Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 23
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Buenas Tardes? Como estão?
Não chegamos aos 100 comentários no capítulo passado... Decepção :S kkkk Hoje vamos né?!
Capítulo novo e mais mistérios na área.
Boa leitura.



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CAPÍTULO 21

Estava sentada na sacada do meu quarto olhando pra Lua. Aquele astro tão belo e tão solitário. Apesar de ser rodeada por estrelas de todas as formas, a Lua ainda era sozinha... E permaneceria com esse fardo eternamente. Tudo o que ela desejava era uma única estrela. Aquela que lhe dava o brilho, aquela que a aquecia: o Sol. Mas ele estava tão distante. Praticamente impossível de ser alcançado.

Era assim que me sentia. Eu era a Lua que viveria eternamente sozinha, almejando o Sol que nunca lhe pertenceria. Meu Jake nunca seria meu realmente e isso me matava aos poucos. Porém, apesar da minha mente ser movida pela lógica e acreditar cegamente nessa realidade, meu coração teimoso sempre conservava a esperança de que um dia eu ficaria com ele.

Coloquei-me de pé e comecei a fechar a porta da sacada, mas uma leve brisa passou por mim, impregnando o quarto com o aroma amadeirado tão conhecido. Fechei os olhos aproveitando o momento e me recordando do rosto... Os olhos castanhos hipnotizantes e o sorriso perfeito.

-- Eu te amo Duda...

Abri os olhos assustada com o que acabara de ouvir. “Não é possível. Era a voz dele.”, pensei. Olhei para o cômodo a minha frente e não havia ninguém. Eu só podia ter imaginado aquilo. Balancei a cabeça tentando afastar as ideias que acabavam de se instalar, terminei de fechar a porta e puxei as cortinas.

Fui me deitar com a certeza de estar maluca e com um sorriso nos lábios. Se aquilo era verdade ou não, talvez nunca descobrisse, mas aquelas simples palavras aqueceram o meu coração.

[...]

(Níl Sé’n Lá – Celtic Woman - http://www.youtube.com/watch?v=zsewvO75Mgw&ob=av3e)

“Eu olhava à minha volta tentando entender ou pelo menos descobrir onde estava. Era noite e a lua cheia aparecia no céu com todo seu esplendor. Havia tochas espalhadas ao redor de uma clareira. As árvores enormes, ao invés de assustarem, conseguiam me transmitir uma estranha sensação de calma e acolhimento.

Olhei para o lado e encontrei uma espécie de banda. Violinos, harpas, flautas e tambores bodhrán. Eles começaram a tocar a introdução da música com os tambores e várias moças de vestidos coloridos apareceram formando um círculo, dançando e cantando.

Tomaram as mãos uma das outras e se movimentavam conforme a música. As roupas faziam um contraste incrível com as chamas da fogueira que estava no centro. O sorriso estampado no rosto de cada mulher que dançava mostrava a alegria e satisfação de estarem fazendo aquilo.

A energia era tão grande, que a princípio dei pequenos passos pra direita e pra esquerda, e de repente me juntei às moças, magicamente conseguia realizar os mesmos movimentos e até melhor. Rodopiava graciosamente.

Olhei para meus pés e vi a barra de um vestido verde, com os detalhes da costura em preto. Ele era mais apertado na cintura e tinha um pequeno decote no colo. Os vestidos das outras garotas eram parecidos com esse, mas o meu tinha um pouco mais de requinte.

Tentei enxergar melhor os rostos das pessoas, porém não conseguia. Estava feliz ali, mas sentia uma estranha força me puxando para apenas uma direção. E foi ela que eu segui.

Continuei dançando e parei enfrente a um rapaz de cabelos pretos e pele morena. Olhos castanhos extremamente familiares e um sorriso de tirar o fôlego. Jacob. ‘O que ele está fazendo aqui?’ me questionei mentalmente. Infelizmente não tive muito tempo de divagar, pois minhas colegas de apresentação me puxaram novamente pro centro da dança e eu fui obrigada a seguir os movimentos.

Entretanto agora eu tinha uma motivação a mais para seguir a coreografia. Jacob estava ali e eu tinha a ideia fixa de querer seduzi-lo com todo aquele ‘balé’. Meu sorriso crescia cada vez mais e eu o via refletido nos olhos de Jake.

