu não quero nada com ela.”
3º dia: Hoje encontrei um papel onde estava escrito “Lucas, te amo” com corações desenhados colado no meu armário, mas a letra não era da Vitória, aliás, nem poderia ser já que hoje ela faltou aula. – Opa. Esse nome Vitória já ta começando a chamar a atenção.
4º dia: A Vitória foi à aula hoje, e acabamos ficando. Ela pode ser meio chata às vezes, mas é uma gata. – Ah ‘-‘
5º dia: Hoje a peste da Gabrielle veio me interrogar, querendo saber o que ta acontecendo entre eu e a Vitória. Eu falei que não é da conta dela e ela saiu correndo. – O amor platônico de uma adolescente que provavelmente sofria bullying.
6º dia: Eu, a Vitória e meus amigos fomos no cinema hoje, na praça de alimentação, uma garota piscou pra mim e a Vitória ficou com ciúmes, acabamos discutindo.
7º: Eu e a Vitória tivemos uma briga feia hoje, não quero nem comentar nada. Talvez eu nunca mais olhe na cara dessa garota chata.
8º dia: Não fui à escola, e meus amigos me ligaram dizendo que a Gabrielle estava planejando se declarar pra mim hoje.
9º dia: sem anotações
10º dia: sem anotações
11º dia: A Gabrielle veio falar comigo, a Vitória viu e depois veio fazer as pazes. As garotas são estranhas, não? – Miruku arqueou um pouco as sobrancelhas ao ler essa parte
12º dia: Gabrielle e Vitória discutiram hoje, parece que foi briga feia, as duas levaram advertências e tão dizendo na escola que eu era o motivo da briga. Até parece que eu ia largar a gata da Vitória pra ficar com a baranga da Gabrielle. Se eu terminasse com a Vivi, eu ia é procurar coisa melhor, não ficar com uma nerd esquisitona. – Olha o bullying.
13º dia: O pessoal ficou implicando com a Gabrielle hoje, ela chorou e foi embora mais cedo. Estou com um pouco de pena dela. – Ah, o remorso. – Miruku suspirou
Miruku: Gabrielle e Vitória... hoje em dia, provavelmente são já adultas... Será que... Vingança? Hum... Os passos que demos ainda são muito pequenos. Mas é o suficiente pra três dias. Ou não. Temos que avançar um pouco mais, termos mais suspeitas, nos aprofundar no caso, e usar isso para descobrir se haverão novas vítimas, quem são e o que iria acontecer com elas, pra impedirmos o mais rápido possível. – ela suspirou mais uma vez e ajeitou a orelha de gatinho da touca.
Mello: E quando tivermos as primeiras suspeitas?
- Investigaremos, é óbvio.
- Seria mais fácil se pudéssemos “apagar” as suspeitas mais suspeitas, assim, se fosse um deles, os crimes parariam. Daríamos um jeito nos corpos para que fosse como desaparecimento, e caso resolvido, fim de papo.
- NÃO! Claro que não Mello, isso está totalmente fora de questão. Não é assim que nós resolvemos as coisas. E aposto que não é assim que ele resolve as coisas. Além disso, assim o caso não estaria resolvido, e sim encerrado, mas de um modo que não é certo.
- Ele?
- Você vai descobrir mais tarde, ok? Então, vamos dar uma volta?
“Será que ela está se referindo ao Tikara?”
- MELLO!
- QUE?
- RESPONDE, PÔ!
- RESPONDER O QUE?
Levou uma almofadada na cara.
- Eu estou te convidando para irmos dar uma volta, porra! TA SURDO?
- NÃO, NÃO PRECISA GRITAR MERDA!
- EU TAMBÉM NÃO SOU SURDA, ABAIXA ESSE TOM!
- CALA A BOCA
- CALA A BOCA JÁ MORREU, QUEM MANDA NA MINHA BOCA SOU EU!
- TÃO INFANTIL!
- INFANTIL? – ela esticou o dedo indicador, fechou um dos olhos, apontou para Mello – Pium! Pium! Morra, cretino!
Mello não sabia se ria, estapeava a própria cara ou se jogava na cama. Por via das dúvidas, resolveu fazer os dois últimos.
- Voltando ao assunto em questão, vamos ou não? – ela perguntou, remexendo nas gavetas
- Aonde?
Ela fez uma cara de “óbvio.” Dessa vez, Mello tinha sido o burro.
- Dar umas voltas, Mello. Vai se arrumar antes que eu me taque da janela.
Mello ficou parado, olhando para ela, até que o rosto da garota ficou completamente vermelho.
- O QUE FOI? EU PRECISO TROCAR DE ROUPA!
- E daí? Eu não me importo. – disse Mello, olhando diretamente em seus olhos e dando um sorrisinho malicioso. Foi empurrado pra fora do quarto e ganhou uma portada na cara.
- Vai tomar no cú, seu pervertido! – gritou ela, do lado de dentro do quarto.
- Ué, você que fica me seduzindo e eu que sou pervertido?
- Eu te seduzo, é? Desde quando, sua mula loira?
- Desde quando você fica fazendo charminho.
- Charminho faz a mãe! – ela falou, dando um murro na porta
Mello desceu as escadas rindo e foi esperar no sofá. Cinco minutos depois, Miruku surgia na escada já arrumada e Mello teve de tapar o nariz evitando uma possível hemorragia. Ela estava usando uma parte de cima de biquíni azul e um short.
- Vamos andar na praia ^^ - já mais tranqüila
- Ta, né... – ele resmungou, desviando o olhar
Ela deu um risinho. “Será que um dia ainda vou entender esse garoto maluco?” – ela sussurrou pra si mesma
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Até o próximo capítulo! ^-^