One More Night escrita por Lyandra Delcastanher


Capítulo 12
#12


Notas iniciais do capítulo

finally christmas, or at least the day before it
tivemos até agora a maioria dos capítulos focados em kurt, tá na hora de mudar um pouco e mostrar o lado anderson da história

OKAY, essa fanfic foi interrompida pra eu ver o foxlounge klaine/crisscolfer que saiu, então das 500 palavras pra baixo eu não me responsabilizo por algum erro de português, falta de coerência ou loucura PORQUE CARALHO, KLAINE, DARREN DEPILADO, CHRISTOPHER PAUL COLFER E AWN.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/298834/chapter/12

Era véspera de natal e Blaine odiava aquele cheiro de pinheiro velho vindo da sala de sua casa. Para a maioria das pessoas aquilo relembrava a infância, a ceia em família e a felicidade de abrir os presentes que ficavam debaixo da arvore por dias. Para Blaine não era diferente, ele se lembrava de todas essas coisas também, mas elas nunca foram felizes.

"Era véspera de natal, dia 24 de dezembro e o pequeno Blaine nunca esteve tão ansioso para abrir os pacotes. Não era de se estranhar já que Blaine era um menino de 12 anos. Ele não acreditava mais em papai noel, mas sempre acreditou que o natal era um dia mágico aonde os desejos se tornariam reais através de uma força mágica.

A sra. Anderson e Cooper recolhiam a mesa enquanto Blaine brincava com seu amigo Nathan perto da árvore de natal.

– Faltam 5 minutos. - Falou o amigo de Blaine ansioso, deixando o power ranger cair no chão enquanto pulava.

O pequeno Blaine tinha um sorriso nos lábios, então correu até a árvore pegando um embrulho prateado e entregando até o amigo.

– Eu queria que você abrisse meia-noite, mas sei que vai ser extremamente corrido para você abrir os presentes dos seus pais, então queria te dar esse agora. Não é novo porque eu ainda não tinha dinheiro para comprar algo pra você, mas é algo que eu realmente quero que você fique. Para se lembrar de mim.

O menino arqueou uma das sobrancelhas mas, deu de ombros. Logo rasgava todo o pacote procurando pelo presente de Blaine. Era uma caixa preta de veludo, muito bonita por sinal, e dentro dela havia uma gravata-borboleta preta com bolinhas brancas. Nathan conhecia Blaine muito bem e sabia que ali estava a gravata preferida do moreno.

– Blaine, mas isso é seu... Você ama essa gravata...

– Não, isso agora é seu. Quero que fique para se lembrar de mim. - Disse com um sorriso inocente no rosto.

Nathan era o melhor amigo de Blaine, e o moreno não podia negar que sentia algo a mais pelo amigo, mas seria isso certo? Nathan era um menino, e Blaine também.

– Eu também quero te dar seu presente de natal... - Nathan disse envergonhado. Segurou a mão de Blaine e o levou até o centro da sala.

– O que é? - Perguntou ansioso.

Nathan apontou para cima, perto do lustre.

– O que é isso? - Perguntou Blaine se referindo à planta que estava em cima dos dois meninos.

– Isso é um visgo. Ele faz parte de toda decoração de natal, é bem bonito e é ele que traz esse cheiro natalino para a casa de todos. E tem toda uma lenda por trás dele...

– Qual lenda? - Ainda estavam de mãos dadas.

– Você não sabe? - Blaine negou. - Minha irmã me contou que no natal, quando você gosta muito de uma pessoa você a leva pra debaixo do visgo e admite tudo que sente por ela, e a beija. É uma tradição. E esse é o meu presente, Blaine.

– Um visgo? - Perguntou confuso. - Seu presente pra mim é uma planta que cheira bem?

– Não, tolo. - Nathan apertou as mãos de Blaine, que só agora tinha percebido que elas estavam nas do amigo. - Meu presente pra você é eu te contar o que eu sinto. - Sorriu sem graça. - Eu sei que você gosta de mim, Blaine. Eu sei desde o começo do ano que você gosta de mim, eu só não sabia se eu gostava de você, e... Eu gosto.

