A Viajante Dos Mangás escrita por P L Regis


Capítulo 42
Cap. 42 Apostando Corações.


Notas iniciais do capítulo

Minna! Então pode aplaudir porque eu trouxe o capítulo em menos tempo do que eu esperava. Menos de duas semana ~wee *apalusos* *confetes* *e tudo que há de bom*

Nana: Menos tá!
Eu: Ok, então voltando, o capítulo até começa fofo, mas nada de kunais ninjas ou magias contra a autora se vocês depois de lerem sentirem que precisam me matar, tentem ouvir uma música relaxante. E nos vemos nas notas finais.

Nana: Agradecendo a j3ss por favoritas. Arigatou hime! *--*



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O meu coração faltava pular para fora da boca de tão rápido que ele batia, eu nem sequer conseguia pensar no que responder, eu não queria deixar claro que havia gostado, mas também não queria responder grosseiramente, nesse momento minha mente entra em conflito e trava.

E outra vez o celular vibra.

Dan:

Devo ter te deixado com vergonha para não responder, aposto que está com as bochechas vermelhas. ♥ 17:43

Idiota! 17:43

Apesar de eu negar eu realmente estava com vergonha, ele havia me chamado de minha pequena, isso não era apelido de namorado? Eu me sentia tão estupidamente feliz que tudo que eu conseguia fazer era sorrir, como uma idiota.

– Filhota estou indo – Disse meu pai me fazendo tentar inutilmente disfarçar todo o nervosismo – Quer ir para a casa do papai? – Falou o mesmo com um sorriso bizarro na face.

– Não sei, qual é a do teu sorriso estranho? – Respondi escondendo o celular que havia acabado de vibrar novamente.

– Teu pai está com ciúmes, pois a “filhota dele” está crescendo – Cortou minha mãe fazendo meu pai olhar feio para ela.

– Não diga isso Helena, é só que a Nana não me deu atenção hoje, você também notou – Resmungou o mesmo fazendo minha mãe rir.

– Vocês dois – Murmurei fitando os dois – Não sei por que se divorciaram se vocês se dão tão bem – Comentei despreocupada, eu não esperava que a repercussão do meu singelo comentário fosse tão grande, os dois ficaram tão sérios e incomodados que me fizeram ter de mudar de assunto o mais rápido que deu – Vou arrumar minhas coisas, você vai me levar para a escola na segunda ou me traz domingo a noite? – Falei.

– Você que escolhe – Respondeu tentando dissipar a atmosfera desagradável que eu sem querer causei.

– Certo, ma trás amanhã a noite mesmo – Falei, ele apenas assentiu e eu subi para o meu quarto pronta para arrumar a minha mochila.

Assim que fechei a porta atrás de tratei de arrumar a mochila o mais rápido possível, coloquei apenas um pijama e uma roupa básica e então desci, quando estava chegando à sala escutei uma conversa estranha dos meus pais.

– Você sabe que eu concordo com ela não sabe? – Ouvi meu pai declarar.

– Não fale asneiras Masato! – Rebateu minha mãe nitidamente incomodada – Não é só de amor que vive um casamento – Murmurou a mesma com tristeza na voz, aquilo me fez ficar pensativa, eu tentei ignorar e cortei a conversa com a minha chegada.

Depois daquilo minha curiosidade sobre a vida e separação dos meus pais aumentou, apesar de que no momento o meu coração parece estar dançando de felicidade, a frase “minha pequena” ecoava na minha cabeça, e o receio de estar me iludindo só aumentava. Decidi então ler a mensagem e responder.

Dan:

Quanta fofura, pequena 17:45

Está me dando apelido Dan? 17:53


Porque? Não posso? 17:55

Você sabe que é apelido de casal não sabe? 17:57


Eu sei, mas quem sabe... 18:01

Ok, não entendi 18:4

Deixa para lá. ;) 18:07

[...]

O cheiro de café sendo feito tomou conta do meu quarto, e então a luminosidade começou a ser um incomodo ao abrir os olhos eu me sentia particularmente mais leve naquele domingo de manhã, parecia que tudo estava maravilhosamente bem e que tudo iria ser lindo fofo, e blá blá blá. Apesar de que sempre que tudo parece conspirar ao seu favor a vida está fazendo exatamente ao contrário.

