Escolhidos escrita por Sahh


Capítulo 20
20


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! o/



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Abro os olhos, o lugar está tão claro que forço-me a fechar os olhos. Meu braço direito está dormente, mas sinto-o latejar. Abro os olhos devagar, tentando acostumá-los á claridade.

– Finalmente acordou – diz alguém. Viro a cabeça de lado. Mark está sentado ao meu lado, sorrindo.

– Viu? Não morri – digo. Mark ri.

– Já está fazendo piadinha? – Sorrio. – Sinto dizer, mas tiraram seu braço.

– Não – digo. – Eu sinto ele.

– Ah, pensei que não o estava sentindo. Te deram tantas injeções. Achei exagero – diz ele.

– Estou aqui á quanto tempo?

– Uma hora e meia – diz ele. – Incrível, só ficou uma marca branca no seu braço. Eles trataram bem.

Viro o pescoço e tiro a toalha, meu braço está dormente, mas Mark têm razão. Têm somente uma linha branca.

– Eles disseram que você vai ficar com o braço dormente por um tempo, até o efeito do remédio passar – balanço a cabeça em concordância. – Seu namorado ficou preocupado.

– Onde ele está?

– No quarto – diz ele. Olho para o cômodo. Têm várias das camas em que estou deitada.

– Onde nós estamos? – pergunto.

– Enfermaria.

– Deixa-a descansar – diz uma voz atrás de Mark. Ele se vira e o ajudante está carregando uma bandeja.

– Tá legal. Aí, Eve, eu digo ao Oliver que você está bem – diz ele. Balanço a cabeça. Mark sai do quarto acompanhado de um dos guardas.

O ajudante caminha até minha cama e coloca a bandeja perto dos meus pés, ele pega uma aparelho perto da cama e a dobra, fazendo-me sentar. Ele coloca a bandeja no meu colo.

– Quando terminar de comer, você volta pro quarto – diz ele.

Meu braço não está tão dormente quanto antes. Uso-o para pegar a colher, e assim, ele vai melhorando. Esse pessoal têm medicamentos incríveis, talvez... talvez consigam curar Oliver. Balanço a cabeça. Oliver não quer ajuda, só em falar no pessoal da cidade, ele se irrita. Suspiro.

Estou em um corredor que eu não havia passado antes. Dois guardas estão ao meu lado para me levar de volta ao quarto. Eles abrem a porta e entro no cômodo. A porta atrás de mim se fecha. Oliver me abraça, em seguida, Maggie me abraça.

– Calma, eu não morri – digo. Maggie me solta.

– Quando aparecemos na sala, eles disseram que alguém tinha se machucado... aí... a Rose disse que Mark tinha te machucado – diz Maggie, limpando as lágrimas das bochechas. Abraço-a novamente.

– Ei, estou aqui, não estou? – digo. Maggie balança a cabeça.

Sentado na mesa, Mark sorri. Dylan ao seu lado só nos observa.

– Nossa, seu braço... – diz Maggie. Olho para meu braço.

– É, eles são bons.

Lucy e Rose sobem para o quarto. Sento-me no sofá com Maggie. Oliver foi até á mesa conversar com Mark.

– Ei, Oliver ficou furioso quando Mark entrou aqui. Quase bateu nele – conta Maggie. Sorrio.

– Foi sem querer, acabei fazendo errado quando lutamos com a espada. Ele até se desculpou.

Olho para a mesa. Oliver está sentado á mesa, conversando com Mark e Dylan.

– Maggie, se formos treinar amanhã, vamos as duas com a espada, certo?

– Mas eu não sei usar uma – diz ela.

– Eu te ensino – digo. Ela sorri e me abraça.

Uma luz surge na parede da frente. Da projeção, claro. O Presidente sorri.

– Eu soube do ocorrido. Por favor, nada de machucar uns aos outros aqui – diz o Presidente.

– Mas eu já disse que foi sem querer – diz Mark, furioso.

– Bom, que isso não se repita. – A projeção desaparece. Eles não se preocupam conosco, só em ter um exército intacto.

Subo para tomar um banho. Entro no quarto, Lucy e Rose param de conversar. Ando até a cômoda e pego uma muda de roupas. Sinto-me inquieta com essas duas aqui. Não vou mostrar medo á elas. Atravesso o quarto e entro no banheiro. Tiro a roupa e entro debaixo do chuveiro.

Saio do banheiro e elas não estão mais lá. Elas estão quietas demais, mas não quero me preocupar com isso. Rose não parece ser do tipo de pessoa que usa o cérebro. Lucy sim.

