Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas, disse que ia postar ontem, mas aconteceram alguns imprevistos e só pude postar hoje.
Espero que gostem. E para aquelas que estavam ansiosas esperando por uma conversa descente, bom... Aí está!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297328/chapter/9

CAPÍTULO 8

Estava sentada no chão dentro do closet. Por quê? Simplesmente eu não conseguia encontrar um vestido para a festa, que seria em poucas horas. Eu ainda não entendia o péssimo hábito que eu sempre tive de deixar as coisas pra última hora. Isso sempre me atrapalhou.

Levantei-me e recomecei a procura por algo decente pra vestir. Parei assim que vi uma capa própria para vestidos. Não havia percebido que ela estava ali na primeira vez que olhei. Peguei e a levantei revelando um vestido rosa e muito delicado. Não me lembrava de tê-lo usado alguma vez. Ele seria perfeito! Meigo demais, mas combinava com o meu humor, eu estava meio romântica.

Fiz uma maquiagem bem leve, peguei a bolsa e as chaves do carro e fui em direção à Port Angeles. Havíamos alugado um salão de festas lá. Estava tudo impecável. A decoração, com uns tons de azul, a música agitada e eu já podia ver várias pessoas na pista.

A maioria dos convidados eram vampiros, mas ainda havia o pessoal de La Push, que com o passar dos anos se tornou muito amigo dos Cullens. Dei uma checada no Buffet, afinal poucas pessoas comiam ali.

-- Cunhadinha... – alguém me chamou.

-- Seth?! Ouvi falar muito de você.

-- Eu também. Só que eu não sabia que você era uma transfiguradora.

-- Pois é. Eu e uma amiga minha, a Lucy, somos. Hum... – disse avistando a minha mãe. – Seth eu vou ali conversar com a dona Susan. Depois nos vemos, okay?! Foi um prazer conhecê-lo.

-- Digo o mesmo. Foi um prazer conhecer a garota que consegue tirar o Jake do sério. – falou e saiu rindo.

Balancei a cabeça e ri, indo em direção à mesa em que minha mãe estava sentada.

-- Então gente... Namorados se beijam, andam de mãos dadas... E vocês não estão fazendo nada disso.

-- E você sabe muito de namoro não é Duda! – falou Tio Billy com um tom de ciúmes.

-- Não precisa ficar com ciúmes Tio. Você sabe que eu sempre fui uma moça muito responsável e eu não tenho namorado.

-- Em você eu acredito. Neles... – falou apontando para vários homens que me olhavam – Que eu não confio.

-- Eu nunca tive um namoro sério. Tenho quase trinta anos e nunca namorei! É certeza que vou ficar pra titia.

-- Claro que não filha. Você é linda, vai arrumar alguém que goste de você.

-- Se você acha isso mamãe, quem sou eu pra discordar. Mas vamos parar de falar da minha vida pessoal?!

-- Certo. – ela deu uma olhada pelo local e começou outro assunto. – Você encontrou com o Jacob depois da discussão que tiveram?

-- Discussão? Aquilo lá foi briga, e das feias. Por pouco eu não dou uns socos na cara daquele infeliz. Onde já se viu, me chamar de covarde?!

-- Nós explicamos tudo pra ele, filha.

-- Contaram e ele não conseguiu nem pedir desculpas.

-- Vai tentar conversar com ele de novo?!

-- Claro que não!

-- Então se prepara, porque querendo ou não, ele está vindo ai. – Tio Billy disse.

Quando me virei para trás dei de cara com Jacob, que modéstia à parte, estava lindo com aquela jaqueta de couro e a calça jeans mais apertada, demarcando as coxas bem torneadas e aquele...

-- Falando de mim? – ele perguntou assim que chegou perto o suficiente para fazê-lo.

-- Na verdade, não. Eu já estava de saída se quer saber.

-- Filho, eu estava comentando com a Susan, que você deveria chamar a Duda para dançar. – falou Tio Billy olhando sugestivamente para ele.

(Buckcherry – Sorry - http://www.youtube.com/watch?v=aEIhtvdU6b0 )

Ele virou-se para mim e perguntou:

-- Quer dançar?

Eu realmente não sei o que me deu porque quando ele fez essa simples pergunta toda a raiva que eu estava sentindo esvaiu-se, e eu não consegui nem ao menos o responder. Tudo que fiz foi colocar minha mão sobre a sua, que estava estendida, e segui-lo até a pista de dança lotada de “casais apaixonados”.

