The Lions Story escrita por Musa


Capítulo 3
Rumos




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Clary abriu a porta já que Lion dormia no colo de Jace, deixando seus braços e mãos ocupados.Jace adentrou na casa indo diretamente para o quarto do menino, deixando-o na cama, ele tirou os sapatos, e a roupa de Lion, que continuava dormindo, pôs o pijama nele, “continue dormindo” Jace sussurrava, como se fosse um encanto, para que a criança continuasse no modo pacífico que estava, que ele raramente ficava, mas como ele tinha passado o dia inteiro brincando com Noa, a energia tinha sido gasta.Ele beijou a testa do filho e saiu do quarto desligando a luz e fechando a porta, passou pelo quarto, mas Clary não estava lá, mas em compensação estava em seu atelier, pintando, os cabelos presos irregularmente em um elástico colorido, ainda estava com as mesmas roupas qual tinha chego, pintava no quadro um quintal, as árvores se movimentando com o vento, o sol claro, os brinquedos , e á frente duas crianças, Lion e Noa, Lion com uma serafim em uma mão, e na outra uma canetinha, os braços rabiscados imitando as Marcas, ele sorria, Noa estava com orelhas de lobo, era o único detalhe qual Clary tinha posto para dizer “sim, ele é um licantrope”.Ela não mexia mais na tela inacabada, somente a observava, “procurando algum defeito” pensou Jace, “artistas”.Ele ficou ali na porta, observando-a, mas se engasgou do nada, ela se virou.

- Ah...você está ai. – falou

- Sim, e você está ai. – ele falou se aproximando – é Lion e Noa? – apontou para a tela.

- Sim, mas, acho que estraguei pondo orelhas em Noa, eu poderia ter feito uma imagem normal, eu, eu não sei... Está estranho não está?

- Olha, não sei nada sobre artes, bom, sobre esse tipo de artes – ele riu – mas sei que é estranho Lion estar dormindo, e você ai, e eu aqui...sem fazermos nada.

Clary sorriu.

- Jace...

- Sim?

- Vou terminar aqui e já vou dormir.

- Dormir não estava nos meus planos. – ele a pegou pelos ombros, e levou sua boca até a orelha de Clary, fazendo-a se arrepiar só por sentir sua respiração quente em seu pescoço. – Venha agora, você me atentou o dia inteiro com essa blusa transparente. – sussurrou.

Ela estremeceu, mas continuou ali, na mesma posição, segurando em um polegar a aquarela e na outra mão o pincel. Jace começou a beijar o pescoço de Clary, deslizou sua mão até a mão dela, tirando o pincel de sua mão e colocando-o na borda do quadro á sua frente, em seguida tirou a aquarela, pondo na bancada ao lado esquerdo dela.Suas mãos deslizaram até os quadris dela, fazendo-a se levantar, ele tirou o banco do caminho, e ela se virou, entrelaçando os braços em seu pescoço, e o beijando, ele a puxou pela cintura, colando-a mais nele.Clary acariciava sua nuca, ele deslizou suas mãos até os seios dela, mas logo foram para os botões dourados de sua camisa, ele desabotoava um por um, enquanto andava de ré, se direcionando até o quarto.

