Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 28
Retorno ao Mundo Real e a Surpresa de Márcia


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo saído do forno. Espero que gostem.
Nome: Raymond Kelvin Kyoto
Idade: 27 anos
Título: ShadowLord
Raça: Humana/Digimon
Esposa: Lilithmon
Irmão: Aiko Kelvin Kyoto.
O vilão desta Saga. É um homem extremamente inteligente. Criou vários programas de computador para poder entrar no digimundo e adquirir poder dos digimons. Além disso, fez experiência com o próprio corpo fazendo assim seu DNA mudar e agora é feito de dados como os demais digimons. Tem a capacidade de se transformar em um digimon chamado Dynasmon. Apesar de ser um super-gênio, ele foge a ideia de ser um nerd. Bastante mulherengo e desinibido, pensa mais naquilo do que nos seus planos de conquista. É amigável com quem ele gosta, mas é cruel com quem ele se opõe.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/297260/chapter/28

CAPÍTULO 028

ODAÍBA, JAPÃO

Taichi e sua esposa, Sora, se preparavam para ir ao trabalho. Ele era um advogado de vara de família, ela uma estilista de moda. Ambos tinham um filho ainda bebezinho chamado Haruhiko, homenagem ao pai dela. Eles tomavam o café da manhã, bacon com torradas e uma vitamina de banana. Na mesa redonda de vidro, que ficava localizada na sala mesmo, eles conversavam sobre os digiescolhidos especialmente sobre Kari.

— Tai, acalme-se, eles voltarão. A Kari já é maior de idade e vacinada — iniciou Sora.

— Eu sei disso, mas puxa vida... ela podia ter se comunicado. Meus pais estão preocupados com a ausência dela. Droga, se eu pudesse voltar ao digimundo — lamentou com razão.

— Por isso enviamos nosso digimons para darem uma força à eles. Fique tranquilo, ela está bem — disse a mulher tentando acalmá-lo.

— Tem razão. Estou me preocupando à toa. Agora eu já vou indo — Tai se levantou da mesa, deu um beijo na esposa, pegou a pasta e saiu.

— Super protetor. Não é, meu bichinho lindo? — ela se referia ao filho dela que estava no andador.

...

DIGIMUNDO

Agumon e Pyomon foram ao digimundo ajudar os digiescolhidos e mandaram um recado de Tai para Kari. Esta não aguentava mais ter um irmão que tentava controlá-la de todos os jeitos.

— Então, o Tai e a Sora os mandaram para cá só pra me vigiarem? — perguntou Kari.— Não acredito que concordaram com isso. Gente, quero ter a minha liberdade.

— Kari, você tem que entender que eles se preocupam com você — explicou Pyomon.

— Eles querem o seu bem — disse Agumon.

— Agumon, nós estamos bem. Não se esqueça que eu protejo a Kari — disse Tailmon relembrando aos amigos de que ela estava ali.

— Viram, não há motivo para a preocupação. Nunca fiquei tão bem como nesses dias. O Tai é super-protetor porque quer, voltem e digam isso à ele — a garota se aborrecia quando o assunto era a superproteção de Tai.

— Olá, vocês são os digimons dos antigos digiescolhidos? — perguntou Rose sempre ao lado da sua digimon.

— Palmon? O que está fazendo aqui? — perguntou Agumon desavisado.

— Hã? Não os conheço — respondeu a digimon confusa.

— Hahahahaha esta Palmon não é a mesma da Mimi. Ela é outro digimon parecido — explicou T.K.

— Puxa, que mancada — disse o digimon de Tai.

Os demais digiescolhidos estavam em um outro ponto da cidade ajudando na construção da mesma. Mia ficou ajudando Paulo enquanto os seus digimons ajudavam os moradores. A garota não conseguia mais esconder seus sentimentos pelo outro, desde que o viu pela primeira vez na praia da ilha Arquivo. Iniciara assim um romance inocente que ele só percebera alguns dias depois na partida da ilha.

A volta para casa era inevitável, esse seria o último dia dos digiescolhidos, pelo menos por algum tempo. Eles tinham que se explicar aos familiares e assim que tudo estiver consertado e explicado, eles voltariam. O dia apenas começava e não tinham pressa para nada. Ficaram na cidade ajudando até a noite.

...

Lúcia brincava com seu conjunto de bonecas e outros brinquedos que tinha. Lucemon lia mais um livro, passou apenas uma semana morando com os Alencar e já lera dez livros. A menina, claro, não gostava da mania do digimon em ficar o dia praticamente todo plantado nos livros.

— Lucemon, pare de ler isso e venha brincar comigo — disse a menina quase ordenando.

— Não, eu não quero. Terminarei de lê-lo — o menino saiu do quarto dela e foi para sala acabar de ler o livro.

Lúcia achava que o digimon era um bichinho de estimação, mas sua mãe deixara bem claro que ele não era para ser tratado como animal, mas sim como gente.

