Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 39
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Façam suas apostas! Suas recomendações! Estamos rumando para os últimos capítulos de ODUA! AAAAAAAH...
Isso mesmo... Está acabando. :(
Quero saber a reação das fantasminhas, então, por favor, apareçam.
Boa leitura!



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CAPÍTULO 36

-- Duda... – Jacob bateu na porta. – Vou sair pra buscar seu carro no chalé, ajeitar as coisas por lá e depois volto. – assenti. – Você vai ficar bem? – perguntou preocupado o que era totalmente compreensível, visto a noite que passei em claro dentro do quarto da minha avó.

-- Vou Jake. Eu estou bem. Só preciso ajeitar as coisas dela. Minha mãe não tem condições de fazer isso.

-- Tudo bem. – se aproximou me dando um beijo. – Te vejo mais tarde.

Esperei ter a confirmação da saída dele e voltei minha atenção para o que estava fazendo antes de Jake entrar.

O cômodo estava um verdadeiro caos. Eu não fazia ideia de que Vovó Aine tinha tantas coisas guardadas, mas nenhuma delas me ajudou com meu problema. A maioria dos diários e cadernos que encontrei, explicavam sobre os celtas de modo geral e não diziam nada a respeito dos Sullivan e nem de Steffano, meu principal suspeito.

Quando anoiteceu, eu finalmente desisti de encontrar algo ali, pelo menos por hora, e concordei com Jake em sair para comer, como ele havia proposto mais cedo. O deixei ir à frente enquanto jogava uma água no rosto para tirar a aparência de noite mal dormida. Ao entrar novamente no quarto me surpreendi ao encontrar o vampiro que tomou conta de quase todos os meus pensamentos durante todo o dia.

-- O que faz aqui? – perguntei antes de leva-lo ao chão com um só golpe e prendê-lo com uma das mãos.

Era óbvio que ele não revidou de propósito.

-- Como vai a minha doce Astrid? – tentou passar a mão em meu rosto, me obrigando a desviar.

-- Não sou Astrid e muito menos sua. – respondi com raiva.

-- Você pensa assim, mas logo se lembrará e será minha como deveria ter sido há muitos séculos.

-- Não. E você irá pagar pelo que fez à minha avó.

-- Tem certeza que fui eu? – os olhos vermelhos numa expressão irônica.

-- Claro. E como entrou aqui sem que ninguém percebesse?

-- Tenho aliados. – respondeu me enviando um sorriso.

-- Pode me falar deles assim que me responder como conseguiu passar por todos os lobos e matar minha avó.

-- Não matei sua avó. – o olhei enojada, mesmo depois de eu ter descoberto ele ainda negava. – Talvez eu tenha uma parcela de culpa, mas não fui eu quem cravou a mão em seu abdômen esmagando os órgãos. – travei o maxilar e apertei seu pescoço com as duas mãos.

-- Se não foi você, então quem foi? – questionei duvidando que ele dissesse algo e me preparando para entrar em sua mente.

Não foi preciso fazer muito esforço para isso. Seus pensamentos gritavam pra mim e de repente me vi dentro de seu corpo observando o chalé em que eu e Jake passamos a noite da véspera de seu aniversário. Steffano nos observou durante horas e quando se deu por satisfeito seguiu em direção à reserva.

Ele andava calmamente sendo seguido por uma mulher desconhecida, ao menos pra mim. Passado o local de maior risco, onde a maioria dos lobos fazia a ronda, Steffano relaxou ainda mais e encostou-se em uma árvore, aguardando alguém.

De repente o silêncio da floresta foi substituído por passos e uma cabeleira acobreada surgiu no meio das folhagens.

-- Olá Renesmee! – o vampiro saudou-a.

-- Steffano. – deu um sorriso irônico. – Pra que me chamou?

-- Preciso que cumpra sua parte no acordo.

-- Não vou matar ninguém.

-- Faça o que lhe ordenei e você ficará com aquele cachorro a quem diz amar.

-- Jacob será meu? – ela perguntou engolindo em seco. – Promete não fazer nada contra ele?

-- Não confia em mim Renesmee?

-- Não. Mas não tenho outra opção para fazer com que Jacob seja novamente meu. – ela virou as costas e Steffano a seguiu.

Logo a aldeia apareceu e a casa da minha mãe ficou ainda mais visível. Renesmee hesitou antes de se aproximar, porém, antes que Steffano interferisse, ela prosseguiu.

