Entrei na casa e me deparei com móveis antigos e teias de aranha, estava mesmo abandonada, mas ai vem uma pergunta, “Quem era aquele garoto? Um fantasma?” Nunca acreditei nisso, mas naquele momento havia algo em mim que queria pensar que ele era realmente um fantasma.

- Olá. – Minha voz ecoou pela casa, fazendo-me estremecer.

Continuei “explorando” a casa, havia uma grande escadaria logo na estrada pensei em subir, mas me faltou coragem, continuei caminhando por ali mesmo, mas não havia ninguém.

              Decidi ir pra casa e tentar esquecer isso.  O resto do dia passei sem fazer nada. Quando chegou a noite fui até minha janela olhar para a casa vizinha e achei ter visto alguém caminhando e algumas luzes acesas. Ignorei, era melhor.

              Fui dormir e tive pesadelos, acordei assustada e só consegui dormir algumas horas depois.

              Acordei com o sol batendo em meu rosto, levantei e fui para a cozinha comer alguma coisa. Quando voltei para o meu quarto dei de cara com um garoto, loiro e muito bonito por sinal.

              - Quem é você? – Perguntei.

              - Oi, sou seu vizinho. – Disse ele sorrindo, e que sorriso.

              - Oi, e como você entrou aqui?

              - A porta estava aberta. – Falou ele.

              - Sim, mas você não sabe que não se deve entrar desse jeito na casa dos outros? – Falei séria.

              - Você gosta de rock pelo que estou vendo. – Falou ele mexendo nos meus CD’s.

              - Sim, eu gosto.

              - Desculpe, não me apresentei, sou Harry. – Ele falou com um sorriso extremamente encantador.

              - Eu sou a Sophia. – Falei sorrindo.

              - Lindo nome, posso te chamar de Sophi?

              - Claro!

              Passamos o resto do dia ouvindo musica e conversando sobre nossas vidas. Quando chegou de tardezinha ele foi embora, só ai me lembrei que havia esquecido de perguntar em qual casa da vizinhança ele morava, mas isso era o que menos importava.

              Passei a noite pensando no sorriso dele e no quanto ele era gentil e amável, estaria eu apaixonada? Ah não, não poderia ser, eu conhecia ele à um dia e afinal, eu não acreditava em amor a primeira vista.