Os olhos de Blaine se iluminaram.

– E aí tem o visgo... - Nathan continuou. - E junto com o visto e a declaração do que a pessoa sente, vem o beijo.

E antes que Blaine pudesse pensar em fazer alguma coisa, Nathan tinha colocado seus lábios sob os de Blaine. O moreno não sabia o que fazer, afinal, nunca havia beijado antes, e agora beijava um... garoto. Ele soube naquele momento que meninas não o fariam sentir o frio na barriga que Nathan fez. Atrapalhado, Blaine correspondeu ao beijo lentamente, aprendendo como aquilo era.

– BLAINE ANDERSON E NATHAN WILLIANS.

Os dois se separaram imediatamente com o berro de uma mulher vindo do outro lado da sala.

– Eu não quero acreditar no que eu acabei de ver! Isso é... Isso é absolutamente desumano. Vocês... Nojento. - A mulher foi até Blaine e o puxou para longe do amigo, que apenas tinha os olhos cheios de lágrima por ter sido chamado de aberração."

Blaine nunca gostou de natal. Ainda se lembra do dia que sua mãe o bateu até ficar roxo porque o pegou beijando um menino. Desde então Blaine era uma pessoa totalmente diferente na frente de seus pais, e namorar com Rachel apenas amenizava o clima por ali. Blaine balançou a cabeça, se livrando de pensamentos ruins e desceu as escadas. Sequer ficou para o café da manhã. Pegou seu carro e dirigiu até o colégio.

Todos naquela maldita escola resolveram decorar seus armários, ou vestirem roupas natalinas e aquilo enojava Blaine. Natal nada mais era do que uma desculpa para o capitalismo crescer na cidade.

– Bom dia, meu amor. Feliz véspera de natal. - Dizia Rachel contente, segurando algo que Blaine reconheceu de longe.

– Bom dia. - Cuspiu as palavras.

Rachel colocou o visgo sob a cabeça de Blaine, e sorrindo o beijou. O moreno engoliu seco e deu a desculpa de ir ensaiar seu dueto de natal com Britt, deixando a namorada sozinha naquele corredor cheio de espírito natalino.

[...]

– Boa tarde, e feliz natal pra todos. - Disse Mr. Shue entrando na sala com uma toca ridícula de papai noel e indo até o quadro escrever DUETOS DE NATAL.

Rachel bateu palmas ansiosa, e foi a única.

– Estou tão cheio com todos nesse clima natalino. - Kurt sussurrou para Mercedes. - Tenho que passar as noites forçando um papo amigável com minhas tias e primos, além de ter que fugir de visgos a noite toda porque elas insistem em beijar alguma convidada da festa.

Blaine ouviu a conversa e gargalhou baixinho.

– Do que você está rindo? - Perguntou Rachel. Blaine apenas negou com a cabeça e voltou a atenção ao professor.

– Quem quer começar com os duetos?

Rachel levantou a mão, sendo a única na sala com a mão levantada. Mr. Shue revirou os olhos.

– Mais alguém? - Todos fugiram o olhar. - Okay... - Se rendeu. - Rachel e Kurt, podem vir.

Rachel quase correu até o centro da sala. Kurt se arrastou até lá, se lembrando da semana tediosa que teve com Rachel ensaiando essa maldita música. A morena levou até o piano algumas partituras e se posicionou com o castanho.

– Bom, por incrível que pareça não foi difícil escolher uma música de natal que Kurt e eu gostamos, e acabamos escolhendo a música do nosso musical e filme favorito, que por via das dúvidas acho que todos aqui já assistiram. Além disso, nossa voz combinou com a música de um jeito que se os produtores da broadway nos vissem cantando... - Rachel falava animada.

– Pelo amor de deus, toca essa música logo. - Santana falou para o pianista que também não estava mais aguentando a judia tagarelar.

A música então começou a tocar e Rachel tinha um sorriso nos lábios. Blaine apenas encarava uma coisa que com certeza, não sairia muito bem. Rachel então cantou o primeiro verso.