Lucemon estava sentado ao chão da sala lendo o livro quando uma pessoa entrou no apartamento. Uma mulher, uma linda mulher. Ela era loira com cabelos lisos e com luzes nos mesmos, vestia uma calça jeans azul bem justa e regata branca. Era Márcia, sim, a mãe de Paulo que chegava bastante mudada.

— Mamãe, como a senhora mudou! — Lúcia impressionou-se ao ver a mãe bastante mudada. — O que aconteceu?

— Gostaram? Resolvi passar no salão de beleza e mudar meu visual completamente. Aquela Márcia sem sal desapareceu, agora eu sou outra, meus amores — ela praticamente desfilava na sala.

— Como assim? Como aconteceu essa mudança? — a menina ainda confusa.

— Uma amiga minha jornalista sempre me dava umas dicas para mudar o meu visual. Ela tinha razão, porque eu era apagada. Puxa vida, eu tenho vinte e oito anos e me comportava como se fosse uma velha de quarenta. Aproveitei que neste mês de dezembro tem minha férias, mudei. Olha só querida. Fiquei top? Nos trinques?

— A senhora tá linda, ein, dona Márcia — disse o digimon.

— Quantas vezes eu disse para me chamar de mãe, ein, meu anjinho preferido — disse ela apertando a bochecha do menino.

— Dona Márcia UAU!!! — disse a empregada admirando-a. — A senhora ficou maravilhosa. Linda é pouco. Também com esse olhos azuis e agora loira e com o cabelo mais comprido.

— Obrigada, Conceição. Só quero ver a cara dos meus filhos quando me verem desse jeito — depois foi pra cozinha falar com a empregada. — Mulher nem te conto, minha amiga tava com a razão. Esta mudança me ajudou e muito. Mudei para o fim de ano que se aproxima, espero que seja MARAVILHOSO.

— Dona Márcia, só falta agora arranjar um...

— Namorado — completou. — Arranjarei um namorado este mês. Há muito tempo que não tenho um relacionamento sério, o único que amei mesmo foi o canalha falecido do pai dos meus filhos, depois foram só namoros sem amor. Agora estou decidida a encontrar o meu amor, o homem que me fará feliz.

— É assim que se fala, dona Márcia. Para de lembrar do cafajeste e bola pra frente — comemorou a empregada.

— Agora não tem mais jeito, Conceição, vou encontrar o meu futuro amor, a pessoa que me fará feliz. Nem que pra isso eu vá para outros mundos atrás dele. Com certeza eu terei um novo namorado — disse batendo na parede. — Você verá, futuramente eu me apaixonarei de novo — e saiu.

— Nossa, ela mudou mesmo. Agora quer arranjar um novo amor. Quem seria o homem que a fará feliz? Ai deixa pra lá, vou terminar meu serviço — disse a empregada sozinha.

...

Ray se aprontava para o "trabalho", deixou de lado aquela pose de galã e ficou sério. Na verdade, toda vez que vestia a sua farda, vide cap 21, ficava muito sério, rígido, com pose de autoritarismo, um ótimo vilão. Lilithmon não ficou para trás e pôs seu traje, um vestido preto bem justo, meia-calça escura, luvas pretas que iam até o cotovelo, sapatos pretos, um cinto para ajustar o vestido, no meio dele uma espécie de morcego dourado. Seus longos cabelos pretos ficaram presos com uns palitos prendedores. Ambos se aprontavam para retomar a ideia de conquista do Digimundo.

— Hoje é o grande dia, meu amor. O dia que você irá ao mundo real — disse o Shadowlord à sua mulher.

— Ótimo. Até que enfim. Agora eu quero saber se tu pensaste no que eu disse. Deixará que eu saiba sobre o seu grande experimento? Por favor, fala que sim — a mulher fez uma cara...

— Pensei, pensei muito e conclui que... sim. Deixarei que participe do meu segredo, mas só quando voltar com os cativos.

— YES! — a mulher pulou sobre o homem e o encheu de beijos. — Obrigada, muito obrigada mesmo. Não sei se viveria sem você. 

— Tudo bem. Agora vá, o portal para o mundo real te espera — a digimau foi até o notebook sobre a escrivaninha, pegou um aparelho parecido com um celular, digitou algo no notebook e foi sugada por uma luz forte.

Depois de se arrumar todo foi para o quarto do irmão caçula. Este brincava com seu Lopmon de estimação e jogava, ao mesmo tempo, vídeo game.

— Raymond, vamos brincar de futebol?

— Aiko, hoje não, o trabalho não me deixa...

— Sei sei, a conquista do digimundo não pode esperar — disse o garoto sentando na beira da cama com os braços cruzados e chateado. — Você nunca vai deixar essa ideia maluca de lado?

— Se a ideia fosse tão maluca assim, não teria esse Lopmon, não moraria neste luxo todo, um império que eu construí para nós. Vem cá — o mais velho sentou-se ao lado do mais jovem e o puxou, depois deu-lhe um abraço. — Eu faço isso pra você, ta certo que faço maldades de vez em quando, mas preciso acabar com a concorrência...

