Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo gente. E como falei pra Scarllet Mason, eu vou postar os capítulos todos os dias, até o Jacob aparecer, após esse capítulo eu vou postar uma vez por semana.
Enfim, aproveitem!



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CAPÍTULO 2


Eu tive a opção de desistir de tudo quando saí de Forks, mas não. Eu tinha que ter a ideia fixa de que queria ajudar as pessoas. Agora eu estava na porta do Juliet Supperclub¹, com a Lucy ao meu lado, tentando criar coragem e me concentrar pra poder flertar com uns idiotas.


-- Duda! Vamos logo. Eu ainda quero dormir pelo menos uma meia hora antes de ir para o trabalho.

-- Tá! Como você reclama...

-- Eu reclamo? Você está aí parada olhando pro nada. Agora não é hora de ficar pensando! Vamos entrar logo nessa boate e acabar logo com isso.

-- Você parece a minha mãe. – a olhei feio.


Saí de dentro do carro e esperei Lucy. Olhei pra fila na entrada e dei graças por sempre ter meu nome na lista das boates mais famosas, não ficaria esperando chegar minha vez naquela “fila da sopa”, não!

Ao entrarmos observei melhor a decoração. Ela era toda em azul e rosa, as poltronas e mesas azuis, e as paredes e o piso revestidos com pequenas pastilhas rosa brilhante. Essa era uma das boates mais bonitas aqui de Nova York, trabalho e arte da Bluarch Architecture + Interiors, tenho que admitir que eles foram perfeitos nesse trabalho.


-- Duda! Eles estão ali na frente... – Lucy cochichou, olhei para onde ela apontava e os vi. Três homens e uma mulher. Todos extremamente pálidos, exceto o cara negro, que se não soubesse o que era, eu até o pegaria.


-- Eu vou até lá.

-- Como assim vai até lá? Assim na cara dura?

-- Tá Lucy. Vamos nos sentar na mesa ao lado deles. Satisfeita? Eu flerto com o negão gostoso ali, e você com o loirinho.

-- Por que você sempre fica com os mais bonitos?

-- Porque os vejo primeiro. – falei irônica – Agora vamos.


(Gimme More– Britney Spears - http://www.youtube.com/watch?v=elueA2rofoo)


Nos sentamos na mesa ao lado e eles nos olharam, olharam não! Comeram com os olhos. Fingi que não vi e pedi uma dose de whisky. Quando o garçom a trouxe, bebi um gole e deixei uma gota escorrer e descer pelo meu decote, um truque velho, mas totalmente eficiente. Minha vítima me observava com desejo.

Levantei-me e fui dançar. A música era agitada e eu mexia meus quadris de acordo com ela, em pouco tempo ele já estava ao me lado. Colocou os braços na minha cintura e me guiou. Num dado momento ele me puxou e me virou para sua frente, tentando me beijar. Eu realmente não queria isso, então virei meu rosto.


-- Qual é?! Vai dizer que não quer.

-- Quero! Mas primeiro preciso saber o seu nome. É uma mania que eu tenho... Saber o nome das minhas vítimas... – falei com uma voz mais sensual, com certeza ele entendeu de outro modo.


-- Tyrese Gibson²... E o seu?

-- Eduarda Sullivan.

-- Lindo nome.

-- Obrigada. Mas então... Tá a fim de sair daqui?

-- Claro! – falou dando um sorriso. Lindo, diga-se de passagem. "Que gato! Um desperdício."

-- Por que você não chama os seus amigos ali. – apontei para o lado. – Até a minha amiga já está se dando bem com um deles. Vamos sair, ir pra um lugar mais afastado e fazer uma festinha... O que você acha? – dei uma mordidinha no lóbulo da sua orelha.


Não foi preciso eu dizer mais nada, como num raio ele chamou os amigos e nós já estávamos todos na rua a caminho de algum lugar, e o pior é que estávamos a pé. Isso iria acabar com meus pés, já que eu estava de salto.


-- Estamos indo pra onde? – a Lucy perguntou.

-- Tem um parque aqui perto, ele está abandonado deve ter uns três anos. É o lugar perfeito para o que a gente vai fazer. – disse Tyrese com um sorriso.


O parque era perto mesmo. Chegamos, depois de poucos minutos andando, em frente a um portão antigo e enferrujado, trancado por uma corrente grossa de ferro com um cadeado enorme.


-- Tá trancado que chato.

-- Pode deixar que eu abro, Lucy. – falei e fingi pegar um grampo no cabelo, cheguei perto do portão fiz força, quebrei o cadeado e puxei a corrente. – Prontinho! – falei sorrindo pra eles.

-- Como é que você fez isso? – Tyrese perguntou.

-- Segredinho das mulheres. Além disso, quando eu quero alguma coisa eu sempre dou um jeito. – pisquei pra ele.


O coitadinho já estava todo animado com a ideia de ficar comigo. Pena que não seria assim, afinal eu estava mais preocupada em arrumar um jeito de matar todos.

Ele me puxou para junto de seu corpo, tentando me agarrar de novo, com uma expressão sombria.