De repente a música acabou e várias pessoas se juntavam para começar outra contradança. Pus-me a andar na direção onde ele estava. À medida que me aproximava tudo ao meu redor desaparecia. Até nada restar. Somente nós dois.

-- Tá tú álainn.¹ – ele me disse.”

Mas antes que pudesse responder acordei com o telefone tocando.

-- Ok. Isso foi... – passei a mão pelos fios completamente suados do meu cabelo. – No mínimo estranho.

O telefone tocou novamente, interrompendo meus pensamentos.

-- Mas que droga! Quem é que está me ligando em uma hora dessas?! – olhei no relógio. – São sete e meia da manhã! – levantei ainda meio grogue por causa do sono e peguei o celular que estava dentro da bolsa jogada no chão.

-- Duda! – uma Lucy animada gritou do outro lado.

-- Eu não acredito que é você! – voltei pra cama e me deitei. – Lucy, ainda é cedo!

-- Não. Está tarde! Você sempre levanta cedo, além disso, quero saber como foi sua noite com o gatão do Matt!

-- Lucy... – protestei.

-- Nem vem Duda! Eu quero saber como foi. Estou chegando aí em alguns segundos e acho melhor você abrir a porta. – desligou o telefone na minha cara.

-- A educação mandou lembranças. – murmurei para o aparelho em minhas mãos.

Levantei-me novamente e desci as escadas o mais devagar possível. Em parte, por causa do sono, em outra... Eu adorava irritar a Lucy. Abri a porta e um furacão passou me deixando embasbacada.

-- Wow! Como assim você entra na casa dos outros e nem pede licença?! – perguntei pra uma Lucy que já estava próxima a cozinha.

-- Eu sou de casa! – deu um sorriso e começou a abrir as portas dos armários.

-- Lucy, por acaso você tem comida em casa?!

-- Não. Tem mais de meses que não faço compras. – pegou uma caixa de cereais ainda lacrada, a abriu e despejou mais de metade do conteúdo dentro de uma vasilha de comer pipoca.

Fiquei um bom tempo ali parada, tentando assimilar o fato de que a minha amiga estava assaltando a minha cozinha. Após ter saciado sua fome Lucy finalmente virou-se pra mim e pediu pra eu contar como havia sido a minha noite. Falei tudo. Até os detalhes do restaurante em que fomos, só omiti uma coisinha...

-- Hum... – falou lambendo a colher com que havia comido o cereal. – E onde entra parte em que você viu o Jacob?!

-- O quê?! – perguntei assustada.

-- Qual é Duda?! Você me contou tudo isso meio aérea e com um brilho sinistro nos olhos. Isso só acontece por causa de uma pessoa: Jacob Black. – suspirei.

-- Depois que o Matt foi embora eu vi o Jake na porta da casa dos Cullens. – comecei a brincar com o forro de enfeite no balcão. – Ele estava diferente sabe?! Parecia com raiva, sei lá...

-- E ele viu você beijando o Matt?! – perguntou direta.

-- Provavelmente. Mas o que isso tem a ver?!

-- Tudo! Ele ficou com ciúmes!

-- Tá brincando né?! O Jake gosta da “Projeto de Vampiro”, se ele tivesse ciúmes de mim com algum cara, no MÁXIMO seriam ciúmes de amigo.

-- Continue se enganando, ou melhor, vocês dois continuem se enganando. – pegou uma maçã na fruteira e deu uma mordida. – Mas... Mudando de assunto, você vai mesmo almoçar com o Matt?! – mexeu as sobrancelhas sugestivamente.

-- Vou Lucy. – balancei a cabeça rindo. – Por quê?!

-- Já são onze e meia. – olhou para o relógio.

-- Meu Deus! Tenho que me arrumar! – comecei a subir as escadas correndo, mas parei no meio do caminho. – Você... – apontei para Lucy. – Quero minha cozinha limpinha antes de sair. – voltei a andar. – Ah! E por favor, pare de comer tanto assim!

-- Mas eu tenho muita fome! – reclamou.

-- Lucy... Eu também tenho muita fome. Mas eu consigo me controlar, já você... – olhei pra tigela de cereais.

-- Eu nem engordo!- me retrucou.

-- Não engorda agora, mas ninguém garante que quando você parar de se transformar não vá engordar.

-- Ok, sua chata!

Arrumei-me bem rápido e em poucos minutos estava sentada na sala conversando com Lucy e Chris enquanto esperava Matt.