— Ou seja, acabar com os digiescolhidos — completou cabisbaixo.

— Eles me atrapalharão. Escuta, Aiko, não precisa saber do que eu faço — Ray olhou para o outro. — Quero que confie em mim. Confia em mim?

— Sim meu irmão, eu confio piamente. Então, por que não me dá poderes de me transformar em digimon igual a você? Com seus programas criados é possível — o rapaz levantou-se e ficou em pé.

— É muito perigoso, maninho. Tenho medo que algo aconteça a você. Minha única família é você — levantou-se e passou a mão na cabeça do outro fazendo um ato de carinho como se fosse o próprio pai do mais jovem. — Nossos pais morreram há cinco anos, agora minha responsabilidade é cuidar de ti.

— Eu te amo, maninho — o garoto abraçou o irmão novamente. — Apesar de fazer o que faz, não é mau. Isso eu tenho certeza.

— Valeu mesmo. Olha só, a Lilithmon foi ao nosso mundo para uma missão especial. Isso quer dizer que somente o Meteormon ficará aqui, se precisar de ajuda, é só ligar pra mim. Fico sempre com meu celular ligado — o Shadowlord despediu-se do menino e saiu voando mesmo até o laboratório central, servia como um quartel general do vilão. Parecia um observatório, mas as paredes externas eram todas de vidro, refletindo a luz do sol digital.

Assim que entrou na sala de comando, um servo seu apareceu. A sala central era bem moderna, tinha inúmeros televisores de LED com 20 polegadas cada, o chão era todo de vidro e no fundo um aquário virtual, a poltrona em que ele sentava era de couro de animal e a base da mesma era de Crome-Digizóide, um metal semi-indestrutível. A sala possuía uma iluminação clara com várias lâmpadas de LED, os televisores tinham touch screen avançados. A porta que dava acesso à sala era movida a sensor, abria assim que alguém chegasse perto.

O servo de Shadowlord chegara para receber uma ordem do mesmo. O digimon era alto, possuía uma espécie de bocas nos ombros, asas planadas, corpo branco e uma máscara de vampiro na cara. Seu nome é...

— MaloMyotismon, tenho uma missão futura para você — disse o vilão.

— Diga, mestre — o digimon ficou prostrado.

— Reúna o maior número de digimons. Saiba apenas isso, por enquanto — o digimon saiu de sua posição e deixou a sala. Shadowlord ficou sentado na sua poltrona e ficou observando tudo nos televisores.

Anoiteceu no digimundo e era hora da partida de todos os digiescolhidos. A tristeza e saudade tomava conta de todos, mas sabiam que se encontrariam daqui a alguns dias. Rose e Palmon despediram-se dos demais, principalmente de Ruan e Hagurumon. Elas foram as primeiras a voltarem ao mundo humano por meio do portal no tablet de Jin. Após isso foi a vez de Ruan e seu Hagurumon, depois era a vez de Mia e Betamon. A garota se despediu dos outros, mas especialmente de Paulo.

— Quando nos veremos novamente? — a menina disse com muita tristeza.

— Ei, não se preocupe, em breve, muito em breve — o garoto segurou a mão da menina e a beijou no rosto. — Esperá-la-ei sempre, não fique triste. — A garota o abraçou fortemente deixando os demais boquiabertos com a cena romântica. Depois foi embora com seu Betamon..

— Ganhou o coraçãozinho da menina, ein Paulo? — disse Daisuke.

— Acho que estamos namorando. Há muito tempo que sinto algo por ela, mas não tinha coragem — despediu-se dos outros e foi embora com Impmon.

Como Jin era de Odaíba como os outros, ele foi por outro portal. Um televisor que estava próximo ali. Kari, T.K, Daisuke, Jin, Tailmon, Patamon, Veemon e Mushroomon voltaram para o Japão logo depois. Nenhum digiescolhido estava mais no digimundo para protegê-lo da ameaça.

...

Em Fortaleza, já era manhã, Márcia esperava seus filhos ansiosamente. Ela se produziu toda, pôs um short jeans com a mesma regata branca que usara no dia anterior, um chinelo, maquiou-se toda, um batonzinho bem vermelho e uma maquiagem escura. Ela preparou a mesa com muitos alimentos, com a ajuda de Conceição, Lúcia e Lucemon. A surpresa estava feita.

Paulo e Impmon voltaram do digimundo, estranharam o fuso horário, mas nada demais. Saíram do quarto, para o espanto da empregada. Ambos foram para a cozinha, beberam água e foram à sala. Pronto, a surpresa foi feita!

— Olá, meus amores. Bem-vindos de volta.

O queixo dos dois caíram ao ver a mãe toda repaginada, loira, maquiada, sensual. Quem era esta mulher?

— Ma...mamãe?! — disse o garoto

— Esta é a sua mãe, Paulo? — perguntou Impmon.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próximo capítulo veremos a vida dos digiescolhidos no mundo real, a surpresa de Márcia e Lilithmon começa a agir. Até a próxima.