Clary se livrou de sua camisa que Jace já tinha desabotoado, já estavam dentro do quarto, ele caiu na cama, e ela em cima dele, mas ele a derrubou de lado e ficou sobre ela, fico com os joelhos nas laterais do corpo dela, em pé, enquanto tirava sua camisa, ela desabotoava sua calça, ele se deitou em cima dela e voltou a beijá-la.Se beijavam todos os dias, mas nem sempre conseguiam terminar de fazer o que queriam, Lion nunca dormia quando eles mandavam, então receosos de que o menino acordasse e os pegasse no flagra, fazia com que nem tentassem, somente namorassem.Mas agora o filho dormia.Clary arranhava Jace nas costas fazendo-o estremecer, o beijo estava voraz, não tinham controle de nada, o desejo estava controlando tudo, cada toque, cada movimento, ação, ela sentia seus lábios incharem a medida que ele á mordia nos mesmos.Ele desceu os beijos, passando pelo pescoço, ombro, seios, e voltou a boca dela, enquanto ele abria a calça dela.Em um só movimento Jace saiu da cama, e começou a puxar a calça dela, começando a deixar a sua calcinha de renda branca a mostra.Ele terminou de tirar e jogou para trás, e se rastejou, roçando em todo o corpo de Clary,até chegar em sua boca, ela o agarrou com pernas e braços, então ele pode ficar de quatro com ela agarrada á ele, sendo assim se ajeitando na cama, ela o empurrou, fazendo-o cair para trás, e ficou sem cima dele, que pôs a mão em seu cabelo, arrebentando o elástico que o prendia, ela sorriu um tanto pervertida e levou sua boca até o pescoço dele, chupando-o, as mãos dele deslizavam por sua bunda, e ela abaixava a calça dele, até que.

- Mãe, você é uma vampira? – perguntou Lion

Clary saiu de cima de Jace num pulo e se cobriu com o lençol, seu sangue tinha congelado, soava frio, Jace estava com os olhos espantados olhando para o filho que estava na porta coçando o olho segurando a espadinha de plástico.

- Era pra você está dormindo. – falou Jace

- Também sou metade vampiro? – perguntou

- Não sou vampira – falou Clary, ela massageou as têmporas – porque está acordado?

- Tive um pesadelo, acho que tem demônios de baixo de minha cama. – falou

- Poderia tê-los matado. – falou Jace pegando sua blusa no chão e jogando-a para Clary, que a vestiu.

- Fiquei com medo, eu os escutei, diziam que me pegariam... – ele apertou a espada

Clary respirou fundo.

- Venha cá Lion. – ela o chamou.

O menino saiu correndo e subiu na cama se jogando nos braços da mãe, que o abraçou, ela acariciava seus cabelos, perto dela, todos os seus medos iam embora.

Clary se deitou, Jace a encarava, “faltava pouco” pensava, Lion se agarrou no pescoço da mãe e pareceu ter finalmente dormido, Jace não podia culpá-lo por ter medo, muito menos pôr ele para fora do quarto e não se importar como Valentim fazia.Ele se deitou e se aproximou do filho, abraçando-o e alisando o braço de Clary, até os dois dormirem.

* * * * * * * * *

- Você irá se apaixonar por ela. – falou Magnus.

Ele e Alec estavam no táxi se dirigindo ao centro de adoção, para que o namorado pudesse ver a menina a qual escolhera.Ele vestia uma caça jeans, um blazer roxo, com uma camisa branca por dentro, e um sapato social bicudo com estampa de zebra, já Alec, vestia uma calça jeans básica clara, uma blusa escura e uma jaqueta marrom de couro.Tinham que estar formais, mas Magnus como sempre estava extravagantemente elegante.

O táxi passou pela placa “Agência de adoção Spence-Chapin ,410 East 92nd Street”, Magnus bateu palmas, Alec ficou tenso.

Sabia que Magnus tinha toda boa intenção do mundo,mas será que daria certo?Cuidar de uma criança mundana, teriam que esconder suas verdadeiras vidas para ela, ensinaria á ela á não mentir, mentindo, omitindo.Como cuidariam dela, ele tendo que caçar, e Magnus tendo que fazer feitiços, seria muito tudo difícil, mas ele amava o feiticeiro, que parecia tão feliz com a ideia,então estava disposto a tentar.

Entraram no local e foram indicados á se sentarem em um conjunto de bancos perto de um bebedouro.O recinto era um antigo casarão, as paredes era de porcelana verde claro e branco, o chão, porcelana antiderrapante branco, tudo para que não houvesse sujeira nem tombos, de onde estavam, podiam ouvir risadas e gritos,Magnus pegou na mão de Alec.

- Alexander... – o chamou

- Diga.

- Não quis tocar no assunto antes, por um motivo qual não sei ainda, mas... aquilo se casar, é sério?

