Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 7
Meu Amigo Guardromon




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CAPÍTULO 007

Ruan andava vagarosamente no corredor, aproximou-se do quarto com a porta fechada, respirou fundo e foi ouvir a conversa. No corredor não havia absolutamente ninguém e o cenário era de um filme de horror.

— Seu inútil, eu tive um enorme trabalho em pôr aqueles idiotas na caverna para depois dar tudo em vão? — reclamou o garoto.

— Ma... mas eu fiz de tudo para detê-los. Porém, os pirralhos ficam mais fortes a cada dia que se passa — falou o digimon morcego já se borrando de medo.

— Você vai aprender uma lição para que fique bem claro — o rapaz tirou um tipo de chicote que estava sob o roupão e começou a bater.

Ruan começou a ouvir barulho de chicote. Ele concluiu que o tal Paulo batia no Picodevimon com uma espécie de chicote. Ele não pode mais negar, Paulo agora é uma ameaça real para os digiescolhidos. Finalmente sua verdadeira identidade foi revelada.

Paulo batia com o chicote ao lado de Picodevimon, mas não o acertava de forma alguma, apenas fazia medo. O medo do digimon começou a diverti-lo.

— Ha ha ha ha! Isso foi engraçado. Você deveria ver a sua cara de pavor diante de mim. Puxa, um digimon obedecendo cegamente um humano, isso é incrível. Eu agradeço muito a bondade do Grande Soberano por me dar esse presente. O que acha?

— Acho legal... — o digimon estava pálido de tanto medo que sentia.

— Você sabe que no dia que tentar uma rebelião contra mim, o Soberano o castigará com a morte. É bom lembrá-lo de vez em quando. Agora vá ter com meu parceiro, diga à ele que os digiescolhidos estão aqui. Mande tudo e todos para cá. Quanto mais cedo acabarmos com a praga dos digiescolhidos, mais cedo restauraremos a ordem no digimundo. Agora vá.

O rapaz loiro que escutava a conversa saiu rapidamente de trás da porta e se escondeu dentro de um outro quarto. Ele abriu um pouco a porta e olhou pela brecha os dois vilões passarem pelo corredor. O rapaz começou a suar da tamanha surpresa que tivera. Depois saiu e os seguiu.

As garotas recebiam uma massagem relaxante num outro cômodo do Spa. Palmon, Rose e Mia estavam no "paraíso" até que Jin abriu a porta e interrompeu o momento maravilhoso das três.

— Meninas, vocês viram o Ruan por aí? — perguntou o rapaz só com toalha.

— Sai daqui! — gritou Rose. Assustando os Gotsumons massagistas.

Mia começou a rir não se importando tanto com a presença masculina que Jin fazia no momento. Rose, como era riquinha, patricinha etc., dava muito escândalo por coisas reles.

Se por um lado as crianças passam por um vexame em que Jin fez ao ver as garotas num momento íntimo ocasionando uma comédia, por outro, existia um drama envolvendo Ruan que não parava de seguir Paulo após descobrir seu envolvimento com os digimaus.

Paulo voltou para o ofurô em que estava e Picodevimon já havia saído dar o recado para Impmon. Inclusive tanto Paulo como Impmon têm uma relação achegada. Quanto ao Ruan, ele voltou para o seu ofurô mas não achou ninguém, pois os demais saíram fazia um tempo. Ele saiu dali e foi ver seu digimon.

Após uma sessão de massagem, as meninas foram arrumar os cabelos com os mais variados cortes. Rosemary apenas quis hidratar os cabelos louros e ondulados. Mia quis cortar, deixar curto mesmo. Ela tinha longos cabelos lisos, mas depois de cortar, parecia um rapaz de tão curto que estava, mas na medida certa. Rose foi quem fizera um corte em Mia, afirmando que era uma moda em Londres e em Paris. As duas riram, Palmon nem estava mais lá, saíra com os outros digimons num momento descontraído. Enfim voltando para as meninas...

— Ficou linda, moderna e chique — elogiou Rose.

— Puxa, eu pareço um menino — disse ao mesmo tempo que gargalhava e olhava ao espelho. — Tem razão, cabelo curto é bem melhor, obrigada por me ajudar. Inclusive eu direi a você o meu nome de batismo. Eu me chamo Marilyn e meu apelido é Mia.

