Casamento De Fachada escrita por gashka


Capítulo 18
Por que tudo tem sempre que piorar?


Notas iniciais do capítulo

Comecei a escrever esse capítulo ontem, mas adivinhem o que aconteceu? Faltou energia! Huahuaha. Mas tá aqui, boa leitura.



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Eu tinha acabado de estacionar o carro quando alguém bateu na minha janela e ao levantar os olhos vi o Alec. Nós viemos nos falando bastante nos últimos meses em que fiquei um pouco afastada do Jasper porque o Alec era apaixonado pela Jane e eu estava dando uns conselhos para ele.

– Quer dizer que agora você está noiva? – Ele riu quando eu saí do carro e me abraçou. – Parabéns! Acho que agora vou deixar de pedir conselhos a você e passar a pedir ao Jasper.

– Se você fizer isso então é bem capaz de casar primeiro que eu. – Nós rimos juntos e depois entramos na festa.

Já havia bastante gente lá dentro, a maioria dançando, mas ninguém estava bêbado - por enquanto -, porém eu tinha meu palpite de que uma das primeiras pessoas a ficar seria o Jasper. E eu precisava conversar com ele, uma conversa séria, e não podia fazer isso com ele estando bêbado.

– Ei, Jake, você viu o Jasper?

– Nós chegamos juntos, ele me deu uma carona até aqui, mas ele disse que ia pegar alguma coisa pra beber e eu não o vi desde então. – Ele deu de ombros.

– Ah, tudo bem. Eu vou procurar por ele lá no bar.

E eu fui, mas acontece que ele não estava lá e o lugar era enorme, de forma que havia não sei quantos lugares para ele estar metido. Dei uma leve olhada na pista de dança, mas também não o vi por lá porque havia muita gente dançando.

Frustrada, eu peguei um drinque no bar e fui procurar a Bella e o Edward, mas eles pareciam não estar em lugar nenhum também. Eu já estava bem irritada, até que por fim os avistei conversando com um pessoal.

– Parabéns, mamãe. – Uma voz um tanto nojenta soou atrás de mim e eu me virei. Era a Maria Peitos.

– Hum? O que você disse?

– Ah, por favor! – Ela riu. – O colégio inteiro já deduziu que você está grávida.

– Ha ha ha. Você não está falando sério, não é? Ah, me poupe, Maria, eu não tenho tempo pra essas suas acusações baratas. Com licença.

– Você se acha esperta, não é? Isso foi tanta burrice da sua parte... Prender um homem engravidando é até aceitável quando você tem, sei lá, trinta anos. Você nem terminou o colégio ainda, garota. – Eu podia sentir o ódio nas palavras dela. Na verdade, ninguém nunca havia se referido a mim com tanto ódio. Mas eu sempre fui bem calma, então não me abalei.

– Por que você fica tão frustrada com isso, hein? É a minha vida e a do Jasper, não a sua. Agora, se você me dá licença, eu conheço formas melhores de gastar o meu tempo.

– Você se acha a melhor, não é, baixinha? Pois você vai ver só quem é a melhor. – Ela se virou e saiu andando e tudo o que eu pude fazer foi dar risada.

* * *

– Só mais ummmm! – A Rose disse com a voz um pouco mais aguda que o normal e o Emmett deu mais um copo com vodca para ela e ela virou garganta abaixo em segundos.

Àquela altura estavam todos bem bêbados. Até a Bella, que quase nunca bebia, estava visivelmente afetada pela bebida. Eu estava bastante tonta, tudo o que eu olhava parecia engraçado e eu não conseguia parar de rir.

Não havia encontrado o Jasper desde o momento em que cheguei e terminei desistindo de continuar procurando. Ao invés disso preferi me divertir com os meus amigos.

Eu olhei para o relógio do meu celular e demorei um tempo até conseguir focar os números que indicavam as horas, mas, depois de certo esforço, vi que já passava das 1:30 da manhã.

– Ahhhh! Eu aaaaaaamo essa músicaaa. Nós temos que dançar. – Acho que de nós, a mais bêbada era a Renesmee, e mesmo estando bêbada também, eu não conseguia parar de rir do estado dela. Só que ela conseguiu nos arrastar pra pista de dança.

Se a ressaca não existisse, eu com certeza ficaria bêbada mais vezes. Nunca me senti tão leve, como se tudo no mundo fosse engraçado e feliz. Nós dançamos a primeira, a segunda, a terceira música e muitas mais.

Mas todos nós estávamos bêbados e acho que ninguém sabia o que estava fazendo, o que estava dançando, ou pra onde estava indo, porque quando eu olhei para os lados, em meio à dança, não vi mais ninguém ali. Nem o Jake, nem a Bella, o Emmett... Resolvi, então, beber uma água e ir ao banheiro para tentar ficar um pouco mais lúcida.

Eu estava bem perto de chegar ao banheiro quando ouvi uma risada bem conhecida. Era, sem sombra de dúvidas, o Jasper. Eu me virei para dizer a ele que o procurei por toda parte, mas congelei com a cena que vi.