– Bom dia minha hime* – Pronunciou meu pai adentrando o quarto com uma bandeja com duas xícaras de café e alguns pães de queijo, eu sorri para ele.

– Ohayo otou-san!* – Falei docemente ele sorriu de uma forma alegre.

– Adoro quando você fala japonês, isso me conforta de alguma forma – Falou o mesmo sentando em minha cama e colocando a bandeja no colo – Afim de um café na cama? – Completou o mesmo.

– Estou sempre afim – Respondi, enquanto comíamos conversávamos sobre coisas estúpidas até entrarmos em um assunto um tanto quanto íntimo.

– Filha – Começou meu pai – Você e o Dan? – Perguntou parecendo um pouco preocupado, tentei parecer não estar incomodada com a pergunta.

– O que tem pai?

– Vocês são amigos, amigos íntimos, namorados... O que? – Perguntou, eu olhava pro meu pai com vontade de levantar e deixa-lo falando sozinho, mas eu não queria estragar o dia que começou tão bem.

– Amigos, fique tranquilo – Respondi sorrindo, apesar de que lá no fundo eu queria mesmo era que a 3° opção fosse a verdadeira, eu queria lá no fundo ser a namorada dele.

– Ah bom, então tá... – Murmurou meu pai tranquilizado, ele se levantou e tirou as coisas do café da manhã saiu do meu quarto sorrindo, me levantei naquela manhã em particular mais sorridente, eu poderia dizer que tinha tido uma excelente noite de sono, mas não era isso. Foi uma ótima noite de sono, mas igual a todas que tenho tido, não era o dia em particular eu não tinha nem sequer motivos para ficar feliz ou alegre ou qualquer coisa do tipo. Mas eu não estou a fim de procurar motivos para estar feliz, eu estou feliz, sorridente e animada, e isso já basta.

Me dirigi até o banheiro a procura de uma daquelas duchas revigorantes que só essa ducha mega ultra moderna que tem na casa do meu pai, na verdade quase tudo na casa do meu pai é mega moderno, ultima geração e blá blá blá. Ele ama tecnologia de uma tal forma... Enfim, após o banho voltei para o quarto queria entrar na internet e conversar com a Haruka, assim que entrei no quarto notei que meu celular tinha uma mensagem de voz, o que é estranho já que ninguém me manda mensagem de voz. Decidi quase sem pensar ouvir o que a pessoa queria.

– Nana? É o Ethan, estou deixando recado porque é urgente! Quando você ouvir pode me ligar, por favor, é muito sério!

Depois de ouvir a mensagem eu só tive dois pensamentos, o primeiro foi porque diabos eu dei meu celular para o Ethan? Apesar de ele ter demonstrado ser um bom amigo... A segunda era a mais coerente de todas a de ligar de volta e saber do que o ser estava falando para estar tão nervoso. E foi o que eu fiz.

– Alô?

– Ethan... É a Nana ouvi sua mensagem o que houve?

– Nana! Ah que bom, eu realmente preciso falar com você? Tem como a gente se encontrar? – Falou o mesmo, ele não me parecia tão nervoso como estava na mensagem, porém, eu aceitei e combinamos de nos encontrar no café do meu pai. Já que o mesmo iria para lá mais tarde, eu não estou tão curiosa como eu deveria, na verdade se ele não tivesse transparecido preocupação na mensagem eu teria ignorado e falado com ele na segunda.

[...]

Estava sentada na mesa que eu habitualmente sento, e sim eu sou tão neurótica que sento na mesma mesa desde que me lembro. Era brincadeira no começo, mas agora é praticamente minha mesa. Assim que o Ethan chegou ele sentou-se na minha frente um pouco afobado.

– O que houve? Algum problema Ethan? – Falei aflita, ele agora realmente parecia muito preocupado com algo.

– Nana eu não queria te falar, mas eu não sei se alguém vai abrir seus olhos se não eu mesmo – Falou apressadamente.

– O que?! Como assim? – Perguntei assustada, do que ele estaria falando?

