My Lady, My Only Love escrita por LuluMichaelis


Capítulo 3
2ª Noite: Aquele Baile


Notas iniciais do capítulo

Yo, pessoal, peço desculpas pela demora, estive muito ocupada (e algumas dores de cabeça) mas aqui estou com mais um capítulo. Pretendo melhorar as cenas calientes (aquela preferi que fosse fraca de propósito, afinal é só o começo e não queria deixar nada muito bruto e tão direto) sem mais enrolações aí vai, espero que gostem ^^



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(no capítulo anterior)

– (O-o que foi isso agora? Ele...ele realmente queria fazer uma coisa dessas?) - pensava a milady surpresa e um pouco assustada. Ainda assim sentia um pequeno conforto. Sentir aquelas mãos acariciando seu corpo tão suavemente... - (O QUE ESTOU PENSANDO? Eu gostei disso? Mas eu não posso. Ele é meu mordomo. Mas...eu senti novamente, aqueles olhos que me desejavam, mas dessa vez, não só a minha alma)

...

(Narração: Sebastian)

Depois de tal situação, deixei o quarto da milady. Sebastian, seu idiota, no que está pensando? Está louco? A única coisa que você deve desejar é a alma... A ALMA. Não, o que eu realmente desejo... esqueça, por favor milady, isso foi apenas um sonho...

(Narração: ok, é minha vez)

A pequena não conseguiu dormiu direito. Ela se lembrava quase todas as noites daquela noite. A noite em que conheceu aquele demônio e fez o contrato com ele. Aqueles olhos que a desejava e saboreavam sua alma só de olhá-la. Ainda assim eram olhos de um demônio, ainda assim eram olhos que ela temia.

Mas dessa vez aquele sonho se prolongou. Aqueles olhos que no sonho ela observava pelo espelho, logo estavam a sua frente, cara a cara, como se ele desejasse beija-la ardentemente. Antes que ele tentasse algo ela acordou assustada. Ao seu lado estava seu modomo incrivelmente fiel, impressionantemente doce, e de alguma forma extremamente confiável. Ele estava completamente preocupado, aquela expressão estava claramente estampada em seu rosto.

– Milady, você está bem? Está tão suada - disse ele colocando uma das mãos sobre sua testa.

– Estou bem, foi só um sonho ruim (ou não. Não tenho tanta certeza. No que está pensando? Claro que isso é ruim. Ele é seu mordomo, e pior, um demônio. Ele só faz isso pela sua alma, acorde de uma vez) - a pequena ficava vermelha só de lembrar daquele rosto tão próximo dela naquele sonho.

– Vamos, é hora de acordar - disse ele se levantando e abrindo as cortinas, revelando aqueles raios de sol da manhã sobre o rosto da jovem dama. Aquela claridade a fez colocar um dos braços sobre o rosto.

– Mas já? - perguntou ela confusa. Sonhos fazem mesmo o tempo passar tão rápido? ou esquecemos mesmo grande parte do que sonhamos para que alguma noite eles voltem a invadir nossas mentes e serem esquecidos novamente? As vezes ela queria por um minuto deixar de ser "perturbada" por aqueles olhos e esquecer o que havia ocorrido.

– Sim... - Ao virar-se, Sebastian viu aqueles brilhantes olhos azuis tentando ser abertos diante daqueles raios de sol que os impedia de enxergar um pouco se não fosse pelo braço da pequena. Ah, aqueles olhos. Aqueles olhos azuis o fez corar um pouco e na mesma hora ele se virou e andou até o carrinho onde trouxe o chá - Bom, hoje você terá um dia um pouco agitado. - dizia ele servindo o chá - Sua tia Angelina virá visita-la. E ela mandou um recado. Ela quer que você vá com ela no baile do Visconde Druitt. Então após o café da manhã teremos uma pequena revisão nas aulas de dança.

– Um baile? Por mais que eu goste de dançar, nunca gostei muito de festas, é muito agitado. Se não fosse a tia Angelina, acho que eu seria uma anti-social. - disse a pequena rindo um pouco.

– Mas não é. Você é doce do seu jeito, milady. Apenas não está acostumada a ter tantas pessoas a sua volta.

– É. Acho que é isso. - ela terminou o seu chá e se lembrou - E a Meirin? A bronca foi tão grande assim?

