A Promessa escrita por Camila Jessica


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, avançamos algum tempo no futuro...Eu ainda não direi exatamente quanto, mas está implicito...Enfim, aproveitem esse meu súbito meteórico de inspiração...E sintam-se a vontade para deixar um review...ou não.. o/



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Papai!! – A jovem correu ao encontro da voz – Estou tão feliz  por revê-lo!!!


Meu Deus vocês dois – censura Sokka, o irmão mais velho – Só fomos resolver alguns problemas no norte, não é motivo para tantas saudades.


Mas, o que acontece querido irmão, que a capital da tribo do sul é onde devem estar. Pelo menos na metade desse ano... Vovô Pakku cuida do norte nesse tempo.


Por todos os espíritos....Katara, mal chegamos  e você já está vindo com a mesma chatisse – ele tentou, sem muito sucesso, um falsete -  “Vocês devem fazer isso, devem fazer aquilo” – parou – Por isso ninguém se interessa por você. Que garota mais chata...


Não é verdade! – Pensou em Aang, o jovem mestre do templo do ar do sul. Sobre os sentimentos que ele havia confessado há alguns dias, e corou. Estava decidida a não tocar mais no assunto. O irmão percebeu, e estava prestes a dizer algum gracejo, mas não pode.


Meninos –A voz de Hakona aparentou cansaço – Sokka, pare de importunar a sua irmã – o rapaz não se contentou – E  Katara....chega, você também....


EU?! – O grito agudo ecoou por todo o palácio. Alguns minutos depois, a voz da filha ainda estava raivosa – Papai, eu estou com saudades, meu irmão é um ser insensível, não me compare mais a ele, por favor...


O irmão resmungou algo incompreensível ao ver o pai abraçá-la. Sabia que lhe admirava e certamente seria seu herdeiro, mas não compreendia por que o pai enchia a irmã de mimos, e a ele era reservado um  abraço somente quando fazia algo muito extraordinário.Quando percebeu o que estava pensando, bateu na própria testa, tratando de esquecer aqueles assuntos, o pai amava os dois por igual, era isso. Tinha que ser.


Katara, como você corre, deveria me esperar... – Uma bela morena com cabelos brancos apareceu, descendo as escadas, e, ao contemplar a cena, sorriu.


Olá Yue, como foram esses dias? – Sokka procurou ser o mais discreto possível sobre seus sentimentos pela prima em sua voz – Minha irmã quase nos matou a distancia pela demora?


Sim, estou muito bem  - Seu rosto apresentou leves tons de vermelho – E foi muito bom terem voltado. Katara reclamou bastante de saudades mesmo. Dizia que a festa de aniversário não seria a mesma sem vocês.


Ora Yue, minha querida sobrinha. Garanto-lhe, será uma comemoração memorável – Olhou, com ternura, a jovem – Afinal, não é sempre que uma linda flor como minha filha, faz dezesseis anos.


Você é uma ótima dama de companhia prima – Katara ficou séria – Mas péssima confidente.


O riso foi inevitável. Após conversarem mais um tempo, todos se recolheram. Em seus aposentos, Sokka pensava em como falar com Yue. Quando fez quinze anos, ela, com dezesseis, descobriu-se apaixonado pela prima.  Até fez-lhe um colar, mas desistiu de entregá-lo na época, e hoje reunia suas forças para fazê-lo. Do outro lado do corredor, risinhos abafados podiam ser ouvidos pelos serviçais que passavam. Katara e Yue provavam vestidos e jóias, presentes do avô,  vindos do Norte.


Acha que esse vestido ficará bem prima? – Katara não podia esconder a aflição. Alguns nômades do ar viriam a sua festa, e Aang estaria com eles – Não, é muito azul.


Kata...


E esse? – Ela mostrava vários ao mesmo  tempo, e sempre achava um defeito, sozinha.


Calma, ele virá você estará linda e vai dar tudo certo  Yue tentava ser o mais otimista possível. A amiga estar nervosa não lhe agradava – Titio gostará muito de saber sobre vocês, não precisa ficar tão nervosa.


Eu não sei – O rosto moreno aparentou certa tristeza – Talvez, meu pai tenha outros planos para mim, e, além do mais, Aang e eu...


Ora, vocês  ficaram de mãos dadas, e ele confessou gostar de você, é um começo. Ele é tímido, não se preocupe, vai dar tudo certo – sorriu.


Sim, vai sim, mas, Yue – Katara agora tinha um sorriso maroto – E o Sokka?


O q-que é que tem? – A princesa sentiu as bochechas em brasa – Por que estamos falando dele?


É que, mais cedo, o vi com um belo colar –Katara fitava intensamente Yue, de forma a não perder nenhuma de suas reações – E acho que a jovem destinada a ele está sentada na minha frente.


Ora, não seja tola – A garota pegou uma das almofadas da cama e jogou , acertando em cheio o rosto da prima – Ele jamais se interessaria por mim.


Cunhadinha, cunhadinha – Katara procurou um dos maiores travesseiros e jogou, acertando o peito da dama de companhia – Se quer guerra, você a terá.


O som das risadas e dos travesseiros foi ouvido de longe por Hakona, que, em seu quarto, não conseguia dormir, nem se quer descansar. Finalmente, o dia de cumprir o juramento que fizeram. Seria difícil explicar, mas eles tinham que entender.


Será um sacrifício necessário a todos. Além do que, Iroh também o está fazendo. Esses malditos da Nação do Fogo, eu nunca deveria ter concordado com aquilo. – Batidas na porta – Entre.


Papai? O senhor queria me ver? – tudo mais parecia iluminar-se com a presença da filha. O chefe admirou mais uma vez a semelhança dela com a mãe – Queria?


Sim minha filha, quero lhe falar sobre algo muito importante.


Importante quanto?


Sente-se minha querida. Preciso lhe falar sobre uma promessa que fiz há muito tempo atrás...


Katara está demorando, já devia estar se aprontando. Não pode chegar atrasada na própria festa – A jovem dama esperava impaciente, no longo corredor que dava acesso aos quartos.


Calma Yue, ela já vem – Sokka tentava, em vão, tranqüilizá-la.


Sua irmã me preocupa muito, não posso ter calma – Levantou-se, ficando a poucos metros dele. Uma proximidade, em sua opinião, perigosa.


Você é a garota mais prestativa que conheço. Essa é mais uma razão para gostar de você – A moça ruborizou com o comentário. Sua mão foi direto ao colar, no bolso da calça, seria ali, naquele momento – Yue, eu...


Ele não pode realizar seus intentos, pois a porta do quarto de seu pai abriu, e a jovem Katara estava em lágrimas. Ela correu, puxando  a prima pelo braço, em direção a seu quarto.O irmão as acompanhou.


Katara, o que aconteceu?


Pergunte a ele! – Apontou para o quarto – Yue, partiremos ainda hoje.


Partir? Como assim?Katara me explique. O que está acontecendo!


Explicar? – Os raivosos orbes anis o fitaram – Já disse, pergunte a ele!  – bateu, com violência desnecessária, a porta do quarto.


Prima, o que houve? E a sua festa? – perguntou com certo temor.


Não haverá mais festa, e vou te explicar o pouco que sei no caminho, que, por sinal, será longo – Virou-se, com fúria, para o armário.


Poderia, ao menos, me dizer para onde vamos com tanta pressa assim?


Sim. – A voz estava carregada de rancor –  Vamos para a Nação do Fogo.


 


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