Sento-me á mesa sem bandeja. Já comi na enfermaria, estou somente acompanhando o pessoal no jantar. Na outra mesa, observo Dylan. Quem é ele, afinal? Ele é bom com a espada, provavelmente seria invencível. É estranho pensar assim. Ele parecia tão sem ação antes. Aquelas instruções que ele me deu, ele não foi muito inteligente achando que alguém as seguiria.

No sofá, Conor e Mark conversam. Eles parecem não querer dividir a conversa com ninguém. Lucy já tentou se aproximar, mas acabou desistindo de puxar assunto com eles.

Maggie e Oliver conversam animadamente. Ajudarei Maggie amanhã.

Oliver está cansado, dá pra ver isso nele. Ele está com a cabeça no meu ombro, estamos sentados no sofá e estou tentando ajudar Maggie á como desviar de uma espada.

– Ah, você não virou á tempo e acabou sendo acertada com a espada, não é?

– Sim. – Sorrio. Que bom que ela está entendendo. – Oliver, não é melhor você ir dormir? – Ele resmunga. Dou leves batidas em seu rosto. Ele abre um pouco os olhos. – Vai pra cama, ficaremos bem.

– Certeza? – pergunta ele, sonolento.

– Sim. – Sorrio e beijo sua testa.

– Está bem. – Ele se levanta e anda devagar até a escada. Lentamente ele a sobe.

– Eve, você sabe quem te carregou até a enfermaria? – pergunta Maggie.

– Um ajudante, talvez? – digo.

– Acho que foi o Mark. Ele não estava contigo na enfermaria?

– Sim, ele se preocupou comigo.

– É, quem sabe... – Maggie deita a cabeça no meu ombro. – Vou dormir só um pouquinho, tá bom?

– Tá bom – digo e sorrio.

Nas mesas, Rose e Lucy estão com Dylan e Mark. Eu queria que elas não me perturbassem com isso. Elas já não me chamam de apaixonada? Já devem saber que não quero nada com eles. Maggie se ajeita no meu ombro. Passo a mão na sua cabeça. Hoje foi um dia e tanto. Lucy e Rose sobem as escadas. Conor desce as escadas e senta ao meu lado.

– Se quiser, eu a levo até a cama. – Ele aponta para Maggie.

– Obrigada.

Conor se levanta e pega a pequena Maggie no colo. Encosto a cabeça no sofá e olho o teto. Não estou com sono. Não quero ir pro quarto, acabaria começando uma briga com aquelas duas. Maggie vai estar lá mas sei que não implicarão com ela. O problema agora sou eu. Suspiro e abaixo a cabeça. Levanto-me e aperto o botão na porta, peço á um dos guardas uma garrafa de água. A garrafa é colocada por baixo da porta e a pego. Me direciono á mesa em que Mark e Dylan conversam. Sento-me com eles.

– Está bem, Eve? – pergunta Mark.

– Sim. Foi só um corte.

– Mas você levou tantas injeções... Ah, vou ali falar com o Conor. – Mark se levanta e se senta com Conor no sofá. Seguro a garrafa em cima da mesa.

– De onde eu te conheço? – pergunto á Dylan. Ele olha para mim.

– Você realmente não se lembra?

– O-o quê?

– Eu devo ter deixado o cabelo crescer... hum. – Ele põe o dedo no queixo. – É... – Bato a garrafa na mesa. Conor e Mark olham para nós. Por que ele fica brincando com isso? Dylan tira a garrafa das minhas mãos e sorri. – Você não mudou nada. – Ele abre a garrafa e bebe. – Tente se lembrar, macaquinha.

Só uma pessoa me chama assim. Isso faz anos, tantos que acabei esquecendo. Como posso estar no mesmo lugar que ele? Paul é que o pai dele, eu não fazia ideia na época. Na época, ele não havia me dito nem seu nome, ele só me disse para chamá-lo de...

– Di? – digo. Minha vista está um pouco embaçada.

– Sim, macaquinha? – Ele sorri. Agora lembro desse sorriso. Era único. Eu tinha vontade de sorrir toda vez que o via sorrir. Levanto-me da cadeira.

– Por que não apareceu mais? E-eu fiquei preocupada. Pensei em você todo esse tempo, sabia?

– Você não precisava de mim – diz ele. Bato a mão na mesa.

– Como pode dizer isso? Eu não te entendo. Por que não disse antes? – Ele não diz nada, só aperta a garrafa de água. Limpo minhas lágrimas e subo correndo para o quarto.


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Notas finais do capítulo

o/



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