Obstáculos De Um Amor escrita por LA_Black


Capítulo 19
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Os comentários estão diminuindo ao passo que os leitores aumentam. Não consigo entender vocês.
Bom... Vamos ao capítulo.
Nos vemos lá embaixo.



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CAPÍTULO 17


–- Eu não acredito que você saiu de lá correndo! – Lucy me dava uma “bronca” enquanto almoçávamos.

–- Você queria que eu fizesse o quê? Dissesse: “Jake esse foi o melhor beijo da minha vida e nós podíamos ficar juntos! O que acha?!” Faça-me o favor... – retruquei colocando um pedaço de torta na boca.

–- Duda, é você que tem essa mania de sair correndo quando acontece qualquer coisa. Isso não é normal! Você tem que enfrentar seus medos! – me apontou com o garfo.

–- É fácil falar! Você já tem o Chris...

–- Eu tenho e graças a você. Eu queria poder te ajudar com o Jacob. – falou tristonha.

–- Você já me ajuda Lucy. – coloquei as mãos por cima da sua. – É a única que consegue escutar minhas lamúrias. – dei um sorriso triste. – Só a minha situação que é complicada demais. – fiz uma careta.

–- Verdade... – disse pensativa. – Mudando de assunto. Hoje um possível fornecedor vai se encontrar com você, está lembrada?! – perguntou cortando um pedaço do bife enorme que estava em seu prato.

–- Droga! Tinha me esquecido disso.

–- Por isso que eu perguntei. Hoje você está mais distraída que nos outros dias. – dei de ombros.

–- E onde é que ele quer me encontrar?!

–- No escritório que você tem ao lado da construção da loja...

–- Pra que esse homem quer me encontrar Jesus?! Eu nunca assinei nenhum contrato com fornecedores pessoalmente e agora ele vem e exige isso?!

–- Ele diz que prefere fazer negócios com a sócia majoritária da empresa. – falou como se não fosse nada.

–- Ele é um chato, isso sim. – bufei.


Após o almoço voltamos para o trabalho. E eu fiquei esperando o moço exigente que só assinaria o contrato se fosse com a sócia majoritária...

Enquanto isso, deixei minha mente vagar para a noite do dia anterior... Eu ainda podia sentir os lábios do Jake sobre os meus... Passei a mão ali, tentando recuperar a sensação de aconchego e carinho.

Após minha “fuga” não planejada eu corri o mais rápido possível pra casa. Chorava tanto que em um dado momento, minhas lágrimas secaram e eu só soluçava. A cena era deplorável pra quem visse de fora, mas essa foi a única forma que encontrei de aplacar a dor que eu estava sentindo.

Eu queria o beijo, queria o beijo e muito mais. E esse “muito mais” incluía Jacob solteiro e desimpedido. O problema era a Renesmee, ela e o imprinting.

Outro episódio que não fazia nenhum sentido. Como o Jake me beijou mesmo tendo um imprinting?! Coisas que estavam além da minha compreensão...

Meus pensamentos foram interrompidos por batidas na porta. Pelos pensamentos só poderia ser o tal fornecedor. Pedi para entrar e me deparei com um homem de vinte e poucos anos, usava um terno que lhe caía como uma luva e o perfume que ele exalava deixaria qualquer mulher fascinada, inclusive eu. Era uma mistura de limão com tangerina, a fragrância de uma flor e no finalzinho você sentia algo amadeirado. “KC Black...” Lembrei-me do nome do perfume. Só poderia ser...

Os olhos verdes dele me olharam curiosos e só então eu me toquei de que estava encarando o estranho há tempo demais sem falar uma palavra. Pigarreei e levantei-me da cadeira, dando a volta na mesa e parando em frente a ele com a mão estendida.


–- Eduarda Sullivan. – disse enquanto ele me cumprimentava. – E você é... – deixei a frase em aberto.

–- Matthew McBride. Prazer. – me olhou de cima a baixo, “conferindo” meu corpo. Homem é tudo igual. – Você não é muito jovem pra ser dona de uma empresa deste porte? – essa pergunta foi indiscreta, mas eu geralmente causava essa reação nas pessoas.