– Nana é sobre o Dan, você não pode namorar com ele! – Respondeu quase desesperado, eu me assustei do que diabos ele estava falando? – O Dan apostou com o Arthur Andrade e com o Lucas Souza que conseguiria você, ele apostou você Nana! – Completou me fazendo entrar em estado de choque, o que diabos ele estava falando?

– P-pera... – Gaguejei visivelmente nervosa, engoli seco e deu um suspiro para me acalmar – Do que você está falando? – Completei esperando uma resposta menos paranoica, até aonde eu sabia o Dan odiavas esses garotos.

– Eu ouvi eles conversarem na sexta-feira, o Dan disse que apostaria 100 reais que conseguiria fazer você se apaixonar por ele.

– Você sabe o quão louco isso soa – Interrompi – O Dan é meu amigo desde que eu lembro, eu duvido que isso seja verdade – Completei irritada, quem ele pensa que é para falar isso do Dan.

– Eu sei, eu também não queria que fosse, mas eu tenho provas – Respondeu.

– Mostre-me – Falei grosseiramente, ele tirou o celular do bolso e então me mostrou uma gravação do Arthur e do Lucas conversando sobre a aposta, Lucas até dava uma nota de 50 reais para o Arthur guardar para caso o Dan vencesse a aposta e ele também falava sobre ele convencer a “ruivinha” que creio ser a Haruka a cooperar com a ideia da brincadeira 7 minutos no paraíso, que a Haruka me fez participar sem o meu consentimento.

Assim que aquilo terminou eu mal conseguia segurar as lágrimas eu queria morrer, ele estava apostando a mim e os meus sentimentos, como o Dan pode ser tão baixo?

– Sinto muito Nana, mas eu precisava te avisar, eu tentei ontem, mas não consegui te dizer, fiquei com medo da sua reação, mas não te avisar iria contra meus princípios, e como eu sabia eu tinha que fazer. Eu realmente sinto muito – Falava Ethan, eu queria sair dali me esconder e chorar até sumir, mas respirava fundo para não cair aos prantos, meu pai iria matar o Ethan se me visse chorando, me levantei e sorri.

– Tudo bem, obrigado Ethan – Falei e então sai rumo aos fundos da cafeteria aonde eu me encostei-me à parede e chorei feito um bebê, meu coração estava partido, até ontem a noite eu estava feliz pelo “minha pequena” que ele havia me apelidado, aquele clichê tosco e imbecil como eu fui tola.

– Idiota – Murmurei para mim mesma tentando limpar as lágrimas – Para de chorar sua estúpida – Continuava a falar, eu queria engolir o choro e dar uns belos tapas na cara do Dan, eu queria morrer se pudesse. Eu queria tudo menos que aquilo realmente fosse verdade.

Durante o resto do dia que havia começado tão perfeitamente eu mais parecia um zumbi, a noite quando cheguei em casa eu fui direto pro meu quarto aonde eu dormi até o dia seguinte, eu queria tanto que tudo não passasse de uma brincadeira estúpida, mas o Ethan não tinha motivos para mentir para mim. Mas na segunda de manhã que acordou tão cinza quanto o meu humor, eu já estava pronta para dar o troco no Dan, eu já não estava mais de coração partido, eu queria era vingança. E com isso o motivo de ir a escola foi bem maior.

– Você vai se ver comigo Kazegawa, nunca mais me fará de idiota – Murmurei enquanto arrumava meu cabelo enfrente ao espelho, o meu sorriso vingativo era tão assustador, porém caia feito uma luva com o olhar frio que eu ganhei da noite pro dia.


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Notas finais do capítulo

Hime = Princesa, acho que todos sabem né?
Ohayo otou-san = Bom dia pai/papai. Acho que também sabia dessa né?

E então galerinha, sim eu destruí um inicio de romance em menos de 1 capítulo. Podem tentar me matar, mas eu avisei lá em cima, músicas relex. ♥
E então eu acho - tenho minhas duvidas - de que o próximo cap. pode sair entre domingo/segunda dependendo do ritmo que liberarem o meu pc.. Mas enquanto isso pode sonhar em trucidar a mim ou ao Ethan, eu deixo matarem ele. Não a mim! :3