Fomos guiados pela música. Ali, naquele lugar, eu me sentia realmente em casa. Havia sentido tanta falta daqueles braços. Levantei o rosto e no momento em que nossos olhos se encontraram eu vi nos seus, um brilho intenso, e se eu não soubesse que existia uma namorada e um imprinting na parada, juraria que tinha admiração e paixão, naquele olhar.

O refrão tocou e eu escutei uma palavrinha nele que no fundo eu sabia que deveria tê-la dito há muito tempo.

-- Desculpa. – dissemos ao mesmo tempo e depois sorrimos.

-- Eu não deveria ter te recebido com “sete pedras nas mãos”. Poderia muito bem ter deixado você explicar tudo. Então... Desculpa de novo.

-- Você não teve culpa. Eu deveria ter explicado tudo antes de ir embora, mas eu não tive coragem. Você era meu melhor amigo, sempre esteve ao meu lado. Então por que eu não contei?

-- Medo. Você mesma disse que estava com medo, embora eu não entenda o porquê, já que eu nunca iria duvidar de você.

-- Eu estava com medo de fazer algo com você. Eu quase machuquei a minha mãe!

-- Mas se controlou. Você foi muito bem pra uma novata. O Sam não teve essa sorte.

-- Outra coisa. Se eu tivesse ficado não teria acontecido o acidente com a Emily.

-- Talvez sim, talvez não. Você não pode decidir o destino de todo o mundo Duda.

-- Eu sei. Por que não leu a carta? – perguntei direto.

-- Eu estava com raiva e muito ressentido. Você havia ido embora sem se despedir de mim. Eu simplesmente não consegui aceitar.

-- Deveria ter lido...

-- Eu sei. E me desculpe por isso também. Acho que nós somos dois orgulhosos. – falou dando uma risadinha no final.

-- E onde a colocou?

-- Não faço a menor ideia. Faz alguns anos que não arrumo o meu quarto direito.

-- Jacob!

-- Me chama de Jake... – falou no meu ouvido, me deixando arrepiada. Isso era maldade.

-- Ok, Jake.

Olhei para o lado e encontrei Renesmee olhando pra mim com uma cara nada carinhosa. O que eu podia fazer? Nada! Cara feia pra mim sempre foi fome.

-- Hum... Acho que a sua namorada não está gostando de nos ver juntos.

-- Vou falar com ela. E você, não saia daqui.

-- Sim senhor. – falei sorrindo e ganhando um beijo estalado na bochecha.

O observei indo ao encontro da “Monstro do Lago Nessie”. Ao invés de ficar dando apelidinhos carinhosos pra ela, fui procurar o Chris. Tinha que colocar meu plano em ação. O avistei conversando com Tanya Denali. Aquela ali não conseguiu ficar com o Edward e está arrastando uma asa para o primo dele.

-- Chris! – chamei atrapalhando o xaveco da vampira. – Preciso conversar com você.

-- Mas ele está conversando comigo. – reclamou Tanya.

-- Depois eu volto ok?! – ele falou tentando acalmá-la.

“-- Volta nada. Depois do que eu falar, você vai até esquecer essa daí...

-- Você podia me avisar quando for entrar na minha cabeça, isso me assusta...

-- Sem drama Chris... Vamos logo.”

-- Tchauzinho Tanya... – falei fazendo um aceno com a mão.

-- Ela vai te matar. – Christopher disse rindo.

-- Antes de conseguir pensar nisso eu já coloquei fogo nela.

-- Você é má!

-- Não sou má, sou realista. Agora vamos ao que interessa... Eu sei que você está a fim da Lucy.

-- O quê?! – falou engasgando. – Quem disse isso?

-- Não é preciso ser um leitor de mentes pra perceber. Eu só quero saber suas intenções com ela. A Lucy é muito sensível, então qualquer coisa que acontece ela vive isso intensamente. Você está realmente apaixonado por ela?

-- Embora eu a conheça há pouco tempo, eu acho que a amo. Mas ela nunca teve um imprinting, e...

-- Relaxa Chris. O imprinting é o de menos. A única coisa que ele faz é encontrar o parceiro perfeito para gerar descendentes fortes. Você só vai amá-lo se escolher isso.

-- Então...

-- Então eu acho que você deve convidá-la pra dançar. Ela está perto da mesa de doces, é viciada neles.

-- Certo. Eu vou, mas... Eu te vi dançando com o namorado da Nessie. Vocês se acertaram?

-- Acho que sim. – falei olhando na direção deles e os encontrando aos beijos.