Minha avó estava voltando para casa quando Renesmee a interceptou. Não dando chances para Vovó Aine correr ou pedir por socorro ela cravou a mão em seu tronco. Eu consegui escutar sua respiração arfante, seu coração lutando. Senti sua dor e a euforia da híbrida em matar sua primeira vítima.

Tão rápido quanto entrei na mente de Steffano eu saí. Meu controle sobre minhas mãos se esvaiu e antes que eu pudesse perceber o vampiro já havia fugido. O quarto estava silencioso, como se ele nunca tivesse passado por lá.

Meu cérebro trabalhava incessantemente tentando encontrar uma razão para ela ter matado a minha avó. Mas eu não precisava saber o porquê. Eu só precisava acabar com Renesmee.

Levantei-me em um pulo e saí correndo do quarto. A sala da casa estava lotada e Jacob estava na porta conversando com Embry quando me viu.

-- O que aconteceu?

-- Steffano. – disse já do lado de fora.

-- Onde pensa que vai Duda? – segurou meu pulso.

-- Vou fazer o que deveria ter feito no dia em que me apresentou à sua ex-noiva. – dei um sorriso de puro escárnio.

-- Você não vai à casa dos Cullen.

-- Eu vou Jacob. – dei um puxão o obrigando a me soltar.

-- Então eu vou com você. – me seguiu.

-- Não, você não vai. Você vai ficar aqui em La Push e chamar todos os lobos para fazerem uma varredura. Steffano está aqui e entrou na casa da minha mãe sem que ninguém percebesse. – olhou-me espantado.

Sem esperar que Jacob esboçasse qualquer reação eu corri o mais rápido que pude para Forks. Ela estaria na casa deles, debaixo das asas de seus pais, como sempre.

A casa de paredes de vidro continuava a mesma desde que eu a vira pela última vez. Tudo estava bem calmo e eu não me importei com isso quando arrobei a porta assustando os moradores.

-- Onde a Renesmee está? – perguntei para ninguém em particular.

-- Eduarda? – Carlisle saiu de algum canto me olhando atentamente.

-- Me desculpe entrar assim. Sei que não mantive contado e não os vejo há meses, mas eu quero saber onde ela está. – terminei rosnando sem conter a raiva.

Para minha felicidade, não foi preciso ninguém responder, pois a garota apareceu no topo da escada toda cheia de si.

-- Saia da minha casa Eduarda.

-- Pelo que eu saiba a casa não é sua. – subia as escadas lentamente. – E você deveria imaginar que alguém viria te procurar, não?

-- Do que está falando? – riu nervosamente quando ficamos frente a frente.

-- Não achou que sairia impune depois do que fez, ou achou?

-- Não sei do que você está falando. Agora saia da minha casa. – me empurrou fazendo com que a última luz de sanidade se apagasse.

Agarrei seu pescoço e a lancei para o outro lado da sala de visitas, destruindo enfeites, móveis e quebrando toda a parede.

-- O que acha que está fazendo? – Isabella entrou na minha frente segurando meus braços.

-- Pergunte à sua filha. – observei enquanto Renesmee se levantava e tirava os pedaços de tijolos e vidro do corpo.

-- Deixe-a mamãe. Minha consciência está limpa. – fez cara de inocente.

-- Você é uma vadia Renesmee.

Desviei-me de quem se colocava no meu caminho e assim que cheguei perto o bastante da híbrida dei-lhe um soco tão forte que seu corpo atravessou outra parede de outro cômodo.

-- Não vai admitir que matou minha avó? – meu corpo tremia tanto que por pouco eu não me transformei ali mesmo.

-- Está completamente insana. – falou raivosa, mas eu vi quando um lampejo de diversão passou por seus olhos.

-- Sem problemas. Vou socar essa sua carinha até você confessar que a matou. – comecei a caminhar em sua direção quando mãos agarraram minha cintura me impedindo de avançar.

-- Pelo amor de Deus, Duda! Se acalme. – Jake pedia enquanto eu tentava de todas as formas me livrar de seus braços.

-- Me solta Jake! E o que você está fazendo aqui?! Pedi pra ficar em La Push cuidando de Steffano.

-- Steffano Volturi? – Carlisle disse com olhos arregalados.

-- Esse mesmo. Mas o fato é que a sua querida neta, Carlisle, é uma assassina. Todos os seus esforços para fazer a sua família mais humana, não deram em nada. Renesmee é um monstro.