-- Eu... Eu acho que não quero mais. – falei fingindo estar assustada.

-- Ah minha lindinha... Sinto muito, mas você me atiçou, agora vai ter que me saciar... De todas as maneiras. – falou olhando o meu corpo de cima a baixo.

-- Mas eu não quero. – comecei a me debater em seus braços, então me virei pra Lucy e pisquei, esse era o sinal para atacarmos.


Com um só movimento fiquei em pé novamente, longe do Tyrese e ao lado da Lucy. Ele me olhava confuso.


-- Então com quem a gente começa Lucy?

-- Por mim eu começava com aquela mulherzinha ali. Cara de chata que ela tem. Mas pensando bem, o meu querido acompanhante é um verdadeiro chiclete.

-- Você começa por ele e...

-- Quem vocês acham que são?

-- E ainda conversam como se nós não estivéssemos aqui.

-- Será que dá pra vocês calarem a boca? Estou tentando escolher qual de vocês três eu mato primeiro. – eles deram uma gargalhada.

-- Vocês não podem nos matar gracinha.

-- Ah é? E posso saber por quê?

-- Por que vocês são simples humanas, indefesas e quebráveis. – foi a minha vez de gargalhar.


“-- E quem disse que nós somos só humanas? – perguntei pra ele, em pensamento.”

-- Quem disse isso? – ele falou olhando para os lados. Eu sempre consiguia assustá-los, simplesmente hilário.

“-- Fui eu. – falei novamente e ele continuou olhando para os lados isso estava me irritando. – Olha pra frente jumento. – agora ele olhou diretamente pra mim.”

-- O que você é?

-- A mulher que vai acabar com a sua existência. – ele olhou-me com raiva.

-- Idiota! Acha que só por que faz uns truquezinhos com a mente pode me matar? Você ainda é humana e eu ainda me alimento do sangue que corre pelo seu corpo.

-- Vá em frente. Pode experimentar, só não garanto que vá gostar. – falei me aproximando dele.

-- Eu vou acabar com você. – disse tentando me acertar com um soco, que eu desviei.

-- São sempre as mesmas frases. Quem é você? Como faz isso? Eu vou acabar com você! Bla bla bla... Estão precisando ler mais. – dei um soco no seu nariz que entortou.

-- VADIA!

-- Que isso? Vadia? Não precisa usar palavras assim.

-- Qual prefere? Vagabunda?

-- Que tal loba?

-- O quê?

-- Meu Deus! Você é um jumento mesmo hein?!


Me concentrei e comecei a sentir o calor correndo por todo o meu corpo. Minhas mãos e pés começaram a se transformar em patas, e meus dentes estavam mais afiados. Quando percebi, eu era uma grande loba3 branca com pequenas manchas pretas.


-- Um lobisomem?!

“-- Eu não sou um lobisomem! Por que todo mundo acha isso? Eu sou uma transfiguradora! TRANSFIGURADORA! Você por um acaso está vendo alguma lua cheia? – perguntei praticamente gritando na mente do tal de Tyrese.”

O joguei em uma árvore, que com o impacto se quebrou e ele ainda se arrastou por alguns segundos, arrancando a grama do caminho. Um instante depois ele já estava na minha frente tentando me acertar de qualquer maneira. Não estava com saco pra joguinhos então o joguei no chão, pulei em cima e o mordi arrancando um braço. Quando os outros escutaram seus gritos de dor mandaram a mulher pra ajudar, só que ela não era tão forte quanto aparentava, e após um tempo tentando quebrar minhas costelas eu lhe arranquei a cabeça e pude enfim terminar o que havia começado com o Tyrese.

Lembrei-me da Lucy e fui ajudá-la, mas não foi preciso ela já havia matado o outro vampiro. Procurei por entre os pedaços de roupas espalhadas o isqueiro que eu havia levado. Depois que o achei, com a ajuda de Lucy, juntei todos os vampiros mortos e ateei fogo.


-- Foi divertido! – falei rindo – AI!

-- O que foi? Se machucou?

-- Acho que foi só uma costela! Aquela vampirinha deve ter conseguido me acertar em uma das suas tentativas não tão frustradas assim.

-- Por falar em vampiro... Você matou quantos?

-- Dois! E você também! Não foi?

-- Acho que não... – ela falou dando uma risadinha nervosa. – O que estava lutando comigo era bem fortinho.

-- Não acredito que deixamos um fugir.

-- Não se preocupe Duda. Ele não vai aparecer por aqui tão cedo.

-- Eu espero. Porque se ele vier me pegar eu entrego você pra ele. – falei brincando.

-- Credo Duda! Você vai me entregar pro vampirão?

-- Eu to brincando! – gargalhei – Se você morrer quem é que vai brigar comigo quando eu esquecer alguma coisa?

-- Bom saber que você pensa que só sirvo pra isso.

-- Fica assim não Lucynhaaaaa... – disse indo em sua direção lhe abraçar, mas ela me barrou. – Que foi?