-- O que você sente realmente em relação a ele?

-- Amizade! – ele me olhou desconfiado. – Depois conversamos sobre isso, aqui não é a hora e nem o lugar certo.

-- Vou cobrar essa conversa.

-- Tá, tá. Agora vá ficar com a Lucy. – ele já estava se virando quando eu o chamei de novo. – Se você a magoar eu te mato compreendeu?

-- Você parece mais o pai do que amiga dela.

-- Ela é como uma irmã pra mim. Respeito com ela ok?!

-- Certo. – me deu um beijo na testa e saiu.

Alice chegou toda serelepe querendo me apresentar aos “irmãos”. Rosalie no começo ficou meio desconfiada, mas depois se mostrou uma ótima pessoa, juntamente com Emmett que foi um amor e conseguiu fazer piada de tudo que eu dizia.

Feita as devidas apresentações, eu consegui dar uma escapada e pegar uma taça de champanhe com o primeiro garçom que passou, depois fiquei andando. A festa que eu tinha em mente não era nem um pouco parecida com isso. Pra mim ia ter algum homem interessante, eu iria dar uns beijos, mas não iria passar disso, e depois eu iria embora.

Como não tinha muita graça ficar dentro do salão resolvi ir para o jardim. Qual foi a minha surpresa ao encontrar a Renesmee e o Jacob aos berros lá?! O pior não foi isso. Saber que a causa da discussão era a minha pessoa foi ao mesmo tempo ótimo e entristecedor.

-- Jacob Black eu não quero mais te ver perto daquelazinha.

-- Olha como você fala da Duda, Renesmee.

-- Você já está até defendendo ela!

-- Acontece que “ela” é minha amiga.

-- Mas você não precisa ficar cheio de chamego pra cima da “Eduarda”. – disse destacando o “E”.

-- Nessie isso não tem cabimento, meu amor.  – falou acariciando o rosto da “dita cuja”.

-- Desculpa Jake. – disse ela manhosa. – É que eu amo tanto você que não suportaria te perder.

O que veio a seguir, já era esperado. Ele a beijou. E não era um beijo-beijinho. Era um beijo apaixonado. Que me fez ficar com inveja dela. Queria estar ali, sentindo os lábios dele sobre os meus.

Mas ao contrário de uma pessoa normal que tem amor a vida e não gosta de sofrer, fiquei olhando, meu ódio pela namoradinha foi crescendo e eu quebrei a taça de cristal com as mãos. Resultado? Um corte profundo na palma da mão. Olhei pra frente e lá estava o Jake, olhando pra mim com uma expressão que começava por confusa, passava por amor e chegava a arrependimento. Não entendi nada.

Ele veio correndo em minha direção desesperado e parou a minha frente.

-- Você está bem?

-- Claro! Porq... – senti uma forte dor na mão cortada

-- Não está não. Sua mão está jorrando sangue!

-- Deixe de ser exagerado. Nem está saindo tanto sangue as... AI.

-- Vem. Vou te levar até o Carlisle.

-- Não vai não.

-- Vou sim.

-- Não vai não. Para de tentar se preocupar comigo e volta pra sua namoradinha! – “Ops! Acho que falei demais.”, pensei receosa.

-- Como?

-- Você ouviu muito bem. Volta pra sua “NAMORADINHA”. Eu sei me cuidar.

Saí andando nervosa. “Ele estava se esfregando naquela... Naquela coisa! E depois vem querer me ajudar?” Eu não estava com ciúmes. Já estava até superando essa paixão por ele.

Estava em mais um de meus devaneios quando senti alguém me levantando e me acomodando em seu colo enquanto saíamos do local.

-- Jake me põe no chão.

-- Não coloco. Se você não quer ir até o Carlisle, eu te levo pra minha casa e cuido de você lá, já que parece que esse corte não vai se curar tão cedo. Onde estão as chaves do seu carro?

-- Na bolsa. Mas pra que...

-- Eu vou te levar no seu carro, vim de carona.

Depois dessa resposta o que eu fiz? Fiquei caladinha aproveitando o calor do seu corpo. Não era boba! Tinha mais é que aproveitar. Vai que eu não conseguiria ficar assim com ele nunca mais?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Prometo que tem mais Jake e Duda no Capítulo 9.
Por acaso tem alguém curiosa sobre o futuro da Lucy e do Christopher?
Se tiver tem surpresa na próxima atualização.
Quatro reviews e um capítulo.
Bjos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Obstáculos De Um Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.