– Nem tanto. Mas ela realmente ficou com mais medo do que pensei. Bom, logo o café da manhã estará pronto. Chamarei ela para arruma-la. - disse Sebastian saindo quando olhou para ela.

– Então Bard resolveu não explodir a cozinha hoje. - disse ela se levantando da cama sorrindo. Aquele pequeno corpo, longos cabelos e olhos brilhantes deixavam até um demônio louco, ainda mais com a luz do sol atrás dela. Parecia a figura de um anjo. Ele imediatamente virou o rosto fazendo uma cara séria para disfarçar o rosto que estava prestes a corar.

– Eu preparei uma cozinha só para ele explodir e treinar. Assim poderei usar a outra tranquilamente. - disse ele saindo. Meirin que já estava no corredor, entrou imediatamente.

– O que há com o senhor Sebastian? Ele anda tão estranho ultimamente. - ela notou a mesma imagem que o mordomo havia presenciado e se emocionou - Ah, milady. Está tão radiante hoje.

– Haha. Obrigada, Meirin.

– Ah, ainda mais com esse sorriso. Venha, tem uma roupa especial preparada para você estar bem bonita quando sua tia chegar. Ah, parece que ela trará um vestido pra você.

– Típico dela. Ela adora fazer isso.

Mais tarde, a pequena estava tendo suas aulas de dança com o Sebastian quando sua tia chegou. Angelina Durles, ou Madame Red. Uma das mulheres que mais frequantam festas e bailes na cidade de Londres. Sempre vestida da cabeça aos pés, desde roupas até o mais simples dos acessórios, com a cor que honra seu apelido.

Enquanto a milady dançava com Sebastian, a pequena notava que ele parecia um pouco desligado por mais que estivesse dançando atentamente.

– Não se preocupe. Eu já te perdoei por ontem. Na verdade, não há por que perdoa-lo - ela sorriu e piscou um dos olhos - afinal foi apenas um sonho. - Ele respondeu com um sorriso.

– Sim, apenas um sonho. - Na mesma hora, Madame Red os interrompeu.

– AQUI ESTOU - disse ela sorridente e ansiosa - E trouxe o vestido que você usará mais tarde. E vou ser direta, encontrei seu pai durante uma de minha viajens. Ele disse que essa é um boa oportunidade para tentar encontrar um noivo.

– NOIVO? - gritou a garota surpresa

– Sim, um noivo. Você já está na idade de encontrar logo um.

...

A noite, já no baile, uma pequena carruagem se aproximava da mansão do Visconde Druitt. Nela havia uma jovem dama, com seu vestido cor de rosa cheio de babados, grandes marias chiquinhas e um pequeno chapéu decorado com rosas que cobriam seu olho direito. Também havia uma mulher deslumbrante, completamente de vermelho. E acompanhando a jovem, estava um homem elegante de óculos, roupas nobres e um cabelo com uma franja comprida mais ou menos na altura do queixo jogada para um lado só, que descontraía um pouco sua seriedade e dava um ar mais doce às suas risadas (como se no caso de aqulela franja fosse jogada para trás não o deixasse ainda mais bonito). Sim, aquele era o trio da noite. Lady Phamtomhive, Madame Red e Sebastian estavam prontos.

Entrando na festa, muitos admiravam a doçura daquele pequeno corpo que entrava no salão acompanhada daquele homem.

– Sebastian, é melhor que não fique muito na cola dela, vai espantar os rapazes - disse Angelina.

– Os pássaros precisam voar para aprenderem coisas novas por si mesmos. Mas a milady se prende a uma gaiola, achando que é mais seguro.

– Então espero que essa "gaiola" ensine tudo o que ela precisar saber - dizia Angelina até ser interrompida por sua sobrinha

– Que tal parar com isso?! Sebastian está como meu tutor esta noite. E ele sabe o que tem que fazer. Além disso, assim ele poderá dançar comigo se ele quiser.

– Então, se me permite, milady. - disse Sebastian estendendo sua mão. Os dois dançaram pelo salão como se o chão fosse apenas uma nuvem, ignorando todos os outros como se fosse apenas mais uma de suas aulas. Druitt já havia havistado ela e quando terminaram, Sebastian decidiu se afastar um pouco - A Madame tem razão, seu pai lhe deu uma pequena missão, precisa de algo?

