Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 6
A Identidade do Misterioso Garoto - Parte Final




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CAPÍTULO 006

Mar das Trevas

O homem observou o Patamon envolto de um tipo de casulo de energia branca. Ele tentou se aproximar um pouco mais, porém a energia do casulo impediu de ele chegar perto. Foi então que ele decidiu voltar para a praia. Weiz saiu do Mekanorimon e ficou sentado na areia enquanto conversava com Darcmon por meio do seu aparelho de pulso que oo permitia se comunicar com o digimundo como se fosse um rádio.

─ Descobriu alguma coisa, chefe? ─ perguntou a mulher.

─ Claro que sim. A distorção no espaço-tempo é causada pela presença de um digimon muito parecido com um Patamon. Porém, quando eu fui avançar mais perto, uma energia impediu que eu prosseguisse. Não sei ao certo se isso tem a ver com o surgimento desse tal Exército Negro. Voltarei à base.

Minutos depois, Weiz retornou para a base.

─ Manda o inútil do Dracmon me servir um café.

Ele foi ao seu gabinete mais uma vez. Verificou novamente a imagem de Impmon. Seus olhos eram de ódio puro. Darcmon retornou para o gabinete.

─ Avisamos ao senhor Gennai a respeito disso?

─ És louca, minha filha? O que tem nesse cérebro, massa de modelar rosa de Numemon? Jamais! Eu tenho planos para o futuro neste digimundo ─ o pequeno vampiro entrou com o café numa xícara sobre um pires. Ele derrubou o café de uma forma bem desastrosa. ─ Seu animal! Esses seus olhos gigantes que mais parecem semáforos com duas cores, servem pra quê?

─ Desculpa, chefinho. Vou limpar tudinho. Volto já.

─ Espero, senão eu faço você limpar com a língua. Porque pra mim, digimons são inferiores a animais. Nem uma lesma bem treinada seria tão idiota, imbecil e patética como você, Dracmon!

─ Desculpa mais uma vez, chefinho.

─ Senhor, o tal humano adulto... O senhor sabe quem é?

─ Não, Darcmon. Esse humano eu não sei quem é. Porém, estou me aproveitando com o confronto dos digimaus e dos digiescolhidos para trabalhar nos bastidores. Uma pessoa no mundo real contratou os meus serviços e ele tem muitos planos aqui no digimundo, sabe de quem falo. Este humano para quem trabalho não é o mesmo humano que provavelmente esteja envolvido com a ação indiscriminada dos digimons maus.

Darcmon ficou muito ressentida quando o seu superior havia dito que os digimons eram piores que animais.

...

Um enorme Monochromon entrou na caverna em que os digiescolhidos estavam. Mesmo assim, o estranho Paulo Victor não os ajudou e ficou apenas rindo da desgraça alheia. Ele não era um exemplo de boa pessoa que os outros achavam. Paulo foi embora assobiando e caminhando como se nada tivesse acontecido.

Enquanto isso na caverna...

─ AHHH! Esse bicho feroz vai nos matar ─ alarmou Rose.

─ Vamos lutar ─ disse Betamon ─ parceiros, vamos atacar.

─ HERA VENENOSA! ─ o ataque de Palmon até agarrou o dinossauro, mas ele se soltou e jogou a digimon contra a parede.

─ Palmon! ─ gritou Rose.

─ Você vai ver seu monstro feio. DESCARGA ELÉTRICA! — o choque de Betamon atingiu o monstro, porém este possuía uma couraça muito resistente e não foi afetado. Monochromon usou sua cauda para atingir o digimon anfíbio, este caiu desmaiado no chão.

─ Betamon!! ─ gritou Mia.

─ ATAQUE DAS ENGRENAGENS! ─ Hagurumon atirou uma série de engrenagens no grande digimon, mas tudo em vão.

─ PÓ VENENOSO! ─ Mushroomon tentou envenenar o monstro, porém este ficou ainda mais furioso e foi pra cima dos digimons que corriam.