— Prazer em conhecê-la, senhorita Marilyn.

— Inclusive eu quero que você me adicione no Facebook, ok? Eu tenho MSN também, depois eu passo meu endereço pra você — concluiu Mia.

— Eu tenho também, podemos morar longe uma da outra, mas a internet nos aproxima, amiga — elas se abraçaram.

Jin e os demais digimons estavam no salão de ginástica que ficava mais ao fundo do Spa. O rapaz olhava todas as informações sobre o estranho e-mail que ele recebera algum tempo atrás. O seu tablet, seu modem e o fio que ligava à tomada que também pertenciam ao aparelho. O rapaz ficou mexendo por muito tempo sem querer continuar com os tratamentos. Era ele e o tablet, um momento de lazer particular e singular.

Ruan sentou-se do lado de fora do Spa e começou a tocar o violão, tudo o que ele queria era ficar só com seus sentimentos, pensando num jeito de desmascarar Paulo diante de todos, mas não era fácil. Não havia como provar a todos. Portanto, esse era o motivo dele ficar só. O semblante do rapaz começou a encher de lágrimas, lágrimas sinceras.

Hagurumon encontrou Ruan aos prantos e ficou bastante preocupado com seu parceiro.

— O que foi, Ruan? Por que está chorando? — perguntou o digimon bastante preocupado ao ver o menino em prantos e com cabeça baixa.

— Por que, Hagurumon? Por que as pessoas me acham um fracasso? Eu que tive que me esforçar para conseguir as melhores notas, o melhor desempenho no esporte...

— Não fale assim, eu não o acho um fracasso. Você é a melhor pessoa que eu conheci na minha vida. Somos irmãos, praticamente.

— Meus próprios colegas me acham chato, estressadinho. Eu talvez não seja lá muita coisa. Nem agradeci a Rose pela bondade que ela fez em pagar para nós um dia de spa — desabafou o garoto já se entregando ao choro.

— Meu amigo Ruan, eu tô aqui, nunca o abandonarei — falou o digimon enquanto fazia carinho ao garoto. O digimon começou a brilhar, mas Ruan não percebia, pois ficou sentado com a cabeça baixa e com os olhos fechados. O digivice do garoto brilhou e uma nova transformação estava para acontecer. — Hagurumon digievolui para... GUARDROMON!

DIGIMON: GUARDROMON

Atributo: Dados

Nível: Adulto

UM DIGIMON ANDROIDE NA FASE ADULTA, SEU ATAQUE MAIS COMUM É O MISSIL ORGÂNICO QUE ELE SOLTA PELO PULSO.

— Não chore Ruan, eu to aqui para lhe proteger — disse o andróide.

O loiro levantou a cabeça e viu o seu digimon evoluído na sua frente. O rapaz agora chorou de alegria e o abraçou. Guardromon estava alegre, pois agora podia abraçar seu parceiro digiescolhido.

Mia andava na esteira e Rose fazia pilates, tudo isso num spa! Sim o digimundo nos surpreenderá cada vez mais. Ambas faziam exercícios com outros digimons por perto. Paulo se aproximou de Mia, agora mais falante, com muito charme. Falsidade sem precedentes.

— Paulo?! Eu pensei que você... como veio parar aqui? Aonde foi quando estávamos na caverna? — perguntou a menina intrigada com a presença do garoto.

— Eu explicarei tudo. Depois que sai da caverna eu ouvi alguém pedindo socorro na floresta, daí fui ver e era um digimon precisando de ajuda. Um Chuumon, um ratinho rosa. Ele havia caído numa armadilha...

— Se eu te contar o que aconteceu conosco, você não acredita. Fomos atacados por um Monochromon enorme. Um sufoco, menino do céu. Ainda bem que fomos salvos por Togemon — falou a moça.

— Cadê seus digimons?

— Estão por aí. Devem estar relaxando... aqui é um spa esqueceu?

— Ha ha ha... me esqueço às vezes — completou Paulo levando a mão na cabeça. — Você ficou ótima com o novo visual.