Raindrops on roses and whiskers on kittens

Bright copper kettles and warm woolen mittens

Brown paper packages tied up with strings

There are a few of my favorite things

Kurt rolou os olhos enquanto Mercedes ria, e então soltou sua voz surpreendendo a todos (pela segunda vez na semana).

Cream colored ponies and crisp apple strudels

Door bells and sleigh bells and schinetzel with noodles

Wild geese that fly with the moon on their wings

These are a few of my favorite things

Todos tinham os olhos arregalados para Kurt, que conseguia cantar melhor que Rachel. William tinha o olhar mais brilhante, sabendo que poderia usar Kurt para um certo solo futuramente. A música era do musical A noviça rebelde.

Girls in white dresses with blue satin sashes

Cantou Kurt.

Snowflakes that stay on my nose and eye lashes.

Blaine se intrometeu.

Silver white winters that melt into Springs.

Mercedes agora cantava.

These are a few of my favorite things.

Rachel terminou o verso. Agora o coral todo cantava, acompanhando o antes dueto.

When the dog bites

When the bee stings

When I'm feeling sad

I simply remember my favorite things

And the I don't feel so bad

[...]

Kurt e Rachel sorriam, felizes. O dueto havia sido maravilhoso e todos aplaudiam, inclusive Blaine, mas não para a performance de Rachel.

– Tenho que admitir que a voz da baixinha judia e do porcelana juntas é a nossa maior arma nas regionais. - Santana falou orgulhosa.

– Realmente. - Mr. Shue interrompeu. - Isso foi... demais. Nunca pensei que pessoas tão distintas poderiam fazer um dueto como esse, e foi exatamente por isso que eu escolhi os pares. Muito bem Rachel e Kurt.

Todos aplaudiram novamente, então os alunos se sentaram.

– Agora temos, Matt e Mike.

[...]

– Agora, que tal, Puck e Mercedes?

[...]

– Santana e Quinn.

[...]

– Artie e Tina!

[...]

– Acho que para finalizar, teremos Blaine e Brittany.

– Isso! - Rachel batia palmas animada.

Blaine e Brittany se levantaram e caminharam até o centro da sala, sorrindo. Blaine realmente achava que seu dueto com Brittany havia ficado perfeito (isto é, antes de ouvir Rachel e Kurt).

Brad pegou as partituras que Blaine o entregava e começou a dedilhar as teclas do piano em sintonia.

Jingle-bell, jingle-bell, jingle-bell rock

Jingle bells swing and jingle bells ring

Snowin' an blowin' up bushels of fun,

Now the jingle hop has begun

Brittany sorriu, e dançando com Blaine, cantava animadamente.

Jingle-bell, jingle-bell, jingle-bell rock

Jingle bells chime in jingle-bell time

Dancin' and prancin' in jingle bell square

In the frosty air

Brittany vestia sua usual roupa das Cheerios! e com os movimentos na dança com Blaine, sua saia levantava e deixava coisa demais à mostra. Rachel, olhando para Blaine, percebeu que Santana não deixava de encarar a loira com seus olhos cheios de luxúria.

What a bright time, it's the right time

To rock the night away

Jingle-bell time is a sweel time

To go glidin' in a one-horse sleigh.

Todos em clima de natal agora estavam junto à Blaine e Brittany no centro da sala cantando e se divertindo. Era o clima de natal nas pessoas, e por mais que reclamassem, estavam felizes.

Giddy-yap jingle horse; pick up your feet;

Jingle around the clock

Mix and mingle in a jinglin' beat;

That's the jingle-bell rock

[...]

– Palmas. - Rachel batia palmas animada. - Além da linda performance do meu lindo namorado, tenho que parabenizar Brittany que conseguiu até roubar olhares apaixonados de Santana. - Falou.

Santana queria um lugar para se esconder nesse momento.

– Acho que isso nos deixou com um clima de alto-astral e prontos para começar os ensaios de West Side Story, certo? - Todos gritaram. - A lista com quem irá fazer o papel de Maria e Tony sai até o final de semana. Boa sorte a todos e estão dispensados.