Palmon resolveu lutar contra Monochromon, ela sentia o dever e a obrigação de proteger seus amigos, principalmente a sua parceira.

─ Eu lutarei contra ele ─ disse a digimon.

─ Não Palmon, ele vai te machucar ─ impediu a garota.

─ Rose você me pediu perdão pelo que tinha feito comigo e se arrependeu. Sua atitude foi linda, você foi humilde. E pra quem tem tudo na vida, é quase impossível disso acontecer, mas você provou que tudo é possível. Obrigada Rose, você me deu coragem pra lutar, eu sou grata a você.

O digivice da garota começou a brilhar intensamente, iluminando toda a caverna. Foi como um jogo de luzes que foi se intensificando cada vez mais. Uma nova digievolução estava para acontecer

─ Palmon digievolui para... TOGEMON!

DIGIMON: TOGEMON

Atributo: Dados;

Nível: Adulto;

UM DIGIMON SEMELHANTE A UM CACTO NA FASE ADULTA. USA A RAJADA DE ESPINHOS PARA ATACAR O INIMIGO, ALÉM DOS SEUS PODEROSOS PUNHOS.

O Monochromon foi para cima de Togemon, mas esta lhe deu um cruzado de direita que deixou o bicho atordoado, depois o pegou pela cauda e, depois de girá-lo, arremessou-o para fora da caverna. O digimon dinossauro foi embora deixando os garotos em paz. Todos saíram, mas foram surpreendidos por Picodevimon.

─ Pensaram que escapariam de mim, pirralhos?

─ Ora, seu covarde! Quem você pensa que é para falar assim de nós ─ retrucou Mia.

─ Humana imbecil. Eu farei você engolir suas palavras. Bakemons, ataquem e destruam os pirralhos ─ ordenou o digimon morcego.

─ RAJADA DE ESPINHOS! ─ Togemon jogou seus espinhos em direção dos Bakemons que foram atingidos em cheio. Eles foram derrotados sobrando apenas Picodevimon.

─ Idiotas, vocês vão me pagar ─ disse o vilão fugindo como sempre.

─ Sai fora, seu covarde ─ disse Rose.

Togemon voltou a ser Palmon e levou um abraço da sua parceira que quase a sufocou. Os digiescolhidos voltaram ao seu rumo, que era chegar à montanha central da ilha, Mugen. Mia não entendia o motivo de Paulo ter se afastado do grupo e que justamente após isso um Monochromon os atacou. Ruan começou a desconfiar do garoto pelos mesmos motivos em que Mia pensava.

Algum tempo depois...

─ Nossa como está quente, eu não aguento mais andar. Vamos parar um pouco pessoal ─ falou Mia se sentando numa pedra no meio da estrada. ─ Estamos próximos à base da montanha, mas o sol não ajuda em nada.

─ Você está bem? Quer que eu te ajude? ─ perguntou Betamon.

─ Não, obrigada. O que me mata mesmo é o meu cabelo. Puxa, como eu queria cortá-lo ─ desabafou a garota passando a mão nos seus longos cabelos que iam até a cintura.

─ Eu queria uma massagem num spa chique e um banho de lama terapeutico bem gostoso ─ conclui Rose.

─ Que legal, eu também quero ─ falou Palmon.

─ Pessoal, olhem aquilo ─ disse Ruan apontando para uma grande casa. ─ Aquela enorme casa, vamos nos abrigar lá.

O casarão tinha a aparência de uma casa do Japão feudal, possuía uma enorme recepção com um grande balcão do recepcionista. Havia várias poltronas para os clientes esperarem. Mais ao fundo do estabelecimento, existiam corredores com vários quartos com as mais diversas funções: Massagens, cortes de cabelo, banho etc.. Ainda tinha um grande salão com vários aparelhos de ginástica e musculação, além de um lindo jardim. Era um Spa Digimon, um sonho que virou realidade.

─ Puxa, nossos sonhos se tornaram realidade ─ disse Jin.

