Digimon Adventure 3.0: Luz Vs Trevas escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 27
A Paz Temporária do Digimundo




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CAPÍTULO 027

No mundo real, Lúcia falava tudo que soube para seus irmãos e mãe. Ela disse sobre o envolvimento de Lucemon com o Exército Negro, falou sobre ShadowLord e sua influência, enfim disse tudo que escutara na conversa do vilão — vide cap.24. Todos ficaram impressionados com a história da menina. Paulo ficou um pouco chateado com o digimon que estava deitado na cama de sua mãe, mas relevou. Ele entendeu que o digimon fora enganado do mesmo jeito que ele havia sido, por isso não sentiu mais raiva.

Apesar do momento familiar, o garoto e Impmon, este todo cheio de curativos e band-aids pelo corpo, tinham que voltar para o digimundo, para a tristeza de Márcia. Eles explicaram que tinham de consertar as coisas no digimundo e prometeram aos outros que voltariam. Além disso, o rapaz tinha recuperado o brasão de Jin que estava numa das bases destruídas e se achava no dever de entregá-lo. Então, os dois voltaram ao digimundo pelo portal no computador.

Márcia e Lúcia olhavam Lucemon dormindo e admiravam a forma que ele era. Tão inocente, tão angelical, como um anjinho. Na verdade era um anjo. As meninas ficaram apreciando aquele momento inocente por algum tempo. As asas dele espalhadas pela cama, os desenhos pelo corpo e os anéis sagrados nos seus braços e pernas reforçavam a bela aparência dele. A mãe de Lúcia começou a fazer cafuné nele até que este acordou um tanto atordoado. O digimon abriu seus olhos azuis e viu que estava em outro lugar, depois ficou sentado na cama encostando suas asas e suas costas na cabeceira.

— Onde estou? Dona Márcia, Lúcia? — o digimon sentiu um pouco de vergonha por está ali.

— Você precisa descansar, anjinho — respondeu a mulher.

— O quê? Eu... eu posso explicar... — quando este viu que ainda estava na sua verdadeira forma, ficou bastante embaraçado. Suas bochechas começaram a ficar vermelhas tomadas pela vergonha.

— Que fofo. Eu sei de tudo sobre os digimons, não se preocupe. Tudo bem? — respondeu a mulher.

— Sim, muito obrigado. Eu... eu quero pedir perdão pelo que eu fiz com a Lúcia... estou muito envergonhado. Eu sinto muito — disse o loiro com a maior das sinceridades.

— Não se preocupe — falou Lúcia com o digivice em mãos — expliquei pra minha mãe tudo.

— Sim, e você pode morar conosco a partir de hoje. Eu soube sobre a Ana. Nossa, como isso tudo é confuso pra mim, minha vida nunca será a mesma. Bem-vindo à família, será meu 4º filho. Puxa, tenho só vinte e oito anos e já tenho quatro.

— Obrigado, dona Márcia...

— OBA!!! — bradou a garota ao mesmo tempo em que agarrou o digimon e deu-lhe um abraço tão forte que quase o sufocou — Lucemon agora vai morar conosco e ficar sempre perto de mim, meu parceiro.

— Ai Lúcia... está me machucando...

— Minha filha não faça isso! O Lucemon está em repouso, ele tá dolorido ainda — disse Márcia tentando tirar a garota.

...

No digimundo, especificamente no apartamento de ShadowLord, o mesmo ainda conversava com KingEtemon. Eles tentavam planejar algo para o futuro. Até que Lilithmon humana chegou por trás do sofá de mansinho e deu um beijo na nuca do rapaz deixando-o arrepiado.

— HAAHAHAHAHA Lilithmon, você ainda está bem fogosa, ein? — disse KingEtemon aos risos

— Parceiro, você poderia me emprestá-lo esta noite. Depois planejaremos algo para a conquista do digimundo. Agora eu quero conquistar ele aqui — disse a mulher maliciosamente.

— Meu amor, espera só um momentinho, preciso terminar a conver...

