Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo atraso, é final de período e como todos sabem, época de implorar por pontos e por abono de faltas kkkk
No último capítulo mal tivemos comentários, não vou implorar, mas vou deixar bem claro que o Papai Noel só vai aparecer para vocês se forem bonzinhos e comentarem em ODUA. rsrsrs



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CAPÍTULO 3

(Decode – Paramore - http://www.youtube.com/watch?v=RvnkAtWcKYg)

“Eu estava em Forks...
Correndo pela floresta. Era livre, sem culpa...
Pode-se dizer, feliz.
Mas de repente escuto um uivo e passos vindo em minha direção.
Corro mais rápido e chego a um precipício.
Olho para a mata e vejo um lobo marrom avermelhado enorme, e seus olhos...
Eles transbordavam de ódio e raiva.
Deu um passo para frente, e eu, um para trás.
Quanto mais ele se aproximava, mais eu estava perto de cair.
Ele se prepara para atacar e eu percebo que o chão acaba ali...
Então eu caio... Caio... Caio... E antes de chegar ao fim, escuto a voz que eu tanto amo dizendo:
–-Eu te odeio!”

“How did we get here?
Well I used to know you so well
How did we get here?
Well, I think I know wow wooow”


      Acordei assustada e chorando. Não conseguia entender o sentido desse sonho, ou melhor, pesadelo. Levantei da cama meio abalada ainda com o pesadelo e fui tomar um banho pra relaxar. Não havia necessidade de ficar preocupada. Foi só um sonho não é?! Um sonho ruim...

[Três Semanas depois]

     -- Lucy! Eu não vou ir à boate nenhuma! Já disse.
     -- Mas Duda...
     -- Nem mas, nem meio mas. Eu já disse que não vou e pronto! Não estou com cabeça pra nada.
     -- Não está com cabeça pra nada? – Lucy fala nervosa. – Você está assim há três semanas, desde que teve aquele sonho esquisito. Precisa sair, se distrair... Amanhã nós vamos viajar e você vai estar assim? Com essa cara de enterro?
     -- Tá Lucy! Mas eu vou demorar chegar lá. Eu ainda tenho que terminar de arrumar minhas malas.
     -- Até agora?
     -- É, até agora! Eu já comprei os móveis e já mandei pra casa, mas ainda estão faltando algumas coisas inclusive minhas roupas.
     -- Tá bom Duda. Mas você vai pra boate. Eu quero você lá às dez e meia. Agora vai embora logo, porque você tem que ficar gatinha.
     -- Ficar?! Isso significa que eu sou feia?
     -- Nem vem. Você sabe o que eu quis dizer.
     -- Sei sim. Só queria te irritar. Tchau Lucy.
     -- Tchau! Juízo.
     -- Eu tenho, só não sei onde guardei. – falei e saí rindo. Cheguei ao estacionamento e entrei dentro do meu carro, um Lotus Evora Side Angle¹.
Procurei dentro do porta-luvas o pen drive com músicas, mas ao invés dele, encontrei uma foto. Minha da minha e da minha mãe.
     Mandei fazer essa foto no meu aniversário de treze anos. Peguei uma foto minha e outra da minha mãe, então juntei as duas em uma imagem só, na época quando eu tirava alguma foto era um milagre, já que as câmeras eram bem caras. A saudade veio mais forte do que antes e me peguei chorando. Há quanto tempo eu não a via?!
     Dona Susan poderia ser considerada a melhor mãe do mundo. Ela e minha secretária compartilhavam o nome, acho que eu só a contratei por causa disso. Minha descendência irlandesa era por parte dela, e nativa americana por parte de pai.
     Ele morreu pouco tempo depois da minha irmã nascer, mamãe falava que ele era um herói, agora eu entendo o que ela queria dizer com isso. Meu pai também era um lobo, era o braço direito do alpha. Morreu numa batalha com um frio.
     Cecília era minha irmã mais nova, e única irmã também. Mais jovem que eu três anos. Costumava chamá-la de anjinha, porque quando nós éramos pequenas ela viu um passarinho caído no chão machucado, então o levou pra casa, e cuidou dele até que ficasse bem, era assim com todos, ela ajudava todo mundo, então sempre achei que ela fosse um anjo, daí o “anjinha”.
     Parei de pensar no passado ao chegar em casa. A primeira coisa que eu fiz foi terminar de arrumar as malas, com certeza eu pagaria uma taxa pelo excesso de bagagem. Enquanto estava indo para a cozinha, fazer um sanduíche, passei pela porta da sala de música e vi o piano, há muito tempo largado ali. Fiquei tentada a tocar.
     Entrei e admirei-o. O vendedor não queria, de jeito nenhum, me vendê-lo. Ele jurava que eu não tinha dinheiro e disse que alguém já havia o reservado. Eu fiquei tão nervosa que abri a bolsa, tirei o talão e assinei um cheque com o dobro do valor. O homem ficou tão espantado que eu apostava que seus olhos iriam saltar a qualquer momento, a Lucy, que estava comigo não se aguentava de tanto rir, depois que saímos da loja.
Sentei no banquinho e comecei a dedilhar as teclas, de repente as notas se transformaram em uma melodia e eu me peguei cantando.