─ Bem-vindos ao nosso Spa Digimon ─ apresentou-se um Lalamon. ─ Aqui vocês terão um tratamento vip com direito a banho de ofurô, massagem, alimentação, máscaras de lama, ginástica... mas para ter esses tratamentos, vocês terão que pagar em Libras inglesas.

─ Libras? Eu não tenho essa moeda ─ respondeu Jin desapontado.

─ É uma pena. Tinha uns vinte dólares no meu bolso, mas não serve pra nada se o que você quer são libras ─ lamentou Mia.

─ Que pena, eu moro na Espanha e a libra não é moeda de lá ─ disse Ruan.

─ Pois eu tenho ─ falou Rose com a maior satisfação. ─ Lembrem-se que sou rica e sempre guardo um dinheirinho comigo, na minha bolsa. ─ Ela tirou uma carteira de dentro da bolsa e retirou dela uma quantia em libras. ─ Tome, isto serve?

─ 500 libras?! Isto é mais do que o suficiente ─ disse Lalamon.

─ Oba! A Rose é bondosa ─ comemorou a Palmon

─ Eu quero que todos nós tenhamos os melhores tratamentos possíveis ─ finalizou a garota.

Assim as crianças e seus digimons foram bem atendidos por Pyomons que os levaram para os quartos com ofurôs. Os quartos se encontravam num corredor com várias portas. Era um verdadeiro labirinto de muitos corredores e com várias portas. As garotas ficaram no quarto do lado direito e os rapazes no lado esquerdo.

─ Ah que refrescante um banho assim ─ disse Jin.

─ Ei Hagurumon, por que não vem tomar banho conosco? ─ perguntou Ruan.

─ Eu detesto água, não gosto de tomar banho ─ respondeu.

─ Vai tomar banho sim ─ o rapaz pulou sobre o digimon pegando-o à força ─ Vai se banhar querendo ou não.

─ Você não vai me obrigar!

─ Pois eu adoro ficar na água ─ falou Betamon ─ Que sensação boa.

─ Você é um anfíbio, gosta da água por natureza ─ disse o digimon cogumelo.

Enquanto isso, as garotas tomavam um banho mais tranquilo. Mia, Rose e Palmon eram mais quietas e reservadas. Talvez pelo fato de serem apenas três, enquanto que no outro lado eram cinco rapazes. Rose e Mia conversavam.

─ Rose, o que você achou do Paulo?

─ Mia, eu o achei normal, além de ser lindo é claro ─ respondeu.

─ Sim, mas eu estava falando dele desaparecer logo após o Monochromon entrar e nos atacar. Ele não voltou. Você não achou estranho?

─ Achei, mas não quero falar sobre isso. Passe-me o hidratante ─ disse Rose, depois deu um mergulho.

Os quartos possuíam chuveiro para finalizar o banho. No lado das meninas tudo estava normal, porém no lado masculino o chuveiro não pegava. Não saía uma gota d'água. Ruan vestiu o roupão e saiu para perguntar sobre o problema. Ele andava no corredor quando viu sair de um outro quarto, Paulo! Sim, o mesmo Paulo que ele vira antes na caverna. Ruan se escondeu e se surpreendeu mais ainda quando viu outra pessoa saindo de lá, Picodevimon! Algo estava errado, Ruan sabia disso. Ele os seguiu até que Paulo e Picodevimon entraram num outro quarto, na ala das massagens. Ele ficou atrás da porta ouvindo a conversa dos dois. Ficou assim por um bom tempo.

─ Mestre, eu falhei. Os digiescolhidos fugiram e a cada dia ficam mais fortes. Perdoe-me.

─ É o quê?! Não acredito que estou ouvindo isso, Picodevimon. Eu tive um trabalhão em pôr os infelizes naquela caverna para depois dar tudo em vão? Vai ser castigado por isso!

─ Não mestre, piedade!

Ruan começou a ouvir barulho de chicotadas. Ele concluiu que o tal Paulo batia o Picodevimon com uma espécie de chicote. Ele não pode mais negar, Paulo agora era uma ameaça real para os digiescolhidos. Finalmente sua verdadeira identidade foi revelada.


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