– Não - disse ela pegando um pouco de fôlego

– Estarei na varanda se precisar - disse ele se afastando. Enquanto isso, Druitt se aproximava.

– Lindo, você dançou graciosamente como um pequeno pintaroxo - disse Druitt com aquele sorriso que fazia qualquer mulher desmaiar de emoção e aqueles cabelos que de acordo com elas eram como fios de ouro de tão loiros e brilhantes.

– Obrigada. O senhor também dança bem pelo o que pude ver.

– Agradeço. Veio com quem, minha pequena? - perguntou Druitt se aproximando um pouco mais

– Vim com a minha tia Angelina. Ela adora me carregar para festas.

– Parece que não gosta muito.

– Não gosto de ficar cercada de tantas pessoas. E festas têm se tornado tão entediantes pra mim. Gosto de dançar, mas sinto um pouco de vergonha quando danço em público já que não estou acostumada e fico com medo de errar.

– Mas você é como um lindo passarinho. Deveria mostrar do que é capaz, mostrar a beleza de suas penas e o potencial de suas asas e voar com graça. Assim como quando estava dançando agora pouco. Mas... - Druitt colocou a mão em sua cintura - se é diversão que deseja, talvez eu saiba de algo divertido - dizia ele deslisando sua mão pela cintura da menina e com um sorriso malicioso.

(narração: Sebastian)

Observava ela de longe admirando aqueles sorrisos direcionados para outro homem. Quando me deparei com aquela cena. Ele estava tocando nela. Quais eram suas intenções? Por que diabos ele estava fazendo aquilo? Ele realmente queria...? Não importa, já estou com raiva o suficiente para querer esgana-lo. Sebastian, o que há com você?

(Narração: minha vez novamente)

Druitt a levou para um quarto onde rapidamente colocou um pano com uma estranha substância forte em seu nariz, fazendo-a desmaiar. Quando a pequena acordou, estava em uma gaiola, amarrada e com uma venda e ouvia vozes, parecia ser um leilão. Alguém retirou sua venda e ela pôde ver, era realmente um leilão, iram leiloar ela. Assustada, ela abaixou a cabeça com medo, fechou seus olhos e sussurrou:

– Sebastian, me ajude. Por favor. - dizia ela, quase chorando. As velas se apagaram de uma vez só, do nada. Ela pôde ouvir sons de pancadaria e berros de dor e quando as velas se acenderam lá estava quem ela tanto queria.

– Perdoe-me a demora, já estava suspeitando que ele poderia estar envolvido em algo do tipo. eu havia sentido um estranho odor forte nas roupas dele, uma substância própria para botar alguém pra dormir. - dizia ele enquanto a tirava daquela gaiola e a desamarrava. A polícia já foi chamada

– Obrigada - disse a jovem o abraçando fortemente cheia de medo.

Já na mansão, a milady estava completamente cansada. Sebastian a levou para seu quarto.

– Está melhor, milady? - disse ele se sentando ao seu lado, a cobrindo aos poucos.

– Sim... - Ela fez um gesto com o dedo indicador o chamando como se quisesse lhe dizer algo. Quando ele aproximou o rosto, ela deu um beijo em sua bochecha. - Obrigada por tudo, Sebastian.

– Não precisa me agradecer. Sabe muito bem que esse é meu dever como seu mordomo. - dizia ele sorrindo.

– E... como meu demônio - disse ela um pouco vermelha. Naquele momento seus rostos estavam muito próximos. Sebastian encostou sua testa na dela.

– Milady, você precisa descansar. - Ele não surpotava ficar muito tempo tão próximo daquele jeito. Seus olhos o deixavam doido, principalmente com o contrato em um deles. Ele pertencia a ela, assim como ela também pertencia a ele - boa noite - e a beijou. Era um pequeno beijo, mas era um beijo que ela não esqueceria tão facilmente. Era apaixonante. Para seu infortúnio, Meirin estava passando pelo corredor quando se deparou com a cena.







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Notas finais do capítulo

Mais uma vez peço desculpas pela demora. Como sempre peço, deixem seus comentários, críticas sempre serão bem vindas. e o que Meirin fará após ver esse beijo? :3