Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 24
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Bom Dia flores!
Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Achei que não iria postar hoje! Tô doentinha :( Doentinha é um eufemismo, mas... Quando aparece na TV sobre a Dengue e mostra aquele mosquitinho fofo, não acreditem. É muito pior do que fazem parecer. Você sente que vai morrer de tanta dor, não consegue ficar na luz, passa para o lado dos vampiros e o pior, fica se coçando como o inferno. Ninguém avisa que no final da dengue as "manchinhas vermelhas" viram carocinhos e que eles coçam muito. É horrível.
Enfim... Estou melhor e pretendo não passar por isso mais. Quem já teve, eu compadeço da sua dor.
Deixando o papo de lado. Espero que gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297328/chapter/24

CAPÍTULO 22

Após sairmos do restaurante, pedi para Matt me deixar em La Push, pois queria ver minha mãe. Mesmo ele tendo insistido muito, não o apresentei à minha família. Era muito cedo pra isso.

Dona Susan fez um escândalo enorme por eu ter chegado no carro de um homem – um suposto namorado, segundo suas teorias – e não tê-lo convidado para entrar. Na verdade ela queria ter certeza de que sua filha mais velha não morreria encalhada.

Minha avó estava reunida com o Conselho. Coisa que não entendi absolutamente nada, já que nem da aldeia ela fazia parte. Porém eu resolvi deixar este assunto de lado, Vovó nunca foi muito compreensível, principalmente para mim.

Fui ao quarto de Cecília e a encontrei com suas milhares de amigas acertando alguns detalhes de seu casamento. Havia acontecido tantas coisas nos últimos tempos que tinha me esquecido completamente de que minha única irmã juntaria as escovas em poucos meses.

-- Duda você tem que ser minha madrinha! Por favor!

Ceci tentava me convencer sem dizer quem era o padrinho que seria meu par. Ler sua mente estava fora de cogitação, então resolvi aceitar logo. Nunca diria não.

-- ÓTIMO! Agora só falta o Jake aceitar também! – soltou sem querer e me olhou pesarosa.

-- Tudo bem Ceci... Nós somos amigos esqueceu?! – tentei convencer mais a mim, do que a ela disso.

-- O problema não é você. E sim a namorada chata dele. Renesmee disse que o Jake só será o padrinho se ela for a madrinha. Acredita nisso?!

-- Acredito, mas tenho certeza que você dará um jeito. Vou para o meu quarto. – avisei saindo do cômodo. – E, por favor, diga pra não me incomodarem.

-- Sim senhora! – ri da sua gracinha e me direcionei à porta do quarto que foi meu por quase quatorze anos.

Empurrei-a com medo dos fantasmas que poderiam me assombrar, mas quando entrei só tive boas recordações. Minha mãe e eu conversando, eu e Ceci brincando, minha avó me contando histórias e aquele que povoava todos os meus pensamentos.

O cômodo estava exatamente como eu o havia deixado, só que mais limpo. A cama de solteiro com a colcha branca e algumas frésias lilases desenhadas. O guarda-roupa pequeno e de madeira com o desenho em alto relevo de um lobo, ao lado da cama. O piano vertical colocado estrategicamente perto da janela e ao seu lado um violão negro.

Eu sempre gostei mais do piano e quando sobrava tempo tocava algumas músicas no violão. Quem gostava de tocar com ele era outra pessoa. Praticamente ninguém sabia desse hobbie, só eu, alguns amigos, os mais próximos, e nossos pais.

Jake nunca gostou de expor para os outros que sabia tocar. Quando ele pegava o violão era um momento só dele. Era o momento em que ele mostrava seus sentimentos de uma forma que poucos privilegiados conseguiam ver. Felizmente, eu era um deles.

Sentei-me em frente ao piano, toquei algumas notas, verificando se ele estava afinado e tentei me concentrar para tocar algo. Mas os minutos foram passando e eu não conseguia pensar em nada. Frustrada pelo fracasso em uma tarefa tão simples, fechei a tampa do instrumento com força e encostei a cabeça nela.

