Just a girl escrita por Emilly


Capítulo 29
Tentando esclarecer as coisas


Notas iniciais do capítulo

Demorou, mas saiu kk' Sério mesmo, desculpem ter demorado, e´que não sabia que titulo colocava u.u



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Agora eu não sei o que eu faço. Eu tenho muita vergonha de falar com o Breno, nunca tinha trocado nem um simples "oi" com ele, mas eu preciso falar com ele. Nunca imaginei que alguém se apaixonaria por mim, e por tanto tempo. Nunca imaginei isso, e ainda não consigo acreditar. Tenho que falar pela Natalia. Ela pode ter me feito muito mal nesses últimos dois anos, mas eu não guardo mágoas dela. Eu não entendo por que ela me tratou tão mal por causa de um garoto, e acho que nunca vou entender. Ela me viu como uma rival pra ela, mesmo eu nunca ter trocado nenhum apalavra com o Breno?
Voltei pra casa e fui direto pro meu quarto sem falar com ninguém. Tranquei a porta e me joguei na cama, colocando minha cabeça de baixo do travesseiro.
- O que eu faço? Eu preciso falar com ele. Lysandre talvez possa me ajudar?
Peguei meu celular, e disquei o número de Lysandre. Começou a chamar, até que ele atendeu.
LIGAÇÃO ON:
- Alô?
- O-Oi Lysandre. Você poderia vir aqui em casa, por favor? Desculpe se estou incomodando e...
- De maneira nenhuma, minha pequena. Eu já estou indo. E você sabe que sempre que precisar de mim, pode contar comigo.
- Obrigada, Lys.
LIGAÇÃO OFF.
Depois de alguns minutos, ouso a campainha tocar. Desci rapidamente para atender, mas minha tia já havia aberto a porta.
- Lysandre, tudo bem?
- Sim, dona Carmen.
- Me chame apenas de Carmen, ok? 
- Licença, tia. Pode deixar comigo. Eu pedi pra ele vir. - Disse me aproximando deles.
- Ok, boa sorte minha gatinha. - Tia Carmen sussurrou no meu ouvido e piscou pra mim.
- M-mas, o que... ? - Falei e Lysandre riu.
Subimos pro meu quarto e nos sentamos na cama.
- Ignora minha tia, Lys. - Falei e ele riu. - Ela faz muita coisa sem pensar.
- Tudo bem, eu não me importo.
- Então, eu encontrei a Natalia hoje na praia.
- O que aconteceu?
- Ela me lembrou uma história de infância.
- Que história?
- Conhece o Breno?
- Conheço sim..
- Então, quando éramos crianças, eu não falava com ele, na verdade não falo até hoje. Ele sempre me defendia quando alguém vinha mexer comigo, ou me falar palavras que poderiam me machucar. A Natalia estudava comigo naquela época, e ela me disse que era apaixonada por Breno. A dois anos atrás, ele se abriu pra ela e disse que tinha se apaixonado por mim, desde a época do primário e apartir desse dia ela começou a me perseguir e me humilhar sempre que Breno não estava por perto. Lysandre, eu não guardo rancor dela, mas... o que eu faço quanto a Breno? A Natalia o ama e eu queria muito poder ajuda-la de alguma forma...
- Você tem um coração de ouro, minha princesa. - Lysandre de repente me abraçou. - O que você disse a ela?
- Eu disse que ia falar com ele, mas eu estou com medo, de alguma forma.
- Faça o que achar melhor. Mesmo com tudo o que ela te fez, você quer ajuda-la, e eu admiro muito o seu gesto.
- Obrigada, eu acho. O que eu digo ao Breno?
- Não tanta criar um diálogo na sua cabeça, diz as coisas na hora. Explica pra ele tudo e agradece pela a ajuda dele, e depois fale sobre a Natalia. Eu não sou de conversar muito, mas sou um ótimo observador, e percebo o jeito que ele a olha. Acho que apenas ela não percebe isso. Ela estava tão cega pelo ódio, que não percebeu que a alguns meses ele vem reparando mais nela.
- Você acha que ele gosta dela? - Abri um sorriso.
- Eu acho que sim. - Ele riu - Mas conversa com ele primeiro, cita o nome dela algumas vezes, e você vai perceber pela reação dele.
- Obrigada, Lys. - O abracei. - Me ajudou muito.
- Vou sempre estar aqui.
Me despedi de Lysandre, e me deitei. Fiquei um bom tempo pensando sobre tudo, até adormecer.
Acordei no dia seguinte e me arrumei pra escola. Sai de casa mais cedo pra poder conversar com o Breno antes da aula. Cheguei la´e o vi encostado na grade.
- Oi, Breno. - Falei chegando próximo dele.
- Alícia, oi. - Ele sorriu.
- Bem, eu posso conversar com você?
- Claro, o que foi?
- Nada, eu só queria agradecer a você. Me dei conta que sempre que eu era perseguida no primário, você me defendia, e eu nunca te agradeci.
- De nada. Eu não achava certo o que faziam com você. - Ele disse e eu sorri.
- E a Natalia? - Perguntei e ele ficou vermelho.
- A-a N-natalia? O que tem ela?
- Você gosta dela, né? - O olhei sorrindo.
- Na verdade sim... Nem sei por que você perguntou, mas tudo bem. - Ele disse rindo meio vermelho.
- Eu vi sua reação quando perguntei dela. - Ri - Acho que você devia falar com ela.
- Eu não sei, não. 
- Confie em mim, fala com ela.
- Ok, ok. Vou falar com ela.
- Tenho que ir, tchau Breno, até depois. - Falei olhando em direção a onde Lysandre se encontrava.
Fui em direção ou o Lys e o abracei.
- Eai?
- Bem, eu não sei direito o que eu disse, mas ele vai falar com a Natalia.
- Disse que ela gostava dele?
- Não, quem tem que dizer isso pra ele, é ela e não eu. - Falei e ele riu.
Fiquei conversando com o Lys, até o sinal bater. Indo pra sala, alguém me puxou e me colocou contra o armário.
- O que você quer? - Falei olhando pra baixo.
- Alícia, para com isso.
- Eu não tô fazendo nada, Gabriel.
- Eu não consigo ficar longe de você, por favor, me perdoa?
- Eu tô perdendo aula, pode me dar licença?
- Alícia, eu não vou desistir de você. - Ele disse e levantou meu rosto pelo queixo, fazendo eu olhar diretamente em seus olhos. - Todos merecem uma segunda chance, eu errei? Sim, mas eu estou arrependido, e me dei conta de que é você que eu amo.
- Gabriel, me deixa.
- Eu te amo, Alícia. - Ele disse e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas.
- Eu não sei o que eu faço..
- Por que esta chorando? - Ele me abraçou.
- Eu não sei. - Falei sorrindo e o abraçando.


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