(Apologize – Versão Piano http://www.youtube.com/watch?v=0cxTStjwH_Y&feature=related

Apologize - Tamar Kaprelian Cover - http://www.youtube.com/watch?v=1qhgAHnXSxo) >> Recomendo o último vídeo.

“I'm holding on your rope,
Got me ten feet off the ground
And I'm hearing what you say, but I just can't make a
sound
You tell me that you need me
Then you go and cut me down, but wait
You tell me that you're sorry
Didn't think I'd turn around, and say...

That it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late

I'd take another chance, take a fall
Take a shot for you
And I need you like a heart needs a beat
But it's nothing new - yeah
I loved you with a fire red
Now it's turning blue, and you say...
I'm sorry like an angel
Heaven let me think was you
But I'm afraid...

It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late

It's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, it's too late
I said it's too late to apologize, yeah
I said it's too late to apologize, yeah
I'm holding on your rope, got me ten feet off...
the ground”

     Ao tocar a última nota, eu me sentia extasiada. O piano era o meu instrumento favorito, quando eu o tocava tinha a sensação de estar nas nuvens e ser agraciada com o canto dos anjos. Ele simplesmente elevava a minha alma. Tocando eu mostrava meus sentimentos, minhas tristezas, minhas alegrias, meus medos e minhas conquistas.
     Quando percebi estava tarde e eu ainda nem havia escolhido a roupa para eu ir à boate. Subi as escadas correndo, cheguei ao quarto e entrei no closet. Peguei uma calça jeans skinny, uma blusa preta com um decote nas costas, calcei um scarpin com detalhes em preto e branco e pra finalizar uma pulseira de ouro. No cabelo fiz um coque meio frouxo. Estava simples, mas bonita. Lucy não podia reclamar.
     Cheguei à Cielo¹ com cinco minutos de atraso. Passei na frente de várias pessoas, com elas reclamando algo sobre eu estar furando fila, disse meu nome para o segurança que estava na porta e entrei. O som estava alto, tocando Break Your Heart do Taio Cruz, a decoração e arquitetura da boate eram impecáveis. Essa definitivamente era a casa noturna mais bonita de Nova York, costumava compará-la à do filme Tron – O Legado, com várias luzes de várias cores e o visual despojado.
     Comecei a procurar a Lucy e mais um pessoal lá da empresa, os avistei perto do bar, e fui encontrá-los. De repente a música parou e várias pessoas reclamaram, então apareceu uma imagem no telão, ela estava meio embaçada, mas foi ficando nítida, assim como o som.
(http://www.youtube.com/watch?v=XTsxF47wx5M – 0:34 segundos)

     Um homem cantando... Cantando não! Dublando Eyes Of The Tiger. E não era qualquer um, era o Dean, daquele dia em que eu estava pelada. O vídeo acabou as luzes foram acesas novamente e um rapaz pegou o microfone.

     -- Essa foi uma homenagem ao meu irmão Dean, que vai viajar amanhã pra Londres. Dean só quero lhe dizer que a gente vai sentir muito a sua falta, e, cara isso vai ser gay, mas, eu te amo e desejo tudo de bom pra você.

     Logo após o irmão “desconhecido” ser vaiado e Dean aplaudido a boate voltou ao ritmo normal.

(Takin’ Back My Love – Enrique Iglesias e Ciara - http://www.youtube.com/watch?v=hGSnn53OVQk&feature=related)

     Estava conversando amenidades com Lucy e bebericando uma bebida que não faço a mínima ideia do que era, quando senti alguém me abraçando.

     -- Não sabia que você tinha vindo se despedir de mim... – Dean falou no meu ouvido.
     -- Na verdade, eu não sabia que você estava indo embora, já que no nosso último encontro, eu estava em uma situação, digamos, um tanto quanto vergonhosa, e não deu pra pegar seu telefone.
     -- Eu adorei a situação.
     -- Faço ideia.
     -- Foi realmente uma pena você ter ido embora, queria ter aproveitado mais.
     -- Eu também.
     -- Sério?
     -- Sério. E já que você irá viajar amanhã que tal se despedir em grande estilo e em ótima companhia?
     -- Adoraria! - ele disse se aproximando.

     A boca dele tomou a minha com voracidade, o beijo continha desejo e paixão, mas faltava algo mais. O que eu estava querendo? Que um estranho sentisse “algo a mais” por mim? Eu já beirava à insanidade. Mas quem ligava?! Era melhor eu aproveitar a noite e a companhia, porque ele tinha um pegada...







Cielo¹ - Uma das melhores e mais famosas boates de Nova York. http://www.cieloclub.com/





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Notas finais do capítulo

Não briguem com a Duda, afinal ela passou quinze anos longe de casa e minha personagem não é santa. kkk



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