— Obrigada pelo elogio cavalheiro. Vamos almoçar agora, eu estou lhe convidando para isso.

— Não sei se eu vou...

— Eu insisto — disse a garota. — Nem que seja amarrado, mas vai — os dois se olharam por um breve período, Mia começou a ficar vermelha e depois começou a rir.

Os digimons estavam reunidos em outra parte do spa. Eles estavam procurando Hagurumon por todos os cantos, mas não sabiam que este havia evoluído para a fase adulta.

— Você disse que ele estava aqui. Mushroomon, você é um mentiroso — disse Palmon.

— Ele estava aqui, eu juro. Eu o vi nesse instante.

Eles procuravam por todos os quartos de banho, massagem, recepção e até na parte administrativa do local. Nada encontraram, voltaram para o almoço.

...

ALMOÇO NO SPA DIGIMON, 12:00 PM

O restaurante ficava numa outra casa ao lado do spa, era menor, mas ainda cabiam várias mesas retangulares. Os garçons eram Sukamons e Chuumons. Mia sentou-se na primeira cabeceira e ao seu lado direito Betamon, e no lado esquerdo Paulo. Palmon sentou ao lado de Betamon; Mushroomon ao lado de Paulo; Rose ao lado de Palmon; Jin ao lado de Mushroomon. Eles estavam incompletos. Faltava Ruan e seu parceiro... até que chegaram. Todos ficaram surpresos ao ver Guardromon, mas o garoto logo explicou tudo.

— Parabéns Guardromon — parabenizou Betamon ao ver o amigo. — Agora ficou mais forte e mais potente.

— Obrigado, amigos. Sem vocês eu não conseguiria digievoluir.

Paulo sentia a maior raiva do mundo ao ver o progresso dos digiescolhidos.

" Droga" — pensou — " eles estão ficando fortes a cada dia que se passa"

— Vamos almoçar logo né? — disse Ruan ao sentar na outra cabeceira. — Guardromon, não se alimenta de matéria orgânica, ele já me explicou isso.

Eles iniciaram o almoço. Os Sukamons trouxeram pratos variados com as mais variadas baixelas e bandejas. Ruan não parava de olhar para Paulo. Até que soltou a primeira pergunta inconveniente.

— E aí, Paulo. Fala cara, tudo bem?

— Sim obrigado, amigo — respondeu o outro.

— Engraçado, nós não estávamos nada bem naquela caverna. Incrível, depois que você saiu de lá, tudo deu errado para nós. Para onde foi?

— Eu fui esperar meu digimon na...

— Cara você não percebeu a presença de uma droga de um monstro de cinco metros e duas toneladas? Incrível! — ironizou.

— Eu expliquei que eu fui ajudar um digimon que precisava de ajuda e...

— Não! Poupe-me. Cadê seu Digimon, parceiro?

— Eu já te disse, cara. Ele foi buscar ajuda com o Leomon. Quantas vezes eu vou ter que falar isso?

— O Leomon mora onde? Na Lua? Pra custar assim... Eu não acredito em nada que você fala.

— Ruan, por favor — disse Mia tentando interromper.

— Acalme-se, Ruan. Não vai falar nada de precipitado — falou Guardromon.

— Não, eu não paro. Agora que comecei vou até o fim — retrucou.

— Não ficarei aqui sendo ofendido por você. Eu vou embora.

— Espere! — Mia foi junto tentar acalmar Paulo, mas antes ela disse algo à Ruan — A culpa é sua por causa disso, eu te odeio! — saiu correndo atrás do garoto.

Todos ficaram em silêncio até que que Ruan voltou a falar.

— Eu não deixarei que ele escape assim tão facilmente — e saiu em direção ao Spa.

Mia tentava acalmar Paulo. Ela não admitia que Ruan fosse tão severo com rapaz. Ela ficou conversando com ele.

— Espere. Não vá, por favor.

— Mia você que é boa demais e não enxerga a maldade alheia. Eu nunca quis fazer parte do grupo, você que insistiu, e deu nisso.

— Pra onde vai?

— Embora. Eu não levo desaforo pra casa. Mia, venha comigo. Podemos fazer uma parceria juntos. Eu, você e nossos digimons. O que acha? Vamos?