Eu queria falar com Jake e tinha medo do que poderia acontecer com essa conversa, afinal nós não nos falávamos desde o nosso beijo desastroso. Ele poderia muito bem não querer olhar nunca mais na minha cara, já que eu fui a mulher que o ajudou a trair a namorada. Mas disso eu não me arrependia, colocar um par de chifres na cabeça da “Projeto de Vampiro” foi uma das coisas mais satisfatórias que já havia feito em toda a minha vida.

Falar ou não falar...

Procurar ou não procurar por ele...

Eu nunca fui muito boa nas minhas decisões então simplesmente fechei os olhos e tentei não pensar muito sobre o assunto. Não sabia há quanto tempo tinha “viajado”, mas acordei quando senti o banco em que estava sentada afundar um pouco e um cheiro demasiadamente convidativo adentrar minhas narinas.

-- Como percebi que você não me procuraria, resolvi, eu mesmo, te procurar.

-- Jake! – levantei-me de supetão.

-- Se eu soubesse que ficaria tão feliz em me ver, tinha aparecido mais cedo. – brincou passando os dedos pela minha bochecha.

-- Eu...

-- Eu sei. Somos amigos. – respondeu magoando uma parte de mim e deixando a outra extremamente feliz. – Pra sempre. – me abraçou apertado e eu, como a eterna apaixonada, correspondi prontamente.

Passamos um tempo assim. Abraçados. Só sentindo a respiração um do outro e aproveitando aquela ocasião ao máximo. Jake foi o primeiro a levantar-se e quando o fez, olhou ao seu redor.

-- Uau! Faz tempo que eu não vinha aqui. – deu um pequeno sorriso. – Está tudo igualzinho a quando éramos pequenos. Dá até aquela sensação de nostalgia.

-- É... Acho que a mamãe quis deixar assim como uma forma de estar sempre perto de mim. – disse triste. – Eu a magoei muito não foi?!

-- Quando você passou pela porta da frente dessa casa, pedindo perdão, ela esqueceu tudo o que passou nesses últimos anos e a acolheu de volta. Mãe é sempre mãe, Duda. Não importa o que faça, elas sempre te perdoam e lembram-se somente das coisas boas. – falou apoiando sua cabeça na minha.

-- Sabe... Às vezes eu me surpreendo com esses momentos de filósofo. – ri divertida.

-- Eu também. E eles só acontecem quando você está perto! – meu coração perdeu o compasso com essa. – Então... O que estava fazendo?!

-- Nada! Tentei tocar alguma coisa no piano, mas como pode perceber, não consegui.

-- Eu te ajudo! – falou pegando o violão.

-- Como?! – me assustei.

-- Eu te ajudo! – passou os dedos sobre o violão. – Faz tempo que eu não toco.

-- Imagino. Quero ver se você vai dar conta de afiná-lo, isso sim. – sorri.

-- Não duvide de mim Duda...

-- Não duvido. Só quero saber se consegue. – dei de ombros.

Dez minutos depois Jake tinha finalmente afinado o violão e estávamos discutindo sobre qual música tocar. Não que o repertório fosse grande, mas havia poucas músicas que ainda conseguíamos tocar sem precisar de partituras e semanas de ensaio.

-- Down! – ele gritou.

-- O quê?!

-- A música. Lembra aquela vez em que brigamos e ficamos semanas sem nos falar e escutando a mesma música sem saber?! – assenti. – A música se chama Down.

-- Ok. – me virei para o piano, levantei a tampa e comecei a tocar.

(Down – Jason Walker feat. Molly Reed - http://www.youtube.com/watch?v=DXs8Cv8U02k)

Subitamente a melodia tomou conta da minha mente, refletindo em meus dedos que começaram a tocar as notas tão conhecidas por mim. Quando percebi Jake havia começado a cantar.

