A Promessa escrita por Camila Jessica
Notas iniciais do capítulo
Bom, avançamos algum tempo no futuro...Eu ainda não direi exatamente quanto, mas está implicito...Enfim, aproveitem esse meu súbito meteórico de inspiração...E sintam-se a vontade para deixar um review...ou não.. o/
Papai!! – A jovem correu ao encontro da voz – Estou tão feliz por revê-lo!!!
Meu Deus vocês dois – censura Sokka, o irmão mais velho – Só fomos resolver alguns problemas no norte, não é motivo para tantas saudades.
Mas, o que acontece querido irmão, que a capital da tribo do sul é onde devem estar. Pelo menos na metade desse ano... Vovô Pakku cuida do norte nesse tempo.
Por todos os espíritos....Katara, mal chegamos e você já está vindo com a mesma chatisse – ele tentou, sem muito sucesso, um falsete - “Vocês devem fazer isso, devem fazer aquilo” – parou – Por isso ninguém se interessa por você. Que garota mais chata...
Não é verdade! – Pensou em Aang, o jovem mestre do templo do ar do sul. Sobre os sentimentos que ele havia confessado há alguns dias, e corou. Estava decidida a não tocar mais no assunto. O irmão percebeu, e estava prestes a dizer algum gracejo, mas não pode.
Meninos –A voz de Hakona aparentou cansaço – Sokka, pare de importunar a sua irmã – o rapaz não se contentou – E Katara....chega, você também....
EU?! – O grito agudo ecoou por todo o palácio. Alguns minutos depois, a voz da filha ainda estava raivosa – Papai, eu estou com saudades, meu irmão é um ser insensível, não me compare mais a ele, por favor...
O irmão resmungou algo incompreensível ao ver o pai abraçá-la. Sabia que lhe admirava e certamente seria seu herdeiro, mas não compreendia por que o pai enchia a irmã de mimos, e a ele era reservado um abraço somente quando fazia algo muito extraordinário.Quando percebeu o que estava pensando, bateu na própria testa, tratando de esquecer aqueles assuntos, o pai amava os dois por igual, era isso. Tinha que ser.
Katara, como você corre, deveria me esperar... – Uma bela morena com cabelos brancos apareceu, descendo as escadas, e, ao contemplar a cena, sorriu.
Olá Yue, como foram esses dias? – Sokka procurou ser o mais discreto possível sobre seus sentimentos pela prima em sua voz – Minha irmã quase nos matou a distancia pela demora?
Sim, estou muito bem - Seu rosto apresentou leves tons de vermelho – E foi muito bom terem voltado. Katara reclamou bastante de saudades mesmo. Dizia que a festa de aniversário não seria a mesma sem vocês.
Ora Yue, minha querida sobrinha. Garanto-lhe, será uma comemoração memorável – Olhou, com ternura, a jovem – Afinal, não é sempre que uma linda flor como minha filha, faz dezesseis anos.
Você é uma ótima dama de companhia prima – Katara ficou séria – Mas péssima confidente.
O riso foi inevitável. Após conversarem mais um tempo, todos se recolheram. Em seus aposentos, Sokka pensava em como falar com Yue. Quando fez quinze anos, ela, com dezesseis, descobriu-se apaixonado pela prima. Até fez-lhe um colar, mas desistiu de entregá-lo na época, e hoje reunia suas forças para fazê-lo. Do outro lado do corredor, risinhos abafados podiam ser ouvidos pelos serviçais que passavam. Katara e Yue provavam vestidos e jóias, presentes do avô, vindos do Norte.
Acha que esse vestido ficará bem prima? – Katara não podia esconder a aflição. Alguns nômades do ar viriam a sua festa, e Aang estaria com eles – Não, é muito azul.
Kata...
E esse? – Ela mostrava vários ao mesmo tempo, e sempre achava um defeito, sozinha.
Calma, ele virá você estará linda e vai dar tudo certo – Yue tentava ser o mais otimista possível. A amiga estar nervosa não lhe agradava – Titio gostará muito de saber sobre vocês, não precisa ficar tão nervosa.
Eu não sei – O rosto moreno aparentou certa tristeza – Talvez, meu pai tenha outros planos para mim, e, além do mais, Aang e eu...
Ora, vocês ficaram de mãos dadas, e ele confessou gostar de você, é um começo. Ele é tímido, não se preocupe, vai dar tudo certo – sorriu.
Sim, vai sim, mas, Yue – Katara agora tinha um sorriso maroto – E o Sokka?
O q-que é que tem? – A princesa sentiu as bochechas em brasa – Por que estamos falando dele?
É que, mais cedo, o vi com um belo colar –Katara fitava intensamente Yue, de forma a não perder nenhuma de suas reações – E acho que a jovem destinada a ele está sentada na minha frente.
Ora, não seja tola – A garota pegou uma das almofadas da cama e jogou , acertando em cheio o rosto da prima – Ele jamais se interessaria por mim.
Cunhadinha, cunhadinha – Katara procurou um dos maiores travesseiros e jogou, acertando o peito da dama de companhia – Se quer guerra, você a terá.
O som das risadas e dos travesseiros foi ouvido de longe por Hakona, que, em seu quarto, não conseguia dormir, nem se quer descansar. Finalmente, o dia de cumprir o juramento que fizeram. Seria difícil explicar, mas eles tinham que entender.
Será um sacrifício necessário a todos. Além do que, Iroh também o está fazendo. Esses malditos da Nação do Fogo, eu nunca deveria ter concordado com aquilo. – Batidas na porta – Entre.
Papai? O senhor queria me ver? – tudo mais parecia iluminar-se com a presença da filha. O chefe admirou mais uma vez a semelhança dela com a mãe – Queria?
Sim minha filha, quero lhe falar sobre algo muito importante.
Importante quanto?
Sente-se minha querida. Preciso lhe falar sobre uma promessa que fiz há muito tempo atrás...
Katara está demorando, já devia estar se aprontando. Não pode chegar atrasada na própria festa – A jovem dama esperava impaciente, no longo corredor que dava acesso aos quartos.
Calma Yue, ela já vem – Sokka tentava, em vão, tranqüilizá-la.
Sua irmã me preocupa muito, não posso ter calma – Levantou-se, ficando a poucos metros dele. Uma proximidade, em sua opinião, perigosa.
Você é a garota mais prestativa que conheço. Essa é mais uma razão para gostar de você – A moça ruborizou com o comentário. Sua mão foi direto ao colar, no bolso da calça, seria ali, naquele momento – Yue, eu...
Ele não pode realizar seus intentos, pois a porta do quarto de seu pai abriu, e a jovem Katara estava em lágrimas. Ela correu, puxando a prima pelo braço, em direção a seu quarto.O irmão as acompanhou.
Katara, o que aconteceu?
Pergunte a ele! – Apontou para o quarto – Yue, partiremos ainda hoje.
Partir? Como assim?Katara me explique. O que está acontecendo!
Explicar? – Os raivosos orbes anis o fitaram – Já disse, pergunte a ele! – bateu, com violência desnecessária, a porta do quarto.
Prima, o que houve? E a sua festa? – perguntou com certo temor.
Não haverá mais festa, e vou te explicar o pouco que sei no caminho, que, por sinal, será longo – Virou-se, com fúria, para o armário.
Poderia, ao menos, me dizer para onde vamos com tanta pressa assim?
Sim. – A voz estava carregada de rancor – Vamos para a Nação do Fogo.
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