Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 18
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Como foi a semana de vocês? A minha foi mais ou menos, mas com esse capítulo aposto que até quem está mais pra menos vai ficar super mais kkkk



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CAPÍTULO 16

Beijar a Duda foi muito mais do que eu esperava. Foi romântico, intenso, apaixonado, sexy, inesquecível... Eu me senti mais forte e ao mesmo tempo mais fraco. Nos céus e ao mesmo tempo no inferno. Duda era minha perdição e a minha salvação. Ela era tão doce e carinhosa e ainda conseguia ter um pulso firme e impor suas vontades.

Eu sempre senti algo a mais por ela na infância e isso aumentou quando entramos na puberdade. Porém quando minha amiga foi embora esse sentimento se perdeu e agora estava voltando com força total. Uma prova disso foi o beijo que trocamos.

Parecia tão certo ficar com ela. Estar junto dela. Meu lobo interior sentia isso. Eu me sentia mais forte, mais líder do que nunca. Era como se o meu destino sempre fosse ela. Duda...

Mas havia Nessie. Minha namorada. Noiva. Ela era o meu imprinting e eu me sentia preso a isso. A ela e a uma promessa de nunca deixá-la... Isso era antes. Antes de reencontrar a Duda, antes de sentir aquilo em meu peito.

Não sabia o que fazer em relação a tudo o que estava acontecendo na minha vida que era tão pacata. Somado a essa confusão de sentimentos existia o vampiro que insistia em nos fazer de idiotas. E eu tinha a sensação de conhecê-lo...

Por hora, tudo o que eu conseguia sentir era raiva de mim mesmo por ter deixado a Duda ir embora daquele jeito. Sem conversarmos. Mas o que eu diria pra ela? “Desculpa?” Ou... “Esse foi o melhor beijo da minha vida?” Meus pensamentos também não ajudavam em nada. Eu só queria ir pra casa deitar na minha cama e dormir.

Passei pela praia e alguns casais ainda dançavam na pista. Me lembrei de quando dancei daquele jeito com a Duda. Parecia que tinha acontecido há tanto tempo e nós estávamos bem. Sem nenhum problema...

Cheguei à porta de casa e a dor no meu peito parecia que iria me tragar a qualquer momento. Eu queria extravasar. A única forma que encontrei de fazer isso, sem me transformar foi dando um soco na parede ao lado da porta. Concentrei todas as minhas forças ali e bati.

Minha surpresa foi bem maior quando meu pulso atravessou o concreto sem o menor problema. Como se ele não estivesse ali e eu nem ao menos o senti. Eu precisaria dar o mesmo soco algumas vezes pra isso acontecer, pois apesar de ser forte eu tinha minha capacidade plena apenas transformado.

Meu pai e todo o conselho que estava na sala saíram para olhar o que estava acontecendo. Tia Susan e Vó Aine, que haviam chegando e presenciado a cena me olhavam assustadas e os olhos da minha avó demonstravam certa compreensão. Como?! Se ela nem ao menos sabia o que se passava.

-- Eu acho que sei aconteceu. – ela falou em tom mais baixo que um sussurro.

Acho que não era pra eu ouvir, mas isso era impossível, já que a minha audição, que antes era ótima, estava excelente. Eu escutava os carros passando na estrada há quilômetros dali, coisa possível somente em minha forma lupina.

-- Jacob o que aconteceu?! – meu pai foi o primeiro a falar comigo diretamente.

-- Nada. – cruzei por ele e atravessei a sala indo para o meu quarto e batendo a porta do mesmo sem me preocupar com os estragos, que ficaram visíveis quando ela caiu no chão em um baque surdo.

Coloquei o travesseiro sobre a cabeça tentando abafar as conversas que aconteciam lá fora. Não me bastava o Edward dizendo que não conseguia ler minha mente, agora tinha a força excessiva e a audição mais aguçada que o normal. Quer dizer, eu ainda estava na forma humana! Não podia estar fazendo tudo isso?! Ou podia?!

Decidi colocar um pano por cima de tudo, pelo menos por enquanto, e dormir. Ou tentar fazê-lo, já que eram mais de duas horas e eu não conseguia pregar os olhos. Só conseguia pensar na Duda e no quanto ela estava me afetando. Com algum tempo rolando pela cama eu finalmente dormi.

Meu pescoço queimava. A dor era dilacerante e por mais que eu gritasse nada a parava. Algo segurava com força meu corpo inerte quebrando vários dos meus ossos.

De repente, o que estava me prendendo foi arrancado de perto e quando abri meus olhos vi um cavalo branco passando por cima de mim e quem estava sobre ele segurava uma espada.

Olhei pra frente e lá me foquei no homem de pele extremamente branca e olhos de um vermelho que me assombrava. Eu havia sido mordido por um vampiro! Era pra eu estar morrendo!

A dor em meu pescoço se tornou mais aguda e eu começava a submeter-me a ela, mas forcei minha mente a ficar lúcida e ver o que estava acontecendo. Quem estava no cavalo desceu e parou de frente ao sanguessuga. Os cabelos negros caíram por suas costas e eu percebi que era uma mulher! O que uma mulher fazia ali?!

Ela empunhou a espada e a direcionou para o vampiro. O que ela estava fazendo?! Uma espada não iria fazer cócegas nele! Mas em um só golpe arrancou a cabeça daquele ser e terminou de esquartejá-lo. Depois algumas pessoas apareceram e atearam fogo no monte de pedaços que haviam sido feitos.

A mulher virou-se e andou em minha direção. Abaixou-se e passou a mão por meu rosto. Fechei os olhos com seu toque gentil e abri-os novamente me deparando com dois orbes castanhos extremamente familiares. Observei todo o rosto e assustei-me ao perceber que era a Duda.

Tentei inutilmente chamá-la, pois tudo o que saía de meus lábios eram gritos cada vez mais estridentes e apavorantes. Antes de cair em uma semi-inconsciência escutei-a chamar por alguém e me dizer:

-- Feicfidh tú a bheith fíneáil.¹

Acordei suado e mais intrigado do que quando dormi.

-- Mas que diabos de sonho foi esse?! – perguntei a mim mesmo tentando encontrar uma explicação coerente pra ele.

Como eu não achei, resolvi “deixar” pra lá e ir tomar meu banho. Ganhava muito mais com isso. Eu precisava abrir a oficina, já que o Seth nem o Embry iriam trabalhar, pois ficariam um turno a mais nas rondas.

Enrolei a toalha na cintura e me olhei no espelho. Imediatamente lembrei-me do sonho pra lá de bizarro. Toquei meu pescoço e olhei seu reflexo. Havia uma marca ali. Igual a marca que a Bella tinha no pulso. Me assustei ao constatar isso e ao olhar de novo o sinal da arcada dentária do vampiro havia desaparecido.

-- Você está ficando louco Jacob. – balancei a cabeça negativamente. – Louco...

Feicfidh tú a bheith fíneáil.¹” – “Você vai ficar bem.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram?! Jacob agora vai começar a perceber seus sentimentos pela Duda.
Reviews e recomendações são bem vindos!
Bjos



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