Quatro Detetives e Um Sonho escrita por Lawlie


Capítulo 11
Capítulo 11 - Os Motivos De Estarmos Aqui... (1)


Notas iniciais do capítulo

Lembram que meu pc ficou sem internet uns dias? Pois é, a internet foi re-instalada e menos de cinco dias depois o processador do computador queimou. MEU PC CONSPIURA CONTRA MINHA FANFIC! Mas felizmente ele já foi consertado ^^

Ah sim, quando fui postar esse capítulo, eu vi que as páginas do meu caderno onde ele estava escrito foram arrancadas, o que significava que eu já havia digitado, mas não consegu ia achar em pasta nenhuma do computador. Acabei começando a escrever de novo, até que achei o bendito capítulo!

Esse capítulo ficou dividido em duas partes por que achei que as duas juntas daria coisa demais, mas como já tenho outra digitada, posto essa semana :3 E arigato gozaimassu pelos reviews, esse tipo de coisa sempre alegra muito os escritores e nos incentiva a postar mais e mais! Boa leitura



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Tikara narrando

 Já era noite. Subi as escadas e passei pelo corredor até que vi a porta do quarto de Miruku aberta e parei em frente a ela. Ela estava debruçada na grade da pequena sacada. Um arrepio percorreu meu corpo. Do jeito que é desastrada, ela poderia muito bem se curvar demais e acabar caindo. Ela se virou para mim e sorriu.


- Entre, Tikara-san –- falou, com a voz doce como sempre (ou quase sempre, ou pelo menos nos momentos em que está calma e “kawaii” assim)


- Com licença, neko-chan –- percebi seu rosto corar levemente. Entrei no quarto e fui até a sacada, na verdade, uma pequena varanda. – O que está fazendo aqui?


_Tomando um ar fresco e observando as estrelas. – respirou fundo e voltou seu olhar para o céu. – Está muito calor hoje.


_É, o clima está bem agradável. – comentei, sem ter mais o que dizer. Ou melhor, tendo o que dizer mas não querendo dizer.


_Me pergunto como uma pessoa pode matar outra. – falou, quebrando o silêncio – Tirar a vida de um ser humano inocente... Nós não temos o direito disso, de fazer essa escolha...


_Isso é porque existem pessoas de todos os tipos... gente que não se importa com nada, gente simples, feliz, triste, alegre, pura, ruim, gente como você – falei, fitando a rua


_Tikara-kun... Qual o seu objetivo em vir até aqui?


_Porque você disse que eu podia entrar.– respondi sem pensar e ela me olhou com cara de “óbvio”


_Não, seu baka, eu perguntei por que você veio para o Brasil


_Ah, sim... como todos os outros, eu vim para investigar....


_Não. Há outro motivo. Cada um de nós quatro veio para resolver o caso, mas também com outras intenções. Quais seriam as suas?


- Ah... – falei, pondo os braços por de trás da cabeça – E qual seu objetivo oculto?


- Chamar a atenção de uma certa pessoa.


Meu coração parou por exatos 2 segundos. Ou 3.


- De quem, posso saber? – meu tom de voz era um pouco possessivo


- Claro que pode, mas é uma longa história – ela falou, de braços cruzados sobre a grade, olhando a rua com olhos distantes. – Eu sei que deveria estar investigando, me desculpe, mas a noite está tão bonita.


 Várias possibilidades de formaram em minha mente. Ela podia estar apaixonada pelo Mello, mas achava que ele pensa que ela é infantil e quer mostrar que é capaz, ou tentando me conquistar, ou fazer qualquer coisa, não dá pra saber o que se passa na mente dela; além disso, Miruku nunca ficou se apaixonando por garotos, se algum dia ela se apaixonou na vida, foi só uma vez e obviamente por só uma pessoa.


Vejamos. Voltando há algumas semanas atrás: quando Miruku tomou conhecimento do caso, se mostrou interessada, mas depois de uns dias pensando, se tornou completamente disposta a vir pra cá. Teria ela sido influenciada em chamar a atenção do mundo? Merda, merda, pense rápido.