Rachel arrastou Blaine até os corredores conversando animada como sua voz havia melhorado e isso apenas aumentava as chances de algum olheiro a ver nas Nacionais. Kurt e Mercedes saíram da sala abraçados comentando o como seria bom ganharem os papeis de solistas da peça.

– E o melhor é que eu realmente acho que temos chance contra o casal 20. - Dizia Mercedes animada, guardando os livros em seu armário.

Kurt apenas sorriu, sentindo seu celular vibrar ao bolso.

"Hey, pode me encontrar no auditório em 5 minutos? ;) BlaineNatalinoAnderson" dizia a mensagem que fez as pernas de Kurt tremerem.

– Mercedes?

– Mhm?

– Preciso ir... Bom natal.

Disse e saiu em disparada pelos corredores. O que Blaine queria falar com ele? Kurt já havia decidido que não serviria de step para Blaine, que quando Rachel o largasse viesse correndo até o castanho ele não iria estar ali de braços abertos o esperando, mas o que faria? Era apaixonado por Blaine há tempos, e se seu paquera lhe chama no fim da aula para o auditório deserto, você vai... certo?

Kurt respirou e abriu a porta do lugar lentamente, encontrando Blaine no centro do palco.

– Você veio rápido. - Disse com um sorriso enorme nos lábios enquanto caminhava até Kurt.

– O que você quer, Blaine?

Blaine segurou a mão de Kurt e o levou até o centro da sala, embaixo de um enorme visgo.

– Desde que eu me lembre, o visgo é uma ótima desculpa para beijar alguém no natal. - Blaine falou e os olhos de Kurt se arregalaram. - Porém eu não te trouxe aqui para roubar um beijo seu.

– Não? - Perguntou confuso.

– Não. Pelo menos, essa não era a ideia inicial... - Riram. - Eu queria te dar isso...

Blaine puxou uma caixinha pequena e a entregou para o castanho. Kurt por um momento se sentiu mal por não ter comprado nada para Blaine de natal, mas é que o castanho realmente não sabia se tinha que.

– O que é?

– Apenas... abra.

Dentro dela havia uma gravata amarelo-queimado e um envelope. Kurt arqueou uma das sobrancelhas, mas Blaine continuava sorrindo. Dentro do envelope havia os seguintes dizeres: "Bem vindo à West Side Story, Tony".

– Isso significa que...? - Blaine assentiu e Kurt se jogou nos braços do amado, tendo seu abraço correspondido. - Não acredito que você me deu o papel e... - Foi interrompido.

– Na verdade, eu não lhe dei o papel... - Kurt ficou confuso. - Mr. Shue veio me perguntar se eu queria uma outra audição, ou aceitaria dividir o papel com você, e eu aceitei.

– Oh... - O sorriso de Kurt diminuiu nos lábios.

– Ele falou que você foi melhor do que eu na audição, mas tinha receio em tirar o papel de mim por eu ser o solista, então eu resolvi repartir o papel, porque assim poderia passar mais tempo com você... - Kurt arqueou a sobrancelha novamente.

– E por que você faria isso?

– Kurt, eu não sou o cafajeste que você pensa que sou... Eu posso ser o cara mais romântico de todos, mas você não me deixou mostrar esse lado ainda. A nossa ficada não foi só uma ficada pra mim, Kurt... - Kurt tinha os olhos marejados. Ele sempre quis ouvir essas mesmas palavras vindas da boca de Blaine. - Eu... eu realmente sinto algo por você, e acho que isso nunca irá embora.

Kurt abriu a boca para responder o moreno, mas a fechou sem encontrar palavras. Blaine apenas deu um sorriso e encontrou seus lábios nos de Kurt, que correspondeu ao beijo no exato momento. As mãos de Blaine puxavam Kurt para si, matando a saudades que estava daquela boca.

Os garotos estavam entregues ao beijo, e esse foi um dos motivos de não terem percebido a porta do auditório se abrir, e lá estava Finn Hudson, olhando para os dois garotos com a maior cara de espanto de todas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

FINN :O
Aposto que esse vai ser o melhor natal da vida de Blaine u_u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "One More Night" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.