Just a girl escrita por Emilly


Capítulo 30
Meu primeiro beijo


Notas iniciais do capítulo

Demoreeeeeei novamente :c Mas ta ai.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/298304/chapter/30

- Você é imprevisível. - Ele disse. - Não chora.
- Eu to bem. - Falei saindo dos braços dele.
- Você é meio estranha. - Ele sorriu.
- Sério?
- Sim, mas é por esse e outros detalhes que me fazem ser apaixonado por você. - Ele disse e seus olhos brilharam.
- Você não sabe o que ta falando. - Falei rindo.
- Alícia, para com isso. Eu estou falando sério.
Fiquei sem reação, eu sabia que ele estava dizendo a verdade, mas eu não sei o por quê de eu não querer admitir aquilo, de não saber direito como reagir ou o que deveria fazer.
- E-eu, vou pra aula. - Falei me afastando dele.
- Não, Alícia. - Ele me puxou pela mão, e me fez ficar próxima a ele. - Diz o que sente por mim. Diz logo, eu não aguento mais esperar, eu quero ouvir de novo.
- Você não sabe o que esta dizendo.
- Eu sei sim. - Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Eu tenho que ir. - Falei correndo em direção a sala de aula.
Eu estava atrasada e o professor com certeza não me deixaria entrar, então fui em direção a escadaria, e ali permaneci até o sinal pro intervalo tocar. Observei as pessoas saindo das salas e que tumultuavam o corredor em direção ao pátio. Apoiei meu queixo na mão, e apenas observei. Subi as escadarias e entrei na sala de artes, Lysandre estava lá e sem mesmo dizer um "oi", corri para abraça-lo.
- Aconteceu alguma coisa, Alícia? - Ele perguntou me abraçando.
- Não, não exatamente... Eu só queria me distrair um pouco.
- Claro. - Ele sorriu - Senta ai.
Me sentei e peguei um papel, onde comecei a desenhar qualquer coisa, apenas pra distrair um pouco. Fiquei conversando com Lysandre durante o horário de intervalo, logo a após isso, fomos liberados, pela falta de água na escola. Fui pra casa, e encontrei minha tia no sofá, vendo TV.
- Saiu mais cedo, amor?
- Não tem água na escola. Anny não te contou? Ela saiu antes de mim.
- Se saiu foi pra outro lugar, em casa ela não passou.
- Ah ok. - Falei e por dentro comemorei, faz tempo que não falo com ela, mesmo morando de baixo do mesmo teto.
Fui pro meu quarto e coloquei meu fichário em cima da escrivaninha.
- Estranho, por que tem um ursinho em cima da minha cama? - Falei me aproximando.
O peguei e o fitei, era um panda de pelúcia, e eu piro em pandas, acho eles muito fofos.
- Alguém entrou aqui? - Falei indo até a janela, mas não havia ninguém. - Estranho.
Olhei em volta e não havia ninguém e nem nada, nenhum bilhete ou um papel escrito alguma coisa que poderia explicar aquilo.
Sentei na cama, com panda em meu colo, o fitando por vários instantes. O abracei e me assustei ao ouvir o som que saia de dentro dele. "Eu te amo, Alícia".
- O que?
- Eu te amo, Alícia. - Ouvi a voz de Gabriel e me virei.
Ele estava sentado no batente da janela e olhou pra mim sorrindo. O olhei sem reação, enquanto ele se levantava e vinha até mim. É isso, eu não posso mais fugir, eu tenho que aceitar o que eu sinto e admitir isso mais uma vez.
- Alícia, pode me expulsar se quiser agora, pode me colocar pra fora e me chamar do que quiser. Eu vou continuar te amando do mesmo jeito, e eu não vou desistir de você. 
- Não, eu não quero que você vá embora. - Olhei para o chão. - Eu estou feliz por você estar aqui. - Sorri e o fitei. - Eu não sei direito como reagir agora, no começo eu não entendia direito o que eu sentia por você, mas agora eu tenho certeza de que... Eu... eu te amo, Gabriel. - Falei e senti meu coração acelerar ainda mais do que já estava. - Eu cansei de fugir desses sentimentos, eu não queria aceitar isso.
- Mas, por que?
- Eu tive medo, medo de me machucar de novo. - Senti algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Gabriel colocou as mãos na minha cintura e me fez ficar mais próxima dele. Minha respiração estava acelerada e eu estava sem reação, enquanto fitava seus lindos olhos azuis que brilhavam, enquanto olhavam profundamente dentro dos meus. Ele sorriu e sussurrou no meu ouvido:
- Eu sempre vou cuidar de você, se depender de mim, você não irá se machucar nunca mais, porque eu te protegerei.
Após essas palavras, ele selou seus lábios aos meus.
Meu primeiro beijo... Eu nunca imaginei quando ele aconteceria, mas eu posso dizer que eu fico feliz de ter sido com o Gabriel, mesmo com tudo que aconteceu entre nós, eu estou feliz de poder estar com ele agora.
- Eu te odeio. - Falei e ele riu.
- Eu também te amo, minha pequena. - Ele me abraçou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Just a girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.