–- E você também não é muito jovem pra dirigir a sua?! – devolvi.

–- Me pegou! – me respondeu bem humorado.

–- Sente-se. – apontei para a cadeira à frente da mesa. – Aceita algo?! Café, suco, água...

–- Oh não obrigado. Prefiro tratar logo dos negócios.

–- Certo. – me sentei.


Conversamos durante toda a tarde. Matt (como ele gostava de ser chamado) estava à frente de sua empresa desde que completara vinte e três, há cincos anos. Seus pais moravam em Los Angeles e eram divorciados. Optava por assinar os contratos somente com os “donos” das empresas porque ele acreditava que essa era uma forma de conhecer a índole de cada um.


–- E o que achou de mim Matthew?! Digo, do meu caráter?! – perguntei sem um pingo de vergonha.

–- Acho você uma mulher inteligente, honesta, que dirige a empresa maravilhosamente bem e extremamente atraente. – se aproximou de mim.

–- Obrigada. – falei agora com certo embaraço. – Então vamos ao contrato?! – mudei de assunto.


Ele me entregou o mesmo já assinado e carimbado por sua empresa, só faltava o meu consentimento. Depois de discutirmos o essencial, o acompanhei até a porta.


–- Vou ficar na cidade por mais alguns dias, - começou e eu já sabia aonde ele queria chegar. – aceita jantar comigo?! – Matthew era bem direto quando queria.


Ponderei seu convite. Quer dizer, ele claramente estava me dando mole, mas eu não sabia se era o certo a fazer, estando ligada a um sentimento tão forte e que me fazia sofrer. Obviamente ter um relacionamento com Jake era praticamente impossível, então por que não dar uma chance ao Matthew?!


–- Aceito. – respondi após meu pequeno conflito interno.

–- Amanhã. Passo na sua casa às oito. – falou animado.

–- Ok. Nos vemos amanhã então?! – recebi um beijo na bochecha.

–- Claro.


Eu fiquei um tempo parada na porta tentando entender o que deu em mim pra fazer aquilo, mas como não cheguei a nenhuma conclusão resolvi deixar para lá e arriscar um pouco. Eu merecia isso, afinal passar uma vida inteira amando e não sendo amada te deixa um pouco desconfiada das coisas.

Arrumei minhas coisas e voltei pra casa. Ainda precisava fazer algumas pesquisas e ir para La Push encontrar com minha avó, que queria conversar urgentemente comigo.


[...]


–- Vó?! – chamei sua atenção enquanto me aproximava.

–- Olá Eduarda. – era incrível como ela nunca me chamava pelo apelido, sempre dizia que meu nome era forte, e devia ser tratado como tal.

–- O que a senhora queria falar comigo?

–- Acho melhor se sentar e não ler minha mente. – falou me deixando completamente sem ação.

–- Como a... Mamãe falou alguma coisa? – perguntei.

–- Não. Ninguém me disse nada. – acho que minha expressão mostrava que eu não estava entendendo mais nada. – Era sobre isso que eu queria falar com você ontem...


Eu ficava cada vez mais curiosa com todo esse mistério.


–- Você desconfiava de que eu estava mentindo, não era?! – engasguei com a saliva.

–- O quê?! Não. Que isso Vó. – desconversei.

–- Sim. E você tinha razão. – a olhei abismada. – Eu escondi porque acreditava que não era necessário você saber certas coisas, mas depois que eu conversei com Billy e Quil Ateara, e descobri que minha neta mais velha estava atolada em lendas e poderes milenares, resolvi que era hora de você saber de tudo... Ou quase tudo.

–- Mas... – ela me interrompeu.

–- Primeiro eu falo. Depois você pergunta o que quiser. – assenti.

–- Nossa família descende dos irlandeses, porém não são irlandeses comuns. Nosso povo era chamado Celta, mas nossa aldeia, em especial, tinha outro nome. Hiberni.

“Os Sullivan eram o clã mais tradicional e conhecido da Irlanda. Nossa comunidade era a mais próspera e conservadora, mas isso não impedia que compartilhassem os conhecimentos com os outros povos.