Alec se ajeitou na cadeira ficando quase de frente para Magnus.

- Claro que é.

- Sabe que...bom, você vai, e eu fico, sempre fico.

- Sei, - Alec pegou nas duas mãos do feiticeiro, as palmas eram maciamente enrugadas – e também sei que, mesmo eu indo, e você ficando, terá valido á pena, te dou permissão para fazer um feitiço, fazendo com que eu o veja velinho, e que sabe, fiquemos velinhos, nem que seja pela ilusão... o que os olhos não vêem, o coração não sente.

Magnus acariciou as mãos de Alec.

- Mas eu ainda o verei... - Então não quer se casar comigo? - Claro que quero Alexander, é que...

- Shiii, deixa que com o tempo resolvemos,mas o que eu quero realmente saber – Alec sorriu – é se sua resposta é sim, ou não?

* * * * * * * * *

Isabelle acordou sentindo os olhos inchados, havia chorado a noite inteira pela suposição de Simon ter voltado, havia chorado por ter lembrado da última vez que se encontraram, e de todas as vezes antes, a saudade que predominava no seu peito, estava á matando, nem o belo e Oficial Victor seria capaz de curar o buraco que se encontrava no coração dela, a única coisa que taparia, melhoraria, curaria aquele buraco, seria o seu vampiro.

Ela se arrastou da cama sem vontade e foi até o banheiro lavar o rosto tentando diminuir o inchaço.Foi até a cozinha e no balcão tinha um bilhete de Alec, “Saí com Magnus, volto só mais tarde.Obs: ele deixou frapuccinos para você na geladeira, e têm bolinhos no forno.”, amassou o bilhete e o jogou no lixo, indo em seguida até a geladeira e forno pegando seu café da manhã.

Enquanto ela comia tristemente seu bolinho de chocolate, o seu celular tocou, Victor.

- Alô. – atendeu

- Liguei somente para perguntar o que vai fazer hoje.– falou Victor.

- Vai me chamar para sair?

- Vou.

- Então hoje, irei sair com meu ficante. – falou, ela o ouviu rir no celular.

- Te encontro no shopping, estacionamento E, ás duas horas então?

- Estarei lá.

- Beijos.

- Até. – desligou

Victor estava mexendo no celular, encostado na sua caminhonete 4x4 preta, usava bermuda caqui quadriculada em azul,branco, e uma blusa branca gola “V” e um sapatenis , sem o uniforme ele aparentava ser bem mais novo.Isabelle ficou ali observando-o por um instante, distante.Ele era bonito, charmoso, tinha um carro, porém era mundano, ela não conseguia deixá-lo nervoso, ele não tinha camisetas escritas com coisas bobas,e nem falava sobre coisas que a divertiam, resumindo, ele não era Simon.A notícia de Magnus só tinha deixado-a mais aflita, ela já pensava nele todos os dias, agora, pensaria á cada segundo, precisava encontrá-lo, ver como ele está, “claro que está com a mesma cara de antes” disse a si mesma,” mas quero saber se ele ainda usa a blusa que dei á ele, o corte de cabelo, se ele continua o mesmo, preciso tocá-lo, preciso senti-lo”.Victor a viu, e sorriu, trazendo-a de volta de suas lembranças com o ex.Ela caminhou até ele.

- Por que estava parada ali? – perguntou puxando-a pela cintura, fazendo-a cair sobre ele.

- Não sei, eu acho que estava, te observando, você parece bem mais novo com roupas de verão. – falou

- Eu não entendo por que você só usa preto,- ela olhou para si mesma, vestia um vestido até um pouco acima dos joelhos, com o decote de renda, ele levantou seu rosto pelo queixo- mas não ligo – ele a selou – você fica super sexy de preto.