-- Duda, você não me explicou direito essa relação sua com o cachorro da Nessie. – Chris falou despreocupadamente.

-- Ele não é cachorro e muito menos é da Nessie. – o defendi inconscientemente.

Christopher que não era bobo, só deu uma olhada pra mim e pra Lucy e logo soltou a bomba:

-- Você é apaixonada por ele?! – quase pulou do sofá.

-- Não. – desviei o olhar. Pra certos assuntos eu era uma péssima mentirosa.

-- AH! Fala sério! Duda você gosta do seu melhor amigo?! Que história mais...

-- Clichê? Eu sei disso. Mas você não conhece nada da minha história não acha?! – me estressei.

-- Duda! Não precisa falar assim com o Chris. – Lucy veio em defesa do namorado.

-- Então diz pra ele parar de julgar o que eu sinto pelo Jake! – murmurei nervosa.

-- Eu nem disse nada. – ele retrucou.

-- Mas pensou. E espero que não pense nesse assunto perto do seu priminho querido, certo?!

-- Duda! Eu sei me controlar! Eu sou seu amigo! Tudo bem que é quase impossível você ficar com ele, mas... – foi interrompido por Lucy que lhe deu um tapa forte na nuca que o jogou perto da porta da frente. – O que foi que eu fiz?

-- Nada Christopher Masen Cullen! – respondeu minha amiga quase voando em seu pescoço de vergonha e raiva pela gafe cometida por ele.

-- Tá perdoado Chris. – ele me olhou sem entender nada. – Não quero ser a causa da discórdia entre o meu casal preferido. – sorri. – Agora saiam da minha casa que o Matt está quase chegando.

-- Outra coisa que eu não entendo... – começou Chris. – Você não gosta do cach... Digo Jacob?! Então por que vai sair com outro?! – recebeu outro tapa da Lucy. – Ai amor! Seus tapas doem sabia?! – Lucy só balançou a cabeça em negação e se virou pra mim.

-- Tchau amiga! Bom almoço e me desculpe por esse tapado!

-- Tudo bem, homem é tudo igual mesmo! – dei de ombros. – Bom almoço pra vocês também.

[...]

-- Segunda vez que nos encontramos e você acerta no cardápio! – falei para Matt enquanto saboreava um Fettuccine à Carbonara de Camarões.

Nesse dia fomos a um restaurante italiano em Seattle, a viagem era um pouco longa, mas valeu cada minuto. O ambiente era perfeito, a comida incrivelmente saborosa e a companhia era agradável...

Ok eu estava mais empolgada com a comida do que com Matt, mas isso era porque eu tentava a todo custo, mesmo inconscientemente, compará-lo com Jacob. Matt era bonito, simpático e terrivelmente sério. Eu necessitava de um sorriso e ele não conseguia dar um espontaneamente.

-- Quando a loja ficará pronta?!

-- Em seis meses, no máximo. – peguei o guardanapo em meu colo e limpei os lábios.

-- Depois disso vai voltar pra New York?!

-- Pretendo. – bebi um pouco de vinho. – Por que a pergunta?! – eu já sabia o porquê, mas precisava ouvir da boca dele, mesmo correndo o risco de decepcioná-lo.

-- Queria que você voltasse comigo. – respondeu pegando na minha mão.

-- Matt, eu...

-- Eu sei que nós nem temos um relacionamento direito e que você com certeza gosta de outra pessoa, mas nós podemos pensar, serão seis meses! Até lá muitas coisas podem mudar. – disse esperançoso.

-- Matt... – tentei formular uma frase, mas ao olhar nos olhos dele desisti. – Tudo bem. Eu só não quero te magoar. – suspirei.

-- Eu sei dos riscos que estou correndo. E posso enfrentá-los por você. – depois de escutar isso eu só pude beijá-lo.

-- Obrigada. – acariciei seu rosto.

Só esperava não me arrepender da escolha e nem levá-lo para um mar de sofrimentos como os meus. Matt não merecia isso.

Tá tú álainn. ¹” – “Você está linda.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O que acham que vem por aí? Me digam nos comentários e eu falo se chegaram perto rsrsrs
Não respondi os reviews, mas li todos e muito obrigada por eles. São eles que me motivam a escrever novas histórias.
Fantasminhas apareçam e me mostrem se estão gostando da fic, adoraria saber as suas opiniões.
Bjos e bom final de semana.



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