I don't know where I'm at

I'm standing at the back

And I'm tired of waiting

I'm waiting here in line

I'm hoping that I'll find

What I've been chasing

 Sua voz levemente rouca combinava perfeitamente com a música e me passava além de paz, um sentimento diferente de segurança, como se ele sempre fosse estar ali, por mim.

I shot for the sky

I'm stuck on the ground

So why do I try?

I know I'm gonna fall down.

I thought I could fly

So why did I drown?

I'll never know why

It’s coming down, down, down.

Cantamos juntos nessa parte e nossas vozes se encaixavam impecavelmente. Sem nada fora do tom. Quem visse de fora acreditaria que isso era fruto de anos de ensaios e nunca que escolhemos a música quase aleatoriamente e decidimos tocá-la só para “matar as saudades”.

I'm not ready to let go

Cause then I'd never know

What I could be missing.

But I'm missing way too much

So when do I give up

What I've been wishing for?

I shot for the sky

I'm stuck on the ground

So why do I try?

I know I'm gonna fall down

I thought I could fly

So why did I drown?

I'll never know why

It’s coming down, down, down.

Virei o rosto em sua direção e o peguei olhando pra mim. Dei um meio sorriso e observei atentamente seus olhos. Tinha alguma coisa diferente ali. Um brilho a mais que deixava seu rosto muito mais iluminado. E eu gostava disso. Gostava muito.

Oh, I am going down, down, down.

I can't find another way around.

And I don't wanna hear that sound

Of  losing what I never found.

I shot for the sky.

I'm stuck on the ground.

So why do I try?

I know I'm gonna fall down.

I thought I could fly

So why did I drown?

I'll never know why

It’s coming down, down, down.

I shot for the sky

I'm stuck on the ground

So why do I try?

I know I'm gonna fall down.

I thought I could fly

So why did I drown?

Oh, It’s coming down, down, down.

Encostei minha cabeça em seu ombro e terminei a música suavemente, suspirei profundamente e me permiti aproveitar aquele silêncio tão acolhedor. Infelizmente o clima de paz foi dissipado no momento em que escutamos palmas vindas da porta do quarto. Nos viramos e pegamos nossos pais parados com sorrisos enormes e algo como admiração estampada em cada rosto.

-- Sentíamos falta de ver vocês juntos. – minha mãe foi a primeira a falar.

-- Só espero que agora enxerguem o que está bem diante de seus narizes e não deixem a oportunidade passar novamente. – Tio Billy disse e saiu levando mamãe consigo.

-- Entendeu alguma coisa?! – perguntei para Jake que nem ligou. Ele estava tão perdido quanto eu.

Passamos o resto do dia ali, aproveitando a companhia um do outro e arrancando sorrisos de todos que passavam por perto. Jake estava muito mais feliz e por diversas vezes o peguei olhando pra mim de uma forma completamente diferente da que estava acostumada.

Não sabia quanto tempo iria durar essa paz em nosso relacionamento, mas eu havia aprendido que por mais que se espere pela tempestade, é bem melhor esquecer-se um pouco das dificuldades e aproveitar o tempo ensolarado. Por mais curto que este fosse...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí?! Gostaram? Admito que esse capítulo me emociona muito. Eu gosto de saber que apesar de tudo, eles não se amam apenas como homem e mulher, eles se amam como amigos e sempre estarão lá um pelo outro. Acho que esse é o tipo de relacionamento que eu desejo pra mim... Amizade e Amor andando lado a lado.
Comentem e digam se gostaram. Quem não comenta, saiba que eu também adoro saber que vocês leem. Entrem em contato pelo facebook, porque eu adorei ter uma conversa de apenas duas falas com a Larissa Medeiros kkkkk Imagina se todas resolvem conversar comigo?! Vou me sentir menos antissocial por ficar no Nyah o dia inteiro kkkk
Ah! Eu leio todos os reviews, viu gente?! Só não estou podendo respondê-los. Laira Leão, seja bem vinda à ODUA!
Acredito que nunca falei tanto nas notas iniciais e finais rsrsrs
Vou deixar vocês meus amores, mas voltarei :D