Ela sorriu e o beijou, entrando com seus dedos por seus cabelos raspados fazendo cócegas em baixo de suas unhas, o beijo estava intenso e lento, mas ela sentiu que alguém estava por perto, a observando, “um demônio? Não, se não meu colar teria apitado”, então se entregou de novo a Victor, mas a presença ainda estava lá, então ouviram alguma coisa cair, metal se chocando com o chão.Ela se desgarrou de Victor e olhou para trás, levando a mão até sua cintura, onde guardava sua serafim. Mas não havia ninguém, só havia uma lata de lixo derrubada no chão.

- Ei, algum problema? – perguntou Victor pegando no rosto dela e virando-a para ele.

- Não – ela falou para convencê-lo, mas não convencendo a si própria. – Não, não tem nenhum problema, ah...vamos entrar, estou afim de comer pipoca.

Ele sorriu, a selou e pegou em sua mão, levando-a para dentro, mas Isabelle ainda olhava para trás, “tem alguém aqui, eu sinto”, então ela viu um vulto passando pelo estacionamento, ela fez OH, pondo a mão na boca, “não pode ser”, então entrou no shopping com Victor, se virando para frente e se agarrando em seu braço, “não pode ser, será?Não...”.

Eles caminhavam, Victor narrava alguma coisa que acontecerá na noite em que trabalhou, mas Isabelle viajava em seus próprios pensamentos, ás vezes dava um sorriso, tipo “sim, você é o máximo”, mas não parava de pensar, no vulto.Sua barrica roncou.

- Victor...olhe. – ela apontou para a carrocinha de pipoca.

- Está com fome?

- Faminta.

Caminharam até a barraquinha vermelha com o cheiro de manteiga se exalando ao redor, Victor conversava com a simpática moça que colocava a pipoca no saquinho, que logo foi entregue a Victor, que ofereceu a Isabelle que se olhava no reflexo do vidro.

- Tome. – falou

Ela olhou para ele e pegou o saco de pipoca, pondo umas 4 na boca, mas quando se virou para olhar de novo para o próprio reflexo, deixou a pipoca no chão e ficou de boca aberta, imobilizada, “você está ficando louca” repetia a si mesma em sua mente, atrás dela no reflexo, estava ele.Ouviu vagamente Victor chamá-la, mas era como se fosse um eco muito baixo. Isabelle se virou com rapidez,mas ele não estava mais lá, ela pôs a mão na testa, que estava grudenta de suor, “louca”, repetia, “ você está ficando louca”, ela havia visto Simon no reflexo.

* * * * * * * * *

Clary estava distraída em seus próprios pensamentos, rodava nos dedos sua xícara de café, enquanto observava Lion comendo batatas fritas e tomava o milkshake, o modo como estava na mesa, as cavidades dos braços na mesa, só a cabeça dele praticamente visível,atrás dele os mesmos estofamentos surrados das poltronas do Java Jones, aquele lugar não havia mudado em nada, em certa parte Clary ficava feliz, por outro lado...Lion olhou para ela e sorriu com uma batata no canto da boca, ela sorriu, embora estivesse com uma angústia no peito, uma que até a alguns dias atrás havia sumido, mas a notícia de Magnus mexera com ela.Simon havia voltado, e não havia procurado ela, ele tinha ido embora sem se despedir, não viu o filho dela nascer, não viu ela se casar, ele era o melhor amigo dela, á quantos anos imaginava ver Simon em todas essas lembranças, mas ele não estava, tinha ido embora, sem se despedir, sem dizer para onde, do nada.Pelo anjo, e quantas vezes ela se perguntou se ele ainda estava vivo? E quantas madrugadas ela acordou atordoada com os pesadelos em relação á ele? Seus olhos começaram a arder.

- Clary? – chamou Jace puxando-a de seus pensamentos.Ele estava sentado ao lado de Lion, usava uma blusa jeans com um botão aberto, ele tocou na mão dela.

- Oi.

- Você está bem?

- Estou só...

- Simon?

- É. – ela suspirou com um ar de frustração - Não é uma boa noticia que ele tenha voltado?

- Sim,é, mas ele não me procurou. Cinco anos se passaram Jace, e ele nunca mais me procurou, se esqueceu de mim, me excluiu da vida dele como se eu não tivesse sido nada, e agora volta e nem aparece para dar um “Oi”? – ela respirou fundo – Também não quero pensar nisso, não quero ficar da forma como fiquei quando ele foi embora.