-- Sem contatos físicos! Estamos nuas esqueceu?

-- Esqueci! Onde é que eu coloquei as roupas? – fiquei procurando elas em todo canto quando me lembrei de que não havia levado nada. – Droga!

-- Droga o que EDUARDA! Não vai dizer que se esqueceu de trazer? – dei um sorrisinho amarelo. – Eu vou te matar! – saiu correndo atrás de mim.

-- Não vai, não! Você não vive sem mim Lucy.

-- Eu posso te torturar. MUAHAHAHAHA. – olhei incrédula pra ela.

-- Isso foi o quê?

-- Minha gargalhada do mal!

-- Okay!

-- Para de falar de mim e arruma um jeito de nós sairmos daqui.

-- Simples! Vamos procurar uma casa aqui perto que tenha roupas no varal e aí nós vamos roubá-las!

-- Você é louca!

-- Tem uma ideia melhor? – ela balançou a cabeça negando e me seguiu.


Andamos algumas quadras, que graças a Deus estavam desertas, até que eu avistei uma casa com um varal cheio de roupas.


-- Aquela!

-- Aquela o quê?

-- Casa! Agora vamos lá pegar as roupas.

-- Muito simples.


Assim que nos aproximamos do quintal, ouvimos o barulho de alguém dentro da casa chegando perto da porta dos fundos.


-- Droga tinha que ter alguém acordado?

-- Cale a boca! Ele vai nos ouvir.

-- Cale a boca você.

-- Psiu.

-- Psiu é pra cachorro.

-- E você é o quê?

-- AH! É agora que eu te mato Duda.

-- AH! Socorro! Ela vai me matar! – falei rindo, porém nos desequilibramos e saímos rolando pelos lençóis que estavam estendidos. – Ai Lucy, para de drama!

-- Drama? Você vai ver o que é drama...

-- Briga de mulher pelada... E no meu quintal... Não preciso nem pagar TV a Cabo pra isso.


Olhamos pra cima e vimos um homem loiro de cabelo bem curto e corpo pouco musculoso nos lançando um olhar divertido.


-- Er...


Engoli em seco e me enrolei em um lençol jogando outro para Lucy.


-- Dean, pra você – ele disse piscando.

-- Okay Dean. Meu nome é Duda e aquela ali é a Lucy, bom, como pode ver nós estamos, em... – virei-me para minha amiga que segurava o lençol em volta do corpo como se ele fosse sua única salvação. – Uma situação bem constrangedora... Será que você não poderia nos emprestar uma roupa?

-- Olha, emprestar eu até poderia, só que vocês vão ter que fazer um favorzinho pra mim...

-- Eu não vou dormir com você! – Lucy nem hesitou em retrucar.

-- Eu estava pensando em fazer tudo com vocês na cama, menos dormir...


Observei Lucy que estava mais vermelha que um tomate e segurei o riso, supondo que se ela me visse rindo de sua cara, provavelmente me mataria.


-- Calma, ele só está brincando! E olha que você não é virgem nem nada!

-- Isso! Fale mais alto porque o estranho ali ainda não escutou!

-- Que isso ele não é estranho, é o Dean! – lancei um sorriso pra ele. – E ele vai nos emprestar as roupas, só que tem um pequeno probleminha não é?

-- Se vocês não se importarem de vestir roupas de homem.

-- Claro que não, sou mais vestir roupas de homem do que andar por aí nua em pelo.

-- Ok, peguem qualquer roupa aí e se vistam lá dentro de casa.

-- Obrigada...

-- Se vocês não se importarem de responder... Porque estão peladas?

-- Longa história. Não vai querer ouvir.


Eu não iria falar pra ele que nós éramos transfiguradoras e que destruímos nossas roupas ao nos transformarmos. Escolhemos as roupas e entramos na casa que era até muito arrumada para pertencer a um homem.


-- Acho melhor nós irmos. – concordei com Lucy.

-- Obrigada pelas roupas e desculpa ter destruído os lençóis.

-- Sem problemas. Não é todo dia que eu sou agraciado com a presença de duas mulheres gatas, peladas, no quintal de casa, acho que vou contar essa história pros meus netos.

-- Sem exageros Dean. Obrigada novamente e tchau.


Depois da vergonha que nós passamos eu não queria ver a cara do Dean nunca mais. Se eu tivesse o conhecido em outro lugar poderia até rolar algo.

Levei a Lucy pra casa e fui pra minha a única coisa que eu queria fazer era dormir e muito...










Juliet Supperclub¹ - Restaurante e discoteca de Nova York, mas na história é uma boate.

http://www.thecoolhunter.net/article/detail/1730/juliet-supperclub--new-york


Tyrese Gibson² - Ator, modelo, compositor e mais um monte de coisas, é norte-americano (muito gato, na minha opinião) e aqui na fic fez uma participação especial kkk

http://pt.wikipedia.org/wiki/Tyrese_Gibson

http://img851.imageshack.us/i/tyresegibsonpe.jpg/


Loba3 - http://img705.imageshack.us/i/d15wolf.jpg/




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