- Vamos dar uma volta, aí você me conta – uma luz se acendeu em minha mente num passe de mágica


- Claro – ela sorriu – estarei pronta daqui a pouco tio Tikara-san.


E de fato estava. Usando uma camiseta listrada preto-e-rosa, touca com orelhas de bichinho, bermuda jeans e all star decorado.


Quando saímos da casa, o tempo estava quente, porém uma leve brisa fresca soprava. Fomos andando, conversando sobre diversos assuntos, inclusive sobre a investigação. Por um momento senti medo de que ela estivesse enrolando e não fosse contar nada, até que ela mesma voltou ao assunto.


- Bom, tudo começou no orfanato, faz uns anos.


_Você foi pra lá com que idade mesmo? – que doido, agora, que estou prestes a saber a verdade, nem sei mais se quero saber. A empurrei pra dentro de uma sorveteria à força e pedi os sorvetes.


_Cinco, seis anos. – respondeu sem muito interesse


Paguei e entreguei o sorvete dela.


- Então, lá no orfanato – ela continuou


Eu ri. – Dá até saudade daquela época. A Toshimoyo baixinha, a Li, você, o Mello, o Near, aquele moleque estranho... – resmunguei a última pessoa como se não quisesse muito me lembrar dele, e mesmo que quisesse, as vagas lembranças sobre ele eram apenas um borrão


- É justamente esse garoto sobre quem eu estava falando.


Vish.


_O Near? – só faltava ela querer que aquele tampinha candidato a sucessor do L reparasse nela, eu acho que me mataria.

Ela deu um risinho e mordeu o sorvete.


- Não. O outro garoto.


 Por um momento ela se distraiu. Algumas imagens se passaram na minha mente, as vezes que eu e minha família passávamos as férias no Brasil. Me lembrei de Jerry, meu pai, Camilla, minha mãe, meu irmão caçula Ken. Minha família adotiva. Havia passado pouco tempo no orfanato, afinal. Fui enviado à essa família. Mas com o tempo acabei saindo de casa. Agora Matt, Mello e Miruku são meus amigos, outra família.


- Não sinto muita falta de lá. Por um lado, gosto muito de ser livre – ela falou, quebrando o silêncio novamente – Mas minha infância foi perfeita, pelo menos o quanto poderia ser nas condições em que eu estava – riu.


- Tem razão. Apesar de lá ser muito bom, ser livre é bem mais... confortável. – hã?

(https://www.youtube.com/watch?v=c8ExQH5MhFU)


 Entramos por outra rua, esta mais deserta e escura. Não vou entrar em detalhes por que não estou com vontade de descreve-los, mas apareceram dois caras. Aposto meu pescoço que eles queriam pegar a Miruku. Queriam. Apesar de serem dois, e estarem armados com canivetes, Miruku sabe de artes marciais e conseguiu me ajudar a mobiliza-los sem muito esforço, mas mesmo assim, custou bastante fôlego.


- Mas que merda, - ela falou, quando começamos a correr quando vimos que eles estavam de fatos desmaiados


- Ta cada vez mais perigoso nessa porra – remunguei entre os dentes, tremendo de nervoso só em pensar no que eles fariam se tivessem pego Miruku. Isso se ela não matasse eles antes. Estremeci um pouco. Quando já estávamos a uma boa distância, paramos de correr.


- Voltando ao assunto – ela falou, recuperando o fôlego – acho que você não vai acreditar em quem é aquele garoto.


Eu não lembrava, óbvio que não.


- Ele é dois anos mais velho que você, certo... – a única informação que eu lembrava


-Sim. Ele era muito inteligente e tinha a personalidade meio exótica. Hoje em dia é importante para o mundo, ajudando em casos considerados impossíveis – ela falou, sorridente


Um pedaço de minha mente se iluminou. Será... que ela estava falando... Daquele cara?


Ela estava falando...


-Quero chamar a atenção do melhor detetive do mundo! Quero que L saiba que eu existo, Tikara!


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Notas finais do capítulo

É, acho que isso muda um pouco o rumo da historia... espero que estejam gostando o/ Se tiver algum erro desculpem, não revisei e.e

Mereço mais um review?