- Me lembro bem...não queria comer, chorava dia e noite, a gravidez só piorou suas emoções... – ela enviou um olhar irritado para ele que o fez se calar.

- Mãe... olhe! – chamou Lion

O menino estava com fritas enfiadas no nariz fazendo caretas, não teve como Clary e Jace não rirem.Lion os deixavam tão felizes, e ele parecia fazer as traquinagens certas nos momentos certos, a tão aflição que já tinha começado a dominar o coração de Clary, se evaporou, ficando em seu lugar o contentamento da existência do filho a qual ela amava tanto.

Jace olhou para ela, o sorriso dela, o modo como os olhos dela ficavam verdes quando se enchiam d’água, embora agora tivessem sublimado, as cores que pintavam sua íris ainda estavam vibrantes, os cabelos ruivos, presos em uma trança, que estavam deitadas sobre um cardigã azul que ela usava, e arregaçava a manga até os pulsos quando estava nervosa, ela era linda,e tinha te dado um filho lindo, que ás vezes o fazia lembrar de si mesmo, talvez se não fosse por um olho verde a qual Lion tinha, podia-se dizer que á sua frente estava um mini Jace...Ele já tinha pensado em várias vezes ter uma mini Clary, mas como ela nunca tinha comentado sobre ter outro filho, ele também não falou nada.Já se sentia muito feliz, por está casado com a garota que ama, e te um filho saudável, uma família.

Os sinos sobre a porta de entrada, tocaram quando a mesma foi aberta.Lion arregalou os olhos e tirou a boca do canudo a qual sugava o resto do milkshake, ao ver os seus avós, Jocelyn e Luke.Ele acenou para que os dois o vissem, e quando o viram , sorriram indo em direção á eles.

- Vovô, vovó. – o menino pulava no banco, ou pelo menos queria.

- Eai rapazinho, como você está? – perguntou Luke

Jocely pos a mão no ombro de Clary, e a filha se levantou para cumprimentá-la, Jace fez o mesmo com Luke, e depois eles trocaram de par.Jace foi se sentar ao lado de Clary, passando o braço por trás de suas costas deixando sua mão cair no ombro dela, que entrelaçou seus dedos nos dele e deitou a cabeça em seu ombro. Luke e Jocelyn se sentaram á sua frente, com Lion no meio dos dois.

- E vocês dois, como estão? – perguntou Jocelyn

- Ótimos. – Jace puxou Clary para mais perto e beijou sua cabeça.

- Que bom, e estão esperando o quê para terem o dia de folga de vocês?

- Ahn, nada. – falou Clary se levantando – Vamos Jace. Ele se levantou e ela fez o mesmo, se despediram do filho e foram embora.

Ao saírem do local, Clary abraçou Jace pela cintura, ele pegou em seu rosto e ficou observando-a enquanto acariciava o rosto dela.

- E então, o que vamos fazer no nosso dia de folga? – falou Clary sorrindo.

Jace sorriu e passou o polegar pelos lábios de Clary, contornando-os e sentindo a delicadeza dos mesmos.

- Tenho uma surpresa. – falou Jace.

- Hm...que tipo de surpresa? - Do tipo surpresa, espere e verá afoita. – ele a soltou e foi até a borda da calçada sinalizando para um táxi, que parou em sua frente, ele abriu a porta e esticou o braço para Clary – Madame?

Ela riu e foi até ele, pegando em sua mão, e entrando no táxi logo atrás.

- 240 Hawthorne Street,por favor. – falou Jace

Clary o olhou e ele sorriu, em seguida a beijou.

* * * * * * * * *

- Então vocês desejam adotar uma criança?– perguntou a senha negra, com os cabelos presos em um formal coque, Magnus caçava algum frizz, mas não tinha.Ela usava um terninho na cor grafite, e tinha um óculos pendurado na ponta do nariz, enquanto olhava os papéis a sua frente, aparentava ter uns 45 anos.