Ele estava sentado num dos bancos altos do bar e a Maria estava sentada em seu colo. Os dois estavam rindo muito e embora eles não estivessem se beijando – ainda – eu podia claramente ver no que aquilo ia acabar.

Meu primeiro instinto foi de sair dali correndo, a raiva realmente me atingiu e eu não queria perder o controle. Mas eu respirei fundo e fui até eles. Eu queria que ele visse que eu vi, mas não pretendia fazer nenhum escândalo.

– Olha quem chegou! – Maria disse. – A panaca.

– Então é isso, Jasper? – Eu perguntei olhando diretamente para ele, sem dar atenção para a Maria. – Você me pede em casamento e então se sujeita a isso? – Por um instante eu me esqueci do fato de que o pedido de casamento não foi de verdade, mas ali nós éramos os únicos que sabíamos disso.

Ele não respondeu, só ficou me encarando, sério, mas nem se mexeu. Pude perceber um pouco de ressentimento em seu olhar, mas não fazia ideia do motivo, mas, pelo seu cheiro, ele devia estar muito bêbado.

– Tudo bem. – Eu disse e respirei fundo bem devagar. – Então é isso.

Virei-me e saí dali.

***

POV JASPER

Eu vi ela se virar e ir embora e eu sabia que devia ter ido atrás dela imediatamente, mas eu parecia estar colado no banco.

– O que foi que eu fiz? – Perguntei para mim mesmo, baixo, mas logo ouvi uma risada nojenta.

– Ela é uma babaca, Jazz. Esquece ela! – Maria falou enquanto sentava no meu colo outra vez, mas eu a empurrei.

– A Alice é uma das mulheres mais inteligentes que eu já conheci. Você, ao lado dela, é um lixo, Maria. Você foi o meu maior erro, e eu não me refiro só a essa noite. Todo o tempo que nós namoramos eu não sabia, mas estava jogando meu tempo no lixo. Você se considera uma mulher só por causa do seu corpo avantajado? Pois fique sabendo que você não é. A Alice, a Alice sim é uma mulher. Perto dela você é só uma menininha e você não tem ideia de como eu estou arrependido de ter me deixado levar por você.

Eu saí andando sem ao menos olhar para trás, mas eu tinha certeza de que ela estava quase espumando de raiva a essa altura. Só que no momento isso não tinha importância nenhuma, agora eu só precisava encontrar a Alice e dizer pra ela que eu a amava e estava apaixonado por ela, não importava se ela não sentisse o mesmo por mim. Eu só não podia mais continuar enganando a nenhum de nós dois.

O único problema é que eu não a encontrava em lugar nenhum, e é sem exageros que eu afirmo que havia procurado em todos os lugares possíveis. Ela não estava no banheiro, nos bares, em lugar algum da pista de dança e em nenhuma mesa.

Fiquei considerando se ia até a casa dela ou não, pois presumi que ela já havia ido para lá. Porém, como uma voz vinda do além, eu olhei na direção da porta onde havia uma placa com a palavra “ESCADA” escrita em vermelho e fui até lá. Era o único lugar no qual eu ainda não havia procurado.

De fato tinha gente lá, e era um casal. Eu não vi quem eram eles porque estava muito escuro. Eles não estavam se beijando, estavam apenas abraçados, sentados num degrau da escada, e eu estava prestes a fechar a porta rápido, para não incomodar, quando ouvi um soluço feminino.

– Alice? – Eu perguntei, incrédulo.

A garota levantou a cabeça e sem dúvidas era ela. Com a maquiagem dos olhos muito borrada e um olhar de raiva que me fulminava, mas era ela. O garoto ao seu lado era, para a minha surpresa, o Alec.

– O que ele está fazendo aqui?! – Eu perguntei pra ela e só depois percebi que quase gritei.

– Não te interessa! O que você tem com isso? Até uns minutos atrás a Maria estava esfregando a bunda em você! – Ela gritou. E eu odiei vê-la naquela situação, e odiei a mim também.

– Alice...

– Ei, cara, eu acho melhor você ir... – O Alec disse e naquele momento eu me descontrolei.

– Quem você pensa que é pra me dizer o que fazer? Você acha que esconde de mim todas as intenções que tem com ela? – Eu apontei pra Alice que me olhava com ainda mais raiva. – Não, você não me engana, seu otário!

– Jasper, não é nada dis... – Tarde demais. Antes que ele terminasse eu acertei um soco no seu olho direito e ele cambaleou e caiu.

– O QUE VOCÊ FEZ? QUAL É O SEU PROBLEMA, SEU IDIOTA? – Não podia ter doído mais ouvir a Alice falar comigo daquele jeito enquanto corria para o Alec. – SAI DAQUI. SAI!

E eu saí. Eu sabia que ficar ali não ia adiantar nada. Eu estava com raiva, ela estava com raiva e nunca íamos conseguir nos resolver depois do soco que eu havia acabado de dar no Alec. Mas daquilo eu não havia me arrependido. Não, não mesmo.

Agora eu só precisava pensar num jeito de ter a Alice de volta para mim. Se é que algum dia ela foi minha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Beijos.