O período próspero se findou na época em que várias pessoas começaram a desaparecer, deixando todos em alerta. Quando elas foram encontradas, seus corpos não tinham sangue e estavam muito maltratados.”


–- Vampiros... – sussurrei a interrompendo.

–- Sim Eduarda, eram vampiros. Mas não sabiam como derrotá-los. Eles eram mais fortes e mais rápidos, e à medida que mandavam os guerreiros para a batalha, mais deles morriam.

“Depois de muito debaterem, como último recurso, decidiram fazer uma prece à Morrighan, deusa da guerra, para que ela, em sua força e sabedoria, lhes concedesse uma forma de matar aquele mal. No dia seguinte, a filha mais velha do clã Sullivan acordou mais poderosa e forte que todas as mulheres e homens guerreiros. A deusa Morrigan lhe concedeu um de seus próprios poderes: A visão. Com isso, Astrid sempre poderia saber quando os inimigos estavam próximos. Ela poderia salvar as pessoas, pois sabia exatamente o que iria acontecer.

Astrid foi para os campos de batalha, mas não conseguiu vencer o frio, pois mesmo ela sendo forte, ainda lhe faltava algo. Ela mesma fez uma oferenda à deusa e pediu que esta lhe desse uma arma capaz de matá-lo.

Então diante de seus olhos uma luz desceu da lua e pousou à sua frente. Tão rápido quanto apareceu, ela sumiu e no local onde tocou havia uma espada.”

–- Tá me dizendo que ela ganhou uma espada pra matar vampiros?! – perguntei divertida. – Vovó isso é só lenda mesmo... – balancei a cabeça.

–- Quer parar de rir e me escutar? – ele havia ficado nervosa e eu só concordei. – A espada era feita com o metal mais resistente que já haviam encontrado, o titânio. E levava entranhado em si o veneno dos Frios e dos Filhos da Lua, assim ela poderia matar qualquer um dos dois seres.

–- Pera aí... – comecei. – A senhora tá me dizendo que existe MESMO uma espada capaz de matar um vampiro?! – eu estava curiosa com relação a isso.

–- Sim Eduarda.

–- Ainda não consigo acreditar...

–- Eduarda você faz mais parte dessa história do que imagina... – me respondeu com ar de mistério.

–- Como assim eu faço parte dessa história?! Que eu saiba, eu não vivi nesse período.

–- Não viveu, mas tem uma parte sua que o vivenciou. – nem me dei ao trabalho de falar alguma coisa.


Eu acreditava em muitas histórias, mas essa que a minha avó me contava era surreal demais. Fantasiosa demais. Vendo que eu não estava muito crente do que ela havia relatado, falou que por aquele dia, já bastava de histórias, deu um beijo no alto da minha cabeça e entrou para dentro de casa. Deixando-me sozinha com meus pensamentos.

“Será que isso é realmente verdade?”




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Notas finais do capítulo

Sem ameaças a mim e a Duda, por favor kkk
Ela precisava arrumar um pretendente e nos próximos capítulos vocês entenderão porque.
E a história da Vó Aine?! Verdade... Mentira... rsrsrs
Lembram da short-fic que eu disse estar escrevendo? Pois então, aqui vai a sinopse-não oficial:
Título: Vinho, Chocolate e Algo Mais
Sinopse: Casamento é sinônimo de alegria e festa. Bom, não esse. Quando Julliet recebe o convite do casamento de sua prima, Lana, tudo o que ela mais deseja é poder esquecê-lo. Mas, além de convidada, ela também é madrinha. Assim Jullie viaja de volta para sua cidade natal e tenta manter uma convivência forçada com Lana. Após mais uma de suas discussões com a prima, Julliet sai de casa sem rumo e o destino a leva direto para os braços de Jacob Black.
Por favor digam se ficaram interessadas pela fic. Ainda não sei quando vou postar estou esperando a minha beta me enviar o texto já revisado.
Comentem, recomendem e um ótimo Carnaval pra vocês.