- Não, viemos aqui pois não tínhamos nada o que fazer em casa, ai pensamos, vamos dar uma voltinha pelo o centro de adoções pois... – dizia Alec, irritado, nervoso, tenso.

- Alexander, cale-se.- falou Magnus – Desculpe senhora,é que meu marido está pouco nervoso, pois ficamos muito tempo ali fora esperando, e a ansiedade também não colabora.Pois bem, sim queremos adotar uma criança, eu já vim aqui umas 2, 3 vezes, em visita á Rebecca Fitz.

- Ah sim, Sr. ... – a mulher se inclinou para frente para ler o papel . – Magnólio?

- Magnus por favor.

- Ok, sim.O senhor veio aqui, fazendo visitas, hmm, fizemos algumas pesquisas sobre sua vida, você nos disse o porquê pretende adotar uma criança...também pesquisamos sobre o seu parceiro, Alexander Lightwood, está tudo certo, mas ei a pergunta para o senhor Alexander... – Alec levantou os olhos, que estavam fixos as mãos calejadas, até a senhora a sua frente. – Por quê pretende adotar uma criança?

Alec se ajeitou na cadeira e olhou fixamente para a mulher, não tinha nada ensaiado, e talvez não precisasse.

- Por quê? Bom, porque eu e Magnus estamos anos juntos, e nos amamos, vamos nos casar,o único problema que nos impede de sermos totalmente felizes é o fato de não podermos ter um filho, não nos procriarmos.Podíamos ter alugado uma mãe de aluguel, mas há tantas crianças precisando de pais, mães, então achamos melhor adotar.Ainda não tive o prazer de conhecer Rebecca, mas deve ser um doce de criança, pois Magnus não para de falar nela.Resumindo, como todo mundo, queremos nossa família, e está faltando um futuro na nossa.

A mulher sorriu gentilmente e se levantou.

- Venham comigo. – ela falou e abriu a porta.

Eles seguiram a mulher até um quarto, crianças espiavam por suas portas, de todas as idades, tamanhos, biótipos, raças, “raças” repetiu Alec, no mundo dos mundanos, isso significava cor da pele o modo como os olhos são puxados, o nariz, já no dele, significa que você é um neplhim, uma criança noturna, uma criança da lua, uma fada, um filho de lilith, um zumbi...

A mulher abriu a porta, dando vista aos dois de um quarto cheio de beliches, com 3 escrivaninhas perto da janela grande com tela, os lençóis eram iguais, todos cor de rosa, intercalados com lilás, o que mudava em cada cama era um detalhe, um ursinho, ou um brinquedo, um caderno...

- Entrem, ela está lá no canto.

Alec e Magnus entraram, Alec estava tenso, Magnus com uma postura de dar inveja e talvez até agonia.Ele andaram pelo extenso quarto, até ver de longe uma menina de costas, os cabelos de cachos fechados na cor preto azulado, cobriam suas costas, deixando aparecerem somente alguns pontos amarelos de sua camisa.Agora já estavam perto o suficiente da cama que ela estava sentada, ela mexia as mãos em movimento afunda, vai e vem, Alec pode perceber que ela costurava, costurava roupas de boneca.O rosto ainda estava coberto pelo cabelo que caia na lateral.Magnus parou uns 30 cm longe dela, e Alec ao seu lado.

- Rebecca? – chamou Magnus.

A menina parou de costurar, e levantou os olhos, Alec ficou encantado.Os olhos da menina eram grandes, sua íris tinham cor de esmeralda, os cílios pareciam de boneca, o rosto dela parecia de boneca, a boca em formato de um coração, que agora havia um sorrio, as bochechas rosadas, ela tinha uma pintinha um pouco cima dos lábios, o nariz era fininho.Ela deixou a roupa de lado.

- Tio Magnus! – falou, e foi até ele abraçando-o pelas pernas. Magnus se abaixou e a abraçou.