-- Não pode falar assim dela. – Edward que até agora estava calado se pronunciou.

-- Deixe de ser idiota Edward. Pelo menos uma vez na vida use essa porcaria de dom que você tem para algo útil!

-- Não vai fazer o que ela disse, não é Edward? – Isabella perguntou e assustou-se ao ver a confirmação nos olhos do marido. – Ela é nossa filha! Temos que confiar nela!

-- Sinto muito Bella, mas Eduarda não viria aqui se não fosse verdade.

-- Papai! – Renesmee falou ultrajada. – Não pode fazer isso.

-- Abra sua mente Renesmee! – ele ordenou.

-- Como sabe que eu tenho um escudo? – perguntou assustada.

-- Eu sou seu pai Renesmee. Embora você tenha se esquecido disso por um bom tempo.

-- Não vou fazer isso. – falou quase chorando.

-- Então é verdade o que a Eduarda disse?

-- Não claro que não.

-- Se você não quer mostrar a ele, então eu mostro! – falei.

-- Como você pode saber se nem estava lá? – Renesmee me questionou se arrependendo segundos depois. Ela acabava de confessar ter matado minha avó sem nem perceber.

-- Então é verdade? – sorri quando vi sua face de boa moça desmoronar.

-- É. – gritou. – Eu matei aquela velha! E quer saber? – virou-se para mim. – Nunca me senti tão viva! – deu um sorriso maldoso. – Sentir os órgãos dela. As veias pulsando. O coração tentando lutar. Foi tão fácil.

-- Por quê? – a olhei com raiva.

-- Por quê? Você roubou o Jake de mim. Ele é meu!

-- Nunca fui seu Renesmee. – Jake rosnou. – Eu sempre fui livre. E só percebi isso quando notei que estava apaixonado pela Duda.

-- Antes de você chegar estava tudo tão bem. – Renesmee apontou para mim. – Nós iríamos nos casar e ir embora de vez desse inferno de cidade. Mas aí você apareceu. E levou ele de mim. – pousou as mãos no coração como uma sofredora.

-- Você é egoísta Renesmee. Se o amasse perceberia que ele está muito mais feliz agora.

-- NÃO! – ela avançou em mim, mas Edward a segurou. – PAI!

-- Fique quieta. Já nos envergonhou bastante. Não criei você pra isso. Peço desculpas Eduarda.

-- Nenhum pedido de desculpas trará minha avó de volta e nem afastará Steffano de mim.

-- Quanto a isso Eduarda, - Carlisle começou. – gostaria que me explicasse direito. Como Steffano está aqui e o que ele quer com você? Sei que esse não é o momento propício, – olhou com pesar para a neta – mas eu quero entender.

-- Tudo bem. Mas eu sei tão pouco quanto você. – olhei para Jake que segurava minha cintura. – Ele apareceu em La Push há alguns meses. Não falava nada que fizesse muito sentido, mas sempre me chamou de Astrid, dizia que voltaria pra me buscar e que nós ficaríamos juntos, como deveria ter sido.

-- Como?

-- Astrid Sullivan é uma ancestral minha. Aparentemente ele a conheceu e diz que eu sou ela.

-- Eu sei quem foi Astrid. No período em que fiquei com os Volturi, Steffano era da guarda. Ele sempre falava da Astrid. Pouco antes de eu sair de Volterra, ele havia abandonado a guarda. Aro não deu muita importância, afinal Steffano não tinha poderes. Não iria fazer falta.

-- Bom, então os Volturi estavam muito errados. Mas agora ele está aqui, provavelmente formando um exército e pronto para atacar La Push. – Jake falou.

-- Quero dar total apoio a vocês. Principalmente pelo que Renesmee fez, mas também porque todas as vezes em que nós precisamos, Jacob, juntamente com os transmorfos, você nos ajudou. Devemos isso a vocês.

-- Obrigado Carlisle. Nós temos que ir. – ele me olhou.

-- Tudo bem. – assenti, despedindo-me de Carlisle e Esme e me desculpando pela confusão causada, sem me arrepender por um segundo dela. Se precisasse, teria feito de novo. Mesmo que não trouxesse minha avó de volta, pelo menos eu teria em quem descontar minha raiva.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Aposto que sim :D
Então me contem nos reviews e nas recomendações.
Amo vocês.
Beijinhos



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