Uncontrollable escrita por Storyteller


Capítulo 17
Mellie


Notas iniciais do capítulo

Muahahaha, voltei! de Natal esse capitulo pra vocês, mas outros(melhores) estão por vir. Bjss e FELIZ NATAL!!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297842/chapter/17

Mellie


Já fazia quase duas semanas que ela estava no hospital, e ainda não queria olhar para a cara de Paul.

“Quando seu pai entrou no quarto, ela se recusou a sequer olhar para ele. Ele se aproximou, e tentou puxar assunto elogiando-a e dizendo o quanto ela era parecida com a mãe.

– ainda bem. Não queria ter uma lembrança sequer sua – ela respondeu grossa

– Mellie eu... – ele ia se explicar, mas antes que falasse qualquer coisa Mellie foi direto à ferida:

–Por que você fez aquilo? Você era casado, tinha uma filha e simplesmente deixou tudo para trás. Resolveu sumir de nossas vidas. E agora me aparece aqui, dizendo o quanto sou parecida com minha mãe? Acho que você devia ir direto ao ponto. Se explicar e nos deixar de uma vez por todas, de preferencia sem aparecer daqui a catorze anos. –

–Mellie. Você não entende. Eu era infeliz naquela minha vida. Sim, eu era um pai de família. Uma bela família, aliás, mas... Bem, eu e sua mãe já não funcionávamos tão bem a coisa. E quando uma oportunidade surgiu, eu sai. Senti-me livre sabe... Nenhuma desculpa no mundo é boa o bastante para compensar os anos que eu passei fora da sua vida. Mas, outro dia eu estava caminhando na rua e vi um pai e sua filhinha. Não teve sequer um dia que eu não pensei em você. E quando voltei para nossa antiga casa, vocês haviam sumido. Demorei cerca de um ano para encontrar vocês! -

–é você tem razão. Não tem desculpa no mundo para isso. Agora se você me der licença, eu quero descansar um pouco –.

–Claro. E querida... Você pode dizer o que quiser, e ficar brava o quanto quiser, eu entendo. Mas nada disso vai mudar o fato de eu ser seu pai... -

–vai ver por isso que eu fico tão brava – Mellie disse para ele antes que ele saísse, virou a cara para a almofada, e antes que se segurasse, as lágrimas começaram a jorrar.”

Ela estava caminhando pelo corredor, quando viu que uma criança, em uma cadeira de rodas tentava passar entre um pequeno grupo de pessoas.

–Quer ajuda? –Mellie perguntou, e o garoto de cerca de dez anos respondeu que sim.

Ela segurou a cadeira e saiu pedindo licença, e se não a davam, atropelaria mesmo. Infelizmente eles deram espaço para eles passarem.

–Obrigado. Aliás, meu nome é James. Leucemia. Você é... –

–Mellie. PTI – ela já havia se acostumado com aquilo. No hospital, as pessoas se apresentavam e em seguida diziam sua doença como uma “diversão”(que ela não achava divertida).

–Mellie. Legal seu nome, nunca tinha ouvido! – ele disse alegre

– Então James, quantos anos você tem? –

Ela e James passaram o restante do dia em uma conversa amigável, e o garoto se revelo uma pessoa divertida, que apesar de passar por maus bocados, tirava diversão daquilo.

– Quem é seu médico? –ele perguntou

– é a Dra. Friggam. Conhece? –

–Claro que sim! Eu conheço praticamente todo mundo. Estou aqui frequentemente há uns cinco anos! –

A partir daquele dia, os dias no hospital passaram a ser divertidos com James. Mellie conheceu algumas enfermeiras e os médicos de James. Visitou a ala dos pacientes com câncer e conheceu outras pessoas. Ela passava as manhãs fazendo tratamentos e as tardes com James percorrendo o hospital.

–Quando você se recuperar, vem me visitar? –Ele perguntou. Já a via como uma irmã mais velha.

– Todos os dias. Eu já praticamente moro no hospital, vou me mudar de vez e ficar para sempre com você aqui! –

Sorrindo ele apertou o botão do elevador para descerem e visitarem a recepcionista Nancy.

– a Nancy sempre é gentil, e se você elogiar ela, ela nos traz doces amanhã! –James disse com um olhar sapeca.

Mellie sorriu para o garoto. Mas seu sorriso congelou no rosto quando a porta do elevador abriu.

Dylan estava do lado de fora e parado e chocado tanto quanto a própria Mellie.

–Mellie? O que você está fazendo aqui? –

– ahh... James, você vai indo falar com a Nancy, depois eu te encontro ok? –

– Certo. Tchau Mel! –

Mellie saiu do elevador e se sentou em um sofá de uma sala de espera.

–Mel? –

–É o James me chama assim. O que você está fazendo aqui?

– Eu falo se você falar! –

Mellie pensou rápido em uma desculpa qualquer.

–O James é meu primo que está doente, eu vim visitar ele -.

– e essa roupa de hospital? – Ele perguntou olhando para a mesma

–Ele pediu que eu me vestisse assim – Ela não queria jogar toda a culpa no pobre James, mas foi à primeira coisa que surgiu em sua mente.

–Mellie, você acha que eu tenho cara de idiota? –

– Pra falar a verdade... –

–Tá, agora a verdade. E também não quero que você fuja, por que a gente PRECISA conversar –.

– Vocês homens, falam, falam e não dizem nada. Tá, o que você quer? –

–Em primeiro. O que você está fazendo aqui? O que você tem? Está tudo bem? –

– Calma! Ok. Mas só vou falar com uma condição. –

–Qual –

ninguém. NINGUÉM mesmo pode saber que você me viu aqui! Minha mãe teve um trabalhão pra convencer a Lucy e a Amy que eu estava viajando com o Paul, se você contar pra alguém... –

–Por quê? –

–Que te importa Dylan? De qualquer jeito, Promete? Que não vai contar pra ninguém? –

Ele deu um longo suspiro antes de concordar.

–Certo. Tenho PTI por isso não tenho ido às aulas. –

–PTI? Mas, isso é grave? –

–ihh, qual é? Vai ficar preocupado comigo agora? Você que sempre me odiou? –

–Espera ai. Sempre não! Aliás, nunca te odiei. Por isso queria conversar com você. Mas antes: essa doença, você está bem? Está se tratando direito? Vai melhorar? Tem algum risco? –

–Meu deus, parece minha mãe falando! Sim, tem cura e estão avaliando a resposta do meu corpo ao tratamento. Agora eu tenho que ir... – Mellie se levantou para sair, mas Dylan a puxou de volta para o sofá.

– A gente ainda não conversou sobre uma coisa – ele disse

–o quanto você é patético? Tenho que ir!­ – ela tentou sair, mas ele a puxou de volta novamente.

–A gente tem que conversar quer você queira ou não! –

–Tá, e sobre o que você quer conversar? –

Ele sorriu.

– Você sabe muito bem. Sentimentos. Nossa estranha... relação. E o principal, o beijo que aconteceu na sua casa, mas que você ignora.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Entónces... eu queria pedir uma ajudinha para "divulgar" a história e poder trazer mais leitores. Quem puder ajudar, eu fico muito, muito, MUITO grata! beijos!!!!!!