- Rebecca quero que conheça, bom...meu namorado. – ele apontou para Alec. – esse é Alexander, mas pode chamá-lo de Alec.

Ela foi até ele, mas não o abraçou, ficou o encarando de baixo com as mãos entrelaçadas para trás, se balançava de um lado para o outro encarando-o, e ele fazia o mesmo, não modo de se movimentar, mas a encarava.

- Oi? – perguntou Alec.

- Vocês são namorados? – perguntou

- Sim...

- Mas você não é menina...

- É, mas não é preciso ser menina para namorar tio Magnus, na verdade só é preciso ser “gente” – ele gesticulou com as mãos.

- Interessante. – ela falou e puxou a blusa de Alec .- Abaixe-se.

Ele olhou para Magnus que deu de ombros, então se abaixou.A doce menina colocou a mão no rosto de Alec e o acariciou.

- Seus olhos são lindos, são como os da Barbie que tio Magnus me deu, só que, bem mais bonitos.

Alec sorriu.

- Seus olhos também são lindos, parecem esmeraldas.

- Esmeraldas?

- São pedras, muito preciosas, da cor do seu olho, que pensando bem, é muito mais bonito.Não acha Mangnus?

- Acho que ela é preciosa.Nossa preciosa.

Alec olhou para a menina que sorria com os olhos verdes brilhantes, e os cílios volumosos batendo quase em sua sobrancelha.

- Sim.Nossa preciosa.

* * * * * * * * *

- Tem certeza de que não quer ir pra casa? – perguntou Victor a Isabelle.

- Tenho, vamos, vamos ver um filme, preciso me distrair.

- Você está pálida Lightwood.

- Não me chame assim, me chame de Izzy, por favor.

- Ok, Izzy.

Agora sim, ela se sentia um pouco melhor.Passou por um espelho que fica colado nas colunas do shopping e viu que realmente estava pálida, não tinha como estar.Um braço de Victor estava pendurado em seu pescoço enquanto caminhavam em direção á bilheteria do cinema.Só conseguia pensar no Simon.

* * * * * * * * *

- Por quê está pondo essa venda em mim? – perguntou Clary enquanto Jace colocava um pano preto sob seus olhos e amarrando atrás de sua cabeça.

- É uma surpresa, não quero que olhe,não agora.

- Ok.

- É nessa aqui da frente senhor? – perguntou o taxista.

- Essa mesma. O taxi parou em frente á uma casa.

Jace saiu por um lado e abriu a porta para Clary no outro, puxando-a.Tirou um dinheiro do bolso e pagou ao motorista que logo partiu.

- Não vale espiar. – falou Jace.

- Não estou.

Ele abriu o pequeno portãozinho branco que se encontrava no canto da pequena cerca, ela ouviu o mesmo ranger, Jace á guiava, e fechou a portãozinho.

Foi até a frente de Clary e a beijou, levou suas mãos até o laço da venda, tirando-a e jogando-a de lado.Continuou beijando-a por alguns minutos, mas então parou, se distanciando e vendo ela abrir as pálpebras devagar, exibindo seus olhos, que ao olharem para além dele, estavam surpresos.

Clary tinha se deparado com uma casa branca de madeira, com linhas finas verdes dando um detalhe á casa de dois andares, com duas janelas, uma porta, uma varanda, um quintal verde e cheios de flores lindas, havia uma que ela reconhecia bem, estava fechada, só se abria á meia noite.Na varanda havia um banquinho branco descascado com almofadas bordadas com aspectos da Índia.A casa não estava vazia, nas janelas haviam cortinas.Ela se virou para Jace.

- De quem é essa casa? – perguntou

Ele sorriu.

- Esse tempo todo, que tentei ser um mundano, tirei um proveito, juntei um dinheiro, e bom, ai está, nossa nova casa.

Ela correu até ele que estava alguns centímetros longe, e pulou em cima dele, que a agarrou, Clary cruzou suas pernas na cintura dele e abraçou o pescoço dele, dando-lhe um beijo.

- Te amo. – ele sussurrou.