— ShadowLord não há problema algum. Divirtam-se esta noite, até logo — KingEtemon saiu da transmissão deixando o casal a sós na sala.

— Cafajeste, vem cá vem — a mulher o puxou pela orelha com força. Depois o levou para o quarto e trancou. Após isso o jogou na cama e rasgou literalmente sua camisa.

— Caramba que agressividade. Hoje você está com fogo bem aceso. Sua tarada. Sabia que você é tarada... — o homem nem teve tempo de falar, ela foi logo beijando o pescoço dele, depois desceu mais um pouco e beijou o peito do cara, depois o abdome do mesmo e por fim desceu até que... — Assim.. não... é covardia...

Enquanto isso, os digiescolhidos foram se refugiar no lago em que MarineDevimon os atacara. Apesar de ser um local aberto, era bem confortável. Apenas o escuro, já eram altas horas da noite, e o frio incomodavam. Paulo e Impmon voltaram do mundo real pelo portal no tablet de Jin deixando os outros felizes, especialmente Mia.

— Paulo, você está de volta, estou tão feliz — a menina voou ao pescoço do garoto e deu-lhe um abraço deixando-o sem jeito.

— Humm Mia... pensa que eu não vinha notado isso é? Um romance entre vocês. Toda vez que o Paulo aparece, você fica com os olhos brilhando. Eu não a culpo, o Paulo é o mais lindo dos garotos com essa carinha perfeita e os olhos azuis. Qualquer uma se interessaria por ele — disparou Rose deixando os dois que se abraçaram vermelhos de vergonha.

— Ei, que conversa é essa? Ele não é o único garoto do grupo. Eu sei que ele não é de se jogar fora, mas eu também sou atraente — reclamou Ruan.

— Que fofo. Ruan, você com ciúmes de mim hahahaha. Estou alegre de vê-lo com ciúmes — Rose deu outra disparada deixando o espanhol corado.

— Não.. não sei do que está falando — o loiro cruzou os braços e virou a cara ainda envergonhado.

— Rose, pare, por favor. Se continuar assim poderá perder seus amigos — disse Kari com a melhor da intenções.

— Rose, Rose. Sempre soltando suas indiretas — disse Mia.

— Tudo que sai da minha boca é verdade, e quando eu sou sincera daí sou a errada? — a garota se recolheu um tanto aborrecida.

Os digimons dormiam tranquilamente, além de T.K e Daisuke. O dia foi puxado para todos, então, como eram os mais preguiçosos, resolveram dormir logo. Paulo chamou Jin para conversar. O nerd do grupo tentava achar uma rota segura por meio do GPS no seu tablet.

— Eai cara, como você vai? — perguntou Paulo.

— Muito bem. Agora eu sou o único que não tem brasão ainda e isso me deixa desanimado. Mas não tanto quanto você antes de conseguir a megaevolução de Impmon.

— Eu tenho algo pra você — o rapaz tirou o brasão do bolso da calça e deu para o japonês — toma, é seu.

— Paulo... é meu? Co-como assim?

— Sim, achei quando estava com o Beelzebumon destruindo as bases militares. Daí recuperei.

— Valeu mesmo, cara. Eu te devo essa — Jin ficou muito feliz e satisfeito com o presente que seu amigo deu.

...

Em Fortaleza ainda era meio-dia... acredite no digimundo era noite e no Brasil, dia. Enfim, a empregada de Márcia chegou no apartamento depois das compras que sua patroa mandou fazer.

— Mulher, que atraso foi esse? Jesus, mandei você ir bem ali e parece que foi na feira da Parangaba — perguntou a patroa.

— Ai... Ufa. Dona Márcia pelo amor de Deus... quase não saio daquele supermercado... A fila do caixa estava parecendo a fila do INSS. Por céus. Pra piorar ainda mais quase faço xixi nas calças, me deu uma vontade de ir ao banheiro. Ainda bem que eu fui e um senhor bondoso guardou meu canto. Lavei minhas mãos viu — explicou a empregada.