— Eu não sei, deixa eu pensar?

— Pense na minha proposta e será feliz. Ficarei no meu quarto até você decidir irmos. Agora eu vou — ele deu um beijo no rosto dela. A mesma ficou vermelha e não conseguia mais esconder, começou a gostar de Paulo.

Enquanto isso...

— O clima está tenso, pessoal — disse Jin — é melhor todos nós irmos ver no que isso vai dar.

— Concordo — respondeu Rose — iremos todos.

Assim foram todos ao encontro de Ruan e Paulo. O clima estava fervilhando, ia pegar fogo. Ruan não ia deixar barato isso.

Ele entrou no quarto em que Paulo se hospedara e revirou tudo, mas não encontrou o que procurava. Um digivice, pois Ruan descobriu que Paulo era parceiro de um digimau. Ele procurou nas gavetas, mas nada. Até que Paulo entra no quarto e dá de cara com o rapaz loiro com os braços cruzados olhando para ele.

— Saia já daqui! O que você está fazendo aqui? — reclamou Paulo.

— Eu descobri tudo. Abre o jogo, brother.

— Jogo de quê? Não tem jogo nenhum, sai daqui — ele abriu a porta e pediu novamente que o outro saísse.

Foi aí que Ruan o segurou violentamente pelo colarinho e o empurrou contra a parede. O loiro sentia muita raiva naquele momento.

— Vamos, fale a verdade!

— Que verdade? Não sei de verdade nenhuma...

— Vamos, se abre comigo. Mostra o seu verdadeiro ser.

— Sabe de uma coisa, eu prefiro mil vezes cair de um precipício do que ser amigo de vocês, agora me solta, está me machucando.

— Solta ele! — gritou Mia ao ver Ruan o segurando pelo colarinho do rapaz. — Que decepção, Ruan. E eu que pensava que fôssemos amigos. Acabou.

— Acabou o quê? — perguntou Ruan.

— Paulo tem razão, eu seguirei caminho com ele — disse Mia dando um ultimato sobre ela mesma.

— Gente, o que houve? Que confusão foi essa? — perguntou Rose.

— Nós ouvimos um barulho e viemos o mais depressa possível — falou Jin atrás dele os digimons vieram junto.

— Já tomei minha decisão.

Minutos depois na saída do Spa Digimon, Mia se despediu de Rose, Jin, Palmon, Mushroomon e Guardromon. Ela começou a chorar, mas estava decidido, ela ia embora com Paulo. Eles formariam um belo casal, MAS, como nem tudo é perfeito, com certeza ela terá uma decepçãozinha no futuro.

— Adeus galera, talvez a gente se vê por aí quem sabe — despediu-se a garota dos demais — vamos, Betamon.

Betamon foi, mas triste. O pobre não gostou da decisão de sua parceira em se separar dos outros. Paulo seguiu na frente com um breve sorriso no rosto. Ele pensou em muitas coisas, inclusive:

" Destruí-la será mais fácil do que roubar doce de criança, depois eu darei o troco àquele idiota."

" Adeus, amigos" — pensou Mia olhando para trás.

Ruan não sabia mais o que fazer. Ele viu o fracasso em sua frente, a derrota. Não pôde provar nem falar nada. Não haviam provas, não havia como desmascarar Paulo. Agora ele olhava o triunfo de um ser das trevas.

...

Base Secreta de Weiz

D’arcmon chegou até ele e o avisou sobre algo. O homem logo fiou surpreso.

— Coloque uma câmera mais perto dele — disse o homem.

A câmera voadora filmava os acontecimentos na Ilha Arquivo. Weiz viu a confusão toda naquele spa.

— Mas que coisa... Paulinho deveria ser menos dramático e se enturmar. Para quem acha que ele está trabalhando?

— Não sei, senhor...

— Acredito que esteja ligado àquele humano misterioso ou com aquele Digimon submerso no mar das trevas. Seja como for, meu plano está indo conforme a banda toca. Preciso ser muito paciente, não acha?

— Claro, senhor.

Weiz continuou a assistir aos acontecimentos da Ilha Arquivo.


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