- Te amo mais, muito mais. – ela sussurrou de volta, e sentiu o sorriso dele na boca dela. Clary voltou ao chão e parou de beijar Jace se virando para a casa.

- É linda Jace, perfeita...quero ver lá dentro.

- Já imaginava.

Ele pegou na mão dela puxando-a consigo.Eles subiram as escadinhas da varanda e se dirigiram até a porta que ficava na lateral da casa.Jace sacou de seu bolso uma chave, que em seguida colocou na fechadura de cor metal velho. A casa estava quase vazia, as paredes estavam pintadas, alguns moveis estavam cobertos por panos.Uma parede com uma abertura em forma de um arco separava e entrada da sala, e na sala havia outra maior, que separava a sala de jantar, tudo nos tons amarelos, na sala havia uma lareira, ela pode ver de longe.A sua direita tinha uma escada que subia, e bem colada á ela tinha um corredor que devia levar á cozinha.

Ela decidiu subir, queria saber o tamanho dos quartos, esperava que não fosse um ovo igual aos do tamanho do seu apartamento.Jace subiu junto com ela, tomando a frente e pegando na mão dela.

Na primeira porta do corredor, estava uma biblioteca,ainda vazia, mas todas as paredes do minúsculo recinto eram cheias de prateleiras, Jace fechou a porta e á levou para o outro lado, onde estava o banheiro, era grande, era banheira e chuveiro Box, tudo era antigo, até mesmo o chuveiro, a forma do porcelanato da pia e vaso diziam que aquela casa era realmente antiga.Ela saiu e fechou a porta.Na porta ao lado, era o quarto de Lion, os mesmos tons da parede do antigo quarto, só que agora era metade pra cima marfim, metade pra baixo azulo stylo, mas não havia nenhum móvel.

Do outro lado do corredor, ela esperava que fosse o seu quarto com o de Jace, mas não, era um atelier, só dela, um espaço totalmente dedicando para as pinturas dela, tinham telas novas, tintas novas em prateleiras, tudo novo.Ela olhou para Jace e foi beijá-lo, mas ele recuou, e a puxou para o quarto ao lado. Aquele era o quarto deles, primeiro porque havia uma cama de casal, era o maior, havia um banheiro, e algumas velas no chão e pétalas de rosa, a cama estava forrada, lençóis novos, o quarto cheirava á insenço.Jace entrou e foi até a porta que dava na varanda, e fechou a claridade com o blecaute, deixando o quarto escuro, sendo iluminado pelas velas espalhadas. Ele já havia tirado a camisa e os sapatos, e vinha na direção dela abrindo as calças.Jace á agarrou pela cintura colando-a nele, ela mesma tirou seu cardigã, enquanto ele subia sua blusa muito rapidamente, e quando a tirou, ele a ergueu, fazendo-a automaticamente cruzar suas pernas em sua cintura.Ele andou carregando-a até a cama, onde a jogou.Em sua boca estava um sorriso malicioso, Clary abriu a própria calça e a desceu, Jace terminou de tirá-las puxando as bainhas, ela estava de lingerie preta, os olhos dele foram engolidos pelo preto,então ele se arrastou até ela e começou a beijá-la vorazmente.

Os toques de Jace faziam Clary estremecer, ela o empurrou de lado com brutalidade,ele deu um sorriso depravado, ela foi para cima dele, descendo sua calça e cuecas junto, ele deslizou as mãos até as costas dela, abrindo seu sutiã e a empurrando para trás, agora ele estava em cima dela, ops, agora dentro dela(rsrs).

Ela beijou Jace com tanta vontade e prazer misturados, que acabou machucando a boca dele, ele gemeu, e um gosto de sangue tomou a boca dos dois, ela pediu desculpas, mas ele se vingou, metendo com tudo fazendo-a gemer loucamente.Estavam sozinhos, em sua própria casa, dana-se os novos vizinhos.

Ele terminou de tirar as calças se os cobriu com o lençol, eles queimavam mais do que as próprias velas.


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Notas finais do capítulo

KKK EVITEI O DENIS



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