— Certo. Ah, Conceição, prepare mais um lugar à mesa, temos um novo morador aqui — a mulher mostrou Lucemon à empregada. O digimon estava na sua forma humana, óbvio. Ele vestira umas roupas antigas de Paulo, bermuda azul e uma camiseta da mesma cor.

"Aff mais uma boca pra me dar trabalho" — pensou a empregada. — Claro, dona Márcia, eu faço isso. Ei o que aconteceu com a dona Ana do 666...

— Morreu. Foi para o beleléu. Bateu as botas, entendeu? — brincou.

— JESUS MARIA JOSÉ!!!!!!!! — a empregada caiu dura no chão e desmaiou.

— Foi só uma brincadeira, mulher — disse Márcia tentando acudir a sua empregada.

...

O sol raiou no digimundo mais cedo do que o normal. Ray e sua esposa estavam bem aconchegados depois de uma boa noite. A mulher pôs a cabeça sobre o peito do rapaz e ficaram conversando como se fossem um lindo casal terráqueo.

— Eu te amo, sabia? — iniciou o rapaz enquanto beijava a cabeça da mulher. — Daria minha vida por você. Sinceramente estou muito satisfeito de ter criado uma mulher perfeita. Por um lado, pode se tornar humana como qualquer mulher; por outro, torna-se uma digimon poderosa. Eu gosto de você, realmente...

— Eu sei. Sabia amor, você podia dizer que projeto novo está fazendo. É um segredo até para mim? — perguntou a mulher interessada num trabalho importante e secreto que ele estava empenhado.

— Por que o interesse? Você nunca se interessou?

— Eu sou sua esposa, preciso saber de tudo. Não guarde segredo de mim — ela se levantou e ficou sentada na cama.

— Depois penso nisso. Agora estou pensando em outra coisa. Na minha luta contra Beelzebumon. Como pode ter acontecido aquilo? Eu perder? Gastei anos de estudos para eu ter estes poderes achando ser o mais forte do digimundo...

— Sabe o que acho? Você mereceu levar essa surra — a mulher deu um soco no peito do homem que o fez gemer de dor.

— Ai ai! Está doendo ainda. Não me diga que está contra mim e a favor daqueles pirralhos? — perguntou encostando-se na cabeceira da cama.

— Estou sim! Desta vez estou. Mereceu levar mais surra pra aprender a deixar de ser uma besta quadrada. Você é uma besta quadrada. Se colocarmos um quadrado no seu lado, você supera. Disse pra não se meter e deixar o Lucemon resolver o caso. Nessas horas ele teria matado a digiescolhida há muito tempo e nem saberia que era a sua parceira. Mas não, o macho alfa tinha que se meter para pagar de doido lá no castelo — a mulher se levantou e começou a dizer grosseiramente.

— Ah não começa... o Lucemon não teria coragem de destruí-la. Eu nunca matei uma pessoa, mas já matei digimons. Seria rápido e indolor...

— Escuta aqui, para com isso. Eu sei dos seus poderes, Ray. Por que não se transformou em digimon, ein? 

— Você sabe muito bem que eu não controlo totalmente meu poder na forma de Dynasmon. Eu fico melhor na minha verdadeira forma, humana — o homem se levantou. — Eu vou malhar. Depois tomo banho. Talvez eu volte para o quarto quando uma certa esquentadinha estiver fria.

— Estou cansada disso. Essa loucura de gato e rato que fizemos. LadyDevimon, SkullSatamon e os outros foram destruídos pelos digiescolhidos. Poderíamos estar trabalhando nos bastidores. Escute, o meu dia chegará. Espere só — ela ficou tão séria e irreconhecível.

Alguns dias se passaram e os digiescolhidos reconstruíam uma pequena cidade destruída pelo Exército Negro. Para a surpresa de todos, Agumon e Pyomon apareceram para ajudar.

— Olá pessoal — disse o Agumon do Tai.

— Kari, Daisuke, T.K! — disse Pyomon

— Olá Agumon e Pyomon — disse Kari.

Continua...


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