Not That Simple Maid escrita por RoxyFlyer21


Capítulo 10
Capítulo 10 - Uma noite na casa de Ward


Notas iniciais do capítulo

Olááá leitores! Desculpa pela demora (tipo, de meses) mas é que eu estava meio enrolada (tipo, falta de criatividade+tempo). Enfim, espero que gostem desse aqui! Beijoos!



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Durante todo o trajeto até o centro da cidade, Ward e Riley conversaram animadamente sobre vídeo games, a maior parte do tempo sendo gasta em provocações sobre quem seria o melhor. Abrindo caminho pelo centro da cidade noturno, a BMW preta de Ward aproximou-se da entrada de um luxuoso prédio residencial. Entregando as chaves para um vallet antes de seguir para o saguão, Ward abriu a porta para Riley, que mal conseguia segurar sua admiração pelo local.

O elevador possuía uma parede de vidro, pela qual Riley ficou admirando extasiada o centro iluminado da cidade. Ward sorriu consigo ao perceber a animação dela, e observava o reflexo do rosto dela no vidro.

– Ward, tem certeza que seus pais não vão ficar bravos? – perguntou, encarando seus olhos verdes. – Não quero que você entre em confusão por minha causa.

– Não se preocupe, - ele disse, o semblante sério e os braços cruzados. – meus pais não estão em casa. Eu moro sozinho.

Riley nunca se interessou pelas fofocas que rondeavam a turma popular no Colégio Seika, mas instantaneamente lembrou-se de algo que ouvira um tempo atrás. A família inteira de Ward mora na Inglaterra, e ele vive aqui, sozinho, no Japão.

– Isso não é meio solitário?

Ward pareceu considerar o que ela disse por um instante, mas logo esboçou um sorriso malicioso com os lábios em direção a ela.

– Mas pelo outro lado, nós temos a casa só para nós dois....

Ward a encarou até perceber as bochechas da garota corarem, e então desmanchou o olhar sedutor em uma risada divertida.

– SEU ALIEN PERVERTIDO!!! – Riley gritou brava, antes do elevador parar no 40º andar.

Ward tirou uma chave do seu bolso e abriu a porta. Em toda sua vida, Riley nunca pensou que poderia existir um apartamento tão grande. Ela ficou de boca aberta com o gigantesco espaço aberto do lugar, enquanto Ward agia como se nem ligasse. No entanto, ela não encontrou um apartamento altamente luxuoso como estava esperando, mas sim paredes brancas com grandes janelas que ofereciam uma vista de tirar o folego. Era como se fosse um apartamento recém adquirido, que não havia sido mobiliado por completo ainda. O chão era de um piso de madeira polido, e em um único canto notou diversos livros empilhados contra a parede. Ao lado, uma solitária poltrona de couro. Isso espantou Riley, pois nunca tinha passado pela sua mente que Ward seria um leitor voraz.

– Por favor, sinta-se em casa.

Ward dirigiu-se a cozinha ao lado, onde um comprido balcão de mármore claro estendia-se no meio, com algumas cadeiras altas enfileiradas em frente. Riley notou a grande geladeira de metal polido e o fogão combinando, até o microondas parecia caro. Ela ficou parada no meio da entrada sem saber o que fazer, observando Ward remexer as prateleiras e carregando algumas latas e sacos de salgadinho para a sala.

– O que é isso?

– Não vamos jogar de barrigas vazias, não é?

Uma grande TV de tela fina estava pendurada na parede, e na frente um espaçoso sofá cinza claro. Ward colocou as coisas no chão, sentando-se no tapete creme para colocar o vídeo game no console. Ao lado direito, uma linda escada em espiral que parecia ser inutilizada, e duas portas brancas ao lado. Riley sentiu curiosidade em subir a escada, mas logo esse pensamento foi afastado ao ouvir a música tema do vídeo game.

– E aí, vamos começar a jogar logo para eu acabar com você de uma vez?

Sorrindo com tom de provocação, ela deixou sua bolsa ao lado do sofá e pegou o joystick que Ward segurava.

– Você fala com muita confiança pra alguém que vai perder. – ele respondeu, mal conseguindo conter a animação.

– Vamos ver quem é que vai perder.

Os dois jogaram a noite inteira, e um bom começo da madrugada do dia seguinte. Começaram sentados comportados no sofá; logo passaram para o chão, esparramados no macio tapete e rodeados de sacos quase vazios de salgadinhos e latinhas de energético. Todas as luzes estavam apagadas, e apenas a forte luminosidade da TV e as luzes da cidade que invadiam as altas janelas definiam os perfis dos dois adolescentes que apertavam compulsoriamente os botões do joystick. Mais do que tudo, provocavam um ao outro, e gargalhavam por entre jogadas, como duas crianças.

Nenhum deles se lembra da hora em que foram dormir, mas pela manhã, as paredes brancas refletiam a luz natural que avançava com o dia. Ward dormia deitado no sofá, uma de suas mãos caída para fora ainda segurando o joystick, e Riley estava deitada em cima de suas costelas, descansando uma mão em cima do peito do garoto. Em algum canto da sala, entre a bagunça da noite anterior, os tênis all star de Riley se perdiam entre os de Ward.

Suavemente, as pálpebras de Riley começam a ceder à luminosidade. Ao se levantar, não pode evitar que seu coração pulasse quando notou aonde esteve dormindo. Ela observa o peitoral dele subindo e descendo tranquilamente com sua respiração, algumas mechas de cabelo loiro caindo bagunçados pela testa. Riley automaticamente pensou que Ward parece um anjo dormindo, mas balança a cabeça para afastar esse pensamento. “Ainda bem que fui a primeira a acordar! Ward teria feito milhões de piadinhas idiotas!”

Remove delicadamente seu corpo de perto do de Ward, de modo a não acordá-lo, e acha sua bolsa por perto. “E agora, como faço para achar um banheiro por aqui?” No corredor ao lado, a primeira porta estava aberta por uma fresta, e decidiu adentrar.

No meio do quarto de paredes brancas, havia uma cama de casal nitidamente bem arrumada, os lençóis brancos dobrados debaixo da manta, e travesseiros limpos. Riley ficou surpresa, pois se tratando de um garoto, imaginava uma bagunça ao menos parecida ao do quarto de Dimitri. “Não se deixe levar pelas aparências,” pensou, relembrando-se sobre a reputação de Ward. “Com certeza muitas garotas cegas e fracas passaram por essa cama.”

Havia uma porta bem ao lado, que revelou-se ser o banheiro. Pelo espelho, notou olheiras por debaixo de seus olhos, e lavou seu rosto com água para acordar definitivamente. Achou uma escova de cabelo em cima da pia, e decidiu dar uma voltinha pelo quarto dele enquanto penteava seu cabelo. Ao chegar perto o bastante da porta, ouviu a voz entrecortada de Ward vinda da sala. Ela franziu o cenho quando o vê pela fresta da porta: seu semblante, sempre sério e desinteressado, estava transtornado, e notou seus pulsos cerrados.

Ele falava ao telefone.


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Notas finais do capítulo

E aí, mereço reviewsss??? XD



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